Still Not Over

Capítulo 12


Shikadai acordou tarde naquele dia. Ele provavelmente teria continuado a dormir mais se não fosse pelos barulhos que escutava vindos da sala de estar.

O pequenino levantou-se devagar e saiu do quarto vendo a movimentação que acontecia em sua casa. Ele não estava entendendo nada e ainda por cima estava com bastante sono.

— O que vocês estão fazendo? — Perguntou preguiçosamente, com a voz saindo um pouco embolada, vendo seu pai colocar uma enorme árvore bem ali perto do sofá.

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Sua mãe apenas sorriu para o filho, falando que aquela era uma data muito importante. E depois o mandou ir para seu quarto e se agasalhar melhor. Ele achou que não deveria discutir, vendo-a pegar uma caixa e, empolgada, tirar vários enfeites estranhos de lá e ir colocando na árvore.

Foi aí que Shikadai entendeu. Era Natal.

Bem, não que ele entendesse completamente o que aquela data tinha de tão especial, mas pelo pouco que se lembrava do ano passado (considerando que ele era bem novo), a única coisa que se recordava era que o natal era repleto de decorações, comida e bastante presente.

Então era algo bom. Embora ele ainda não visse sentido em sair enfeitando sua casa tanto assim.

— Tem certeza que não quer ajuda? — Shikamaru perguntou, com o cenho arqueado e uma expressão divertida ao ver Temari ficar na ponta dos pés enquanto tentava alcançar o topo da árvore para colocar uma estrela bem ali.

— Está tudo sob controle. — Ela disse com a voz firme, embora fosse claro que aquilo era uma mentira. Ela não iria alcançar aquele topo da árvore sem ajuda. — Só preciso de uma cadeira. — Murmurou baixinho, mais para si mesma do que para o marido, pensando em pegar a cadeira e subir para colocar a estrela aonde queria.

Shikamaru rolou os olhos, se levantando do sofá e indo em direção à esposa.

— Deixa de ser problemática.

— Não dá, está no meu sangue. — Retrucou ela, vendo ele se aproximar. — O que vai fazer? Eu disse que cuido disso.

Shikamaru não disse nada, apenas pegou a mulher pela cintura e a ergueu, aproximando-a da árvore.

— Isso é ridículo, Shikamaru. — Temari disse, tentando se desvencilhar dos braços dele. Sentia-se uma criança sendo erguida pelo pai para colocar a estrela na ponta da árvore.

— Tsc pare de reclamar e coloca logo isso aí. — Ele resmungou, fazendo-a bufar e deixar a estrela finalmente aonde queria. — Pronto, nem foi tão difícil.

Temari rolou os olhos assim que Shikamaru a colocou no chão.

— Foi ridículo. Eu disse que conseguiria fazer sozinha.

— Sim, eu notei. — O moreno disse, de forma debochada. Ela estreitou os olhos, pronta para retrucar, porém Shikamaru foi mais rápido, colando seus lábios aos dela em um beijo leve e calmo que a fez se esquecer do que iria dizer.

— Não pense que irá escapar sempre de qualquer discussão me beijando assim, idiota. — Foi tudo o que a loira disse depois de se separarem, se afastando.

— Não penso. Mas é bom saber que isso ainda funciona depois de tanto tempo. — Shikamaru sorriu, ouvindo-a bufar, mas não dizer mais nada. Ele tinha razão, afinal.

O dia passou rápido e logo a noite chegou, de modo que a família Nara não demorou muito para se aprontar e sair de casa todos juntos, rumo ao lugar onde passariam àquela noite de natal.

Havia uma camada branca e não muito profunda de neve por todas as ruas de Konoha, mas apesar disso já havia parado de nevar a um tempo, embora o frio ainda permanecesse bastante intenso, de forma que Shikadai se encolheu por entre seus casacos enquanto andava com seus pais a sua volta.

