Os Herdeiros da Máfia

Capítulo 27


POV Kathy

Não verifiquei se tinha alguém ou não me seguindo, mas continuei andando entre os corredores, nunca na minha vida tinha entrado nesse lugar, mas era igual um labirinto, por onde passava tinha mais e mais seguranças, todos nossos, era fácil identificar pelo broche com o brasão da minha família delicadamente colocados em seus ternos, por onde passava eles me olhavam e desviavam, sinceramente não entendia aquilo e muito menos queria saber no momento, só continue andando como minha vida dependesse em sair daquele lugar. Descobri que estava perto da saída quando comecei a escutar os murmúrios dos jogadores no cassino, cada vez mais alto e pela primeira vez escutei passos atrás de mim.

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— O que pensa que estava fazendo? Mandei matar ela, Kathy! — Tio Alaric puxou o meu braço e me fez o encarar — você poderia ter jogado tudo por água abaixo. Eu disse que era pra fazer tudo que eu mandasse.

Não conseguia olhá-lo, sei que deveria tê-la matado, mas eu não consegui matar alguém que ajudou o meu pai.

— Ric, solte-a — pediu alguém no escuro e reconheci a voz, era Damon — Ela vez o melhor que ela podia, não pode culpá-la.

Ele se aproximou de nós dois e deixou a luz o atingir. Encarei os seus olhos, ele transmitiam calma.

— Não se envolva Damon — Rosnou titio para o melhor amigo — vocês são novos nisso, não sabem o que essas pessoas podem fazer se descobrirem que na verdade quem foi sequestrada foi a Elena e não a Kathy. — ele soltou o meu braço devagar, passou a mão nas têmporas de forma excessiva e me encarou novamente — mas graças ao santo Deus que tudo deu certo. Eles pensaram que ela só estava nervosa por causa do sequestro do pai e só não matou a Rob Jane em uma forma de quitar uma dívida.

Passei a mão no braço que ele puxou, ele olhou para o braço e depois para mim, abriu a boca para dizer alguma coisa, mas o interrompi.

— Estou bem. Estou indo para casa para ver como a minha estar — ele concordou. Virei para o Damon — Obrigada novamente Damon.

Não esperei sua resposta e segui o caminho novamente, luzes, músicas e vozes adentram o meu ouvido, já estava fora dos corredores quando vi os gêmeos siameses na porta provavelmente me esperando, passei por eles sem falar nada e eles também não. Continuei o meu caminho de volta para o lob do hotel e quando cheguei do fim do meu trajeto, Kol estava encostado na recepção conversando com as meninas animadamente. — Será que todos conseguiram sair primeiro que eu daquele lugar? — uma das recepcionistas olhou por cima do seu ombro direto para mim, sorriu e logo depois avisou ao Kol da minha chegada. Ele desencostou e pegou uma trilha até mim, não antes de alguém entrar na minha frente.

O olhei rápido antes dele se curvar e me beijar os lábios, mas foi rápido, segundos na verdade, pois ele se afastou e olhou no fundo dos meus olhos, não movi sequer um músculo, continue lá parada igual uma pateta. Sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas o quê? Por aquilo eu não esperava.

Tentei usar esse momento para analisá-lo. Ele era alto, como o corpo todo definido, seu rosto era lindo, um pouco aristocráticos, barba para fazer, cabelos loiros escuros e olhos verdes-azulados. Ele vestia um lindo e caro terno azul marinho. Ele me olhava desconfiado e que merda ainda to parada aqui olhando para ele?

Ele simplesmente suavizou os olhos como se estivesse entendido tudo.

— Você não é a Elena! — arregalei os olhos e ele sorriu. Tentei voltar pro modo Elena, mas não deu certo — conheço a minha namorada, Katherine. — Agora que fiquei sem o que dizer, minha irmã tem um namorado e eu não sabia? Kol apareceu atrás dele batendo de leve em seu ombro.

