Jaime sente que está séculos perdido em seus sonhos. Não conseguia acordar, mesmo que tentasse.

Então, de repente, ele sente uma dor aguda em seu fígado. Essa é a hora que eu morrerei?, se pegou pensando. Se sentia com mais de cem anos.

Abriu os olhos devagar, suas pálpebras pareciam chumbos. Mas conseguiu vê-la. Uma mulher de uma roupa vermelha, Jaime não saberia dizer se usava um vestido ou não. Sua visão estava muito turva para conseguir distinguir todos os detalhes.

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Seu rosto era coberto por uma máscara de madeira laqueada. Em seu pescoço, Jaime pôde ver um colar de rubi brilhoso. Imediatamente, se voltou para a noite em que matara Melisandre.

– O que... - Tentou começar a dizer. Gostaria de perguntar quem ela era, se ele estava morrendo, o que estava acontecendo. Mas nenhum som saiu de sua boca.

Não fale.– Disse a mulher. Sua voz era suave e não estava nem um pouco abafada pela máscara. - Você precisa viver, Azor Ahai.– Jaime engoliu em seco. Quem é você?, se perguntou e, como se a mulher sem rosto pudesse ouvir seus pensamentos, ela respondeu: - Não te direi quem eu sou. Ainda não. Logo você descobrirá.

Dito isso, a mulher fechou as pálpebras de Jaime e ele não fez menção de abri-las novamente. Estou tão cansado...

– Eu vou sobreviver? - Jaime conseguiu murmurar, a escuridão já dominando sua vista.

Você precisa sobreviver. - Respondeu a mulher misteriosa. - Uma recompensa você ganhará. Uma espada de duas mãos, e mãos que possam manejá-la.

Eu tenho uma mão de ouro inútil, o leão quis dizer, mas não encontrou forças para tal. Riu baixinho. Algo naquela situação parecia muito cômica.

Passaram-se horas e Jaime teve sonhos tranquilos. Ao acordar, percebeu que sua visão estava normal e os calafrios haviam passado. Se sentou na cama sem sentir nenhuma dor, e percebeu que estava curado. Demorou apenas alguns instantes para fechar seus olhos e cair em um sono profundo novamente.