Bella Weasley Swan

Capítulo 11- Eu sei o que você é.


Ponto de vista: Edward.

Choque.

Muito choque!

O que sentir além disso? Minha vida começou a passar na minha cabeça, das pessoas sentindo medo de mim por puro instinto, das pessoas chorando quando viam minhas presas...

De repente, ela... Ai, a minha Bella, como eu queria mudar por ela e poder ficar perto dela, sem que esta se machucasse.... Ela me diz que sabe o que eu sou.

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Como? Como ela descobriu isso?

Porque ela não fugiu ou ficou com medo?

Ela me disse que nunca ficaria com medo de mim, mas eu tinha a certeza que ela só dissera isso porque não conhecia meu segredo. Ela não tinha medo de mim porque não sabia que eu era um monstro... Mas agora eu ouso sua voz melodiosa, a voz mais linda do mundo, proferir estas palavras com tanto carinho, que só pode ser fonte de minha imaginação.“Eu sei o que você é!”

Isso seria impossível. Ela deve estar confundida. Achar que o que eu preciso contar é outra coisa, caso contrário ela não ficaria tão perto de mim, me beijando com seus lábios tão doces como mel, tão macios como uma pétala de rosa...

Obriguei-me a olhar em seus olhos novamente.

Eles demonstravam compreensão, solidariedade, carinho... amor.

Ficamos nos encarando por enormes momentos, momentos de puro silêncio e pensamentos próprios... Como queria poder ouvi-la agora, saber o que está pensando.

Mas eu ainda tinha perguntas a fazer. –Como sabe?- Perguntei delicadamente, com medo de o mínimo movimento ou palavras a machucassem. Não queria machuca-la, nunca a machucaria...

Ela sorriu, um sorriso triste, e me olhou nos olhos, seus olhos estavam se enchendo d’agua e segundos depois uma lágrima silenciosa escorregou pelo seu lindo rosto. Sequei-a com os dedos delicadamente, fazendo carinho em sua face.

-Também tenho um segredo- Ela disse, mas em seguida olhou para o relógio. Faltavam menos de dois minutos para bater o sinal- Mas a história é grande eu queria conversar com calma, depois da aula, tudo bem?

Eu só assenti, levantei e puxei-a pela mão que estava em meu rosto segundos atrás.

-Vamos então.

Soltei sua mão e comecei a andar ao seu lado, o silêncio dessa vez estava incômodo. Eu tinha tantas perguntas a fazer. Ela encostou seus dedos aos meus, devagar, e entrelaçou-os. Seguimos até a aula dela. Dei um beijo na ponta de seu nariz e fui em direção a minha aula.

Hoje, o tempo ia demorar a passar...

PDV: Bella.

Como eu queria que nada disso existisse. Que fôssemos apenas dois adolescentes regidos pelo puro instinto, podendo ficar juntos, sem ter do que seu preocupar.

Antes de vir para Forks, eu classificava minha vida como praticamente perfeita. Uma família maravilhosa, amigos espetaculares, um namorado muito bonito e leal. Mas como dizem, a gente pode viver sem o amor, porém só se for antes de conhece-lo, pois depois de o experimentar, a vida passa a girar em torno dele, somente em torno dele.

“E seria tão fácil”, penso suspirando. Se fossemos humanos comuns, ficaríamos juntos, ele me pediria em casamento depois de acabar a faculdade, eu aceitaria, claro, teríamos alguns filhos lindos, e viveríamos felizes enquanto o tempo nos durasse.

Mas como eu aprendi há algum tempo, cedo demais para uma criança, minha vida nunca leva o caminho mais fácil. Parece que todos colocam obstáculos em meu caminho, mas me testar... Sempre foi assim. E no quesito, AMOR, não seria diferente.

Edward, um nome que antes eu achava o máximo do clichê, agora é o nome mais lindo do mundo. Ele, o amor da minha vidinha curta comparada a dele, é a pessoas por quem eu fico suspirando a noite. E, eu faria de tudo para não o perder. Ninguém o tiraria de mim, ou eu não chamo Isabella Weasley Swan.

