Como Domar o seu Chefe

Regra n6 - Dê prioridade a ele


Sasuke vai me matar. Isso é fato. Ele disse: “Não sendo com os primos da Karin”. Foi o que ele disse. Socorro.

Mas daí você dá uma de Sasori e diz: “Mas ele não precisa saber”. Daí eu te digo uma coisa. Lembra de quem ele é primo? Pois é. Aquela ruiva tem uma boca maior que a da Ino, e olha que eu pensei que fosse impossível. Vamos relembrar.

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– Sakura, quero falar com você. – Sasuke disse assim que cheguei ao escritório esses dias.

– Sim? – Perguntei me aproximando de sua mesa.

– Sente-se. – Apontou a cadeira à minha frente. Agora a porra ficou séria.

– Vou ser direto. Karin me disse que você está tendo relações indecentes com um de seus primos. – Disse apoiando os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos. Tudo bem, respira Sakura. O máximo que ele vai fazer é te despedir. Tá, isso é bem ruim.

– Eu não sei do que ela está falando. – Respondi, tentando sorrir o mais naturalmente possível. Claro que foi horrível.

– Espero que não. Lembre-se do que lhe disse esses dias, não vou autorizar relacionamentos seus com parentes da Karin. Isso seria ruim para o andamento da empresa. Não será tolerado. – Continuou, sério. Eu vou matar aquela mulher, Sirigueijo de araque.

– Tudo bem. – Falei, abaixando a cabeça.

– Dispensada. – Falou, levantando. Me levantei junto e saí. Começou a caçada à lagosta aqui.

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Foi assim que eu descobri que eu estava ferrada. Por vários motivos. Quando o Sasori souber, vai querer tirar satisfações, e isso vai entregar tudo. Ai ai. Na verdade, estou esperando o ruivo agora, ele disse que vinha jantar na minha casa. Vou falar para ele hoje, espero que ele não pire.

– Sakura? – Escutei uma voz vinda da entrada e a porta sendo aberta.

– É bom bater de vez em quando. – Falei emburrada, vendo Sasori entrando na minha casa como se tivesse na dele.

– Desculpe, estava ansioso... – Ele corou, coçando a cabeça.

– Pelo quê? – Perguntei, arqueando uma sobrancelha.

– Ah... Nada. – Ele desviou o olhar. Aí tem.

– Vem, o jantar está pronto. – Falei, já caminhando em direção à sala de jantar. – Fiz lasanha, espero que goste. – Acenei para que ele sentasse em minha frente.

– Bem, então... – Ele começou, mexendo na comida. – Como está o trabalho?

– Bem. – Respondi, dando uma bocada na lasanha. Estava morta de fome. – Por que a pergunta?

– Nada... É... Bem, conversei com a Karin ontem. – Ele disse, desviando o olhar novamente. Estreitei os olhos, acho que já tenho uma ideia do que se trata. Larguei os talheres que segurava.

– Sobre o quê? – Perguntei, apoiando os cotovelos na mesa.

– Eu... Não sei se é necessário falar. – Ele abaixou a cabeça. Resolvi insistir.

– Também tive uma conversa com Sasuke. – Falei, direta e seriamente. Ele levantou a cabeça, com uma sobrancelha arqueada.

– Sobre o quê? – Perguntou. Sorri.

– Não sei se é necessário falar. – Cruzei os braços, ele bufou.

– Você é tão complicada. – Colocou uma mão sobre o rosto, suspirando.

– Obrigada. – Sorri novamente para ele. Com quem ele pensa que está brincando?

– Tudo bem... – Ele também apoiou os cotovelos na mesa. – A Karin sabe sobre nosso relacionamento. Ela disse para eu desistir de você, do contrário ela contaria para Sasuke e ele demitiria você. – Falou, fechando os olhos. Isso tem cara de plano de vaca ruiva.

– Espera... O quê? – Perguntei, desconfiando de uma coisa.

– Sakura, eu sei que seu emprego é importante para você, não quero atrapalhar isso... Acho que é melhor nós esquecermos sobre... – O interrompi soltando uma gargalhada. Mas eu ri, ri mesmo, que nem uma hiena. Sasori me encarava com os olhos arregalados. Acho que assustei ele, que pena.

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– Essa mulher é uma vaca mesmo! – Falei em meio de risadas.

– Sakura... Você está bem? – Sasori perguntou, estranhando.

– Maravilhosa... Ai ai. Sasori, ela te enganou direitinho... – Suspirei, sorrindo. – Será que ela me odeia tanto assim? – Perguntei a mim mesma, com uma mão no queixo. Ela quer minha total infelicidade mesmo. Ela fez o Sasori pensar que eu teria que sacrificar uma coisa para ter outra, mas na verdade ela quer me tirar as duas.

– Do que está falando? – Ele perguntou.

– Ela já contou para o Sasuke... – Falei. O ruivo arregalou os olhos. – Foi sobre isso que falei com ele hoje. Ou seja, ela quer que eu me separe de você, mas ao mesmo tempo tentou me fazer perder o emprego, já que contou para meu chefe sem hesitar. – Sasori cobriu o rosto com as mãos. – Mas não se preocupe, Sasuke não me despediu... Creio que ele confie mais em mim do que nela para isso.

– Ele não te despediu? – O ruivo perguntou, me encarando novamente. Neguei com a cabeça, sorrindo. – Que bom. – Suspirou.

– É, mas ele não vai tolerar nosso relacionamento, e deixou isso bem claro para mim. – Falei, novamente séria, Sasori não desviou o olhar. – Eu não quero arriscar meu emprego, e é muito perigoso com ela por perto. – Falei me referindo à Karin. – Não podemos, Sasori. – Falei de uma vez o que não tive coragem de falar antes. Eu realmente não o amava dessa maneira. Me sinto mal por estar usando um motivo para falar isso que não é o verdadeiro, mas é o jeito. Ele abaixou a cabeça.

– Entendo... Tudo bem. – Disse, levantando da mesa. – Obrigado pela comida, estava maravilhosa. – Falou e saiu apressado da cozinha.

– Sasori! – Tentei chamá-lo, mas ele já tinha saído. – Já foi. – Suspirei.

Iria começar a tirar a mesa, mas algo no chão chamou a minha atenção. Caiu do bolso do Sasori, provavelmente. É uma caixinha. Vou guardar para quando eu vir ele de novo. Peguei e senti o toque amaciado da embalagem, a curiosidade falou mais alto e eu abri. Minha consciência pesou mais ainda, enquanto o anel de compromisso prateado e coberto de esmeraldas brilhava contra a luz.