Love Without Limits

Capítulo 4 - I 'm going crazy


Capítulo 4 – I 'm going crazy

Saio da lanchonete com a minha famosa carranca. Posso afirmar com toda certeza que o dia de hoje é definitivamente o pior dia da minha vida.

Além de ser enganada por um gênio egocêntrico e irritante, ser perseguida por soldados e um coronel ridículo, ter que escapar de uma base militar repleta de agentes, ainda recebo a drástica notícia de que o desgraçado responsável por tudo isso é tão inútil que não faz a menor idéia de como me tirar dessa furada que ele próprio me colocou.

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Sorrio irônica enquanto permaneço parada no meio da calçada.

– É... Acho que as coisas não podem piorar.

Maldita hora pra dizer aquilo. Pois no exato momento em que iria atravessar a rua, um carro apareceu do nada, no velocímetro certamente deveria estar marcado 90 km/h.

Resultado: a batida do veículo me jogou a alguns metros de distância, e logo senti o impacto de minhas costas contra o asfalto. Doeu mais do que eu esperava, tenho que admitir.

E ali, deitada no meio da rua, olhei para o céu.

A claridade aumentava cada vez mais fazendo meus olhos arderem, obrigando-me a estreitá-los, quase os fechando, e logo a claridade foi diminuindo aos poucos, permitindo que minha visão voltasse ao normal, mas o que vi não foi o céu azul de Manhattan e sim um lugar que eu conhecia bem...

“– Droga! – Bobbi pragueja enquanto revira as inúmeras pastas organizadas nas estantes ao redor da sala – Onde é que está a porcaria do arquivo?

Observo ela pegar uma pilha de pastas e colocar sobre a mesa ao centro da sala, o único móvel que ocupava o amplo espaço além das estantes.

– O que exatamente você está procurando? – questiono não entendo o que se passava com a loira pra ela estar às duas da madrugada dentro da sala de arquivos da base Central da SHIELD, e ainda por cima, ter me arrastado até aqui também.

A loira me fita impaciente.

– Pare de fazer perguntas e me ajude a encontrar esse bendito arquivo. – ela diz e eu arqueio as sobrancelhas, observando Bobbi bufar irritada – Por favor, Natasha. Eu prometo que te explico depois, mas agora só preciso que me ajude a encontrar no meio dessa tralha o arquivo com o nome David White.

Enrugo o cenho.

– Esse não é aquele agente nível cinco que vive te importunando? – indago me aproximando da mesa, começando a procurar entre as pastas.

– Ele mesmo. – Bobbi confirma se direcionando a estante atrás dela, pegando mais uma pilha de pastas – Detesto aquele cara! – ela confessa – Ele odeia o Clint, e vive me dando presentes que sempre acabam no lixo, sem falar nas cantadas baratas que ele me dá só pra provocá-lo.

Seguro o riso, achando a situação meio cômica. Não acredito que ela joga as jóias caras e as flores no lixo.

– E só por isso você quer vasculhar a vida do pobre coitado? – indago incrédula, mas diferente do que eu esperava, recebo uma negação em resposta.

– Não é por isso... Há um motivo bem mais importante. – ela responde, e abro a boca para perguntar, mas sou cortada – Qual você só irá saber depois que terminarmos aqui.

Bufo, inconformada, continuando a olhar as pastas. Até que uma delas me chama atenção, principalmente pelo sobrenome escrito na capa.

– De quem é esse arquivo? – pergunto mostrando a pasta com o nome Howard Stark.

– Acho que é do pai do Stark. – ela me responde – Por quê?

Balanço a cabeça.

– Por nada. – respondo simplesmente, abrindo a pasta e observando a foto contida no papel, um homem jovem, a semelhança dele com o Tony era impressionante, inclusive o sorriso egocêntrico nos lábios.

Sorrio torto ao assimilar pai e filho, enquanto o nome Howard Stark se gravava em minha mente... ”

– Moça?

Abro os olhos subitamente, levantando meu tórax, um pouco assustada, sentindo a dor em minhas pernas que já não era tão forte.

Corro os olhos a minha volta, e enrugo cenho ao perceber que não estava mais na rua e sim em uma sala de estar bem luxuosa.

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– Onde eu estou? – pergunto de forma involuntária.

– Na minha casa. – viro o rosto para fitar o homem sentado em uma cadeira ao meu lado, qual eu nem tinha percebido a presença até agora.

Arregalo os olhos ao fitar seu rosto, ficando espantada com quem estava vendo.

