Still Not Over

Capítulo 22


— Você não acha que exagerou um pouco? — Shikamaru resmungou para a esposa, enquanto seu estômago roncava.

— E você não acha que foi muito mole? — Ela retrucou na mesma hora, curta e grossa.

— Temari...

— Seu filho errou, vai ficar passando a mão na cabeça dele sempre que isso acontecer?

Ela tinha um bom ponto, afinal.

— Você está certa — Shikamaru suspirou — Mas dessa vez não foi nada demais, o garoto já está arrependido.

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— Céus, aposto que você era terrível na sua época de Academia.

Ele riu com o comentário.

— Um pouco...

— Shikamaru, eu quero que nosso filho seja um ótimo ninja. Não podemos simplesmente ignorar o que ele faz de errado e achar que é algo normal — Temari falou, pegando o copo do marido e se servindo de um pouco de bebida da garrafa que ainda estava sobre a mesa.

Ela também estava cansada do longo dia que havia tido. Ser ninja, dona de casa e mãe não era algo fácil.

— Temari — Shikamaru a chamou, segurando a mão de sua esposa com ternura — Shikadai será um ótimo ninja, não precisa se preocupar tanto com isso.

— É só que...

— Ei, nós sempre fomos um ótimo time, não é? — Shikamaru sorriu, fazendo com que Temari sorrisse também diante de sua fala. Ela não tinha como argumentar contra isso. — Nós vamos conseguir. E eu diria que já estamos conseguindo.

[...]

“Mas que fome...” Shikadai pensou enquanto estava do lado de fora de sua casa, sentindo o estômago roncar.

— O que está fazendo aqui fora? — Shikadai ouviu a voz de seu pai e se virou para ele.

Shikamaru se aproximou do filho, logo sentando-se ao seu lado.

— Evitando o furacão que está lá dentro — Murmurou o outro, emburrado.

O Nara mais velho não pode deixar de rir com o comentário.

— Não fique assim. Sua mãe exagerou um pouco, mas ela ainda está certa, Shikadai. — Ele falou, olhando para o garoto.

— Então por que não concordou com ela naquela hora? Teria evitado ficarmos sem janta sabe.

— Porque eu acabei não enxergando o ponto de vista de Temari, mas ela está certa em corrigi-lo. — Shikamaru explicou com calma — Queremos vê-lo crescer sendo um ótimo ninja, e não é agradável ficar recebendo ligações do Shino reclamando de seu comportamento.

Shikadai suspirou. Ele sabia que a confusão na academia não havia sido culpa sua e apenas fora arrastado no meio daquilo tudo, mas de alguma forma, ele estava começando a entender o ressentimento de sua mãe.

Ela só queria o melhor para ele, apesar de tudo.

— Você sabe... eu realmente apenas fui arrastado para a confusão dessa vez. — Ele murmurou, apoiando a cabeça em suas mãos. — Mas acho que fui um pouco rude com Metal mais cedo — Confessou, sem fitar o pai.

— Rude?

— Quando ele fica nervoso, acaba se atrapalhando todo... E eu meio que fui um pouco rude quando comentei sobre isso, até Inojin me criticou. — Relatou, se lembrando do que aconteceu mais cedo. — Não falei para chateá-lo, mas acho que ele ficou. Metal é mais sensível do que eu havia pensado.

Shikadai virou-se para o pai, curioso com sua reação, e se surpreendeu ao vê-lo sorrindo.

Por que diabos ele estava sorrindo com aquilo?

— Você é mais parecido com sua mãe do que eu havia imaginado — Shikamaru comentou, parecendo distante. Ele sabia como Temari podia ser rude às vezes.

— Você... não está bravo? — Não que fosse característica de seu pai ficar nervoso, Shikadai sabia disso, mas esperava que ele fosse ao menos lhe corrigir.

— Não estou. Mas não estou feliz também, se você quer saber — Shikamaru lançou um olhar para o mais novo — Espero que peça desculpas ao Metal quando o ver amanhã.

— Eu vou. — Shikadai disse com firmeza. Era a primeira coisa que faria quando chegasse à Academia no dia seguinte, disso ele tinha certeza. Estava se sentindo mal com essa situação, afinal.

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— Isso é bom — Shikamaru colocou a mão de leve no topo da cabeça do filho, se levantando em seguida. — Vem, vamos comer. Você deve estar com fome.

— Mas... — Sua mãe não havia deixado os dois sem janta?

Shikamaru sorriu.

— Não se preocupe com sua mãe. Ela não é tão má assim, sabe.

Shikadai não tinha tanta certeza disso, mas decidiu não falar nada. Estava morrendo de fome, afinal.