O tempo passou até rápido. Não prestei atenção nas aulas e elas foram seguindo até a hora do almoço. Estava tão imersa em pensamento que só notei que o sinal havia tocado, quando vi as pessoas se levantando. Peguei minha bolsa a fim de fazer o mesmo, mas quando estava andando por entre as fileiras, escutei alguém me chamar.

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-Senhorita Swan?- Era o professor de cálculo, Sr. Linus. Um homem baixinho e gordinho, já passando dos quarenta e cinco anos. – Pode vir aqui, um minuto?

-É claro, professor – respondi educadamente indo a sua direção. – Algum problema?

-Infelizmente sim, venho notado que seu forte não é a minha matéria, algo perfeitamente normal, isso acontece por mais da metade da turma. Mas, nessas últimas duas aulas você ficou muito pensativa, não prestando atenção. E, estou preocupado. Está com problemas em casa ou algo assim?

Fiquei olhando em seus olhos, através da armação do óculos, pensando no que responder. Não, eu não estava tendo problemas em casa, só alguns pessoais envolvendo um vampiro e um possível comensal da morte.

Não era algo que se diz ao professor, claro. Então apenas sorri e lhe respondi calmamente – Não professor, não há problemas, só não estou muito disposta hoje, mas farei o possível para melhorar em sua matéria.

-Assim espero, nossa prova é semana que vêm.

-Tudo bem. Se era só isso, eu queria ir para o almoço agora...

-Oh, é claro. Pode ir, e bom dia Isabella.

Somente assenti e fui andando para o refeitório. Mais um problema, e dos grandes, CÁLCULO, como iria passa nessa prova, eu não sei.

Segui caminhando calmamente até o grande salão, eu já estava lotado. Ergui meus olhos até a mesa que havia dividido com Edward antes, com expectativa de ele estar me esperando. Mas ele não estava. Varri o lugar com os olhos e o encontrei na mesa habitual com sua família.

Sou eu a pessimista, ou todos concordam que isso não é nada bom? Porque ele estaria lá com a família? Porque não quis ficar comigo?

Ele não deve ter gostado nada de eu ter falado que conhecia seu segredo. Ai, ele não pode se afastar, o que eu faria sem ele?

Ninguém olhava em minha direção.

Todos estavam conversando calmamente, até que a loira, Rosalie como me disseram, olhou para mim e deu um tipo de olhar gélido. Como não tenho medo de nada, respondi do mesmo jeito.

Sou muito educada, quando a pessoa é comigo, já que não, eu não seria a por baixo de jeito nenhum.

Ela não gostou muito do olhar, e mandou outro, este na verdade, parecendo que se pudesse, me matava ali mesmo. Novamente, respondi com o mesmo olhar, quem ela pensa que é? Nem me conhece.

Continuei andando, peguei uma coca e um pedaço de pizza. Nada saudável, não é? Mas das comidas de trouxas, pizzas sem dúvida é uma das melhores. Paguei e fui me sentar numa mesa, onde estavam alguns conhecidos, e outros com rostos familiares.

-Posso sentar aqui?- Perguntei a Mike.

Ele sorriu e respondeu – Claro. – Se levantou e puxou a cadeira para mim. Ele é até fofo.

Vi com minha visão periférica que alguém não gostou muito e estava carrancuda e bufando. Jéssica. Parece que essa aí tá caidinha por Mike.

Passaram o almoço todo conversando animadamente, muitas brincadeiras. Eu falava e brincava um pouco também, mas fiquei um tempo só ouvindo também.

Combinamos de algum dia ir ao cinema ver o último filme que foi lançado.

- Ah, acabei de lembrar. –Começou Lauren. – Daqui a alguns dias vai haver a viagem anual. Esse ano acho que vamos acamparnuma reserva perto de Seattle, vocês vão?

-Mas é claro.

-Não perderia por nada.

-Vai ser incrível.

-E você Bella? Vai?

Eu não era muito do tipo ficar no meio do mato para dormir, mas como todos disseram que iam, não queria ser a única a negar.

-Claro.

Nesse momento Mike abriu um sorriso do tamanho do mundo e eu ouvi Jessica bufando de novo.