– Howard Stark? – indago incrédula, levantando num salto, como se tivesse visto um fantasma.

– Sim. – ele responde me olhando como se eu fosse uma louca – Olha, normalmente minhas fãs gritam frenéticas, me agarram, e às vezes até me beijam... Mas espanto? Essa não é a reação que costumo causar nas mulheres.

Maravilha! Acabo de encontrar a fôrma original de onde saiu à réplica Tony Stark. Quando eu penso que nada poderia ficar pior, é aí que as coisas pioram.

– Eu não sou uma fã. – respondo tentando me manter calma. Afinal, ele é parecido com o Tony, e já que eu estou com raiva do playboy, vai ser difícil controlar a vontade de socá-lo no lugar do filho metido – Pode ter certeza disso.

Ele suspira aliviado.

– Ainda bem, porque isso já estava ficando estranho.
Respiro fundo, me controlando.

– O que foi que aconteceu? – pergunto, sentindo minha cabeça latejar, e automaticamente volto a sentar no sofá.

– Bom, eu estava voltando pra casa quando você se meteu na frente do meu carro, não consegui frear a tempo e aí bati em você. – ele explica tranquilamente pegando uma garrafa com alguma bebida dentro, que eu jurava ser whisky, e despejando em um copo, logo depois me oferecendo – Quer beber?

Balanço a cabeça negativamente, recusando.

– E por o que aconteceu depois disso? – indago de novo.

Ele leva o copo à boca, bebendo um gole do conteúdo em seu copo.

– Como eu não queria chamar mais atenção do que já tinha chamado, resolvi te trazer pra minha casa e chamei um médico para examiná-la.

– E o que ele disse? – pergunto interessada.

– Que com a força da batida era pra você ter quebrado a perna esquerda, mas o máximo que conseguiu foi uma marca roxa no meio da coxa. – Howard responde me olhando um pouco suspeito – Você é humana mesmo?

Arqueio as sobrancelhas, incrédula com a pergunta idiota que esse barbeiro acabou de me fazer.

– É claro que sou. – respondo de imediato.

Ele dá de ombros, indiferente.

– Perguntar não ofende. – e comenta, fazendo-me revirar os olhos – Qual é o seu nome?

– Natasha. – ele me fita significativamente, suspiro – Romanoff.

– Natasha Romanoff... – Howard repete me analisando – Você é russa?

– Sou. – respondo, e antes que ele abrisse a boca pra jogar mais uma pergunta, eu me adianto – Será que dá pra deixar o questionário pra depois? Eu estou cansada e preciso de um lugar pra ficar.

Ele beberica o liquido contido no copo em sua mão.
– Tudo bem... Tem vários hotéis pela cidade. – e responde como se fosse obvio.

Respiro fundo, não acreditando no que iria ter que fazer...

– Eu não tenho grana, não tenho roupas, não conheço ninguém daqui, ou seja, eu não tenho nada. – explico pra ele que ouve atentamente, e me olha como se me dissesse “e daí?”. Sinto meu sangue subir, mas me seguro – Você poderia, por favor, me deixar passar a noite aqui?

Howard arqueia as sobrancelhas.

– Você está mesmo me pedindo isso? – ele questiona descrente.

– Estou. – respondo após um suspiro frustrado. A que ponto eu cheguei? – É justo. Você me atropelou.

O moreno a minha frente suspira, e levanta da cadeira derrotado.

– Certo, você pode passar a noite aqui. – e me diz fazendo-me sorrir discretamente – Vou pedir para minhas empregadas te mostrarem o quarto e te darem roupas limpas.

Com isso, o observo sair da sala em direção a sei lá onde, acho que deveria estar indo chamar as tais empregadas.

E enquanto esperava, um pensamento me veio à cabeça.

Cada vez que eu encontrava alguém que já tinha ouvido falar e tecnicamente “conhecia”, antes disso acontecer sempre tinha um devaneio ou um sonho relacionado a tal pessoa... Primeiro sonhei com a vez que Steve me contou sobre o Coronel Phillips, e logo depois fui interrogada por ele.

O mesmo com o Howard. Depois de atropelada tive aquela lembrança do dia em que encontrei a pasta com o histórico do pai de Tony na Sala de Arquivos onde Bobbi e eu estávamos, e então acordo na casa dele.

Isso é muito estranho, como se eu estivesse sendo avisada cada vez que eu fosse encontrar uma pessoa que já ouvi falar ou conheci... Será que é paranóia minha?

Oh meu pai! Tenho que sair desse passado logo... Eu estou ficando louca.