How I Met Your Mother

2.01 - I'm in The New York State of Mind - SEASON PREMIÈRE


Sebastian Smythe. Interrompido pelo carro desgovernado da mãe dos futuros filhos.” Após estes dizeres, a imagem do patriarca Smythe desapareceu. O vídeo ficou totalmente preto, deixando Ted e Lily Smythe-Alguma-Coisa perplexos, sem saber o que dizer ou fazer. Só sentir.

Finalmente Ryder bateu à porta do quarto onde as crianças se encontravam e entrou sem a menor cerimônia, dando de cara com os mesmos com caras inexplicáveis.

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OK, o que houve aqui para vocês estarem com essas caras? Eu vim buscar meu aparelho portátil de volta, mas a julgar por isso... precisamos conversar.

Por que nunca nos contaram que a mamãe bateu no carro do papai há mais de quinze anos? — Disparou Lily, fazendo Ted impor suas mãos na boca da garota.

Ryder sabia de uma grande parte da história de como Sebastian e a Mãe se conheceram, então sua expressão perplexa acabou fazendo os irmãos Smythe-Alguma-Coisa suspeitarem.

Você sabia, tio Ryder? — A garota sentiu ainda mais revolta pela sua suspeita e fuzilou o “tio” com apenas um olhar. — HEIN? VOCÊ SABIA?

Lily, com toda a sinceridade do mundo, cale essa boca, em nome de Jesus, cale essa boca. — O irmão tentou tranquilizá-la antes que um barraco se instaurasse ali mesmo. — Por que não deixamos as perguntas para serem feitas ao papai quando voltarmos de viagem? Não viemos a New York pra ficarmos aqui, trancados no nosso quarto e pensando nessa possibilidade, certo? — Ele olhou para a irmã seriamente, e ela se viu obrigada a ficar quieta.

Ted está certo. — Foi a vez de Marley falar, ao entrar no quarto atrás do amado. — Além do mais, já está tarde e aqui não é uma casa de rua pra vocês gritarem até a Polícia ser chamada. É um apartamento. Os vizinhos se incomodam, e principalmente EU me incomodo. Então virem seus corpos juvenis para o lado e durmam com os anjos.

Delicada... — Ryder revirou os olhos, recebendo um puxão de orelha da companheira. — Ai, caralho! Já pensou no quanto isso dói, amor?

Vem logo, deixa esses dois aí porque amanhã será um dia cheio! — A cara de bravura da Rose fez Ted e Lily soltarem um riso fraco. — E obrigado por calar a boca da sua irmã, Ted.

Declaro que Marley Rose é a melhor “tia” ever. — O garoto respondeu, piscando seu olho esquerdo para a mais velha e desligando o abajur ao lado de sua cama.

Após Ryder e Marley desligarem a luz do quarto e saírem do mesmo, Lily virou-se para o irmão e disse:

Nunca pensei que diria isso em vida, mas... obrigado por impedir meu ataque de estrelismo.

De nada, mas não fiz isso por você. Fiz por mim mesmo, não tava a fim de levar um soco a essa hora da noite.

Você me paga, filho da mãe.

Você também é filha da minha mãe, então não me xingue desse jeito ou então o feitiço se vira contra a feiticeira.

Engraçadinho. Agora eu quero te bater.

Vai dormir, Chatily.

[…]

Durante os dias que ficaram em New York com seus “tios”, os jovens continuaram preocupados com o que Sebastian contou por vídeo. Claro, eles tinham o total direito de ficarem pasmos com aquela reviravolta na história... será que fora ali que o pai deles finalmente conhecera a Mãe? Ou aquele acidente de carro fora apenas uma coincidência que em nada afetaria o resto da grande e incomum história de como o patriarca Smythe conhecera o amor de sua vida?

No fundo, mas lá no fundo do rim esquerdo de Ted, ele esperava que fosse a segunda opção. Por mais que a curiosidade em saber logo como Seb conheceu sua mãe seja maior do que qualquer outra curiosidade que ele sentira em todos os seus quinze anos de vida, ele precisava admitir que aquelas sessões de narração antes de dormir já eram como uma rotina do seu dia a dia: se o pai parasse de fazer aquilo, seria como um buraco em branco e sem preenchimento.

