POV Terceira Pessoa

O conselho primordial explodiu em confusões, apesar de que Caos e Vazio soubessem bem o que enfrentavam, estavam apreensivos, nunca seriam capazes de derrotar o inimigo no estado em que estavam

—CHEGA!- a voz de Perseus ecoou pelo reino e, mais de imediato todos se calaram prestando atenção no filho da Ordem

Porém, o silêncio durou pouco tempo, logo após Perseus crescer até atingir seis metros de altura, as paredes douradas da sala racharam, os pilares esculpidos em mármore negro e branco explodiram, o teto caiu sob as cabeças dos mesmos e a voz que a tempos assombrou os irmãos da criação foi ouvida novamente, primeiramente como uma risada fria e maligna, em seguida a voz do princípio retumbou dentro da sala

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Meus filhos, vocês não sabem o quanto... Me agrada lhes ver

—Pai- foi a única palavra que saiu da boca do Caos e do Vazio, ambos ficaram brancos como papel em quanto seu pai rugia em seus ouvidos

NÃO, a muito tempo deixei de ser seu pai, vocês me traíram da pior maneira possível, aproveitem o tempo que ainda lhes resta, pois quando estivermos cara a cara, nem mesmo todo o conselho unido poderá ir contra mim

E mais uma vez o Caos se instalou da sala dos tronos, a tensão ficando cada vez mais forte, em quanto ondas de poder maciço eram liberadas do corpo dos primordiais em segundos, quando mais uma vez o grito de alguém foi ouvido

—CALEM ESSAS MALDITAS BOCAS- Rugiu Ananke, a primordial do destino, chamando a atenção de todo o conselho para si

—Ananke tem razão pai, brigando como baratas tontas não vamos chegar a solução alguma- falou Nyx

—Mas o que faremos? Estamos dando de cara com uma guerra que não podemos vencer, é apenas uma questão de tempo, até que o próprio princípio chegue até nós- disse Erebus, o primordial das trevas

—Direi o que vamos fazer- rosnou Ananke, seu corpo liberando energia dourada- Nós demos vida a diversas espécies do Universo, que estão apenas no início de sua civilização em diversos planetas, não podemos salvá-los de fato, mas podemos dá-los tempo, a promessa de antes do princípio entrar em sono profundo, foi destruir todas as dimensões do universo, para chegar em nossa dimensão ele precisa atravessar uma fenda entre o tempo e o espaço- falou a primordial, imagens apareceram acima de sua cabeça, era apenas uma fenda azul rodeada de planetas que eram tragados em sua direção, raios azuis pareciam percorrer a enorme fenda e então tudo ficou escuro

—Entendo o que quer dizer Ananke- disse o Vácuo- se fecharmos a fenda, mesmo que por um tempo meu pai não chegaria até nós

—Isso é demasiado arriscado, se fizermos isso e falharmos todo o universo cairá nas trevas- disse Caos

—Tem alguma ideia melhor criador?- perguntou Ananke elevando a voz, em quanto Caos a observava derrotado

—Nós devemos ficar na terra não é?- perguntou Erebus estreitando os olhos- Gaia se encontra lá, assim como os domínios de Tártaro, Pontos e até mesmo...

—Uranos- vociferou Eros, seus olhos brilhando em vermelho enquanto tremia levemente

—Mas, o que acontecerá com Ordem?- perguntou Perseus, seus olhos opacos e sem vida

Pela primeira vez naquela reunião, todos se calaram, a sala se tornou gélida e uma agulha poderia ser ouvida caindo no chão de mármore, a mesma mantinha sempre a ordem entre eles, agora que ela não estava mais presente...

—Ela não tem chances- disse Ananke, seus olhos dourados brilhando minimamente- se o princípio foi acordado, todo o sangue dela foi usado no processo

A primordial ergueu dois longos fios, o primeiro chegava a altura de seus pés, era repleto de três cores, branco, preto e um azul tão claro que chegava a ser transparente, o mesmo emitia luz tão forte que era impossível manter a visão nele por muito tempo, o segundo era branco e, tinha um brilho opaco, chegava a altura dos joelhos da primordial, o segundo era claramente o fio da vida de Ordem, o primeiro...

