O sangue escorria pelas minhas mãos, meu amigo, meu melhor amigo, Mike, jazia em meus braços, desacordado, a um passo da morte. Seu peito havia sido cortado por uma faca, a arma estava, agora, na terra atrás de mim. Uma tentativa de assassinato na nossa própria fazenda: Fazenda Chumerei.

O dia do casamento da Carla com o Gutin aconteceria em um dia, mas sem Mike, eu não sabia o que fazer, dizer ao casal que o casamento teria de ser cancelado por causa da morte do meu amigo soaria como egoísmo? Obviamente sim, não seria uma boa desculpa, nem a Carla nem o Gutin aceitariam isso, mas a pergunta que ressoava em minha mente era: Quem matou Mike?

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Tudo começou dia 14 de outubro, caminhávamos em direção ao nosso laboratório mágico, tínhamos que pesquisar novas coisas, seria um avanço científico. Pela janela avistei dois olhos, eles estavam escondidos em moitas distantes, mas estavam lá e o pior, eram olhos robóticos!

Encarei por um curto tempo os olhos antes de eles sumirem na moita, não relatei aquilo à Mike, o que, mais tarde percebi ser bobagem.

Continuei mexendo nas pesquisas, o tempo foi passando, a temperatura amenizando e as sombras se esticando pela paisagem, ao anoitecer fomos dormir dentro do nosso farol, aquilo era incômodo, pois a luz do farol atrapalhava meu sono, mas isso não era problema para Mike, logo ouvi-o roncando, porém fiquei acordado olhando o teto e pensando sobre a vida, sobre o olho mecânico e como eu deveria estar preocupado de dormir em um local um pouco aberto e público, se o dono dos olhos me matasse ou matasse Mike, Gutin seria o culpado já que a fazenda o pertencia!

Quando o sono chegou virei-me para Mike e disse:

“Boa-noite, Mike”

Mas eu não sabia que aquele boa noite seria o último que ele ouviria. Assim que peguei no sono, ouvi gritos agonizantes…