Imperfeito Amor
Capítulo 5
– Mãe, vou à festa da Lari ás 22 horas, ok? – Disse
– Quem é Lari? – Perguntou.
– Não sei, vou com Derrick. – respondi.
– Você vai à festa de uma menina que nem conhece? – perguntou.
– Ah, ela é da minha sala. E o Derrick disse que ela nem liga! – disse-lhe.
– Que horas acaba essa festa? – perguntou.
– Não sei, só sei que começa 22 horas. – respondi.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Mas você não sabe de nada, hein! – ela disse. – Como vou saber que esse povo não é drogado? – perguntou.
– O Derrick vai e ele não é drogado! – afirmei. – Ah, mãe me deixa ir!
– Ok. Mas toma cuidado, se comporta e não converse com desconhecidos! – ela disse em tom de ordem.
– Mas se eu não conversar com desconhecidos, como vou fazer amizade? Por telepatia? – disse com ironia.
Mamãe riu.
– Ok, engraçadinha. Mas toma cuidado, minha filha. Este mundo está muito perigoso! – ela disse.
– Ok, mãe. Já sei... – disse.
Na casa de Ucker:
Estava todo dolorido, mas tinha terminado de arrumar tudo, nem estava acreditando!
– Para quem nunca tinha arrumado nada está muito bom! – disse minha mãe.
– Que nada... Eu sou foda! – Ouvi meu celular tocar em cima do móvel.
Someday, somehow
I`m gonna make it all right but not right now
I know you`re wondering when
(You`re the only one who knows that)
Someday, somehow
I`m gonna make it all right but not right now
I know you`re wondering when
Olhei no visor do celular e era o Jack.
– E aí, mano? – disse.
– Fala aí, hein, vai à social na casa da Lari?
– Ixi, tinha me esquecido! – disse.
– Ihh... Você se esquecendo de festas? – perguntou Jack. – Meu Deus, trocaram o Ucker.
– Esqueci por conta do castigo que minha mãe me colocou, você nem adivinha o que ela fez. – disse.
– Te deixou sem ir às festas e sem computador? – perguntou.
– To falando que você não ia adivinhar. – disse - Ela me colocou pra arrumar a casa todinha de hoje até o fim da semana!
Ouvi uma gargalhada do outro lado da linha.
– Caramba! – ele mal conseguia falar de tanto que ria. - Sua mãe é original, Isauraaaaaa!
– Vai zoando mesmo, vai! – disse.
– Então espera... – ele deu uma pausa. - Já era pra você estar na festa! – disse Jack com voz firme.
– Ta no crack, mano? A festa só começa 22 horas, está cedo ainda. – disse.
– Sim, mas as faxineiras tem de estar lá antes, e você não foi por que? – Jack disse rindo.
– Ahhhh, seu desgramado! – disse, Jack riu. – Flw então, vou desligar aqui. Te vejo lá, man.
– Beleza. – disse Jack. Desliguei!
– Quem era? – Perguntou dona Alexandra.
– Branca de Neve. – Disse-lhe.
– Muito engraçado, temos um palhaço aqui! – ela disse em tom irônico, eu ri.
– Era o Jack... Mãe me deixa ir à social que vai rolar na casa da Lari? – perguntei, já que estava de castigo, tinha que ser o mais educado possível se não ela não iria liberar.
– Vou pensar. – disse mamãe.
– Mas é hoje! – disse-lhe.
– Se você não arrumasse brigas poderia ir até sem pedir... – disse dona Alexandra.
– Poxa, mãe todo mundo vai! – disse.
– Você não é todo mundo! – retrucou dona Alexandra. – Mas você pode ir.
– Mas mãe eu... Espera ai, eu posso ir? Ta me liberando do castigo? – perguntei.
– Mas é obvio que não, seu castigo é arrumar a casa, disso você não vai escapar, mas como você arrumou direitinho, quase não reclamou, eu vou deixar.
– Acho que vai chover! – disse olhando para a janela.
– Por quê? – ela também olhou - O tempo esta ótimo! – ela disse sem entender.
– Dona Alexandra sendo boazinha? Milagre divino! – disse rindo.
– Ah, eu sou má? – ela disse. – Já que sou má, você não vai!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não, está doida? Não é má não mãe! – disse.
– Então além de me achar má também me acha doida? – Ela perguntou.
– Não, mãe. Para com isso, você sabe que eu te amo, né? – disse.
– Ótima saída. – disse dona Alexandra.
– Mas é a verdade! – Afirmei.
– Também te amo, filho brigão. – ela disse sorrindo. – Agora vá se arrumar logo!
– Ok, mãe. – disse, dei um beijo em seu rosto e subi para o meu quarto.
Narrado por Roberta:
O bom de mudar é que ninguém te viu com as mesmas roupas ainda e isso facilita na escolha. Olhei no relógio e já era 21:20.
– Roberta, estão te chamando lá fora. – Minha mãe gritou.
– Já vou. – Gritei.
Fui em direção a sala e abri a porta.
– Está linda! – disse Derrick.
– Ó, você também está guapo! – disse sorrindo. – Chegou cedo!
– É que eu gosto de chegar mais cedo mesmo. - ele respondeu.
– Mãe, é você? – Falei ironizando.
– Ham? – disse Derrick.
– Minha mãe é que tem mania de chegar cedo, mas tipo, 20 minutos antes. – disse.
– Ela está certa, melhor do que chegar atrasado! – disse. – Então já que está arrumada, vamos?
