Oathkeeper II
Jaime
– Senhor, um corvo chegou para você da Capital. - Disse Sor Ali, parecia um tanto perturbado. - Não há identificação.
– Curioso. Me dê.
Pediu Jaime, e sentou-se numa cadeira do grande salão de Rochedo Casterly, em frente à lareira. De quem pode ser?, se perguntou, enquanto abria a carta.
"A Rainha de Prata tem um novo conselheiro que pode ser do seu interesse. Um pequeno leão sem nariz conquistou sua confiança e agora a serve como Mão. Pensei que você gostaria de saber."
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Jaime Lannister continuou olhando para a carta, estupefato.
– Tyrion? - Sussurrou para si mesmo.
Então ele está vivo, pensou, abrindo um sorriso. E ainda deve me odiar, completou e, com esse pensamento, seu sorriso foi desvanecendo de seus lábios.
Queimou a carta no fogo à sua frente, e observou enquanto ela virava cinzas, pensando o que faria com essa informação.
Sem saber como, se levantou da cadeira e se viu indo para o pátio, onde crianças e jovens aprendiam a usar a espada. Sabia que encontraria Brienne ali, e estava certo. Ela observava os jovens com um sorriso no rosto. Jaime não pôde de deixar de sorrir.
– Sente saudade de lutar? - Perguntou o Lannister, sentando-se ao seu lado. A dama de Tarth o olhou, seu rosto estava sereno.
– Um pouco. - Disse, dando um sorriso. - Ainda pratico, mas muito menos. Não posso fazer muito esforço.
– Sim. - Concordou o homem, levando sua mão até a barriga saliente da esposa. - Faria mal ao bebê.
– Eu sei. - Brienne deu um beijo rápido nos lábios do leão, e voltou sua atenção para os jovens lutando com espadas sem gume.
– Chegou uma carta para mim hoje, de Porto Real.
– Oh... Continue. - Brienne disse, voltando toda sua atenção para Jaime. Uma ruga de preocupação apareceu no meio de suas sobrancelhas, e o Lannister pegou sua mão.
– Não precisa se preocupar. - Pediu. - Não foi da Rainha. Na verdade, não tinha identificação. Mas foi Varys, tenho certeza.
– O espião? - Perguntou Brienne. - E o que dizia na carta?
– Tyrion é a nova Mão de Daenerys. Era isso que dizia. - Respondeu Jaime, sem saber o que fazer em seguida. Brienne abriu a boca, um tanto surpresa.
– Não sei o que dizer. - A mulher admitiu.
– Nem eu. Nem o que fazer, na verdade.
– Não faça nada. O que importa? - Perguntou Brienne. Sem perceber, apertou um pouco mais a mão de seu marido. Ela se apavora só com a ideia de eu voltar a mencionar o nome da Capital.
– Eu... Eu preciso vê-lo, Brienne. - Disse Jaime, relutante. - Ele é meu irmão. Ele provavelmente me odeia, mas preciso vê-lo.
– Mas a Rainha pedirá sua cabeça! - Respondeu a dama de Tarth, quase gritando. Seus olhos de safira estavam arregalados, quase implorando-o para ficar. - Não pode ir. - Pediu.
Vê-la daquela maneira partia o coração do leão. Não queria estressá-la.
– Eu vou, Brienne. Sinto muito. Eu voltarei, prometo.
– Não me pode fazer essa promessa. Você não tem certeza disso.- Ela tinha razão. Ele não podia prometer nada. - Se você vai, eu também irei.
– O que?! - Exclamou Jaime, embora não estivesse muito surpreso. Pensei mesmo que ela não iria comigo? Não é como as outras mulheres, que querem jóias ou vestidos de seda, refletiu, enquanto olhava para o semblante de Brienne. Minha mulher quer uma espada na mão e uma causa para acreditar e lutar por ela. Levou sua mão ao rosto de Brienne, não conseguindo evitar um sorriso.
– Esse sorriso quer dizer que você não tentará me convencer a ficar? - Perguntou a garota, sorrindo também.
– Não. - Jaime se recompôs, sério. - Você precisa ficar. Pense no bebê.
– Eu estou pensando. Mas estou pensando em você também. - Revidou Brienne. - Eu irei. Não importa o que você falar. Eu irei!
– Eu te amo, sabia disso? - Perguntou Jaime, rindo. - Deuses, como você é teimosa.
Brienne levou sua boca até a do Lannister, selando seus lábios. Começou um beijo apaixonado, e Jaime percebeu que, realmente, não conseguiria fazer essa viagem sem ela.
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