—Não pode ser- sussurrou Vazio, seus olhos fixados no primeiro fio- É o fio da vida do...

—Princípio- terminou Caos- Pode ser destruído?

—Não- disse a primordial dando de ombros e pegando uma tesoura velha e enferrujada, tentou cortar o fio, mas as lâminas ricochetearam em quanto a mesma fazia uma careta
Em pouco tempo, a reunião se encerrou, os primordiais se dirigiram a seus aposentos, e logo em seguida para a terra, um a um, os filhos de Caos achavam um local para se manterem seguros, e em seguida simplesmente entravam em sono profundo, ao seu redor enormes cavernas se erguiam, ou simplesmente afundavam onde mortal algum poderia chegar

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A milhões de anos luz da terra uma enorme fenda azul brilhava, a cada vez que algum primordial dava seu poder para proteger aquilo que criaram, a fenda diminuía, até não passar de uma pequena linha, como um fio azul rasgando o espaço tempo ao meio
Cem longos anos se passaram e Caos, Vazio, Ananke e Perseus observavam a civilização evoluir de forma impressionante, os quatro primordiais ficaram encarregados de proteger todos até que estivessem em segurança, quando por fim se juntariam a eles

Perseus olhava em direção a terra em quanto, seu pai, seu tio e Ananke, já haviam prosseguido com o plano, e logo seria sua vez. Se movendo pelo reino que um dia pertencera a sua mãe, o primordial encontrou algo que lhe chamou a atenção, um pequeno pedaço de vidro, de mesmo tamanho a sua mão que brilhou por um segundo, em seguida tinha um pequeno espelho de rosto em suas mãos, o cabo era feito do que pareciam ser fios de gelo entrelaçados, o restante era feito totalmente de madeira entrelaçada a algumas folhas, por um momento Perseus viu seu reflexo e então viu o que mais temia...

—Por Caos- suspirou o primordial

Ele pode ver a imagem de um gigantesco exército, liderado por um gigante de pelo menos dez metros de altura, sua pele era cinza, tinha olhos leitosos e opacos e, tinha longos cabelos de mesma cor a sua pele, quando olhou profundamente nos olhos de Perseus, o espelho trincou não mostrando mais reflexo algum, e ficou assim por longos dez minutos, até que voltou ao normal, o primordial ergueu o mesmo que se transformou em uma espada de vidro, o cabo era uma mistura de gelo e madeira, e sem mesmo pensar, o mesmo atirou a espada em direção a terra, a arma que escolhera como seu símbolo sagrado, logo em seguida o mesmo se transportou, não antes de dar sua benção a alguém que talvez vale-se a pena, aquela que recebera os mesmos domínios que o filho da Ordem

Quione, a deusa do gelo e da neve

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O ser de dez metros olhou intrigado para a pequena linha azul que diminuía gradativamente desaparecendo, o mesmo riu atirando um feixe de luz cinza em direção a fenda, a mesma brilhou por um segundo e desapareceu

Do outro lado da passagem, em outra dimensão, o feixe de luz virava matéria, e a matéria tomava forma, até que uma besta de dez cabeças surgiu, tinha uma pele escamosa de cor branca, seis longas asas destruídas em seu dorso, sua calda se dividia em uma bifurcação, suas patas eram finas e possuíam apenas dois dedos, porém algo acabava com o seu olhar intimidador, tinha apenas trinta centímetros de comprimento, e quarenta de altura, a criatura rugiu, um rugido fino e fraco, seus olhos se tornaram negros e com um impulso a mesma disparou em diversão a terra

O Princípio não deixaria o fechamento da fenda barato, em quanto os primordiais lutavam pela salvação do mundo, o primeiro ser semeava a destruição, com apenas um servo, o Princípio jogara sua primeira cartada, as chances de vida dos primórdios nunca foram tão nulas, afinal aquele não era o pai meigo que um dia lhes dera a vida

