Akai Ito

Crazy Little Thing Called Love


Capítulo XV

"A distancia entre a amizade

é o amor é a distancia de um beijo"

(Autor Desconhecido)

Coisinha maluca chamada amor

Ainda sentindo uma dor de cabeça infernal Naruto se levantou, bateu a cabeça em alguma prateleira e quase arrancou o dedo mindinho ao trombar a com cômoda. Os próximos cinco minutos de palavrões não foram suficientes, xingou toda geração passada e futura da cômoda e ainda sim não se sentia satisfeito.

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Entrou rapidamente no banheiro, antes que seus punhos colidissem com o objeto de madeira e trouxessem mais problemas. Tomou um banho quente e ali mesmo fez sua higiene matinal, economizaria água e tempo, assim ninguém poderia dizer que ele não contribuiu para o bem do planeta.

Enxugou-se e jogou a toalha dentro do cesto, ainda nu, saiu do banheiro a procura de uma cueca. Em seu relógio marcavam onze e quarenta e cinco, um dia de aula perdido. Com certeza seu pai não gostaria nem um pouco disso, afinal, ainda era ele quem pagava.

Virou-se em direção a cama não se surpreendendo ao encontrar uma garota coberta ate o topo, apenas seus cabelos longos e negros poderiam ser vistos. Uma expressão decepcionada formou em seu rosto, havia traído seus próprios sentimentos, odiava beber por conta disso, sempre pegava algumas mulheres e logo pela manhã o arrependimento o martirizava pelo resto do dia. Caminhou ate o guarda-roupa e inclinou-se a procura de suas roupas, ficando de costas para a garota que dormia.

Um grito fino ensurdecedor assustou o Uzumaki, que se levantou imediatamente e consigo girou o corpo. Hinata soltou mais alguns gritos o mandando se vestir. Ainda em estado de choque, o loiro continuou observando a Hyuuga esconder o rosto embaixo da coberta.

─ Vo-vo-você j-já se ve-vestiu? – não ousaria olhar, suas bochechas queimavam. Se sentia tão constrangida que sua maior vontade era de enfiar sua cabeça em um buraco e não sair dali ate 2030.

─ Hinata? E-eu ... bem, como você ... – tentou formular uma pergunta, o que foi completamente inútil. Rapidamente vestiu uma cueca qualquer, ainda estava envergonhado – Pronto!

Hinata retirou a coberta de seu rosto vagarosamente, a imagem do loiro nu, não sai de sua mente. Era nessas horas que sentia ódio de si mesmo por ter uma memória fotográfica tão fantástica. Seus olho fitaram os pés descalços de Naruto, em nenhum momento ousou olhar para o restante do corpo.

─ Então... Como você veio parar aqui Hinata-chan? – interrompeu o silencio constrangedor, não se lembrava de muita coisa e com certeza Hinata não estava incluída no que se lembrava.

─ Você bebeu... muito. Então te trouxe para casa, estava tarde para voltar...

─ Entendi. Me Desculpe por isso – coçou a nuca com um sorriso largo nos lábios, era um costume que havia pego de sua mãe sempre que se encontrava nervoso ou sem graça.

─ Tu-tudo be-bem – o silencio predominou mais uma vez, ambos travavam uma batalha com a própria consciência.

A batida na porta os assustou, Hinata tentou se esconder mais uma vez, o que foi inútil. A porta se abriu em seguida passando por ela uma ruiva bastante preocupada.

─ Filho, esta tudo bem? Haku acabou de me contar que você não desceu para tomar café da manhã. Bebeu novamente?

─ To bem mãe, passei da conta ontem e cheguei tarde – deu de ombros – Já já desço.

─ Certo – seus olhos seguiram o monte que havia na cama – Quem é a garota? Usou camisinha né? – perguntou curiosa.

─ Claro mãe – respondeu tranquilo, buscou por uma bermuda vermelha e a vestiu.

─ O-o q-que? – Hinata mostrou seu rosto perplexo, não acreditava que mãe e filho estavam realmente falando sobre aquilo.

─ Oh! Hinata-chan? – Kushina abriu um sorriso largo e radiante – Deus ouviu minhas preces, finalmente meu filho pegou a Hyuuga de jeito.

─ Na-não é... na-não é na-nada di-disso... na-não é ....

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─ Não precisa se envergonhar Hinata-chan, meu filhinho é bem potente não é? – sorriu dando alguns tapinhas no ombro do filho.

