Renascer

Explicações


Capítulo 7 – Explicações

_Hanami-chan, acho que você deveria comer um pouco... Caso contrário, enfraquecerá.

_Obrigada, Hana-chan, mas não estou com fome. Não me desce nada pela garganta nesse momento só em imaginar a reação do Sr. Uzumaki ao descobrir o acidente que a filha sofreu. _Explicava Hanami, um tanto desesperada.

_Ora, mas a diretora já explicou, não foi? A culpa não foi sua, aliás, de ninguém. Foi um acidente que aconteceu. Console-se pela menina estar bem agora. _Hana falou tentando reanimar a irmã.

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_Acho que você tem razão. Mesmo assim, meu peito ainda dói por ter visto Miya deitada naquela cama de hospital assim que acordei. Pobre menina, tão infeliz com tantos problemas e ainda tendo que passar por mais isso... Se eu pudesse arrancar as tristezas do seu coraçãozinho com as mãos...

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_Pela décima vez, eu peço desculpas pelo infeliz incidente, Sr. Uzumaki. _Corava pela terceira vez a diretora diante do pai de Miya e da governanta Shizune.

Naruto suspirava exausto. Havia corrido a mais de cento e cinqüenta na rodovia que ligava Hokkaido à Tóquio para chegar o quanto antes ao hospital onde a filha estava acidentada.

Shizune chorava acariciando as mãozinhas fofas da menina que, já melhor, abria os olhos e sorria ao pai.

_Tudo bem. Ainda que o susto tenha sido imenso, eu pude entender que isso não estava sob o alcance de ninguém. Miya está bem, é isso que importa agora.

_O-Obrigada por entender. _Sorriu aliviada a diretora.

Naruto retribuiu o sorriso. No fundo sentia pena da diretora e do corpo docente pelo susto que haviam levado naquele final de tarde. A cada meia hora um professor ligava para o celular da diretora para saber da menina.

Não restavam dúvidas: naquela escola, sua filha era muito querida. Naruto não tiraria Miya de lá por conta de um acidente.

_ E a Srta. Inuzuka, como está? Soube pela Shizune que ela sofreu um desmaio quando soube do acidente. _Naruto perguntou à diretora.

_Ela passa bem agora. Eu a dispensei para que pudesse descansar.

_Creio que seja bom fazer-lhe uma visita para acalmá-la.

A diretora titubeou.

_Não acredito que seja prudente no momento. Hanami passou por fortes emoções e é uma pessoa muito sensível. É bom que ela descanse e volte disposta à escola, se é que o senhor me compreende. _Avisou o Uzumaki. Quem sabe o que aquele homem seria capaz de fazer? E se do nada resolvesse se alterar na presença de Hanami, que estava tão abatida? De fato, não seria uma boa idéia visitá-la.

_Ah, sim... Tudo bem então...

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Dois dias se passaram e Hanami estava de volta ao trabalho, assumindo sua sala de aula novamente. Miya também retornava, já perfeitamente bem.

A aula transcorria tranqüila. Contudo, fora no intervalo para o recreio que as coisas pareceram se complicar à professorinha da pré-escola.

_Sente-se mal, Srta. Inuzuka? _Uma das serviçais, que tirava a bandeja de café da sala dos professores, perguntou à moça quando a viu sentar-se no sofá um pouco tonta.

_Não é nada, só uma incômoda dor de cabeça. Tenho analgésico na bolsa, irei tomá-lo e logo ficarei bem.

_Ah, sim... Mas, se precisar de alguma coisa, por favor, me avise!

_Obrigada. _Sorrira gentil.

A mulher saiu da sala para seus afazeres na cantina.

Hanami procurou o remédio na bolsa, mas deixou de enxergar as coisas a sua volta quando sentiu a vista escurecer. Foi pega pela súbita tontura, e o coração aos pulos não se inquietava diante de uma inexplicável agonia.

_Kami-Sama! Que será isso que sinto? Definitivamente, não estou nada bem...

Recaiu no sofá, onde, com os olhos fechados, as vozes vindas do corredor pareciam longínquas.