— Cara, quando foi que você veio? — disse Kol naturalmente e não se importando que a verdade sobre mim foi revelada. — eu te liguei a manhã toda ontem. — aí então me notou. — essa aqui que você beijou é a Kathy.

Riu o idiota. Eric olhou para ele com raiva.

— você me deixou beijá-la. — concluiu com uma pintada de humor.

— Bem, não! — disse — mas quando ia falar algo você já tinha beijado, então apertei o botão do foda-se.

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Ele deu de ombros e foi até os meninos atrás de mim, os cumprimentou e novamente voltou para o seu lugar de antes, ao lado de Kol. Raphael e Louis se aproximaram ainda mais.

— Como você.. — não consegui terminar. Os dois me encararam.

— Como soube que você não era Elena? — quis saber. Apenas assenti — fácil. Sua postura toda a denunciou.

Franzi o cenho.

— Leitura corporal, Kathy. — argumentou Kol — Eric é especialista em leitura corporal e fora mais uns bocados de coisas. Ele é excessivamente chato ou com a Elena gosta de falar..

Eric riu.

— Perfeito! — terminou Eric a frase — E já que tocamos no nome dela, cadê ela? E me explica também o porquê da Katharine está se passando por ela.

Kol foi preciso em contar ao namorado da minha irmã tudo o que aconteceu, desde a primeira vez que a Elena me pediu para se passar por ela na reunião, até alguns minutos atrás. Eric escutava tudo atento, esboçava de vez em quando um ruído de raiva, depois silêncio e novamente raiva, seus olhos nunca ficavam de outra forma, sempre franzido e rígido. Quando Kol terminou, Eric pegou o seu celular e mandou mensagem para alguém e depois retornou para o seu bolso.

Ele passou a mão no cabelo e me olhou.

— Como eles estão Kathy? — não entendi a sua pergunta — Eu sei que vocês têm uma conexão forte, um tipo de empatia. — agora entendi. Não queria dizer a ninguém o que eu estava sentindo desde cedo. Mas ele me parecia se alguém que entendia o que eu estava sentido.

Suspirei notavelmente e olhei de Kol que me olhava como se quisesse ler todos os meus pensamentos e depois para o meu recém descoberto cunhado.

— Eles não estão bem — quando disse isso, senti o verdadeiro peso das minhas palavras e comecei a chorar. Louis correu para fora e Raphael me puxou pelos ombros para fora do lob, Kol foi falar com o manobrista e apenas em um minuto o carro com Louis dirigido apareceu. Raphael nem esperou eu andar e já foi me empurrando para dentro do mesmo — O que pensa que está fazendo? — perguntei chorosa.

Ele nem sequer me respondeu e fechou a porta do carro com força, Eric entrou logo em seguida do meu lado esquerdo e Kol no direito.

— Katherine você quase acabou com o disfarce. Você não deveria ter te descontrolado — brigou Kol. Olhei para ele com ódio — eu entendo o que vocês está sentindo, acredite, eu também estou, mas devermos ter cuidado, eles ainda estão no hotel, com sorte não tinha nenhum por perto.

— Minha irmã nunca chora? — perguntei cheia de raiva — nem quando o pai e irmãos estão sabe-se-lá onde? — gritei.

Eric não fez nenhum movimento a não ser ficar com o celular o tempo todo falando não sei com quem. Kol não disse nada pela primeira vez. Eric largou o celular e olhou para a janela.

— Sua irmã sabe que não deve demonstrar fraqueza, é isso que ele está falando — eu o ignorei por completo. Estou cansada de escutar sobre uma Elena que eu não conheço!

— Onde estamos indo afinal — perguntei quando vi que as ruas não levavam até a minha casa.

— Sede. — respondeu Louis dirigindo feito louco pelas ruas e buzinando quando estava errado — encontramos outro sinal dos rastreadores deles e dessa vez está forte.

Eric pegou novamente o seu celular.

— Pelo o que to vendo eles estão no México. — como ele sabe da localização tão rápido, ele mal chegou e já sabe dessas coisas.

— Como você sabe? — perguntei.