Hinata sentia o ar lhe faltar, seu corpo todo, principalmente suas bochechas queimavam tamanho era seu constrangimento.

─ Hinata-chan? – Naruto a olhou preocupado, a morena havia ficado vermelha e agora parecia estar ficando roxa, uma mistura de coloração tomava conta de seu rosto – Hinata-chan? MÃE CHAMA UM MEDICO! CHAMA O DOUTOR HOUSE E CHAM....

─ QUIETO NARUTO! – socou a cabeça do loiro o calando. Em um instante sua expressão mudou, virou-se para a Hyuuga com um sorriso gentil - Hinata-chan vou buscar uma água para você, tudo bem? - não aguardou por uma resposta, saiu rapidamente os deixando a sós.

Naruto aproximou-se de Hinata, que aos poucos voltava a sua cor natural. Seus olhos azuis a observavam minuciosamente, estava preocupado e aflito, era inevitável.

─ Mu-muito pe-perto - sussurrou em um fio de voz.

─ O que disse? - Naruto chegou ainda mais perto do rosto da morena, não havia segundas intenções, apenas curiosidade - Ai meu Deus, você ta ficando vermelha de novo - apavorou-se, agarrou Hinata pelos ombros e olhou nos olhos, no momento seguinte a Hyuuga estava desacordada em seus braços - HINATA-CHAN?! AI MEU DEUS,HINATA-CHAN NÃO MORRA! O QUE EU FAÇO? - desesperado deitou a moça na cama e parou para pensar. Não tinha noção alguma de primeiro socorros, mas havia visto em muitos filmes fazerem respiração boca a boca - E isso! - exclamou, a vida de Hinata estava em suas mãos, era tudo ou nada - Eu vou te salvar Hinata-chan - engoliu seco, colocou suas duas mãos uma a cada lado do corpo da moça, aproximou seu rosto vagarosamente e fez um biquinho. Estava quase lá quando a porta foi aberta, interrompendo seu salvamento.

─ Naruto o que pensa que esta fazendo? - indagou Ino ao lado de Sakura.

─ Salvando a Hinata-chan - murmurou.

─ Isso não me parece um salvamento - disse Sakura arqueando a sobrancelha.

─ O QUE? NÃO E NA....

Hinata abriu os olhos, assim que viu o loiro encima de si agiu por impulso, o empurrou para fora da cama soltando mais um grito aterrorizado. Naruto gemeu de dor ao bater as costas no chão, também havia se assustado. Sakura e Ino não estavam entendendo muita coisa, ou talvez ate demais, com tudo, aquela cena tinha sido hilária restando apenas rir de toda aquela situação.

Depois de Kushina cuidar do filho e sair do quarto para buscar alguns lanchinhos, Sakura e Ino encararam o casal com sorrisos maliciosos.

─ Então vocês passaram a noite juntos? Antes tarde do que nunca, Hinatinha - comentou Ino eufórica.

─ Na-não a-aconteceu na-nada ge-gente - não conseguia encarar ninguém, se havia um dia ruim, aquele era o seu dia. Estava ficando nervosa e para ajudar Naruto resolveu adaptar-se ao silencio - Eu só trouxe o Naruto-kun para casa, como estava tarde ele pediu para que eu ficasse. Foi apenas isso.

─ E como explica a cena pré sexo que acabamos de ver? - indagou Ino.

Hinata corou escondendo o rosto com as mãos.

─ Não aconteceu nada, quantas vezes Hinata precisa repetir? - Naruto pronunciou com seriedade, se sentia incomodado - O que vieram fazer aqui?

─ Naruto - assim como Hinata, Ino e Sakura ficaram surpresas com o tom rude. O Uzumaki jamais havia sido rude com ninguém. Por um momento o silêncio incomodo reinou, até Sakura quebra-lo.

─ Desculpe por não ter avisado Naruto , fiquei preocupada quando soube que vocês não foram a faculdade. Fomos a casa de Hinata e o pai e a irmã dela estavam desesperados, então decidimos vir falar com você, para quem sabe nos ajudar - explicou.

─ Céus, meu pai vai me matar - murmurou Hinata em pânico.

─ Calma Hina, pode deixar comigo - disse Naruto confiante - E desculpe meninas, mas e que não houve nada mesmo, não Hina-chan? - abraçou a morena pelos ombros enquanto colocava a outra mão atrás da própria nuca com um sorriso largo nos lábios.

─ Na-Naruto-kun - arregalou os olhos - Mu-muito pe-perto - sussurrou para si mesma.

