Ela te ama, idiota! - Perina
Esclarecendo os sentimentos
{LEIA AS NOTAS DO CAPITULO}
Três semanas depois e eu e Pedro ainda tínhamos o nosso bônus. Nossa amizade estava como sempre, estava tudo normal, só que a gente se beijava agora. A verdade é que estávamos ficando, eu só ficava com ele e ele comigo, então posso dizer que era sério.
Bi e Duca andaram brigando, saiu em uma revista de fofoca que Duca teria saído pra dançar com uma atriz americana. Duca nem conhece a tal, mas Bi não quis nem saber - minha amiga é radical - mas eles já voltaram às boas. Também né, depois de Duca dedicar All about you pra ela em um show e depois ainda lhe mandar flores com um cartão fofo, ela ficou derretida, e eu já estava esperta ao seu lado com uma colher na mão pra poder junta-lá do chão, entendeu? Haha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Pronto, hoje o dia é só nosso, dia das garotas. – Bi falou animada. Estávamos na casa dela pra colocar toda a fofoca em dia. Ela terminara de fazer pipoca.
– Como na época de colégio. – Eu peguei a bacia com pipoca e levei pra sala - O que vamos assistir? - Perguntei ao sentar no sofá.
– Acho que vai passar Os Vampiros Que Se Mordam em algum canal, sei lá. Quer ver? – Bi ligou a tv e ficou procurando o canal em que ia passar o filme.
– Pode ser. – respondi - Quero refrigerante, Bi.
– Vai pegar, ué.
– Pega lá pra mim? Por favor.
– Tô cansada, minha filha, trabalho muito. – Ela riu.
– Também trabalho. Se fosse o Pedro, ia lá pegar pra mim.
– Pedro, Pedro, Pedro só fala nele agora, mais do que antes. – Ela me olhou e parou de procurar o canal, já havia encontrado – Está apaixonada.
– Eu não sei se é bem por aí não...
– Como assim, K? Vocês estão ficando super sério. O Pedro faz tudo que você quer, se você mandar ele pintar toda Londres de rosa, ele vai pintar, porque ele ama você.
– Eu também gosto dele, mas...
– Mas o quê? Você pode realmente me dizer o que se passa?
– Eu não sei ao certo. Sei que gosto muito muito dele, eu o amo, não quero que ele fique mal, faria tudo pra ele ser sempre feliz. Quando estou com ele me sinto outra pessoa, de bem com todo o mundo, parece que nada de ruim existe. Sem contar que toda vez que ele me beija é... É como se fosse a primeira vez. Sinto borboletas no estômago, me sinto boba como uma garota de dezesseis anos. Fico com vergonha fácil perto dele, é estranho.
– É AMOR. – Ela gritou, me fazendo rir – Isso é amor, K. Acho que você se esqueceu de como é, por isso não consegue identificar.
– Será?
– Tudo isso que você falou significa que sente o mesmo por ele! Você nem parece ter vinte e um anos! Tão bobinha...
– Sei lá, Bi, só não quero quebrar a cara de novo. – Falei, me lembrando de Victor.
– Pode parar, e lembre-se que é quebrando a cara que aprendemos. Quanto mais erramos, mais aprendemos. Se paramos de errar, paramos de aprender e, parando de aprender, sinceramente, não vivemos.
– Uow, que profundo isso. E verdadeiro.
– Pois é, e eu sinceramente acho que seria bom você dizer essas coisas pro Pedro. Não deixa ele pensar que você não sente o mesmo. Diga pra ele que o ama, de verdade.
– Talvez eu faça isso. – Enchi uma mão de pipoca e comecei a comer.
– Talvez nada, manda uma mensagem pra ele agora e diz que precisam conversar.
– Depois, Bi.
– Depois nada, você esquece! Parece criança, tudo tem que mandar fazer! – Ela pegou um pouco de pipoca.
– Ta bom, mamãe. – Eu ri e peguei meu celular, que estava ali perto. Enviei uma mensagem para Pedro rapidamente e fim – Satisfeita? Já enviei. Ele não vai responder agora.