Ele me olhou incrédulo.

— Eu vou matar a Elena quando a encontrar por não ter dito nada a você sobre mim — ele deu mais uma verificada no celular e me olhou novamente — minha família é dona da maior empresa de tecnologia do Japão. Eu ranqueie o sistema da Sede

— Lá vai começar, nem quando a tua namorada ta em apuros você não consegue ser irritante? — disse Kol usando o seu humor negro.

— Não posso fazer nada, cara. — deu um sorriso de lado e olhou para mim — o que vamos fazer com ela?

— Ela vai ficar na Sede. — Raphael dizia aquilo como se eu fosse fazer o contrário — Conseguiu a localização exata Eric?

— Sim. O meu jatinho está no aeroporto, mas estou sem armas. Vou passar na sede com vocês e depois vou direito pra lá, vocês vão vir comigo pra ser mais rápido.

Entramos em uma propriedade e o carro parou em frente a um lugar enorme, se a famosa Sede for essa, santo deus; somos mais ricos que eu pensava. Era uma arquitetura rica, um prédio de mais ou menos uns cinco andares, os dois primeiros andares eram com uma casa normal, coberta de uma planta verde, mas o resto era todo de vidro escuro, assim como a nossa empresa. No letreiro estava com letras legíveis “Sede OCG”, não sei o que significa, mas irei saber em breve.

Os meninos desceram e foram logo adentrando o lugar. Na frente tinham dois seguranças com uma arma enorme em punho. Eles entraram sem falar com eles e eu fiz o mesmo, quando entrei pela porta peguei um susto, a sala era imensa e com sofá escuro, estava vazio, mas parece que não era sempre assim. Eu os acompanhei sem perdê-los de vista, olha que eles foram andando novamente por corredores. Quando finalmente pararam e entraram em uma sala imensa, quando entrei no mesmo recinto fiquei com o queixo no chão o lugar era completamente cheio de armas, paredes, repletas de todos os tipos de armas, grande, pequenas e médias. No meio do lugar estavam balas de todos os tamanhos também e com alguns empecilhos como adagas, soco inglês e outras coisas que eu não sabia dizer o que eram. O lugar estava lotado de gente, fique no canto de uma parede para não atrapalhar, passei os meus olhos pela multidão que estavam por ali e vi o meu tio Alaric, Conde, Stefan, Damon também estava ao lado do irmão, ele vira e mexe pegava alguma coisa e ficava olhando, mas Stefan rapidamente tirava de sua mão e dizia alguma coisa que Kathy não soube compreender, mas sabia que ele estava brigando.

Quando parecia que todos estavam armados, a sala começou a esvaziar, só sobrando quem eu conhecia. Eric estava com uma mochila com um monte de coisa e ela não poderia dizer ao contrário dos outros. Klaus entrou na sala e pegou umas coisas sem falar nada, pegou o tinha que pegar e foi até o Kol.

— Como estamos com os nosso lideres indisponível, precisamos de um substituto urgente e como somos as famílias regentes desse governo. Tem que ser um de nós e precisamos votar entre sim agora. Conde.

Klaus. — votou Mikael.

Eric.. — Kol disse.

— Quem é Eric, Kol? — perguntou Klaus.

— É o namorado da Elena e filho de Chon Yoshioka. — Klaus olhou em descrença para o irmão. Kol revirou os olhos e por fim disse — Ele é tão bom quanto a Elena, eles treinaram praticamente juntos.

— Kol, eu agradeço a confiança mais não faço parte das famílias regentes. Escolha outro.

Klaus.

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Conde. — Tio Alaric votou.

Conde. — Stefan.

Klaus — Disse o Conde. — empate, alguém tem que fazer o desempate. — eles olharam para mim. Droga!

— Pode ser o Klaus — disse dando de ombros. Eles levantam as armas e saíram para fora, me deixando sozinha com o Damon. Olhei para ele e sorri — agora é só esperar — quando terminei de dizer isso sinto uma pontada pior que as outras atravessando o meu peito. — Jeremy..