Oh-oh, perigo à espreita!

Olá mais uma vez. Sabem, creio que finalmente descobri qual é a minha idade. Estou perfeitamente convencida de que tenho 16 anos... não é essa a idade típica de uma protagonista como eu?

Oh, sim. O meu nome é Irina, etc., etc. (tenho que fazer isto em todos os capítulos??). No capítulo anterior o Pui e eu conhecemos um rapaz estranho chamado Alin no nosso caminho para o centro comercial. O Pui diz que não há nada de estranho nele e que eu devo apenas ter ficado abananada com a beleza dele, mas eu juro que não é isso!! Enfim, eu hei de descobrir. O que importa é que no final comi um belo bife!

Irina passeava alegremente pelo supermercado, trauteando para si mesma alguma canção que ninguém conhece (se isto fosse um anime, seria certamente a música de abertura). Naquela noite ia fazer um jantar de comer e chorar por mais. Alguma coisa tipicamente romena que eu certamente desconheço. Pui tinha decidido ficar em casa para variar, e sabia bem livrar-se daquele animal irritante por momentos. E por essa mesma razão a jovem planeava ficar por um pouco mais de tempo do que o que seria necessário. Talvez fosse ver umas montras pela cidade depois de concluir as suas compras.

Chegou à secção dos congelados, onde começou a procurar pelos últimos ingredientes de que necessitava. Porém, a dada altura, começou a sentir uma certa inquietação. Era como se alguém a estivesse a observar. Terminou o que tinha a fazer e abandonou o edifício a passo apressado.

Levou um pouco mas, momentos depois, a sensação parecia ter passado, e Irina prosseguiu com o seu passeio. Queria aproveitar a tarde da melhor forma possível. Desceu a rua e começou a caminhar lentamente e a apreciar os expositores das lojas. O sol ainda brilhava alto no céu, e isso fazia Irina sentir-se estranhamente confortável (mesmo sendo ela sensível à luz solar). Mas não tardou muito até a sensação de inquietação regressar. E, quando Irina se deu conta, toda a rua parecera ficar completamente deserta.

Ouviu um riso infantil mesmo atrás de si, e voltou-se para ver o que era.

Oh, era apenas uma menina. Estranhamente bem vestida, mas presumivelmente inofensiva. Irina virou-se para seguir pelo seu caminho. Queria sair daquela rua o mais depressa possível. Mas eis que a menina presumivelmente inofensiva lhe dirigiu a palavra.

— Tu és uma criatura da noite, não és? Uma vampira...

— Sim, e tu o que queres? – respondeu Irina um tanto agressivamente. Estava visivelmente nervosa.

— Oh, nada de mais. Apenas – a rapariga avançou e retirou um dos braços de detrás das costas, revelando uma sombrinha a condizer com o seu guarda-roupa e abrindo-a na direção de Irina, quase lhe acertando com o objeto na cara – acabar contigo.

Irina recuou rapidamente ao ouvir isto. Talvez ela estivesse só a brincar. É, talvez fosse isso. Para todos os efeitos, esta seria uma boa altura para saber como ativar os seus poderes. Nunca tinha desejado tanto que Pui estivesse com ela. Subitamente, a menina misteriosa ergueu a sombrinha no ar e os seus pés separaram-se do chão. Revelou a outra mão, na qual segurava uma estranha esfera luminosa.

— Já agora... O meu nome é Bianca. Achei que talvez gostasses de saber isso antes de morrer.

Oh não, o que tem esta na cabeça, e o que vou eu fazer agora?? Pui, ajuda-me por favor!!! De qualquer forma... não percam o próximo capítulo...?