O único som que America podia escutar era o som de sua respiração ofegante, Aspen havia saído para buscar ajuda a cerca de 20 minutos e seu garotinho estava começando a ficar agitado.

“Fique calmo, meu anjo.” Ela acariciava sua barriga “Nós vamos ficar bem.”. America falava como se quisesse acalmar ao bebê, mas o que ela tentava mesmo era acalmar a si mesma. Ela sentia seu corpo enfraquecendo-se, logo ela não podia se que deslizar a mão por sua barriga.

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– America? – Ela ouviu a voz de sua mãe, chamando-a.

Fez um esforço para dizer algo, mas o único som que saiu de seus lábios foi um murmúrio fraco.

– Fique calma, America. – Aspen apertou sua mão enquanto sua mãe se preparava para fazer o parto.

– Aspen. – America cochichou. – Eu quero que ele se chame Louis.

Aspen sorriu, sabia que America adorava o nome. Ela dizia que seu primeiro filho homem se chamaria Louis desde a época em que os dois namoravam.

– E eu quero... – Sua voz estava ficando cada vez mais baixa. – Eu quero que ele fique com o pai.

Aquelas foram as suas últimas palavras. Seus olhos fecharam-se devagar e a mão desprendeu-se dos dedos de Aspen devagar. Ele gritava seu nome e a sacudia, não havia nada que ele pudesse fazer agora, ela já havia partido

***

O rei Maxon caminhava de um lado para o outro no corredor, ninguém nunca havia visto o Rei tão ansioso. Para ele, o parto já estava durando tempo demais.

– Majestade. – Uma das criadas saiu do quarto onde a rainha estava. – Parabéns pelo garotinho.

Maxon entrou no quarto radiante e sentou-se ao lado de Kriss, a Rainha estava fraca e sonolenta. Provavelmente anestesiada, mas em seu colo estava um garotinho completamente acordado.

– Bem vindo ao mundo, meu principezinho. – Maxon deixou que o garotinho agarrasse seu dedo, ele não conseguia parar de sorrir. – Você já escolheu o nome dele?

– George. – Kriss respondeu em voz baixa. – Peça para alguém leva-lo para o quarto. Eu preciso dormir.

Maxon assentiu e deixou que uma das criadas pegasse seu filho. Beijou Kriss na testa e saiu devagar do quarto, precisava terminar uma porção de relatórios antes de dormir.

– Com licença, Majestade. – O chefe da guarda parou-lhe no meio do corredo. – Aspen Leger está aqui para vê-lo.

– Aspen? O que ele quer comigo a está hora da madrugada?

– Ele não quis adiantar o assunto comigo. Disse que só falaria alguma coisa na sua presença.

O Rei decide não discutir, apenas sinaliza para que o guarda a porta de seu escritório. Em poucos minutos Aspen aparece carregando um cesto pequeno.

– O que te traz aqui está noite, Aspen? – Maxon pergunta franzindo a testa.

– A pergunta correta é quem te traz aqui nesta noite. – Aspen responde sentando-se. – Já lhe respondo que foi seu filho que me trouxe aqui hoje.

– George? Você não pode vê-lo ainda, Aspen. O garoto acabou de nascer!

– Não estou falando de George. Estou falando de Louis. O seu filho com America.

– Meu filho com... – Maxon faz uma pausa antes de pronuncia o nome da falecida. – America?

– Você sabe muito bem o que vocês dois fizeram naquela noite. E se não fosse por você, America não teria morrido esta noite. Você é o pai dessa criança. – Ele aponta para o cesto, onde um garotinho dorme tranquilamente. – É sua responsabilidade criá-lo.

Antes que Maxon possa dizer qualquer coisa, Aspen deposita um beijo na testa de Louis, se levanta e desaparece pela porta. Deixando o Rei sozinho com seu novo principezinho.

– Parece que Illéa acaba de ganhar mais um príncipe. – Maxon murmura e desliza o dedo pelas bochechas rosadas do pequeno Louis.