Aquele era o Princípio

A perdição do Universo

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Olimpo

Apólo estreitou os olhos para a imagem a sua frente, sua irmã e o filho de Poseidon caçavam juntos, o deus trincou os dentes em quanto a imagem desaparecia em um flash de luz, a mão do deus do sol voou para seu arco, segurou firmemente uma flecha feira de ouro puro desaparecendo em uma explosão de luz dourada

O deus reapareceu numa floresta densa, podia ouvir a alguns metros o som de flechas sendo atiradas, e logo em seguida o barulho de algo se chocando contra o solo, com um único pulo o deus segurou firmemente o galho de uma árvore, agora podia ver nitidamente sua irmã e o filho do deus do mar, o homem tinha pelo menos uns dois metros de altura, cabelos negros rebeldes e olhos verdes como o mar, era pouco musculoso, mas sua beleza era incomparável, o mesma tinha um olhar culpado no rosto e a sua frente um pequeno Javali filhote se encontrava caído, uma flecha fincada profundamente em sua barriga

Artemis olhou piedosamente para a criatura, tirou uma enorme faca de caça de sua cintura e acabou a dor do animal, por um lado ela tinha raiva de Órion, raiva por tê-la obrigado a fazer o que fez, mas pelo outro, Orion tinha um efeito inebriante sobre ela, seu cheiro de maresia era como uma droga para a mesma, seus olhos verdes. Ártemis suspirou espantando esses pensamentos de sua cabeça, o caçador se despediu da mesma com um beijo em sua bochecha e em seguida desapareceu no mar

Pouco sabia, que logo toda a paz que tinha se transformaria em ódio, ódio pelo poderoso filho do mar

Ódio de Orion

O caçador

Ártemis ouviu barulho de curtos passos atrás de si, se virou em velocidade absurda para um mortal e atirou uma flecha

—Hey!- gritou o deus do sou quando uma flecha passou raspando pela sua cabeça, sua gêmea revirou os olhos em quanto o mesmo se aproximava

—Você estava me espionando?- sussurrou a gêmea, seus olhos prateados brilharam perigosamente, em quanto o irmão estremecia levemente

—Sabia que eu sou um deus e poderia acabar com você por sua insolência?- disse o deus do sol divertido, porém seus olhos escuros e sem vida

—Me responda ou eu atiro essa merda de flecha em locais que lhe impedirão de ter filhos, ó poderoso deus do sol- disse Ártemis prolongando o poderoso irritando ainda mais de seu irmão que simplesmente falou

—Se afaste de Orion

Os olhos da mortal se estreitaram, fúria foi expelida da mesma em ondas quando ela atirou a flecha, o deus desapareceu em um flash dourado, tomou forma novamente a alguns metros, pálido como um cadáver, por quase ter perdido seu órgão reprodutor

—VOCÊ ESTÁ LOUCA- rosnou o deus do sol, sua pele começara a formigar, luz sendo expelida da mesma em quanto tentava se controlar

—E se eu estiver? O que sua maldita mente pensa de Orion? Eu e ele somos amigos, BONS AMIGOS, e não será você que irá acabar com isso!- gritou a mortal para o irmão, seus olhos em chamas, eletricidade percorrendo seu corpo

O deus estremeceu quando sua irmã começou a flutuar por cima da copa das árvores, seu corpo liberando uma áurea azul brilhante, suas mãos estalavam com a eletricidade quando uma chuva de raios caiu sob a floresta, a mortal fechou os olhos assim como seu irmão, ambos tentando se controlar, e com a voz suavemente mortal a primogênita de Leto sussurrou

—Vá embora, irmão- falou irmão como uma maldição

—Lembre-se Artemis, que além de ser o deus do sol, também sou o deus da mentira, não podem me enganar tão facilmente, quando ver as verdadeiras intenções de Orion, será tarde demais- disse o deus desaparecendo em luz dourada

Os dias se passaram, o prazo de Zeus quase no fim, nesses seis dias apenas o sol surgiu, os mortais cada vez apreensivos sobre o que havia acontecido com a lua, e por fim no ultimo dia do prazo do senhor dos céus, a filha de Leto e o filho do mar, resolveram se encontrar, porém, mal sabia Artemis que esse encontro poria um fim em sua vida mortal...

