You Are Nasty

Going to the Cinema


POV Percy

– Você tá de brincadeira né? – perguntei olhando para Ethan de sobrancelha levantada.

– Não, não estou. – falou sorrindo. – Você a conhece?

– Sim, mas preferia não ter conhecido. – falei frio.

– Pelo jeito você foi uma das vítimas dela. – falou rindo e eu o fuzilei com o olhar.

– E você vai virar uma vítima minha se não calar essa boca. – Annabeth falou aparecendo de sei-lá-onde e o fuzilando. – Mas não vai ser uma vítima que nem as vítimas dele... Vai ser um pouco mais... Doloroso.

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– Uou! – Ethan exclamou erguendo os braços, mas rindo. – Agora ela está sendo agressiva, que medinho! – ele riu alto. – Por favor, né, poupe-me Annabeth, você não assusta nem um bebê.

– Ethan, se manda. – falei e escorei-me nos armários. – Já está me irritando.

– Ok, ok... Estou indo. – ele riu. – Até mais, esquentadinhos. – e saiu rindo e foi até Rachel e Lee.

– Babaca. – Annabeth falou e suspirou. – Não acredito que já gostei desse... Desconfigurado... – ela falou baixo, mas nós ouvimos e começamos a rir.

– Desconfigurado?? – falei ainda rindo e ela nos encarando como se fossemos loucos. – Não consegue pensar em nada melhor???

Ela corou e abaixou a cabeça, mas parecia pensar em algo e não estar envergonhada, eu e Grover nos olhamos com cara de “o que que essa doida ta fazendo??”.

– Hmmm... Que tal... Ignóbil! – falou me olhou como se fosse superior.

– Uou! – falei de olhos arregalados. – Essa aí dói em qualquer um!

– Uou duplicado! – Grover falou surpreso. – De onde você tirou essa?

– Bem, é legal chamar uma pessoa assim, principalmente porque geralmente elas não sabem o significado, então de vez em quando eu procuro uma forma de ofender alguém usando ofensas que eu ouvia minha mãe chamando o chefe dela. – falou sorrindo.

– Você é um gênio garota!!! – Grover falou.

– Obrigada. – ela fez uma leve reverência. Nós rimos.

– Bem, eu... – então alguém me atrapalhou.

– Olá Percy. – ouvir aquela voz me fez franzir as sobrancelhas. Olhei para Rachel e Lee, que estavam de mãos dadas.

– Oi Rachel. – falei sem muita vontade de conversar com ela.

– Bom saber que alguém que conheço estuda aqui. – depois eu tive que rir.

Desencostei dos armários e fui até ela, agora eu estava com pelo menos dez centímetros mais alto que ela. Dei um sorriso cínico.

– Se você está achando que vai andar comigo só porque me “conhece”. – fiz aspas com as mãos. – Pode ir tirando o cavalinho da chuva, porque eu não ando com você nem a força.

– Porque Perseu? – perguntou fazendo carinha de quem não sabe de nada.

– Ah, poupe-me né, não vou explicar algo que você fez. – falei e virei-me para Grover e Annabeth. – Você vai sair com a Júniper agora cara?

– Vou. – falou sorrindo.

– Beleza. – virei-me para Annabeth. – Annabeth, vai fazer algo hoje à tarde?

– Não por quê? – perguntou parando de fuzilar Ethan, que estava ao lado deles.

– Porque eu não tenho nada para fazer. – falei rindo. – Que tal irmos a uma sorveteria e depois ir ao cinema? – perguntei.

– É um bom programa, já que eu também não tenho nada para fazer. – falou. – Que horas?

– Hmmm... Que tal às sete? – perguntei.

– É uma boa. – falou. – Certo, então te vejo as sete no Rockefeller Plaza?

– Sim, ah, Annabeth... – comecei, mas “certa pessoa” me interrompeu com um pigarro.

– Nós ainda estamos aqui! – Rachel falou como se fosse a coisa mais importante do mundo.

– F*da-se – falei e virei-me para Annabeth. – Annabeth, vamos poupar gasolina e vamos só em um carro?

– Bem, é melhor e mais prático, então tá, mas em que carro, no meu ou no seu?

– No meu, acho que é esquisito a garota levar o garoto para sair...

– Machista... – falou com a sobrancelha levantada.

– Não! Não sou machista! – exclamei exaltado. – É só que... me parece falta de educação... – expliquei-me.

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– Ok, ok, já entendi. – falou rindo.