– Calma aí, só vai pegar minha bolsa. – disse.
– Ok. – respondeu.
Peguei minha bolsa que estava em cima da mesa e fui.
– Agora vamos! – ele assentiu, olhei pra trás e disse. – To indo mãe.
– Vai com Deus, minha filha e toma cuidado! – Gritou da sala.
– Ok! – disse já fechando a porta.
Olhei e tinha um carro na frente da minha casa.
– Entra, Roberta. – disse Derrick abrindo a porta do carro.
– Esse Kia Sorento, é seu? – Perguntei olhando para o carro.
– Na verdade é do meu pai! – Derrick disse sorrindo.
– Tem carteira de motorista? – perguntei.
– Lógico que tenho! – Tirou do bolso e me mostrou.
– Ainda bem, estou muito nova para morrer! – disse sorrindo.
20 minutos depois
Havíamos chegado a festa e já fiz amizade com a aniversariante, a Lari e com uma turminha boa.
– Roberta, vai querer uma cervejinha ou vodka? – perguntou Otávio sorridente, até que ele era bonitinho.
– Cerveja! – disse pegando o copo.
– Roberta, você bebe? – Derrick perguntou incrédulo, enquanto eu já tomava um gole.
– Só vou tomar um pouco! – disse.
– Sua mãe deixa? – perguntou Derrick.
– Você nunca ouviu falar em refrigerante com menta? – perguntei irônica. – Disfarça muito bem! – sorri.
– Você é maluca! – ele disse perplexo - Mas não vai dizer que usa aquelas drogas ilícitas também? – perguntou Derrick
– Maluca eu até posso ser, mas retardada não, né? – disse. – E eu nem bebo, se bobiar só bebi umas três vezes! – afirmei.
– Eu não curto bebida, não sei aonde vocês veem graça em beber! – disse Derrick.
– Palavras de SÃO Derrick! – disse Lari se sentando ao nosso lado.
– Pois é Lari, to percebendo que esse aqui é o senhor celestial! – disse, e nós rimos.
– Sou mesmo! – disse Derrick de gabando.
– Mas você nunca tomou nada forte? – perguntei me referindo a bebida.
– Ah, remédio pra tosse serve? – perguntou irônico, eu e Lari rimos e negamos com a cabeça. – Já tomei sim... desceu travando na garganta, muito ruim! – disse Derrick.
– Me deixa adivinha, Vodka?! – disse.
– Eu acho que foi aquela bebida brasileira, cachaça! – disse Lari.
– Não... Refrigerante sem gás! – Disse Derrick, nós rimos novamente.
– Depois a palhaça aqui sou eu! – disse.
– Mas é verdade, refrigerante sem gás deve ser pior que cachaça e vodka juntas. – disse Derrick.
– Oh, Lari. Você não tem um Toddynho pra esse menino não? Porque até refrigerante é bebida forte pra essa criança! – disse rindo.
– Também acho, depois vou ver se tem, ok baby? – Lari disse olhando pra Derrick cheia da graça.
– Estou sendo mais paparicado aqui do que pela minha mãe, é isso mesmo produção? – disse Derrick rindo, a gente riu junto.
– Cadê a aniversariante mais linda? – Disse... Diego já abraçando a Lari.
Pensei: - Nem em uma festa eu vou ter sossego deste garoto, mas por outro lado ele esta lindo, meu Deus!
– Ucker!! – Lari disse alegre abraçando-o de novo.
– Seu presente! – Ucker disse entregando-a uma caixa embrulhada, ela já abriu e ele ficou olhando a reação dela.
– Não acredito! – ela disse em tom eufórico, olhando para o porta-jóias musical que tinha uma bailaria em cima. – Ucker, como você lembrou?
– Com a memória? – ele disse brincalhão, Lari fez cara de “dã”. – Lembro que quando éramos pequenos você queria porque queria uma dessas e eu tinha falado que ia comprar pra você, mas não tinha achado até então... Aí recentemente fui comprar seu presente e vi esta caixinha na prateleira... – ele olhou para a caixinha na mão da Lari. - e olha que essa aí nem é de criança, gostou?
Lari pulou em cima do Ucker dizendo: – Obrigada, você é um máximo!
– Meu Deus olha a animação da criança! – Ucker disse em tom de ironia, continuou com o mesmo tom. – Aproveitei que estava lá no R$1,99, vi e logo comprei.
Eu não consegui segurar e ri, ele olhou pra mim e eu fiquei sem graça e sorri.
Pensei: - Merda! Paguei de débil mental!
Ele também sorriu, e por alguns segundos ficamos nos olhando, eu não estava entendendo o motivo daquele sorriso dele me chamar tanto a atenção.
– Ucker, palhaço! –Lari disse sorrindo, Diego voltou sua atenção à Lari.
– Olha... – ele disse - é brincadeira, não quebra que eu não comprei no R$1,99 não hein!
– Pode deixar! – disse Lari.
– Nenenzinho! – ouvi uma vozinha chata atrás de mim.
Ucker revirou os olhos.
– Belinda... – ele disse com uma voz desanimada.
– Ai, bebê está com fome? Vem! – ela disse chamando-o.
Pensei: - Acho que vou vomitar com essa ceninha!
– Ah... Eu estou cumprimentado a Lari, depois eu vou! – Ucker disse sem graça.
– Ah... poxa, vem! Ela vai entender, né Lari? – Perguntou olhando para a mesma.
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