A culpa é da Cecília

Digo meu adeus


Lucas esperou lá até o dia seguinte anoitecer, dando pequenos cochilos na sala de espera.

Quando os médicos entraram na sala de espera, um deles foi até Lucas e a família de Cecília.

–Eu sinto. Ela bateu a cabeça muito forte, e o corte foi muito profundo. Ela faleceu de traumatismo craniano. Fizemos o possível, mas...

O médico nem precisou terminar, os ais de Cecília estavam cobertos de lágrimas. Lucas não sabia se chorava ou gritava. Então saiu correndo de volta para casa. Entrou no seu quarto e chorou até deixar as mangas da camiseta encharcadas.

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***

Semanas se passaram, mas a dor de Lucas não desaparecia. Ele não treinava paintball desde a morte de Cecília, nem conversava mais do que o necessário. Ele não conseguia acreditar que ela havia ido. Ele não queria acreditar. Mas aquela era a realidade.

Um dia ele recebeu um envelope, o envelope do funeral de Cecília.

***

O dia de seu funeral era um dia dos que Cecília gostava; um dia ensoralado, com flores nos parcks e pássaros nas árvores. Mas Lucas não gostava de pensar nisso, pois o fazia chorar.

Ela tinha sido enterrada com o mesmo vestido que morrerá. Não havia muita gente, pois ela tinha se mudado a pouco tempo. Mas mesmo assim, todos falaram. Mas quando chegou a sua vez, Lucas não conseguiu falar. O cachão de Cecília ainda estava aberto.

Lágrimas encheram os olhos se Lucas, e a única coisa que pode dizer antes de explodir em lágrimas foi:

–Ela era uma pessoa incrível.