O restante do almoço passou normal. De vez em quando eu dava uma olhadinha para a mesa de Edward. Ele não me encarou nenhuma vez. E com o passar dos minutos, eu ficava cada vez mais nervosa.

Quando bateu, era a hora de nossa aula de Biologia juntos. Agora, ele sentaria comigo, não?

Fui a primeira a sair do refeitório. Praticamente sai correndo, de tão nervosa. Também cheguei primeiro na sala, que estava vazia, nem o professor estava lá ainda.

Me sentei e coloquei minhas coisas em cima da mesa. Peguei minha lapiseira e comecei a rabiscar no caderno. Estava ficando uma bagunça, eram feitiços escritos errados, desenhos esquisitos. Mas eu precisava fazer alguma coisa. Estou me achando meio hiperativa;

Para minha surpresa, depois de passados nada mais que uns dois minutos, o meu Romeu entrou na sala. Agora estávamos somente nó dois.

E quando ele sorriu para mim, eu não respondi. Sinceramente, estava meio chateada por ele não ter se sentado comigo. Se ele queria distância, tudo bem, não iria impedir.

Ele estranhou e parou na minha frente. – Aconteceu alguma coisa?- Ele perguntou com o rosto perfeito cheio de preocupação.

-Não – suspirei, não consigo ficar brava com ele muito tempo. – Só alguém que praticamente me abandonou, nada de mais.- Respondi dando de ombros.

Ele se sentou ao meu lado, e no lugar de ficar a uma certa distância de mim, ele puxou a cadeira até encostar na minha. Fiquei surpresa, mas não o impedi. Queria saber o que ele ia fazer. Edward passou seu braço esquerdo por meus ombros e me puxou para bem pertinho dele. Estaquei ali. Fiquei colada à seu corpo, quase sem respirar.

Agora eu conseguia sentir seu cheiro doce. Uma fragrância maravilhosa, qual será o perfume que ele usa?

-Senti sua falta. – Ele disse. – Não me sentei com você porque estava resolvendo umas coisas com meus irmãos. Não fique chateada, pequena. E eu ouvi a sua conversa com o professor de cálculo mesmo assim, posso te ajudar, como disse anteriormente.

-Você ouviu, foi? – Perguntei com o humor um pouco melhor. –Ouve de longe, eh?

Ele riu baixinho. – É, mas no caso é muito bom, saber em que problemas você está se metendo.

-Agora é bom? Ter uma super audição é sempre bom. Quando não seria?- Perguntei rindo também. Não resisti, e passei meu braço direito por sua cintura, me aconchegando nele. Um lugar que não pretendia sair tão cedo.

-Ah, tem vezes que não é nada bom. Como quando está em uma casa cheia de casais... hmm... meio que ocupados..

Agora que eu ri, e um pouquinho alto demais – Eh, não deve ser nada bom.

-Pequena?

-O quê? – Ele disse confuso.

-Você me chamou de pequena.

-É porque você é a minha pequena. MINHA pequena.

Ficamos abraçados até os alunos entrarem, e quando o professor chegou tive que me separar dele, mas continuamos bem perto. Ele ficava segurando minha sempre que era possível.

A aula foi extremamente agradável. Isso é o que acontece quando se está apaixonado, acredito.

E, mesmo tentando prestar atenção na aula, eu não conseguia. Por dois motivos.

Primeiro porque eu não parava de sentir o cheiro doce de Edward.

Segundo porque o mesmo não parava de me olhar, sempre com um sorriso nos lábios.

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É, parece que alguém não está com raiva de mim, nem querendo me matar por saber de seu segredo ou tentando se afastar. E isso é bom. Cara, isso é mesmo MUITO bom.

A aula correu bem, cheia de sorrisos e carinhos na mão.

Mas estava chegando a hora de nossa conversa. Conversa essa que apesar de querer com todas as minhas forças, não posso adiar.

Quando faltavam dois minutos para bater o sinal, um toque começou a parecer. No começo, baixa e abafada, mas conseguindo uma força que eu não sabia de onde vinha. Na verdade, era uma sirene. Aquela conhecida. De repente, olho para os lados, e todos estão correndo. É, é uma boa ideia para se fazer no meio de um incêndio.