– Ah é, é hora do show deles. Enfim, agora que você já se tocou que ama o Pedro, vamos ver o filme, que já começou.
– Eu tô afim de passar trote pros outros. – Falei rindo.
– Tá maluca, menina? – Ela me olhou como se eu fosse louca.
– Vai ser divertido, Bi! A gente sempre fez isso.
– Quando tínhamos entre 10 e 11 anos.
– Por favor, por favor, por favor.
– Tá bom, vai ser legal mesmo. – Ela levantou do chão e pegou o telefone. Passamos vários trotes, cantamos para desconhecidos. Foi divertido, eu sabia que seria. Depois assistimos o filme, que já estava quase no final, pedimos pizza, pintamos as unhas, falamos sobre os atores mais lindos da tv, coisas de garota.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Quando era quase uma e meia da manhã, o interfone tocou. Visita a uma hora dessas?
– Deve ser a pizza!
– Não pedimos mais pizza, Bi. – Eu a olhei.
– Ah é, esqueci. É que eu tô com fome.
– Atende o interfone e pergunta logo quem é.
Bi foi atender o interfone e voltou correndo. Passou por mim e não falou nada, abriu a porta de casa e foi correndo pro quintal pra ir abrir o portão. Eu fui junto. Quando ela abriu o portão, vi os McGuys desesperados e uma garota com eles. Quem era aquela vadia? Eu espero que ela não esteja com o Pedro, porque se não eu...
Meus pensamentos foram interrompidos por todos os guys falando ao mesmo tempo.
– Silêncio, falem um de cada vez. – Bi pediu.
– Uma fã; uma não, várias fãs nos perseguindo. – Disse Duca, com os olhos arregalados.
– Começamos a correr muito e lembramos da sua casa logo aqui, foi o único lugar que veio a nossa mente. – Cobra apoiava as mãos no joelho e tentava respirar calmamente agora.
– Nos abrigue aqui, Bi, ou seremos devorados por elas lá fora. Sem contar que também tem paparazzis correndo atrás de nós. – Afirmou João.
– Como isso foi acontecer? – Bi perguntou.
– Não sabemos direito, as fãs sempre dão um jeito. – Disse Pedro.
– Hm, e quem é...ela? – Eu olhei para a garota dos cabelos castanhos.
– Ela tá comigo, K, e espero que Bi não se importe. – João lançou um olhar suplicante para Bi, e eu respirei aliviada de saber que ela não estava com Pedro.
– Tudo bem, estamos todos em casa. – Bi abriu um sorriso e nós caminhamos para dentro da casa dela. Estava frio, então Bi resolveu fazer chocolate quente pra todo mundo. A menina que estava com João se chamava Megan, era simpática e super legal.
– MEU DEUS! – João gritou e todo mundo olhou pra ele – Meu iPhone arranhou.
– Sabia que vinha viadagem pela frente. – Cobra disse e voltou a prestar atenção na tv.
– iPhone nem arranha, João. – Megan pegou o aparelho e analisou.
Todos estavam distraídos conversando e etc, Bi e Duca estavam na cozinha fazendo o chocolate quente mais demorado da história dos chocolates quentes. Sei bem o que eles estavam fazendo.
Eu e Pedro fomos para a varanda nos fundos da casa, perto da piscina. Sentamos em um dos sofás dali e ficamos conversando, longe dos outros, queríamos ficar sozinhos.
– Devo dizer que você está muito linda com esse mini short e de maria-chiquinha. – Ele riu, me fazendo rir junto.
– Não fica me zoando, ok? Era pra ser uma noite de garotas, daí vocês aparecem aqui.
– Desculpe por estragar a noite de garotas de vocês, mas é que isso foi um imprevisto. – Ele beijou minha testa.
– Recebeu minha mensagem?
– Desculpa amor, não tive tempo de ler. – Ele pegou o iPhone e leu a mensagem em seguida – Precisamos conversar?
– Precisamos.
– Sobre?
– Nós.
– Diga então.
– Eu... Er, eu, eu amo você e cheguei à conclusão de que tudo que você sente por mim é correspondido. Eu te amo loucamente, apaixonadamente, e quero realmente ficar com você, só com você. Enfim, é isso, estou apaixonada por você, Pedro Ramos.