Natal era uma época de se estar em família, e apesar dos Akimichi e Yamanaka não serem parte da família Nara, era como se fosse. De modo que todo Natal eles comemoravam sempre juntos. Dessa vez havia ficado combinado que seria na casa dos Akimichi.

Chouza parecia empolgado quando abriu a porta para eles, recepcionando-os para dentro de sua casa que já era bastante conhecida por Shikamaru. Shikadai viu que sua avó já se encontrava lá, conversando com a avó de ChouChou e de Inojin. O pequeno também viu sua tia Ino, que lhe cumprimentou o abraçando fortemente e dando um estalado beijo na bochecha (aquilo não o agradou muito, mas Shikadai se limitou somente a fazer uma careta).

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— Você está crescendo tão rápido, Shikadai! — Ela exclamou, sorrindo de orelha a orelha. — Ah daqui a pouco já vai aparecer acompanhado de alguma namorada nos natais!

Ele não sabia como responder aquilo, e por sorte não precisou visto que Mirai veio ao seu encontro, sorridente.

O Nara realmente gostava da menina. Ela era mais velha que ele alguns anos, mas os dois haviam crescido juntos, visto que seu pai tinha um carinho muito grande por Mirai (segundo Shikamaru, o pai de Mirai tinha sido seu sensei antes de morrer).

De qualquer forma, a Sarutobi era como se fosse uma irmã mais velha para o pequeno, mas não daquelas chatas que só o mandava fazer as coisas e pegava no seu pé, mas sim aquele tipo de irmã que não se importava em brincar com ele de shogi ou qualquer coisa do tipo. Ela era legal.

Eles conversaram um pouco, e logo ChouChou e Inojin se juntaram também. A Akimichi parecia animada e comia sem parar, já Inojin estava sério como de costume. O Yamanaka contou que estava ansioso para o presente de natal, Shikadai se lembrava de que ele vivia querendo alguma coisa para desenhar melhor... ele não entendia nada disso, mas certamente o amigo amava aquilo, já que quando ia para a casa da tia Ino, ele sempre estava com um papel e um lápis, rabiscando alguns desenhos.

A noite passou rapidamente e foi melhor do que Shikadai havia imaginado. Ele havia ganhado de presente um tabuleiro de shogi e peças novas, estas por sinal eram lindas e todas de vidro. Temari não pareceu muito satisfeita de ver o filho com um jogo de vidro, alegando que era perigoso, mas Shikamaru lhe acalmou, dizendo que Shikadai tomaria cuidado.

E ele estava certo. Apesar do filho ainda ser bem pequeno, shogi era algo que amava desde que se entendia por gente, e claro que ele tomaria cuidado para não deixar nenhuma peça quebrar ou se machucar.

Temari achou melhor não discutir, se limitando a agradecer a sua sogra que havia comprado aquele presente para o neto. Yoshino sempre mimava demais Shikadai, afinal.

Já o pequeno Nara, depois da ceia de Natal e de receber seus presentes, simplesmente se encolheu em um sofá e adormeceu rapidamente. Ele acordou um tempo mais tarde apenas para ver que estava no colo de seu pai, ele e Temari voltavam para casa andando calmamente enquanto a neve tornava a cair em torno deles.

O Natal da família Nara seguia aquela tradição de se reunirem daquela forma por anos e anos, afinal nada melhor do que passar aquela data comemorativa ao lado de pessoas que você realmente se importa.

E aquele dia só não foi considerado exatamente perfeito, pois Shikadai sentira falta dos tios de Suna que não puderam estar presentes, ele questionou isso à sua mãe e ela havia lhe dito apenas que tio Gaara e tio Kankuro pensavam nele a cada instante e logo logo estariam ali para comemorarem a virada de ano bem juntos.

Shikadai sorriu de leve e não disse mais nada, parecendo satisfeito. Ele tornou a fechar os olhos e rapidamente voltou a dormir nos braços de Shikamaru.