MEIO HESITANTE, Erza bateu na porta. Esperou até ouvir um “entre” baixo e, inspirando coragem, abriu a porta. Jellal estava ocupado tirando todas as roupas do guarda-roupa, então não se deu ao trabalho de virar para vê-la. Ela era a única que ousava ir até seu quarto afinal, logo não poderia ser outra pessoa se não a ruiva.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— São mais roupas do que lembrava. — A Scarlet comentou, sentando-se na borda da cama aonde não haviam roupas espalhadas.

— Isso é porque, tolo como sou, guardei esperanças de Mystogun recuperar-se e todo ano comprar novas mudas... — Respondeu o azulado com um sorriso indecifrável tomando-lhe a face.

— Jellal... O que planeja fazer com as que não levar junto com você? — Indagou a moça, levantando-se e caminhando para o outro lado do quarto para não ficar em seu caminho.

— Darei para a doação. E então? Como foi com meus avós?

Erza suspirou.

— Eles apoiaram sua decisão tão fortemente que até parece que lhe odiavam. — Os olhos castanhos da Scarlet apreciaram a paisagem por trás da janela. O inverno logo estaria ali e as pessoas já saiam às ruas agasalhadas contra o tempo levemente frio.

— Não é como se tivessem outra escolha. — Jellal deixou o sorriso sumir de seus lábios enquanto concentrava-se em dobrar um casaco e colocar na grande mala preta em cima da cama. — Eles acham que vai ser melhor assim. Eu também. E sei que também pensa dessa forma, Erza.

Ela expirou com força.

— Penso que vai ser uma irresponsabilidade de minha parte deixá-los para trás. Tenho coisas aqui. Trabalhos para fazer sob o nome Dragneel.

— Não precisa ir comigo.

A Scarlet engoliu em seco. Isso nunca, pensou em dizer. Sorte sua que há muito havia aprendido a impedir seus pensamentos de escaparem de sua boca dessa maneira.

— Não é questão de precisar. É questão de querer. Você sabe tanto quanto eu que...

— Sim, eu sei. É exatamente por isso que não quero pressioná-la a nada.

Ele parou seus movimentos e aproximou-se da ruiva, envolvendo-lhe a cintura fina afetuosamente.

— Não resolvi as coisas com minha mãe. — Mencionou, sentindo o peso da culpa em seus ombros.

— Tem tempo de sobra para isso. — Beijou os ombros desnudos por conta da regata preta que ela usava.

Tentada, Erza virou-se e enlaçou o pescoço do Fernandez com os braços.

— Está tudo bem mesmo eu ir junto? Quero dizer... Quer mesmo isso?

Jellal sorriu. Erza podia ser bem insegura...

— Não é questão de querer, Erza. Preciso de você comigo.

Ela sorriu e deixou-o tomar posse de seus lábios em um beijo ardente, mas ao mesmo tempo calmo. Ambos acabaram caindo na ponta da cama por conta da movimentação.

— Desculpe. — Pediu ela. — Você tem que arrumar as malas, certo?

Jellal calmamente empurrou a mala preta para fora da cama e sorriu maliciosamente para a Scarlet.

— Seu safado! — Exclamou, porém não reclamou quando as mãos dele tatearam suas costas atrás do feixo da saia. Deixou-se levar.

Erza e Jellal sabiam que, não importava a situação e nem o quão dolorosa fosse, teriam força para enfrentar tudo de frente. Porque estavam juntos e eram felizes assim.