Já estava quase amanhecendo, mas Jade não saiu do lado de seu vagabundo por nenhum minuto, ela estava exausta mas não deixou que o cansaço a vencesse, ela tinha de estar ali quando ele acordasse, ninguém deveria acordar sozinho num quarto de hospital.

_Minha querida, acho que ele não acordará tão cedo, por que você não vai até a lanchonete e come alguma coisa, eu até gostaria de trazer algo aqui pra você, mas isso é contra as regras do hospital. - disse a enfermeira que foi checar o estado de Cobra.

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Um café, era disso que Jade precisava, meio receosa, decidiu ir até lá e beber uma xícara, ele não iria acordar tão cedo, pensou, ela seria rápida.

Tentou ser o mais breve possível, não demorou nem vinte minutos na lanchonete e voltou para o quarto, mas se surpreendeu ao ver Cobra acordado, ele parecia meio perdido, então a garota supôs que ele devia ter acabado de acordar.

_Jade? - perguntou ele meio grogue, não parecia estar conseguindo focar o olhar em apenas uma coisa, seus olhos ficavam avaliando cada centímetro do quarto.

_Eu estou aqui. - respondeu ela sentando-se na cadeira ao lado da cama e segurando a mão do lutador.

_Achei que tinha sonhado.

_Como assim?

_Que você estava aqui. Achei que era um sonho. - ele tentou sorrir. Jade revirou os olhos.

_Essa não é uma boa hora para romantismo. Quero saber como é que você conseguiu ficar nesse estado? Foi atropelado por um caminhão ou o que? - perguntou ela tentando disfarçar a culpa que sentia.

_Briguei com uns caras. - foi tudo o que ele respondeu.

_Sei. Onde é que você estava com a cabeça, vagabundo?

Ele sorriu, deixando a dançarina confusa, afinal ele teve a reação contrária a qual ela estava preparada pra receber, ela estava tentando dar uma bronca nele, não deixá-lo todo sorridente.

_Qual é a graça? - perguntou ela, indignada.

_Você me chamou de vagabundo. - replicou.

_Eu sempre te chamo de vagabundo.

_Não quando você está brava. Se você me chamou de vagabundo agora, é porque não está chateada comigo.

Ela sorriu também, realmente, ela mal percebia mas era verdade, só o chamava pelo apelido com carinho.

_Mas deveria estar. Achei que você estava morrendo. Nunca mais faça isso.

_Como você sabia que eu estava mal? - perguntou ele, ignorando a ameaça de Jade.

_A Karina me avisou. - disse, e pelo olhar que Cobra lhe lançava, ele não tinha ideia de como a Karina soube também. Jade esclareceu. - Ela foi até o QG e te encontrou praticamente desmaiado no chão, quando eu te liguei, ela atendeu o seu celular e me contou tudo, então eu fui até o QG e te trouxe até aqui. Cobra, você não tem noção do quanto nos deixou apavoradas, a coitada da Karina estava quase enlouquecendo, não acredito no quão imprudente você foi, nunca mais faça isso se não quem vai te mandar pro hospital da próxima vez, sou eu.

_Você me ligou? - perguntou Cobra.

_De tudo o que acabei de falar, incluindo minha ameaça, isso foi tudo o que você ouviu?

Ele acenou sorrindo.

_Sim, eu te liguei, percebi que fui injusta com você e queria te pedir desculpas por ter sido tão idiota.

_Dama arrependida, essa é nova. - comentou, Jade deu um tapinha de leve no ombro dele e ele gemeu.

_Ah meu Deus, desculpa, ta doendo?

_Não, só to brincando.

_Odeio quando você faz isso, sabia? - disse a dançarina emburrada.

_Não resisto, você fica tão linda quando está preocupada, e com raiva, e feliz, quer saber? Você é linda de qualquer jeito.

Jade tentou não demonstrar sua comoção ao ouvir suas palavras, mas não conseguiu conter o sorriso.

_Vou mandar uma mensagem pra Karina, ela estava muito preocupada com você.

_Você não vai dizer que eu fico lindo até mesmo todo arrebentado? - brinca ela, mas Jade não consegue disfarçar sua preocupação ao responder.

_Não, nunca mais quero te ver assim. Promete que nunca mais vai fazer isso?

Ela o encarou com expectativa.

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_Dama, eu não posso fazer promessas que talvez não serei capaz de cumprir...

_Cobra. - interrompeu-o. - Prometa por favor, eu não aguentaria te ver assim novamente, quando a gente tiver algum problema, vamos apenas resolve-lo, por favor não vá procurar briga novamente.

_Tudo bem, eu prometo. - respondeu com intensidade.