Edward já está em pé, com suas coisas no ombro esquerdo, e minha bolsa do direito. É seria cômico vê-lo de bolsa se não fosse a situação.

Ele agarrou minha mão e saiu me puxando para fora, e eu fui sendo carregada, praticamente. Quando chegamos ao estacionamento, ele estava lotado, saindo tanta gente que eu nem sabia que havia tantos alunos naquela escola. Havia também fumaça, saindo dos prédios, e um cheiro inconfundível de fogo.

Não entendendo muita coisa e meio atordoada, me viro para olhar para meu carro, tentando andar até ele com um Edward me seguindo. Quando eu vejo...

De novo, não.

Era aquele tipinho da boate, o que era para ser um comensal, mas não era um... pelo menos acho que não...

Ele estava escorado no carro de Edward, olhando tudo com um sorrisinho metido e satisfeito brincando em seus lábios. Quando eu vi, já estava com minha varinha na mão apontando para ele. Não me importava se alguém estava vendo ou não. Não me importava mais nada, eu só queria saber quem era ele.

Quando eu lanço o feitiço que Harry havia me ensinado – Sectumsempra!- o cara desaparece e o feitiço acaba batendo no carro fazendo um enorme amassado na lataria.

-Ah, ferrou... – Eu praticamente gritei indo em sua direção, para dar uma olhada nos estragos, tava bem amassado, mas dava para consertar com um leve balançar da varin...

Edward.

Ele me viu lançar o feitiço. O que eu faço agora? Bom, acho que não há tanto problema assim, eu já ia contar para ele. Mas...

Olho para trás, e çá está ele. Estacado no meio do estacionamento, me olhando. O rosto sem nenhuma emoção, impossível de ler. Com os olhos duros olhando a lataria do carro.

Por sorte, as únicas pessoas que não estão mais olhando o incêndio, e prestaram alguma atenção em mim, foram Edward e a família dele, que estava do outro lado perto de seus carros, me olhando com incredulidade. Olhei novamente para Edward, e agora ele estava me encarando.

É agora...

-Será que já que parece qua não vamos mais ter aulas, a gente pode conversar?- Perguntei falando baixo, mas sabia que ele ia ouvir. Ele continuou me encarando por mais alguns segundos até que acentiu e veio até meu lado, olhar o carro. – Desculpe, eu posso concertar, não era a minha inten...

Mas ele se virou para mim, com o rosto ainda sem emoções, mas tocando em meu rosto. - Está tudo bem, Bella, entre para que possamos conversar.

Então ele abriu a porta do carro para mim, eu entrei sem dizer nada. Estava um pouco ansiosa por nossa conversa, mas tambpem um pouco envergonhada por ter amassado seu carro, que tenho certeza, ele adora.

Ele estacionou em uma estrada deserta, e sem falar nada, desligou o carro. Ficamos um tempinho em silêncio, até ele se virar para mim.

Delicadamente, ele triou meu cinto, voltou para o seu assento e ficou totalmente virado para mim. Eu fiz o mesmo. Então ficamos os dois se encarando mais um pouco.

-Você disse que sabe o que eu sou. – Ele começou.

Eu assenti. – É, eu disse.

-E o que você acha que eu sou.

-Você é um vampiro Edward. – É falei na lata. Mas ficar mais tempo ainda nesse joguinho iria me matar, sério.

-E o que está fazendo aqui?

-Como?- Perguntei confusa.

-O que faz aqui? Por que permanece perto de mim, se sabe disso? Não está com medo de mim?

-Não Edward. Eu já te disse. Nunca terei medo de alguém como você.

-Você é louca, não sente medo de um vampiro, que poderia te matar a qualquer momento?

-Quando disse “você”, me referia a você como pessoa. Fofo, gentil e educado. Não estava falando de sua.. é, espécie. Não que eu tenha medo dela, vocês que deveriam temer.

Ele meio que ignorou tudo o que eu disse e partiu para a pergunta que eu sabia que ele faria, mais cedo ou mais trade. – Como você ficou sabendo?

