Sansa Stark amassou o pergaminho recebido da Rainha de Prata e jogou na lareira. Observou por alguns momentos enquanto as chamas lambiam as palavras de Daenerys.

– Minha Rainha? - Pergunta Grande Jon Umber. - O que estava escrito na carta?

– Daenerys procura ajoelhadores. - Responde a Rainha do Norte. - Pede para que um representante das nobres Casas vá até ela para jurar lealdade. E eu irei.

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– Você irá? - Perguntou Jon, levantando uma sobrancelha.

– Sim, eu irei. Mas eu não irei para me ajoelhar. - Disse a garota Stark, decidida. - Chame nossos vassalos, Senhor. Nós iremos para Porto Real, mas com um exército. Eu tomarei o Trono de Ferro. Essa Rainha de Prata só trará mais dor para os Sete Reinos, com sua mentalidade de menina e seus três dragões. Ela não será melhor que seu pai, o Rei Louco, tenho certeza disso. Apenas eu, que conheci a dor de perder minha família, minha boa e nobre família, sei como governar Westeros.

Grande Jon Umber se ajoelhou.

– Minha Rainha, minha espada e meus homens são seus. Diga, e nós marcharemos, lutaremos e morreremos por você.

A loba deu um sorriso tímido. Parecia satisfeita consigo mesma. Marcharei contra essa Daenerys Targaryen, e finalmente os Sete Reinos verão a fúria dos nortenhos. A filha de Ned Stark voltará para tomar o Trono de Ferro e vingar sua família.

Sansa andou pela grande sala, onde havia apenas Grande Jon Umber e o Meistre. Seu longo vestido cinza, a cor de sua casa, raspava no chão de mármore enquanto a garota deslizava devagar, analisando tudo. Parecia estar flutuando.

Virou para seu vassalo, e disse:

– Convoque seus homens. Quero eles aqui até o por do sol de amanhã.

– Sim, Minha Rainha. - Respondeu Grande Jon Umber. Fez uma reverência e saiu da sala.

Sansa Stark respirou fundo, desejando seu cavaleiro do rosto queimado. Mas ela agora não era apenas uma garota apaixonada, era a Rainha do Norte, uma Stark. E tinha um Trono para conquistar e planos para fazer.

Sentou na cadeira que havia no salão, de frente para um mapa de Westeros que continha peças de madeira com o símbolo das Grandes Casas. Lembrou de Petyr, tudo que o mesmo a havia ensinado. Se deixar seus inimigos confusos, eles não saberão o que você irá fazer em seguida, a voz do homem pareceu sussurrar em seus ouvidos. Sansa se arrepiou.

Começou a mexer as peças, como se estivesse jogando xadrez, e foi bolando seus planos para derrotar a Rainha de Prata. Seu próximo alvo, quando subir no trono, será exterminar todos os Lannisters. Até o Regicida, se for preciso. Sabia que Jaime a havia ajudado, mas nenhum deles tinha honra. Sentiu um aperto no peito. Será que ter a cabeça do Regicida seria honroso de minha parte?, não deixou de se perguntar. O que meu pai diria se estivesse vivo? E então se lembrou da cabeça de Ned Stark caindo no chão do Septo de Baelor, e a fúria substituiu o aperto que sentia no peito. Olhou para a peça de leão de mármore, representando a Casa Lannister, e a jogou no fogo. Fitou as chamas enquanto elas engoliam o leão.

O Norte se lembra, pensou. Essa frase já havia virado sua oração, da qual rezava todos os dias e todas as noites. Não descansaria até vingar sua família.