– O que não é novidade, escuto isso o tempo todo de todas as garotas. – Ele falou todo convencido, e eu o encarei séria – Estou brincando, meu amor, foi brincadeira, calma. – Ele me deu um selinho – Estou tão feliz de escutar isso de você, não sabe o quanto! Achei que esse dia nunca ia chegar.
– Não seja bobo, é impossível não gostar de ti. – Eu me aproximei dele e o beijei.
– Olha o casal. – Duca chegou rindo feito um idiota.
– Se manda daqui, Duca. – Pedro falou irritado.
– Ele ficou irritadinho. – Duca ainda ria.
– Bi, vem aqui dar um jeito no Duca. – Eu gritei.
– Só vim chamar você pra tomarem o chocolate quente.
– Finalmente ficou pronto? Achei que você e Bi iam ficar se pegando pra sempre na cozinha. – Me levantei do sofá e puxei Pedro junto comigo.
– A gente não tava se pegando lá dentro. – Duca pareceu ficar com vergonha.
– Isso só prova o quanto você é lerdo então. – Pedro me abraçou por trás e nós saímos andando assim, deixando Duca pra trás.
– O que vocês estavam fazendo lá fora? No frio? – João perguntou, quando todos estavam tomando chocolate na sala.
– Coisas que casais fazem. – Eu o olhei rindo.
– Estavam fazendo sexo selvagem na varanda da Bi? Uow.
– Você só pensa nisso, Cobra? – Eu perguntei, olhando para ele que riu.
– Ué, casais fazem isso.
– Está muito frio lá fora. – Bi disse.
– As coisas teriam ficado bem quentes se o Duca não tivesse ido lá atrapalhar. – Pedro disse, e eu lhe dei um tapinha no braço.
– Tá vendo, não rolou mas ia rolar um sexo selvagem.
– Cobra, você está com falta de sexo ou coisa assim? Só fala nisso. – Bi olhou para ele.
– É que desde que Pedro começou a ficar com a K, não dá mais a devida atenção a ele, entende? – João riu.
– Isso era segredo, João. – Cobra falou sério, o que fez todo mundo rir.
– Desculpa Cobra, mas agora eu sou só da K. – Pedro beijou meu rosto.
– Só porque ela tem seios naturais! Deixa você Pedro, eu vou colocar silicone, me aguarde na próxima turnê. – Cobra fazia gestos estranhos e uma voz engraçada.
– Ok, vocês não precisam de toda essa viadagem na frente da Megan, né? Ela vai achar que eu sou como vocês.
– Você é o pior de todos, João.
– Não escute nada do que eles dizem, Megan.
– É Megan, o João é um cara legal. – Eu disse.
– Valeu, K. – Ele sorriu.
– Fala alguma coisa, guria. – Bi olhou para Megan, que estava um pouco tímida.
– Ela está com medo, vocês parecem loucos. – Disse Pedro.
– Vocês são divertidos. – Ela sorriu – Eu é que sou tímida mesmo.
– Aqui não pode ter ninguém tímido. – Bi avisou, rindo – Manda sua timidez embora logo.
– Aos poucos ela deixa de ser assim. No início eu também era quieta, não lembram? – Eu disse.
– É, mas agora... Te contar, hein K.
– Quer dizer o que com isso, Cobra?
– Que o Pedro te corrompeu.
– Eu nada, me tira dessa.
– Pedro, você tem que assumir que me levou pro mal caminho.
– Eu nada, K. Eu sou um cara tão tranquilo...
– Tu é safado. – Eu comecei a dar tapinhas nele, de brincadeira.
– Vocês dois são o casal de namorados mais fofo. – Megan disse.
– Ah, nós não somos namorados. – Eu sorri meio sem graça.
– Não? Ah, mas parece.
– Somos amigos com bônus, entende? – Eu ri, ainda sem graça.
– Quem vai querer brincar de banco imobiliário? – Bi perguntou, mudando de assunto, talvez percebendo minha situação. Agradeci mentalmente.
(...)
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