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Ambos se encontraram em local bastante familiar para a filha de Zeus, uma pequena e densa floresta, que dava em uma bela vista para o mar, mas ao ver seu amigo Artemis viu algo diferente, uma áurea negra o recobria em vez da familiar aura verde e seu belo cheiro de maresia, a mesma tentou falar, mas o caçador recobriu a sua boca, seus olhos negros, sua voz rouca demonstravam apenas uma coisa

Desejo

Profundo e oculto desejo pela filha de Zeus, o mesmo a jogou contra uma árvore em quanto a mortal tentava se libertar, a mão livre do semideus voou para as pernas da filha de Leto e as apertou levemente, subindo pela coxa da caçadora, em quanto seus lábios davam pequenos beijos no pescoço da mortal, ódio percorreu o corpo da mesma, que mordeu a mão do filho de Poseidon e ergueu o joelho atingindo áreas onde Apólo não brilha, Orion se curvou de dor enquanto num feixe de luz surgia o deus do sol, seus olhos negros de fúria, deu um potente soco em Orion que caiu no chão seu nariz sangrando em quanto ria

—Vocês não podem me matar! Eu sou Orion, o caçador! O filho do deus do mar!- disse o mesmo antes de desaparecer em brisa oceânica, reapareceu a alguns metros dentro do oceano

—Adeus bela Artemis! Adeus deus do sol- disse o semideus antes de começar a nadar em velocidade absurda
Ártemis agarrou o arco em suas costas em velocidade incrível, pegou uma flecha, mirou, atirou e

Silêncio

As ondas do mar se quebravam na areia, mas não água tranparente como deveria ser, a água estava vermelho berrante, vermelho do sangue de Orion, o caçador e filho do deus do mar

Em questão de segundos fora transportada para o Olimpo, Apólo se encontrava sentado em seu trono, um sorriso mínimo em seus lábios, com uma chuva de raios Zeus apareceu e deu início a reunião

—Ártemis, o prazo que lhe dei se encerra hoje, se aceitar minha oferta assim como seu irmão, se tornará uma deusa maior e as parcas decidirão seus domínios, e então minha filha, aceita o cargo de se tornar uma deusa Olimpiana?- por um momento o silêncio tomou conta da sala, mas tudo se encerrou com a palavra a nova deusa

—Eu aceito- logo os deuses cantaram na língua antiga, luzes multi-coloridas foram lançadas contra Artemis, se definindo em apenas uma, o prata, quando tudo se encerrou, três velhas senhoras se encontravam no centro da sala, e ao mesmo tempo falaram

—Salvem Artemis, deusa grega da lua e da caça, protetora do parto e das donzelas e, se aceitar, assim como Athena e Hestia, deusa da virgindade eterna- em seguida desapareceram, deixando a nova deusa para trás, antes que a mesma pudesse falar Apólo agarrou sua mão e os transportou para a praia, onde o corpo pálido de Orion se encontrava, fraco e pálido, mas vivo. Ártemis sorriu docemente para o antigo amigo, largou a mão de Apólo e tocou a testa do filho de Poseidon, o mesmo tentou falar, mas foi atirado em direção ao céu, o ferimento ainda aberto em quanto o mesmo se transformava em uma constelação

Apólo sorriu atirando um flash de luz no céu e, logo a constelação de Orion era perseguida pela de um escorpião gigante, pelos seus feitos Orion fora condenado a suportar a ferida da flecha de Artemis eternamente, devendo também fugir do escorpião de Apólo, o maldito caçador não teria descanso em nenhum mísero dia de sua vida, mas os sorrisos dos gêmeos duraram pouco quando a água do mar explodiu e, de lá saiu um homem de meia idade

—Lorde Poseidon- falaram ambos temerosos, o deus sorriu levemente e falou

—Não se preocupem, a morte de minha prole era realmente necessária- entoou o deus suavemente fazendo os gêmeos de Zeus relaxarem

—Obr...- Apólo foi cortado pelo soberano dos mares quando o mesmo falou

—Mas devem entender algo, maligno ou não- sussurrou o deus- não devem mais se meter com as crias do mar- em seguida o deus desapareceu, deixando os deuses atônitos para trás