Capítulo XXVII : Se entendendo

Abri a porta e ele estava sentado no corredor em frente à porta do quarto.

— Você me esperou esse tempo todo ? — Eu perguntei.

— Sim. Eu quero te dizer que eu não tive nada ver com o massacre. Isso tudo foi o meu pai quem planejou — Ele disse se levantando.

— Eu sei. Eu acredito em você.

— Você acredita ?

— Sim. Eu acredito. Eu tive a noite inteira para clarear os meus pensamentos. Eu sei que você não teve nada a ver com isso. E o seu pai é uma pessoa, você é outra. Eu não posso culpar você pelos erros do seu pai. E eu amo você. Mesmo se eu quisesse, eu não conseguiria te odiar.

— Obrigado por acreditar em mim.

Ele veio até mim e me beijou.

— E você ? Perdoou o seu irmão ?

— Imediatamente eu não acreditei nele. Mas o meu pai não era um santo. Ele provavelmente fez isso mesmo. Com o tempo eu acho que posso voltar a ser como eu era com o meu irmão.

— É melhor assim. Não é bom para alguém viver com ódio dentro do coração.

— Você está certa. Vou me esforçar para melhorar a minha relação com o meu irmão.

...

Depois disso o tempo pareceu voar.

Eu fui aprovada pelo conselho e assumi o poder. A princípio as pessoas me estranharam, mas com o passar do tempo me aceitaram. Eu consegui alcançar meus objetivos. Nunca pensei que a minha vida tomaria um rumo tão diferente de um ano atrás, mas eu estou feliz com a minha vida hoje.

Foram os obstáculos que eu enfrentei até agora que me tornaram forte e madura. Não me arrependo de nada. Tudo o que eu quero agora é que essa felicidade seja duradoura.