─ Mas bem que poderia ter não é? - propôs a Yamanaka se divertindo com os variados tons de vermelho que o casal adquiria.

─ Concordo com você Ino-chan - indagou Kushina ao entrar com uma bandeja - Hinata-chan e tão adorável, contanto que sempre usem preservativos e se cuidem ate que se formem na faculdade, ficaria muito feliz em tela como nora.

Sakura e Ino se entreolharam aos risos. Kushina era uma mãe bastante moderna, aberta a diversos tipo de assunto quebrando qualquer tabu.

─ Ei, não fiquem acanhadas, sexo entre um casal e algo tão normal quanto beber água - disse a ruiva - Hinata-chan, coma tudo. Meu filho precisa ter onde pegar - murmurou com um sorriso sapeca, depositou a bandeja sobre a cômoda e virou-se para o filho

─ Naruto arrume já esta bagunça, mostre para as moças como você e organizado.

─ Mas eu não sou mãe - odiava arrumação, nunca achava nada quando precisava.

─ NÃO FOI ASSIM QUE EU TE CRIEI MENINO, ARRUME ESSA BADERNA AGORA MESMO - ordenou. Imediatamente o loiro começou a forrar a cama - Muito bem, vou terminar de ajudar Haku a preparar o almoço. Não o ajudem meninas - sorriu gentilmente e saiu.

─ Sua mãe e assustadora quando quer - sussurrou Ino olhando a porta por a ruiva acabara de passar.

─ Ela ainda esta sendo simpática por vocês estarem aqui, droga de lençol, como se dobra isso?

─ Se vira Naruto - disse Sakura, não desobedeceria Kushina nem sobre tortura.

─ Eu preciso ir - pronunciou Hinata afoita - Meu pai vai me matar, preciso ir - rapidamente calçou as sandálias e pegou seus pertences.

─ Ei Hina-chan espera, eu te levo e...

─ NÃO - o cortou assustada - Desculpe, mas não precisa - sem olhar para trás Hinata correu entre os corredores, desceu alguns degraus e saiu pela porta da frente. Ainda podia se ouvir os gritos de Ino e Sakura pedindo para que esperasse, mas apenas ignorou. Precisava ficar sozinha e colocar seus pensamentos no lugar.

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Depois do período de aula Sasuke resolveu sair para esfriar a cabeça, desde o acidente tudo estava confuso demais, cansativo demais. Antes de sair, resolver checar se uma certa rosada tinha como voltar para casa sem ele.

Ao saber que ela já tinha ido embora com suas amigas se sentiu aliviado, pela primeira vez ele teria um dia sem grandes preocupações. Ao menos por um dia ele poderia ser o antigo Sasuke.

Sasuke pegou o ônibus, já que seu pai insistia em deixa-lo sem carro, e sentou-se próximo a janela. Enquanto tentava descansar a mente pode perceber os risinhos e cochichos das garotas a sua volta. Desde pequeno o moreno odiava aquilo, aquele tipo de garota era tão irritante. Elas sempre ficavam o olhando e idealizando uma vida ao lado dele, o chamavam de príncipe e blá blá blá. Afinal de contas o que as faziam pensar que só por que ele era bonito tinha que ser um príncipe encantado que realizaria todos os sonhos delas ? Irritado decidiu por descer do ônibus e continuar o caminho a pé.

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Ao chegar em seu destino sorriu, desde pequeno aquele lugar tinha se tornado seu refúgio, por muito tempo ele achou que ia ali para que a ruiva pudesse se sentir melhor mas no final das contas era ele quem se sentia bem, aquele lugar

era tão familiar e reconfortante. Aproximando-se da porta entrou de uma vez e começou a gritar :

─ Querida, cheguei!

Karin não pode conter o riso, Sasuke era um bobo completo, talvez por isso ela gostasse tanto dele, rir ao lado dele era sempre tão fácil que até o dia mais nublado se tornava lindo.

─ Bem vindo amor, o que te traz aqui ? - abraçou o rapaz.

─ Eu vim realizar seu sonho de passar o dia comigo - piscou.

─ Hm, eu não lembro de ter tido esse sonho - sorriu.

─ Vamos lá ruivinha, vamos passar o dia juntos - a puxou em direção a porta.

─ Nananinanao! Eu preciso trabalhar - soltou seu braço.

─Trabalhar pra que?

─ Pra ganhar dinheiro, talvez ? Sabe, eu não sou dependente da minha família.

