Paixão Caipira

Capítulo 6


‘’ Que os dias sejam mais longos. ‘’

Aquela manhã amanheceu fresca. Ainda bem, porque eu já não estava mais aguentando aquele calor insuportável que fazia naquele lugarzinho. Me levanto e depois de me arrumar me olho no espelho. Havia colocado uma roupa bem simples. Na verdade eu ia sempre simples para escola, porque lá todos eram muito simples. Sem contar que aquela escola era ótima podíamos ir com qualquer roupa, não tinha aquelas regras idiotas de todos os alunos irem de uniforme.

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Saio do meu quarto e desço as escadas rapidamente. Chego á varanda e Lucas estava em frente á charrete me esperando. Ele me levava todos os dias na escola fazendo chuva ou sol. O cumprimento com um aceno e subo na charrete, ele se assenta ao meu lado e coloca a charrete para sacudir. Durante o trajeto para á escola, íamos conversando animadamente, o que era muito raro acontecer.

– Hoje você acordou de bom humor. Ainda bem. – Diz ele.

– Todos os dias eu acordo de bom humor. Só você que não percebe. – Digo.

Ele abre um largo sorriso e para á charrete em frente á escola.

– Anda logo menina. Tenho que fechar o portão. – Diz o porteiro.

– Tchau Lucas. – Digo descendo da charrete.

– Tchau metidinha. – Diz ele.

Não sei pra que me chamar de ‘’ metidinha ‘’, eu não sou metidinha. Eu era uma adolescente normal com ele, como ele não, porque ele era caipira. Entro na escola e vou andando de vagar até minha sala. Maristela já estava lá quando cheguei, nos cumprimentamos com um sorriso, e fui me assentar em meu lugar. Eu me assento e ouço Cláudiara dizer:

– Hoje temos a primeira prova do ano.

– É. – Digo.

Eu e a Cláudiara tínhamos nos tornado melhores amigas, por incrível que apareça. Ela era um amor de pessoa, muito simpática e engraçada. Não ficava um minuto se quer sem rir dela. Maristela faz a chamada e depois de um tempo começa a distribuir a prova. Era português. Eu odeio português. Estava com medo de ir mal na prova, por mais que tenha prestado atenção, eu não havia estudado nem um pouquinho se quer.

Pego á prova e a observo por alguns instantes. Todas as questões eram abertas, eu iria ir muito mal nessa prova, mais do que eu imaginava. Começo a fazer a prova, que estava razoável. Ela até poderia está fácil, mais pra mim está muito difícil. Fico quase uma hora tentando responder as questões. Quase arrancando minha cabeça fora. Mais no final consegui responder todos. Só não sabia se havia conseguido ir bem.

– E aí como você foi na prova?! – Digo me virando em direção a Cláudiara.

– Bem e você? – Diz ela.

– Não sei. Acho que fui mal. – Digo.

– Mais as provas da Maristela são muito fácies. – Diz ela rindo.

– Pode até ser. Mais português não é o meu forte. – Digo.

Continuamos conversando até dar a hora de ir embora. Como havíamos tido prova, Maristela resolveu não dar o restante das aulas daquela manhã. Eu e Cláudiara saímos de sala em direção ao portão principal da escola. Eu tinha que esperar o Lucas e Cláudiara sempre me fazia companhia.

– Será que o gatão vai demorar muito? – Diz Cláudiara.

– Não sei. – Digo.

E eu também não sabia onde ele havia visto beleza naquele caipira para o chamar de ‘’ gatão ‘’. Ele era mais ou menos no máximo. Mas para Cláudiara ele era o cara mais lindo da face da terra, acho que subia até um calorzinho nela quando ela o via.

– Olá metidinha. – Diz Lucas assim que para aquela geringonça em frente da escola.

– Oi caipira. Hoje temos companhia, você pode levar minha amiga até a casa dela. – Digo com um sorriso.

– Claro que posso! – Diz ele.

Eu puxo Cláudiara pela mão até a charrete a fazendo se assentar do meu lado. Lucas começa a fazer aquele troço balançar, eu já nem sabia mais qual movimento aquela carrete fazia.

– Por que você fez isso? – Diz Cláudiara baixinho.

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– Por que eu quis te dar uma carona. – Digo.

Durante o trajeto até a casa de Cláudiara íamos conversando sobre as aulas da Maristela que eram ótimas por incrível que apareça, percebi que Lucas ás vezes nos olhava despercebido. Lucas para a charrete em frente a uma casinha bem pequena indicada por Cláudiara. Era uma casa de madeira muito simples e humilde.

– Obrigada! – Diz Cláudiara descendo da charrete.

– Por nada querida. Tchau. – Digo.

Ela acena para mim e quando ela entra em sua casa Lucas faz a charrete balançar novamente. Não via a hora de chegar em casa para poder descer daquele meio de locomoção horrível.

– Sua amiga é muito simpática. – Diz Lucas em um certo momento.

– É sim. Ela é um amor! – Digo.

Ele sorri e eu retribuo. Continuamos o percurso de volta para casa em silêncio. Ele tinha um sorriso muito lindo e contagiante acho que em ficava perto dele nunca ficava triste. Na verdade eu nunca o tinha visto triste, sempre o vejo rindo ou brincando. Era muito calmo, nada o afetava com facilidade. Já eu era totalmente ao contrario dele. Bem assim eu penso que é, porque eu mal o conheço. E também não queria conhecer um caipira metido como ele.