-Ah, Edward. Eu sempre soube. É para esse tipo de coisa que eu sou treinada durante sete anos no castelo.

Dessa vez ele ficou confuso mesmo, - Castelo?

-Sim, Hogwarts é um castelo. Mas deixe para lá, voltemos ao nosso assunto. Tenho algo para lhe perguntar.

-Pergunte.

-Como você se alimenta?

-Eu e minha família, não tomamos sangue humano, pode ficar tranquila...

-Não estava preocupada.

-Nós nos alimentamos de animais. Não é de todo satisfatório, mas é melhor.

-Por que não caçam humanos?

- Não quero ser um monstro Bella. Como eu poderia viver sabendo que destruo uma família por dia? – Ele disse trazendo no rosto um pouco de tristeza e um pouco de vergonha. – Mas eu sinto falta de sangue.

Eu meio que me afastei um pouco, involuntariamente, mas ele percebeu, claro.

-Não tenha medo, não vou te machucar, você é especial...

Ui, eu sou especial. Ele disse que eu sou especial. Todo clima pesado meio que evaporou no momento, ele disse que eu era especial. Para o mundo que eu quero descer.

-Não consigo sentir o cheiro de seu sangue...

Atenção: Banho de água fria a vista. Ah, então é por isso, que decepção.

-Por que isso acontece só com você

-É, Edward, parece que eu tenho uma historinha para te contar também. Espero que esteja preparado.

-Nasci preparado, meu amor. – Ele respondeu, com bom humor.

Ficamos em silêncio um tempinho até ele acabar com ele, impaciente. – Então, porque não começa?

Já estamos nesse vai e vem a tanto tempo, que eu já quase decorei o que vou dizer.

-Então, vamos voltar a Hogwarts.

-Sua escola? O que tem?- Ele perguntou.

-Hogwarts, como eu disse, é uma escola para pessoas especiais, como eu... Você meio que só pode entrar convidado, e só será convidado se tiver algumas características... especiais.

-Que tipo de características?- Agora em seu lindo rosto dava para notar um pouco de curiosidade,e também naqueles olhos que estavam um po e tambpuco negros no momento.

-Caracteríticas tipo o que você viu agora a pouco.

-É? E o que eu vi?

-Você viu uma bruxa jogar um feitiço em cima de um cara e errar estupidamente.

Ficamos em silêncio por pouco tempo dessa vez. Só uns três minutos se passaram para que ele processasse as minhas palavras. Não que ele demore tudo isso, afinal apesar de não parecer, ele ainda é um vampiro. Mas parece, que sua convivência comigo o está deixando meio lentinho. Não que eu vá dizer isso para ele.

-Bruxa? Tipo com caldeirão, vassoura e verruga no nariz? – Ele perguntou. Bom, pelo menos ele está bem humorado, e isso é bom, não é?

-Tá zoando da minha cara, ou isso é só impressão minha? – Perguntei fazendo cara da zangada.

-De jeito nenhum. Só queria saber dos detalhes. Você também se transforma na Branca de Neve para ficar com o Príncipe do cavalo Branco?

-Ha ha, MUITO engraçado. Chorei de rir agora. – Eu disse emburrada. Quando a gente falasse daquele lado vampiresco dele, ele não perde por esperar. As piadas que eu aprendi com Fred e Jorge de vampiros vão o fazer ver o que é bom para tosse.

-Não que você precise procurar por seu príncipe. – Ele disse sorrindo.

É, parece que alguém tá mesmo zoando da minha cara. Ele não está acreditando não, é? Então vou ter que fazê-lo acreditar. Só preciso pensar em como?

-Vem!

Eu disse já saindo do carro e no mesmo instante, ele já estava ali do meu lado.

-Olhe.- Eu disse apontando para a lataria. Peguei minha varinha, apontei para o amassado e disse. - Reparo.

De repente, em frente a nossos olhos, o carro estava novo novamente, nem mais um amassadinho, nem um arranhão para contar a história.

-Então, acredita?

-É, parece que sim- Ele respondeu sorrindo torto para seu carro recém-concertado. -Mas ainda não acabou. Tenho muitas perguntas.

-Pode mandar...