Capítulo 1

É o sexto ano de Neville em Hogwarts. Ele deveria estar realmente feliz; afinal, conseguiu excelentes notas nos NOM’s que fez no ano passado. Em Defesa Das Artes Das Trevas tirou um Ótimo, graças a Harry Potter e à AD, e em Herbologia tirou um Excede Expectativas. Porém uma coisa o vem assustando.

“Quem será o novo professor ou professora que dará aula de Defesa Contra as Artes das Trevas nesse ano?” Ele pensava nisso praticamente o tempo inteiro.

É primeiro de setembro. Neville costuma sentar perto de seus amigos nos vagões, mas está tão preocupado que resolve se sentar sozinho, deixando uma poltrona vazia do seu lado.

– Pasquim? – diz uma voz.

– Obrigado Luna. – ele diz.

Neville pega o jornal e começa a ler.

– Posso me sentar aqui com você?

– Claro.

Luna senta ao seu lado.

– Seu cabelo está bonito. – diz Neville.

– Obrigada. Papai diz que eu preciso passar bastante aveia com creme de samambaia quando eu for lavar. É pra afastar os narguilés.– ela diz a última frase sussurrando.

Neville ri, mas não para debochar. Um riso comum, como o de dois amigos quando estão rindo de alguma coisa.

– Deve ser por isso que estão lindos. – diz abrindo um sorriso.

– Obrigada. Por que está com essa cara?

– Que cara?

– Não tente disfarçar. Sei que alguma coisa está te incomodando.

Neville para e por um momento hesita. Mas é apenas a Luna, a Luna de sempre, a amiga pra quem ele conta os segredos.

– Luna – ele começa. – estou muito preocupado. Quer dizer, vai ter um professor novo que com certeza vai cobrar muito mais nesse ano para nos prepararmos para os NEM’s. Ano passado foi diferente, Harry e a AD conseguiram me ajudar, mas é como que se eu sentisse que... que eu não vou conseguir. E ainda tem o retorno de Você-Sabe-Quem, e tudo está tão escuro. Como se não houvesse mais alegria.

Luna apenas o encara e abre um pequeno sorriso. Ela fica assim durante alguns pequenos minutos, e depois levanta-se do vagão e volta a entregar os jornais. Neville consegue vê-la entregando para Harry e Ron. “Talvez esse ano não seja tão ruim como eu estou pensando”, ele pensa.

Do seu vagão ele escuta a voz fininha e doce de Luna. “Pasquim?”