Ela pegou um papel de post-it, escreveu algo e me entregou.

– Toma, esse é o meu endereço. – falou. – Bem, vou indo, tenho que terminar uns deveres. Ela sorriu, me deu um beijo na bochecha e foi embora.

Guardei o papel no bolso da calça e virei-me para aqueles problemas de pessoas.

– Então, já que eu não tenho assunto para falar com nenhum dos três... – comecei. – eu vou embora. Então, adeus.

Virei-me e fui andando até a porta, mas para a minha felicidade, Clarisse e Nancy me esperavam à porta da escola.

– Vocês tão de brincadeira né? – falei irritado. – Vocês poderiam, por favor, sair da minha frente?

– Não. – falaram em uníssono e chegaram mais perto, então dei um passo para trás.

– O que vocês querem? – perguntei cansado de tanta gente chata me “perseguindo”.

– Tirar dúvidas. – Clarisse respondeu. – Primeira, quem era a ruiva com quem você estava falando?

– Ninguém, se vocês querem mesmo saber o nome dela, é mais fácil chegar nela e perguntar. – ela agarrou a gola da minha camisa.

– Olha aqui Jackson, ou você me responde, ou você apanha, você que decide. – falou ameaçadora.

– Olha aqui La Rue, - falei tirando a mão dela da minha gola. – você não me assusta mais, se quer saber algo sobre aquilo ali atrás, vai lá e fala com ela, porque eu não vou te responder nada. – falei e empurrei as duas para o lado, saindo da escola e indo para o meu carro.

POV Annabeth

Entrei em casa e fui direto para o meu quarto, joguei minha mochila em cima da mesa de estudos e me joguei na cama, abraçando o travesseiro.

Ele me chamou para sair!” eu gritava na minha mente, eu estava extasiada, mas eu não devia me animar tanto, ele ainda podia sentir um pouco de repugnância por mim, fiquei de barriga para cima e fiquei encarando o teto, pouco tempo depois eu me lembrei de que tinha deveres para terminar, levantei-me e arrumei meu material, fazendo os deveres em seguida.

Depois de um tempo fazendo dever eu escutei um estrondo na sala, eu levantei, peguei meu taco de baseball, abri a porta do meu quarto e fui descendo a escada bem devagar, para averiguar o problema.

Quando cheguei à metade da escada, eu me abaixei um pouco e olhei o que era: era meu pai, bêbado provavelmente, e para piorar estava junto dos amigos dele. Eu arregalei os olhos ao ver a cena e subi rapidamente, fechei a porta do meu quarto e tranquei-a.

Empurrei meu baú com cadernos antigos para a frente da porta e depois coloquei uma cadeira prendendo a maçaneta. Sentei-me na cama e respirei fundo, os amigos de meu pai eram muito agressivos quando bêbados, assim como ele. Eu sempre tive medo deles, principalmente depois que um deles quase me estuprou.

A minha sorte naquele dia, foi que meu meio-irmão Malcom estava presente e praticamente espancou o cara. Malcom é só dois anos mais velho que eu, ele era filho da minha mãe com o primeiro marido dela, eu e ele somos muito parecidos fisicamente: temos olhos cinzas, somos loiros e brancos, a diferença mais marcante é que o cabelo dele é liso e o meu é cacheado.

Olhei que horas eram e vi que já estava quase na hora de Percy vir me buscar, então eu fechei meus cadernos e livros e fui tomar um banho.

Ao sair do chuveiro e me secar, eu enrolei a toalha em volta de mim e fui para a frente do espelho e passei uma maquiagem bem leve. Saí do banheiro e fui até meu guarda-roupa, peguei uma roupa simples e vesti-me.

Olhei que horas eram: 6:55pm. Eu ainda tinha cinco minutos, então peguei minha bolsa, dei uma última olhada no espelho, tirei o baú e a cadeira de frente da porta e a abri devagar para não fazer barulho.

Desci as escadas sorrateiramente e fui para a cozinha, sai pela porta que tinha ali e fui para a frente da casa, fiz tudo isso, pois se os amigos do meu pai me vissem, eles tentariam me molestar, e ele não faria nada para me defender.

Parei em frente à porta da garagem e olhei que horas eram: 6h59pm. “Nossa, bati meu recorde! Fiz todo esse caminho só em três minutos praticamente.” Pensei. Olhei para a rua e vi um Maserati Granturismo azul vindo em direção a minha casa. Fui para calçada e fiz um sinal para Percy parar em frente à casa do vizinho, mesmo depois da cara confusa que ele fez, ele fez o que eu pedi. Quando ele parou eu fui até o carro dele e entrei.