─ Hm.

─ Vamos fazer assim, você me ajuda e eu serei toda sua depois.

─Toda minha é? - Ergueu a sobrancelha.

─ QUE? Não é isso... Sasuke... - a vermelhidão tomou conta de seu rosto.

─ você disse está dito, agora vamos trabalhar água de salsicha.

Ambos passaram a tarde toda levando caixas e organizando roupas. A boutique vinha recebendo diversas encomendas deixando Karin cada vez mais ocupada, Sasuke estava sendo de grande ajuda, para o que levaria dois dias, em apenas um tudo se encontrava em seu devido lugar.

Cansado Sasuke sentou no chão e começou a se abanar enquanto olhava uma ruiva descabelada subir as escadas com um monte de roupa nos braços.

─ EI! Você não vai me ajudar não? - declarou a Uzumaki enquanto terminava de subir as escadas.

─ Eu não - deu de ombros - Já terminei meu trabalho não tenho nada haver com o seu.

─ Grosso! - bufou enquanto colocava as roupas em cima do caixa - Você era tão legal quando era mais jovem Sasuke, o que aconteceu com aquele cavalheiro?

─ Ele cresceu e descobriu que as garotas gostam mais do lobo mau - piscou.

─ Não sei por que ainda tento falar com você - ergueu os braços.

─ Agora chega de falar cabeça de fósforo, você falou que seria minha, então... - puxou a amiga pela cintura a levando em direção a porta.

─ E onde você quer ir?

─ Pra sua casa - sorriu de canto.

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Já devidamente vestido, Naruto foi até a sala ver as garotas que haviam ido visita-lo.

─ Desculpe Sakura-chan, não queria que você visse nem a Huna-chan passa se por uma situação dessa.

─ Tudo bem Naruto - levantou e abraçou o amigo.

─ E eu? Eu também vi tudo aquilo - cruzou os braços emburrada

─ Você viu tudo aquilo e muito mais né Ino?

─ Que? mas ...- ficou vermelha

─ Ah, porquinha sua vida sexual é um livro aberto, nem sei como você ainda fica vermelha quando alguém fala isso - sorriu abraçando a loira.

─ Calada! - mostrou a língua - E então Naruto, me conte como foi?

─ Com o foi o que?

─ A noite seu tonto, como foi a noite com a Hinata?

─ Foi legal, a Hinata é muito gentil.

─ Então vocês...

─ A gente o que?

─ Você sabe, vocês...

─ A gente o que?

─ vocês dormiram juntos, transaram sei lá como você prefere chamar- bufou.

─ Não, claro que não! - virou o rosto para esconder o rubor.

─ Aff, pensei que você era mais másculo - não escondeu a decepção na sua voz.

─ Porca, por que você não cala a boca ou melhor vai ajudar a dona Kushima vai - empurrou a loira para fora da sala.

Agora sozinhos Naruto e Sakura se entreolharam, a rosada pousou a mão suavemente no joelho do amigo e pronunciou:

─ E então, como você está?

─ Bem - sorriu minimamente

─ Não minta para mim Naruto, eu te conheço desde quando éramos pequenos.

─ Eu gosto dela Sakura-chan, gosto muito - confessou com o semblante triste.

─ Eu sei Naruto, da pra ver isso nos seus olhos - sorriu.

─ Eu não queria deixar a Hinata numa encrenca.

─ Então não deixe ué!

─ E o que eu posso fazer?

─ Vai atrás dela, vai! - bateu no ombro do amigo.

─ Mas o pai dela vai me matar- tremeu.

─ Então morra por amor, meu amigo! - piscou..

─ Você está certa, eu vou - beijou a bochecha da amiga e correu sem olhar para atrás. Lutaria por seu amor, lutaria por Hinata.

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Ino voltou para sala e percebeu que um certo loiro não se encontrava mais ali

─ Ué, cadê o Naruto?

─ Foi atrás da Hinata - deu de ombros.

─ Ele o que? - espantou-se - Sakura você está louca? O pai da Hina vai matar ele!

─ Talvez... ou ele pode achar o Naruto muito corajoso e assim eu terei sido a responsável por juntar aqueles dois - sorriu.

─ Sakura... Sakura - balançou a cabeça negativamente.

─ Ino... Ino, deixe ser chata. Agora vamos dar o fora daqui - se levantou

─ TIA KUSHINAA! ESTAMOS INDO, OBRIGADA POR TUDO - gritaram enquanto atravessavam a porta.