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Já para Lily, a situação era diferente. Sim, era legal ouvir as desventuras que seu pai enfrentara com seus grandes amigos de faculdade quinze anos antes, mas a curiosidade por saber como ela foi gerada (e nos mínimos detalhes!) era maior do que qualquer espera pelo próximo capítulo daquela grande história; se pudesse trocar seu tablet dos sonhos pelo fim daquele lenga-lenga, ela trocaria sem pensar duas vezes.

Mas por um momento desde o início do “castigo”, Lily e Ted esqueceram da história e optaram por aproveitar o máximo de New York com Ryder Lynn e Marley Rose-Lynn. Visitaram os principais pontos turísticos – incluindo a Estátua da Liberdade – tiraram centenas de fotos em tais lugares e comeram... e como comeram! Certo dia Ted precisou ser levado a um posto de saúde para tomar um remédio que diminuísse a concentração de açúcar em seu sangue – ou seja, comida era o que não faltava.

Mas para os quatro, o ponto alto da viagem foi, sem dúvidas, o show de retorno da aclamada cantora Taylor Swift, que passou cinco anos sem se apresentar após a morte do marido, o produtor musical Calvin Harris. A espera foi bem recompensada com músicas de seus oito álbuns lançados durante a sua carreira, e os quatro turistas amaram cada momento do show. Mas Ted e Ryder muito provavelmente escolheriam “Welcome to New York” como a melhor música da noite se pudessem escolher; já Marley e Lily de cara escolheriam “I Knew You Were Trouble” como a melhor parte. (Mas venhamos e convenhamos, o fato dos dois homens da viagem curtirem Taylor Swift já é estranho... e se analisarmos a letra de “Welcome to New York”, FICA MAIS ESTRANHO. Okay, parei de dar minha opinião, até porque sou um mero narrador desta história que ainda tem muita lenha pra queimar.)

Mas isso foi para os quatro em comum. Marley e Ryder tinham essa ocasião especial que ficaria para sempre guardada em seus corações, e estou me referindo a um dos últimos dias da estadia deles em New York. Era a primeira vez deles no tão conhecido Central Park.

Hey, pequenos adultos, estão vendo aquele cara vendendo balões a gás hélio ali? — Ryder chamou Lily e Ted, apontando para um carrinho no qual centenas de balões se encontravam amarrados, e um homem que aparentava ter entre 50 e 60 anos de idade empurrava tal carrinho. — Chamem-o para cá — piscou o olho esquerdo, que fora apenas notado por Lily — por favor.

Okay, tio Ryder! — A garota logo se levantou da grama, onde outrora se encontrava sentada com seu irmão e os “tios”, e tentou puxar o garoto para ir com ela. — Vamos logo, preguiça humana!

O quê? Vai me obrigar? — Ted cruzou os braços, sem entender o porquê de estar quase sendo arrastado para ir até o homem dos balões.

Código Happy Ending, caramba! — Ela precisou gritar para que o gêmeo não-fraterno entendesse o recado.

Ah, tá. — Ergueu as sobrancelhas e se levantou para ir com a irmã, logo saindo na frente. — Vamos logo, criatura de Deus!

Ai, agora você tenta ser o exemplo, não é?

Sempre fui, queridinha — parou e se virou para trás a fim de falar com ela — agora vamos. Código Happy Ending!

Do que eles estão falando, amor? — Perguntou Marley, quando as crianças já estavam um pouco longe.

Seu marido coçou a cabeça, sorriu de lado e beijou o ombro esquerdo dela, tentando disfarçar a surpresa que estava preparando em comemoração aos dez anos de casamento de ambos.

Você vai ver, querida. Você vai ver.

Sabe que não gosto tanto de surpresas, não é? — Ela o encarou como se suspeitasse de algo.

Mas gosta um pouquinho. Vai, admite pro seu maridão aqui.

M pareceu pensar por alguns segundos antes de sorrir abertamente, jogar os cabelos para o outro lado e recostar sua cabeça no ombro direito do amado.