– Porque tive que parar aqui e não em frente a sua casa? – perguntou assim que eu entrei.

– Oi para você também. – falei virando-me para ele. – Bem, respondendo a sua pergunta, porque os amigos do meu pai estão na minha casa e estão bêbado, então, se você parasse em frente a minha casa, eles iriam desconfiar e vir atrás de mim, e quando eles estão bêbados eles ficam agressivos e tentam me molestar, então eu sai pela porta dos fundos e nenhum deles me viu. – falei rápido.

– Uou, ok então. – ele olhou pelo retrovisor e arregalou os olhos, então mudou a marcha e pisou fundo, fazendo os pneus “cantarem”.

– Meus deuses! – exclamei. – O que houve? – perguntei espantada.

– Tinha um cara na porta da sua casa olhando para o meu carro de forma maníaca, ele segurava um garrafa de cerveja e estava pronto para jogar em nós. – falou diminuindo a velocidade.

– Oh não! – exclamei e mordi meu lábio inferior. – Quando formos embora, em vez de você me levar de volta para casa, me deixe na casa da Thalia, por favor.

– Está bem. – respondeu.

O resto do caminho inteiro nós não proferimos nenhuma palavra se quer. Ele estacionou no estacionamento privado e nós saímos do carro, ao sair pude ver a roupa que ele estava usando, ele estava lindo. Fomos até a praça de alimentação sem falar nada, mas aí ele pegou minha mão e me puxou para perto da parede. Meu coração começou a bater mais rápido e posso jurar que senti meu rosto ficando quente.

– Quando foi a última vez que você comeu? – perguntou ao soltar minha mão.

– Sei lá, acho que foi quando eu almocei. – falei meio pensativa.

– Ta. Vamos comer então, estamos há muito tempo sem comer.

– Tá bom, quer comer onde? – perguntei.

– Sei lá, você tá a fim de comer o que? Hambúrguer, prato a lá carte...?

– Hmmm, para não enrolar muito, vamos comer hambúrguer.

– Tá bom, Mc Donald’s ou Burger King?

– Hmmm... Mc Donald’s! – falei sorrindo e ele riu.

– Você definitivamente não é uma garota muito saudável! – falou rindo e indo em direção ao fast-food.

– E quem disse que eu necessito comer apenas coisas saudáveis para ser saudável? – falei rindo e andando mais rápido para alcançá-lo.

Depois que comemos fomos para onde ficava o cinema, enquanto não escolhíamos, Percy me pediu para ir comprar alguns doces para comermos no cinema, mesmo que nós tivéssemos comprado batas fritas e pipoca para comermos enquanto assistíamos, ele disse que não era o suficiente, então eu fui.

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Quando eu voltei, ele estava em frente a um cartaz de filme, era O Hobbit, percebi que ele estava distraído e cheguei perto dele silenciosamente e então soprei em seu ouvido, fazendo-o levar um susto e então eu comecei a rir.

– Você precisava ver a sua cara de susto!! Estava hi-lá-ri-a! – falei rindo enquanto ele me encarava nada sorridente, eu parei de rir, mas continuei sorrindo.

– Hahaha. –falou debochando. – Muito engraçado. Foi tão engraçado que eu até esqueci de rir. – falou irônico.

– Só não foi engraçado para você, – falei colocando a ponta do meu dedo na ponta de seu nariz. – porque a brincadeira foi com você! – cheguei perto do seu rosto e dei um beijo em sua testa. – Você fica parecendo uma criança quando está chateado. – falei e me afastei. – E então, que filme você quer assistir?

– Hmmm... Que tal esse aqui? – perguntou apontando para o cartaz que ele estava olhando. – Faz parte da saga do O Senhor dos Anéis, na verdade foi lançado antes, mas estão dizendo que o filme tá ótimo, é uma boa opção assistir ele.

– Tá bom, pode ser. – falei.

– Tá, pode deixar que eu pago as entradas.

– Oook. – falei pegando os pacotes de batatas fritas e pipoca de suas mãos.

Fui para perto da entrada e fiquei o esperando. Ele chegou, mostrou os ingressos e nós entramos.

Quando estava mais ou menos no meio do filme, eu e Percy fomos falar algo e viramos nossos rostos ao mesmo tempo e nossos rostos ficaram muito próximos. Então...