Já dentro do carro de Ino, devidamente acomodadas, pronunciou a loira

─ E ai testuda, como estão as coisas?

─ Bem - sorriu.

─ E como está a sua cabeça? Você já começou a se lembrar das coisas?

─ Ainda não - bufou - A médica disse que eu posso nunca mais me lembrar - observou a rua através da janela.

─ Tenho certeza que você vai se lembrar - sorriu

─ Espero que sim porca, espero que sim.

─ Mas me fala, como é morar com aquela delícia de Uchiha? Você já viu ele pelado?

─ CLARO QUE NÃO - o rubor tomou conta de seu rosto - Porca pervertida.

─ Eu não sou pervertida, você que é muito inocente Sakura - riu - Não me diga que você nunca teve vontade de dar uma espiadinha naquele homem sem roupa?

─ Mas é claro que não - escondeu o rosto.

─ Aham, tá bom! Vou fingir que acredito - torceu o nariz.

Ambas permaneceram em silencio o restante do caminho. Assim que chegaram em frente a casa da rosada está beijou a bochecha da amiga e correu para dentro de casa.

Sakura comeu uma besteira qualquer e foi tomar banho. Ao sair do banheiro vestiu seu pijama e resolveu ir dormir, ela vinha se sentindo tão cansada que dormir 6 horas da tarde não atrapalharia em nada seu sono.

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Quando chegou na casa da ruiva, Sasuke se jogou no sofá.

─ E ai Sasuke, o que você quer?

─ Quero você - sorriu de canto.

─ Você... O QUE?

─ Foi isso mesmo que você ouviu, agora senta aqui - bateu na lateral do sofá.

A ruiva não podia conter a vermelhidão que se apossava de seu rosto, seu coração batia descompassado em seu peito dando a impressão de que a qualquer momento ele poderia explodir. Vagarosamente, sentou-se no lugar que foi indicado, Sasuke se aproximou e quando estava a poucos centímetros do rosto da amiga pronunciou com a voz rouca:

─ Não se mecha.

Sasuke se aproximava cada vez mais, a ruiva já podia sentir a respiração dele tocar sua bochecha, por um momento fechou os olhos, quando ele repousou a cabeça sobre seu colo e a olhou profundamente.

─ Faça cafuné na minha cabeça, escrava!

─ Cafuné? MAS QUE PORCARIA É ESSA? - seus olhos se abriram surpresos.

─ Você sabe ketchup, é quando você meche no meu cabelo e ...

─ Eu sei o que é cafuné seu babaca - bufou - Eu quero saber que historia é essa de escrava?!

─ Você disse que faria o que eu quisesse se eu te ajudasse, lembra? Pois agora eu quero que você faça cafuné em mim ! - ordenou aconchegando-se no colo da Uzumaki.

─ Não, eu me recuso - cruzou os braços.

─ Anda logo escrava, se não vou pegar o chicote - sorriu sapeca.

Mas uma vez o rubor tomou conta das bochechas da ruiva que contra sua vontade começou a fazer caminhos imaginários nos cabelos negros. Sasuke sorriu e fechou seus olhos se entregando ao sono que começava a se apossar de seu corpo.

Karin não sabia a quanto tempo estava ali naquela mesma posição, seu corpo já latejava pelo desconforto, porém, ela não era capaz de acordar o rapaz. Sasuke dormia tão suavemente que por um momento ela se sentiu de volta aos tempos de infância, quando ambos passavam as tardes no parque e acabavam dormindo ao pé de alguma arvore, ou melhor, ele acabava dormindo enquanto ela o admirava.

Hipnotizada, Karin não pode deixar de sorrir, Sasuke parecia um anjo adormecido em seus braços. Vagarosamente, aproximou seu rosto do rapaz e depositou-lhe um suave beijo nos lábios, acariciando os cabelos do moreno, sussurrou em seu ouvido:

─ Mesmo que existam obstáculos, tenho certeza que ficaremos juntos - sorriu - E esse será apenas o primeiro de muito beijos - declarou como uma promessa.

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Com o anoitecer veio o clima frio e chuvoso, Sakura se encolheu embaixo do edredom escondendo o rosto, gostava de chuva, mas odiava trovões, estes eram assustadores e lhe davam uma sensação de pânico.