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_Só passei mesmo pra ver Miya e deixar um abraço. Estou de viagem pra Hiroshima e só volto amanhã à noite. Não posso passar todo esse tempo longe sem nem me despedir dela. _Falou Naruto, recostado nas paredes frias do corredor entre a cantina e a sala dos professores.

_Ele deve ser o... pai de Miya? _Hanami estava surpresa pela ‘descoberta’.

_Claro, Sr. Uzumaki. Pedirei que chamem Miya agora mesmo.

_Obrigado, vou esperar aqui então.

Hanami tencionou levantar-se do sofá por curiosidade em espiar da porta a figura do Sr. Uzumaki, até então desconhecida para si. Não só isso: queria dizer-lhe o quando estivera preocupada com sua filha quando esta sofrera o acidente. Já estava em pé quando os olhos se fecharam e, caindo no sofá, a visão diferente estalava-se como flashes confusos.

Viu um homem com a camisa branca manchada. Os cabelos suados grudando à testa alva, e nas mãos um líquido escarlate e quente sujando a pele. Pessoas andavam alvoroçadas de um lado para o outro, e logo à frente outro homem, que nas mãos trazia uma maleta. A voz ainda jovem chamava pelo nome de... Miya.

Constatou aquilo como uma estranha visão, que para ela teria durado mais de dez minutos. A voz de Miya podia ser ouvida do corredor dando adeus ao pai depois de tê-lo abraçado e desejado boa viagem.

_K-Kami-Sama! É... _Engasgou-se com os próprios pensamentos. _É... o pai dela. Ele não pode, não pode sair de viagem...

Os olhos procuraram alguma figura masculina pelo corredor, mas adiante só estava Miya na companhia das coleguinhas.

_Miya, minha querida, onde está seu pai??? _Perguntou aflita.

_Ele já foi pro aeroporto, vai viajar pra Hiroshima.

_Não pode ser!!!

_Como sabe que meu pai esteve aqui, Srta. Hanami? Eu pensei que vocês dois ainda não se conhecessem.

_Faz tempo que ele saiu? _De repente, Hanami havia perdido as noções temporais. Sempre fora daquele jeito quando se permitia estar em seu mundo de visões. Nele, ela não distinguia tempo e espaço.

_Não, saiu agora mesmo.

O temor dentro do coração crescia cada vez mais. Hanami se julgaria culpada se algo acontecesse ao pai de Miya e ela nada pudesse fazer. Pensou em algo ainda pressionada pela corrida contra o tempo.

“Pense em alguma coisa, Hanami, pense logo...” _A moça repetia para si mesma, na confiança de que uma resposta lhe surgiria à mente.

_Tome aqui, Miya, ligue para seu pai e peça pra ele voltar, pois esqueceu de levar consigo seu coelho de pelúcia como sempre faz quando viaja. _Falou, dando à menina o celular para que esta telefonasse urgentemente para o pai.

Miya arregalou os olhos assombrada e ao mesmo tempo curiosa:

_Mas Srta. Inuzuka, como sabe que-!

_Não importa, querida, eu só sei. Agora vamos, ligue pedindo para que ele volte! Insista!

_Tá bem. _A menina obedeceu, sem entender a situação. Tomou o telefone e discou o número do pai, que há tempos sabia de cor mesmo quando nem o nome sabia escrever direito.

_Alô, papai! Sou eu, a Miya! Estou ligando do celular da Srta. Inuzuka, e ela pediu pra eu te lembrar de voltar e pegar meu coelho de pelúcia, o Koi. Você esqueceu de levar ele pra que se lembre de mim. _A menina explicou do modo como havia entendido.

_Assim não, Miya... _Hanami praguejou-se, achando que faria papel de louca para o Sr. Uzumaki.

_C-Como é? Miya, o papai já está indo pro aeroporto. Dessa vez não dá pra levar o Koi junto, porque se eu voltar vou perder o avião, princesa... Além do mais, o Koi está lá em casa em cima da sua cama, lembra? _Naruto tentou explicar de olho no trânsito conturbado.

