Paixão Caipira

Capítulo 8


‘’ A vida é muito curta para ser pequena. ‘’

Estava no finalzinho da tarde eu havia acabado de chegar da casa da Cláudiara, tinha indo fazer um trabalho. Tio Marcelo tinha me buscado em sua caminhonete, a quanto tempo eu não andava em outro meio de locomoção que não fosse aquela charrete. Vou a cozinha beber um copo de água, estava muito calor. Creusa conversava com o senhor Zé sobre o caipira e eu sem querer, mas já que havia escutado resolvo ir até o curral onde o Lucas estava dando comida aos cavalos. Chego e fico o olhando de longe. Ao me perceber depois de alguns segundos ele acena pra mim, eu retribuo, e ele vem andando em minha direção.

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– Oi metida.

– Oi caipira.

– O que você deseja? – Diz ele sorrindo.

– Quero andar de cavalo. – Digo.

– E você sabe andar?

– Não. Por isso tenho você, para me ensinar. – Digo mordendo meu lábio inferior.

– Está bem. Vou preparar o cavalo. – Diz ele fazendo um beicinho, e que beicinho.

Ele se vira em direção aos cavalos e escolhe dois um branco um marrom, depois começa a preparar o dois. Enquanto eu fico o observando. Um tempinho depois quando os cavalos estavam devidamente preparados ele volta trazendo os cavalos.

– Pronto moça! Você fica com o marrom porque ele é mais mansinho. – Diz ele sorrindo.

Confirmo com a cabeça e tento subir no cavalo, o que estava sendo muito difícil, eu realmente era muito desajeitada. Então o Lucas veio me ajudar, e depois de várias tentativas fracassadas ele finalmente consegue me coloca em cima do cavalo. Em seguida ele sobe no outro e saímos andando devagar.

– Você está gostando de morar aqui na fazenda? – Diz ele em um certo momento.

– Gostando não. Mais já me acostumei. – Digo.

– Entendi.

– E você gosta? – Digo o olhando fixamente.

– Gosto sim. Minha vida é aqui. Não me vejo em outro lugar que não seja assim, bem simples e humilde. Não gosto de luxo e riqueza não moça. Pra mim o que importa é a felicidade. – Diz ele com um sorriso sincero.

– Muito bonito o seu modo de ver a vida. – Digo sorrindo também, não com um sorriso sincero como o dele.

– Você também deveria pensar assim, sabia. – Diz ele sério.

– Por que? – Digo.

– Por que a vida é muito curta pra viver ela toda pensando só em riqueza. Da vida nos não vamos levar nada quando passarmos desde lugar para o outro melhor.

Eu sabia mais eu era muito mimada e ligada a minha riqueza ao meu dinheiro para deixar tudo assim de lado e ir viver a minha vida só de felicidade, eu sei que isso não era o correto, mas já era muito tarde pra mim tentar me corrigir.

– Na vida nada é impossível, só basta você querer. – Continua ele. – Quem sou eu pra ficar te dando lição de moral, sou apenas um simples empregado, um caipira qualquer.

– Tá tudo bem. – Digo encerrando aquela conversa.

Continuamos andando devagar imersos agora cada um em seus pensamentos. Ele havia falando coisas muito bonitas, que haviam mexido um pouco comigo. E se aquilo tudo o que ele tinha falando fosse verdade? Pois era o que realmente aparecia ser verdade. E ele por ser só um simples caipira se pronunciava muito bem, perto dos outros que eu havia conhecido na fazenda, na escola e em outros lugares que eu havia frequentado. Estranho isso. Afasto aqueles pensamento e o observo, ele olhava fixamente para um ponto indefinível.

– Vamos voltar. – Digo o tirando de seus pensamentos. – Já está começando a escurecer. – Aponto para o céu.

– Vamos. – Diz ele voltando a me olhar.

Seguimos andado devagar de volta para minha casa, é como eu já estava acostumada, estava até chamando a fazendo de ‘’ minha casa ‘’. Ele desce do cavalo e depois me ajuda descer do meu.

– Obrigada, por me fazer companhia.

– Não a de que.

Dou um sorriso para ele e aceno, entrando para dentro da minha casa. Subo as escadas correndo e entro em meu quarto feito um foguete, afasto as cortinas e abro a janela, e vejo Lucas levando os cavalos de volta para o curral. Fico na janela até que o vejo se afastar por completo. Volto para dentro do meu quarto e vou para o banheiro. Um bom banho não seria nada mal pra tirar o caipira dos meus pensamentos. Depois de me despir abro o chuveiro e começo a me lavar, demorando bastante não queria sair tão cedo dali. Um bom tempo se passa e eu desligo chuveiro, me seco. Enrolada na toalha volto para me quarto e me assento na cama. Amora brincava com seu ursinho e quase arrancava meus cabelos por não conseguir de o Lucas dos meus pensamentos. Eu não sei o que ele tinha que mexia tanto assim comigo. Eu nunca em toda a minha vida estava pensando em alguém, do sexo oposto, igual eu estava pensando nele. Ele não saia mais dos meus pensamentos, acho que até mesmo se eu quisesse tira – ló eu não conseguiria, já era tarde demais para uma tentativa dessa, que seria em vão.

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Abro meu armário e de lá pego um pijama o vestido e seguida. Pego a Amora que continuava no chão brincando com seu ursinho, e nos deitamos em minha cama. Não iria jantar, não estava com um pingo de fome se quer, só queria dormir para ver se pelo menos assim eu conseguia tirar aquele caipira ridículo dos meus pensamentos. Amora fica inquieta e eu a tiro de cima da cama, precisa me concentra para tirar o Lucas dos meus pensamentos, e ela estava me atrapalhando. Com minha cabeça em cima do travesseiro continuo a pensar no caipira. Me vira de um lado pra outro na cama tentando dormir, mais a única coisa que eu conseguir fazer era pensar nele e em seu sorriso. E assim eu passo um bom tempo tentando tira – ló inutilmente dos meus pensamentos.