Still Not Over

Capítulo 5


Temari estaria mentindo se dissesse que Shikadai era como qualquer outro bebê da sua idade. Afinal, ele era filho de uma mulher extremamente problemática e de um homem bastante preguiçoso.

E apesar de que quando Shikadai estava aprendendo a engatinhar, Shikamaru debochasse de sua esposa, dizendo que o filho havia puxado o lado problemático dela, a verdade é que conforme o tempo foi passando, o menino ia demonstrando cada vez mais aquele lado preguiçoso do pai. Para desespero de Temari, claro.

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O pequeno Shikadai desde recém-nascido havia adquirido o hábito de dormir sempre que era possível. E quando digo isso, quero dizer durante o dia. Não durante a noite. Hábito este que se estendeu até quando ele dava seus primeiros passos. Talvez no fundo isso não fosse algo que ele puxou somente do pai, como também da mãe. Afinal ainda fazia questão de acordar durante a madrugada chorando em plenos pulmões.

Preguiçoso e problemático. Ele realmente era filho de Shikamaru e Temari.

— Ei, acho que estou pegando o jeito com ele! — Kankuro exclamou certo dia, parecendo entusiasmado, olhando para o sobrinho em seus braços. — Veja só, ele nem chorou dessa vez!

Ele estava na casa de sua irmã em Konoha, enquanto Gaara estava em uma reunião com o Hokage (e somente pelo fato de não ter solicitado sua presença, Kankuro duvidava que a reunião fosse apenas Naruto querendo jogar conversa fora com o amigo).

Shikamaru estava sentado à mesa ali perto e ergueu a cabeça da papelada que estava trabalhando, fitando o filho e Kankuro.

— Ele só está dormindo.

— Cansou de ver sua cara feia. — Temari completou, ao lado do marido, sorrindo debochada.

— Não ligue para eles, Shikadai. Só estão com ciúmes que você agora está achando seu tio super legal. — Continuou falando, com a atenção voltada para o bebê que dormia serenamente em seu colo.

Temari se levantou, caminhando até o irmão e pegando o filho em seus braços, tomando cuidado para o mesmo não despertar.

— Esse menino está virando um preguiçoso, dormindo o dia todo. — Ela disse, sem fitar Shikamaru que ainda estava sentado. — Não sei a quem puxou...

— Problemática. — Foi tudo o que ele respondeu, ouvindo a risada de Kankuro ao fundo.

Mas no fundo, embora Shikadai tivesse traços da personalidade complicada da mãe, era perceptível que ele era filho de seu pai.

E isso só se tornou ainda mais claro no dia seguinte, quando finalmente Gaara saiu de uma reunião com o Hokage. Como Kazekage, ele teria que voltar para Suna rápido, mas antes disso resolveu aproveitar um pouco o tempo com o sobrinho já que não sabia quando o veria novamente.

Ele estava sentado ao lado do pequeno Shikadai no chão da casa da irmã. Seu jarro estava vazio e a areia que antes estava espalhada pelo chão, aos poucos tomava a forma de um pequeno castelo.

— Shikadai, não coloca isso na boca! — Temari exclamou para o pequenino, que pegava a areia do tio e ameaçava levá-la a boca.

O Nara mais novo ergueu a cabeça para ela, fazendo um beicinho.

Pobemática. — Falou de uma forma embolada e inocente, voltando a bater as mãozinhas na areia.

Temari parou surpresa, olhando para o filho. Gaara, sentado ao lado de Shikadai, deu um leve sorriso, mas permaneceu em silêncio.

— Do que você me chamou?

Poblemática. — Repetiu Shikadai, como se não fosse grande coisa, concentrado demais no montinho de areia que juntava em suas mãos. — Tio Gaala, catelo de aleia!

O ruivo voltou sua atenção para seu sobrinho, o ajudando a construir um castelo com sua areia.

Temari ainda estava parada de pé em frente aos dois, sem acreditar muito naquilo.

Era a primeira vez que Shikadai lhe chamava assim.

E imediatamente ela soube exatamente quem havia ensinado aquele tipo de coisa ao filho.

— Shikamaru, venha aqui agora!

Só um louco diria que aquele não era o filho de Shikamaru. Shikadai podia ter sangue de Suna correndo dentro de si, mas era extremante evidente como ele também era um verdadeiro Nara.

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