_Não tá não, papai, hoje eu trouxe o Koi na mochila comigo... Volte papai, por favor!

_Miya, eu já disse que não vai dar...

Hanami olhou apreensiva. A tontura de novo tomando conta de seu corpo. Olhou para o relógio e viu os minutos passando.

_Insista, Miya, ele tem que voltar! Vamos, insista!

_Volte, papai! A Srta. Inuzuka está pedindo para eu insistir bastante, então volte pra pegar meu coelhinho aqui!

_Como é?! Sua professora está insistindo?! Mas... ora essa, por que isso?

_Por favor, papai! Se não levar o Koi na viagem, não vai se lembrar de mim! _Miya falou chorosa. Sempre que o pai viajava, levava consigo o coelho de pelúcia como uma espécie de pacto que tinha com a filha para ter certeza de que se lembraria da presença dela.

_Tsc, droga! Está bem. _Naruto olhou para o relógio, seguindo imediatamente o caminho contrário da rotatória do aeroporto. Decidiu voltar ao colégio às pressas para pegar o maldito brinquedo ou, caso contrário, a consciência pesaria demais por ter deixando a filha choramingando ao telefone.

_Estou voltando. _Avisou. Ainda com o celular no ouvido, a alguns metros dali pôde ver três homens encapuzados barrando o carro parado no semáforo a sua frente. Carro que tinha deixado passar porque daquele trecho em diante retornaria ao colégio e não seguiria para o aeroporto.

_M-mas isso é um... assalto??? _Naruto se espantou, esquecendo-se completamente da filha do outro lado da linha. Se estivesse indo ao aeroporto naquele momento, o carro assaltado seria o seu.

_Assalto??? O que houve, papai??? _Miya perguntou aflita.

_N-Não é... nada. Acho que estão assaltando o carro que está a minha frente. _Respondeu, desligando o celular. Do retrovisor, viu os tiros que os homens deram no motorista por certamente ter tentado reagir. Deu a ré e voltou chocado, fazendo o caminho de volta ao colégio.

Ainda boquiaberto, Naruto buscou concentrar-se no trânsito caótico de Tóquio em plenas quinze horas da tarde.

_Aquele assalto, aqueles tiros... Seriam pra mim se... _Estava emocionado demais para continuar a frase.

_Pronto, Srta. Inuzuka, o papai está vindo pra cá.

_Ótimo, querida. Agora, volte para o recreio antes que dêem pela sua falta junto dos demais. _Hanami sorriu, tentando disfarçar o disparo anormal do coração. Embora inquieta, sentia certo alívio em saber que tudo havia dado certo.

Quando Miya se afastou, a professorinha não conseguiu mais segurar a emoção e cansaço. Deixou que a tontura outra vez dominasse o corpo, caindo mórbida no chão da sala dos professores.

_Srta. Inuzuka! _A diretora berrou acudindo a moça que, mole em seus braços, estava desmaiada.

_E-Eu... ficarei bem. Não importa... eles estão b-bem... _Fora a última coisa dita entre densas lágrimas antes de abrir os olhos e descobrir-se outra vez num quarto de hospital.

_O que houve? _Perguntou Hanami.

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Ao lado da cama, a mulher de vestido longuete e coque bem feito no alto da cabeça a analisava seriamente.

_Hanami, minha cara, está mais do que decidido que irá tirar pelo menos um mês de licença a fim de se recuperar desse desgaste mental. _Sentenciou a diretora.

_Um mês de licença da escola em pleno bimestre letivo???_A Inuzuka aterrorizou-se com a possibilidade de perder o emprego.

_Não se preocupe, poremos uma substituta em seu lugar. Contudo, o cargo ainda será seu quando voltar mais disposta.

CONTINUA...

Ai como eu AMO grandes doses de emoção!!! E vocês, também estão gostando? Bem, espero que sim. Não percam o próximo capítulo, porque ele estará simplesmente DEMAIS. Comentem e recomendem a história, eu ficarei muito grata.

Um BIG Beijo à Mari May, minha BBB, afinal o que seria de mim sem uma BETA maravilhosa como ela?