Tá, eu gosto um pouco da adrenalina liberada quando alguém me surpreende. Mas isso não significa que qualquer um pode vir e me assustar.

Sebastian Smythe que o diga. Lembra daquele aniversário de três meses de casamento que ele armou pra nós?

Sorte que aquilo foi depois de Lily e Ted nascerem, ou então aquele seu chute no meio daqueles Países Baixos do Smythe teriam sérias consequências para o presente! — Riu sozinha ao se lembrar daquele dia.

É... olha, eles estão chegando — com delicadeza, afastou a cabeça da amada e se levantou da grama, puxando-a logo em seguida — é agora. Prepare-se.

Para o quê, meu Deus? — A Rose (que agora era Rose-Lynn) pôs a mão esquerda na região do coração, já pressentindo a surpresa que teria.

Hey, meu bom senhor! — Ryder cumprimentou o vendedor dos balões. — Poderia me dizer quanto custa cada balão desse tipo?

Cada um foi enchido de gás hélio, então custa cinco reais, senhor!

Hum... vou querer dez deles, por favor. — E já foi tirando a carteira do bolso.

Espera, o quê? Vai gastar cinquenta dólares em balões? — Marley cutucou o marido, mas ele já havia entregado o dinheiro devido ao vendedor.

Crianças, podem pegar os balões, por favor?

Okay! — Ambos responderam em uníssono.

O que está fazendo, Ryder? — Interrogou M.

Bom, você sabe que o motivo dessa viagem era comemorar nossos dez anos de casamento, certo?

E que nós nos enfiamos nessa viagem porque sim, não é? — Interrompeu Ted, gerando risos entre os quatro turistas.

Obrigado pela sua complementação muito importante, Ted Smythe. — O moreno mais velho respondeu, virando-se para a esposa novamente. — Então, só pra complementar esta semana tão especial, temos agora dez balões de gás hélio. Um para cada ano de casamento vivido com você, amor — segurou as mãos dela — e eu estou especificando que são de gás hélio porque balões desse tipo flutuam, e se deixarmos soltos, podem ir embora para a estratosfera sem problema algum. E esse é o tamanho do amor que sinto por você — Marley já se encontrava com os olhos marejados, e algumas pessoas pararam para ver — é tão grande que não cabe no planeta Terra... e precisa ultrapassar a atmosfera e outras esferas que envolvem a Terra até chegar no espaço. E ainda assim não seria amor o suficiente para te demonstrar.

Vai para os “finalmentes”, tio Ryder, cansamos de esperar! — Lily interrompeu, causando a risada de todos os que viam aquela cena.

Ted precisou, com a mão livre dos balões, dar um tapa na cara – isso mesmo, na cara – da irmã para que ela se calasse e assim aconteceu.

Oh, querido... nem sei o que dizer — a morena, que agora se encontrava com algumas mechas de cabelo loiras para esconder os fios brancos da velhice, limpou as lágrimas que temiam em sair de seus olhos — só que o meu amor por você, Ryder Lynn, é desse mesmo tamanho aí. Não sou muito boa com estatísticas geográficas, já que o especialista aqui é você — e mais risos — mas garanto que o que eu sinto por você é desse jeito, ou talvez maior... tanto é que minha mente se encontra travada nesse momento e eu nem sei como estou falando agora, mas... eu amo você, Ryder. Fielmente.

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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Eu também amo você, Marley. Fielmente.

Vamos lá, gente, hora da campanha! Beija, beija! — Ted exclamou para as pessoas ao redor, que se animaram e entoaram o coro “beija” repetidas vezes, até que Ryder e Marley se renderam aos pedidos e deram um beijo extremamente apaixonado, ali mesmo no meio da multidão.

Lily quase soltou os dez balões de gás hélio, mas Ted alertou a irmã para não fazer isso ou então aquele momento romântico acabaria em tragédia no hospital. Ambos continuaram encarando o casal 20, e mesmo sem poder aplaudir aquilo, o povo ao redor fez questão disso.