O som alto e estrondoso invadiu seu quarto, uma luz cortou o céu por breves segundos, foi quando ela sentiu o medo tomar conta do seu sono. Levantou-se e abriu a porta devagar, o corredor estava em completo breu, caminhou ate a porta do quarto dos pais e preparou-se para girar a maçaneta, quando ouviu algo semelhante a um gemido. Seus olhos se arregalaram e suas bochechas coraram, não precisava de muito para concluir o que estava acontecendo. Rapidamente se afastou da porta como se sentisse nojo, fez uma careta e caminhou ate a ultima porta do corredor. Hesitou, mas ao ouvir o som ensurdecedor, em menos de um segundo já se encontrava dentro do quarto hospedado pelo Uchiha.

Seus olhos procuraram pela cama encontrando o montinho encolhido. Mais uma vez o barulho do trovão ecoou, o quarto ficou claro por alguns segundos em seguida de volta a escuridão. Seu medo tornou a incomoda-la, sem muito pensar entrou por baixo do coberto, se sentia mais segura. Aconchegou-se ali e permaneceu olhando o rosto de Sasuke.

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─ Como pode ser tão bonito ate mesmo quando dorme? – sussurrou para si mesma.

─ Gostoso, másculo e sexy também – murmurou sonolento.

─ Você é muito convencido – continuou o observando, o Uchiha permanecia de olhos fechados.

─ Olhe nos meus olhos e diga que é mentira – seus ônix se abriram vagarosamente, seu rosto aproximou-se do dela tocando seus narizes.

Sakura perdeu o ar, lutava para desviar seus olhos, mas nada parecia mais hipnotizante do que aqueles olhos negros.

─ Depois eu que sou o pervertido – seu riso abafado trouxe a rosada de volta a realidade.

─ E-eu não sou pervertida, tenho medo de trovões. Por isso vim dormir aqui – concluiu tão natural como se contasse sobre seu cotidiano.

─ De jeito nenhum, não estou a fim de morrer. Tenho muito pra viver.

─ Por favor – piscou seus olhos diversas vezes – Deixa Sasuke.

─ Você tem noção do que esta pedindo? – ergueu o corpo apoiando sobre o cotovelo. Seu olhar malicioso a analisava minuciosamente.

─ Eu sei, pode parecer algo... você sabe, mas eu só não quero dormir sozinha.

─ Você não tem 5 anos, supere seus medos e cai fora – empurrou a garota para fora da cama a fazendo cair de bumbum no chão – Anda Sakura, se manda! Eu não só durmo com mulheres, consegue entender?

─ Faça uma exceção – tentava se aconchegar de novo na cama mas ele a impedia a todo custo.

Esticando o corpo ao máximo que conseguia o Uchiha ocupava todo o colchão. Em um instante de fúria Sakura mordeu o bumbum do rapaz que de tamanha surpresa e dor se encolheu deixando assim a cama livre para a rosada.

O Uchiha suspirou com pesar, estava começando a se irritar.

─ Sakura eu...

Um estrondo interrompeu o que ia dizer, a Haruno amedrontada atirou-se nos braços do rapaz, escondendo o rosto na curva de seu pescoço, um arrepio percorreu sua espinha. No inicio havia achado que era apenas frescura, mas quando ouviu o choro contido soube que aquele medo era mais serio do que imaginava.

─ Por favor me deixa ficar, eu prometo ir embora antes dos meus pais acordarem – implorou entre soluços.

Sasuke sabia que ela não se lembraria de nada pela manhã, e era por esta razão que tentava impedi-la de ficar.

— Por favor...

─ Ok – se arrependeria depois, mas o que poderia fazer? – Você é a primeira – murmurou acariciando os fios róseos, aos poucos Sakura diminuía o choro.

─ Primeira o que? – sussurrou com voz ainda embargada.

─ Que literalmente dorme com o gostosão aqui – apesar do tom divertido sua voz continha seriedade – Agora durma – plantou um beijo sobre a testa da rosada que logo adormeceu.

Sasuke a observou por um longo tempo ate pegar no sono. Quando o sol nasceu, o Uchiha acordou com o corpo pequeno da moça se aconchegando em seus braços, um sorriso torto surgiu em seus lábios quando reparou que a envolvia pela cintura e a mesma se sentia confortável dormindo em seu peito.

Com dificuldade se levantou e a pegou no colo, levou-a ate o quarto e depositou sobre a cama, após cobri-la permaneceu parado a olhando enquanto dormia. Havia uma sensação estranha que o incomodava constantemente. Balançou a cabeça espantando qualquer pensamento e voltou ao seu quarto. Assim que se cobriu o sono veio rapidamente, o levando para outra dimensão.