Still Not Over

Capítulo 4


Aquela não era uma reunião de negócios, embora se falasse um pouco sobre o crescimento da vila, alianças e assuntos do tipo, ainda mais visto que Gaara estava em Konoha, o que era por si só algo raro. Mas Naruto aproveitou aquele momento e fez questão de chamar o amigo para uma pequena celebração, junto com os demais. O motivo? Hatake Kakashi, o atual Hokage, havia anunciado para Naruto que logo estaria saindo de seu posto, deixando o cargo livre para seu ex-aluno.

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Ele tecnicamente não era o Hokage ainda, iria demorar algum tempo para assumir o posto, mas isso não importava para Naruto. Estava feliz demais por ver que seu sonho em breve se realizaria, isso sem falar do fato de que agora finalmente se tornara pai. Sua vida estava se encaminhando para um final feliz, e ele queria compartilhar sua alegria com todos os amigos reunidos.

Eles estavam em um pequeno restaurante, não era nada extravagante, e sim bem reconfortante e acolhedor, além da comida ser de primeira (segundo Naruto, que garantiu que não vendiam somente rámen no local).

Temari estava meio em dúvida se levaria Shikadai para a pequena reunião deles, ela queria deixar o filho com sua sogra, Yoshino, que nunca recusava aproveitar algumas horas a sós com o único neto. Porém ao ver que Ino levaria Inojin, a loira optou por não deixar Shikadai. Seria bom se ele saísse um pouco, afinal. Além do mais, estaria com os tios que quase nunca via, ele tinha que aproveitar o tempo que podia.

Shikadai estava crescendo, naquela fase onde os bebês começam a engatinhar e não parar mais. Por sorte ele não era tão elétrico quanto o filho de Naruto, que praticamente saiu andando em cima da mesa quando chegaram, deixando uma Hinata desesperada. Segundo Shikamaru, Bolt havia puxado inteiramente o elétrico pai. Temari não duvidava daquilo.

Ela sorriu, vendo Shikadai quieto no colo de Kankuro, um pouco mais afastado dela. Seu irmão conversava com o pequeno, tentando fazê-lo dizer algumas palavras, algo como “tio Kankuro” ou “marionetes”, mas pelo visto não tivera sucesso até o momento, já que Shikadai não parecia nada disposto a falar, e sim mexer na maquiagem roxa no rosto do tio.

Logo depois Temari desviou o olhar dos dois ao ouvir Sakura chamar seu nome. Ela se voltou para a rosada, que ria relembrando alguns fatos do exame chunnin juntamente com os outros amigos.

— Temari-san, você era assustadora! — Ino também dizia, rindo, com Inojin em seu colo. O pequeno dormia serenamente, alheio a tudo a sua volta. — Ainda mais quando lutou contra a Tenten nas preliminares!

— Ah bem... isso faz bastante tempo. — Temari sorriu, sem graça, enviando um olhar de desculpas para Tenten, que retribuiu o sorriso. Depois de tanto tempo seria besteira se ela ainda guardasse mágoa daquilo, mas a loira nunca sabia o que poderia esperar, era melhor não arriscar dizer muito.

Ela voltou o seus olhos para Kankuro, ainda distraída na conversa com as mulheres, porém algo a alarmou, fazendo-a se esquecer do resto.

— Shikamaru... cadê o Shikadai? — Temari perguntou baixinho para o marido que estava ao seu lado, seus olhos fixos em Kankuro mais a frente. O irmão agora tinha os braços vazios.

Antes que o Nara respondesse, porém, o moreno sentiu algo puxando seu pé debaixo da mesa. Ele abaixou sua cabeça, junto com Temari, apenas para ver Shikadai engatinhando para longe deles.

Shikamaru e Temari trocaram um olhar preocupado, e logo o homem estava deixando seu talher “acidentalmente” cair por debaixo da mesa, enquanto Temari voltava a sua cabeça para cima e se fingia distraída com alguma conversa, rindo de forma exagerada e forçada (o que era bastante assustador).

Shikamaru se curvou para pegar o filho, dando uma boa observada por entre as cadeiras e as pernas das pessoas, encontrando rapidamente Shikadai na outra ponta, agora próximo à Gaara. Como ele fora parar ali tão rápido? Céus, imagina quando conseguisse andar... eles não teriam paz.

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Shikadai havia parado de engatinhar e sentara próximo às pernas do tio, olhando para o pequeno jarro de areia acima de sua cabeça, preso à cintura de Gaara. Ele parecia pensar em suas próximas ações.

Shikamaru suou frio.

— Shikadai... vem aqui! — Ele chamava o filho, mantendo o tom de voz extremamente baixo, para não chamar a atenção dos outros. — Tenho uma surpresa para você, vem aqui!

Shikadai ergueu os olhos verdes para o pai e abriu um sorriso, batendo as palminhas, mas permanecendo parado.

Shikamaru conhecia bem aquele sorriso para saber que não era um bom sinal. Era como se o filho dissesse em alto e bom som que entendera que aquilo era errado... e que não iria obedecer.

O Nara mais velho se esgueirou mais um pouco para debaixo da mesa, erguendo a mão para tentar alcançar o pequeno.

— Shikadai, sua mãe vai me matar se eu não voltar com você, agora vem aqui! — Não era totalmente mentira, afinal.

Mas apesar disso, o garoto não parecia nem um pouco disposto para ir até seu pai. Não agora que ele alcançara o pequeno jarro de areia na cintura de Gaara. Suas gordas mãozinhas estavam erguidas para cima, batendo no jarro, fazendo-o se mexer um pouco.

E aquilo fora o suficiente para despertar a atenção de Gaara, que afastou a cadeira. Suas mãos alcançaram Shikadai, puxando-o para o seu colo, sumindo da vista do Nara.

— Droga. — Shikamaru murmurou, voltando a se sentar normalmente à mesa.

Gaara ainda continuava com Shikadai no colo, o pequeno tentava agora alcançar a comida que estava na mesa logo à frente.

— Grande ajuda a sua. — Temari lançou um olhar mal humorado para Shikamaru, se levantando e indo até o irmão. — Venha Shikadai, não vá atrapalhar seu tio.

O Sabaku sorriu de leve para ela, lhe entregando o bebê, enquanto voltava a conversar com Naruto ao seu lado.

— E depois você diz que ele se parece comigo. — Shikamaru bufou quando Temari se sentou ao seu lado, agora com o filho entre os braços.

— Não se engane Nara, ele é apenas um bebê. Quando crescer deve ficar chorão e preguiçoso que nem você. — Temari respondeu séria, embora no fundo estivesse sentindo um pouquinho de satisfação ao ver o filho sendo, como Shikamaru diria, problemático.

Shikadai tinha um pouco do sangue quente de Suna correndo em suas veias, afinal.