Sabe, Ted... isso me lembra aquele aniversário de oito anos de casamento dos nossos pais, não é? — Disse Lily, ainda sorrindo. — Papai fez quase o mesmo.

Quase a mesma coisa? Foram oito dias inteiros tendo de vê-lo detonar a cozinha inteira, tanto é que no último dia, Sam e Ryder foram convocados a sequestrar o papai enquanto Rachel e Marley salvavam a comida restante. — Ted logo cortou o barato da irmã. — É CLARO que foi a mesma coisa, não?

Falando assim, até parece que foi a pior semana das nossas vidas...

Okay, não foi porque a mamãe finalmente me deixara comprar comida sozinho no colégio só pra não ter uma intoxicação alimentar... mas foi uma semana horrível e com certeza a Mãe também acha isso.

Ted — ela se virou para o garoto — me faz um favor e para de ser pessimista. Pelo menos por enquanto... veja o tio Ryder e a tia Marley — apontou para os dois, que já haviam interrompido o beijo e apenas sorriam um para o outro — toda vez que o papai e a mamãe fazem cenas assim, você faz o favor de interromper... vê se ao menos não estraga a alegria desses dois por hoje, tá?

O jovem de quinze anos engoliu em seco, ainda encarando Lily. Sabia que ela estava certa, mas queria que não estivesse.

Tudo bem, vou deixar os dois felizes por hoje — relaxou e voltou-se para o casal Ryley — incrível como o amor pegou de surpresa os casais que rodeiam nossas vidas, não? Primeiro Finn e Rachel, depois papai e mamãe e então veio Marley e Ryder.

É, agora só falta o Sam Evans tomar jeito na vida e se casar com alguém — respondeu a garota — mas isso eu já acho difícil... ele já passou dos quarenta, quem ele pode conquistar agora?

Nunca é tarde para amar, crianças — M se aproximou deles ao lado do marido — nunca é tarde.

[…]

Passado o tempo da estadia em New York, Ted, Lily, Marley e Ryder arrumaram suas malas e voltaram à sua cidade do coração, na qual se encontravam familiares e seus melhores amigos... inclusive, Finn, Rachel, Sebastian e sua esposa aguardavam os turistas ansiosamente na casa dos Smythe. Não havia bolo ou balões – até porque Marley acabou criando trauma deles após um incidente no mesmo dia da declaração amorosa – apenas os quatro amigos esperando que jovens e adultos na flor da idade retornarem ao lar.

Hey, Seb, qual foi mesmo o trauma da Marley com os balões? — Perguntou Finn.

Foi só o tempo de voltarem ao hotel com os dez balões do aniversário de casamento e cinco deles acabaram estourando no próprio elevador. Tadinha da Marley, quase teve um ataque do coração, tamanho o susto que levou...

Ela é só amiga, amor... pra que ter pena dela? — A Mãe, e consequentemente companheira do Sebastian, perguntou.

Qual é, querida, não precisa ter ciúmes... já conversamos sobre isso, ela é minha ex-namorada, minha melhor amiga e também casada com um de meus amigos mais próximos, o Ryder. Não tem com o que se preocupar, tudo bem? — Aproximou-se para tascar um beijo na esposa, que aceitou de bom grado e ainda transformou em beijo de cinema. Simples assim.

Okay, queridos, separem essas bocas ou eu serei obrigada a separá-las. — Advertiu Rachel, que parecia séria ao falar tal coisa.

A campainha logo tocou, e antes que alguém fosse destrancar a porta, o próprio Ted Smythe-Alguma-Coisa se deu ao luxo de tomar tal atitude. Lily entrou logo em seguida, com Marley e Ryder logo atrás.

As crianças não quiseram papinho extra. Foram direto ao assunto.

Certo, pai, o senhor vai se sentar no meio desse sofá, eu e Ted ficaremos nas pontas e você vai nos contar exatamente, especificamente e somente o que diabos aconteceu após a mamãe ter batido o carro dela contra o seu. Sem conversas a mais. — Disse a garota, cheia de atitude.

Todos os adultos se calaram. E só alguns segundos depois, Sebastian conseguiu dizer:

Mamma mia. Aqui vamos nós de novo.