Os herdeiros.

Capítulo 18


– Pode fechar a boca - Sakura dizia, Boruto a obedeceu. Ele estava cansado. O treinamento com seu pai se tornou pesado. Riu sozinho quando pensou que passou anos de sua vida querendo que seu pai o treinasse, para quando finalmente acontece, está cansado demais. Observou Sakura, que olhava os papéis pensativa. Ela chamou Hinata, quando Bolt se levantou e ajeitou sua roupa. Tocou no braço de Sakura e sorriu, como se agradecesse. Hinata afagou os cabelos de Bolt enquanto esperava a resposta de Sakura.

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– A única coisa que me vem a cabeça é estresse pós-traumático. - Sakura olhou para Boruto e Hinata. - Isso pode ser passageiro ou definitivo. Torço para a primeira opção. Boruto deve ter ficado tão alarmado com o acontecimento que sua voz sumiu. Verifiquei suas cordas vocais e não tem nenhum indício de anormalidade. Pasta esperar, a voz volta.

Uma onda de alívio passou por Boruto. Hinata disse para que ele a esperasse lá fora. Boruto escreveu em um papel que iria dar uma volta, antes de mais um dia de treinamento com seu pai.

Olhava para o chão, enquanto caminhava. Sua garganta queimava e tinha apenas uma cosia em mente: Iria confrontar aquele maldito ninja que colocou o selo em seu pescoço.

– Bolt! - Ouviu alguém gritar. Se virou e viu Sarada correndo em sua direção. Ela o abraçou. O mesmo contribuiu. Abriu a boca para falar algo, mas nada saiu. Abaixou o olhar e desfez o abraço. - Espero que esteja melhor.

Bolt balançou a cabeça, como se falasse “mais ou menos”. Puxou Sarada pela mão, levando-a até uma livraria. Sarada não entendeu, mas o seguiu. Entraram e um senhor que estava atrás do balcão sorriu.

– Uzumaki Boruto, você por aqui? - Boruto parou de andar e acenou para o senhor. Sem esperar respostas, puxou Sarada para dentro das fileiras de livros.

– Bolt? O que está procurando? - Sarada perguntou, Bolt juntou suas mãos e as abriu, fazendo um livro. - Eu sei, mas que livro? - Bolt tentou fazer um selo com o dedo, girando pelo ar - De selos? - Assentiu, abrindo um sorriso.

Começaram a procurar algum livro que havia selos e suas origens. Sarada achou um velho, com as folhas bem amareladas. Cutucou Boruto, e ele pegou o livro, sorrindo. Se sentaram em um sofá que havia ali perto e Boruto começou a folhear as folhas, concentradíssimo. Sarada o observava. Bolt estava diferente. Estava mais magro do que o normal e seus olhos estavam com certas olheiras claras, notadas apenas se alguém o olhasse de perto.

Boruto parou de folhear e olhou para Sarada. Um sorriso piedoso saiu de seus lábios e A Uchiha o olhou confusa. Ele suspirou e voltou a olhar o livro.

– Algum problema? - Perguntou. Boruto negou com a cabeça. Sarada o abraçou. - Você está irritado com isso. - Disse. Boruto ficou encarando o livro, mas não se mexeu e nem deu nenhuma expressão. Seus olhos corriam pelas frases em meio as folhas amareladas. Jogou o livro sobre uma pequena mesa e passou a mão sobre os cabelos. Seu corpo tremia. Olhou para Sarada e deu um pequeno beijo em seus lábios, fazendo-a sorrir. Se levantou e acenou para ela, fazendo um sinal que falaria com ela depois. Correu em direção a saída.

Selo de controle - Possessão de corpo e mente.

Sarada olhou para a frase do livro e depois olhou para o corredor onde Boruto havia acabado de sair.

Boruto estava esperando seu pai. O treinamento começara em alguns minutos. Boruto já estava se aquecendo. Socava o ar e dava alguns chutes. Não podia fazer nada pois estava mudo e seu jutsus não iriam funcionar. Esticou uma das mãos e fez um pequeno cone com os dedos, sem os fechar. Concentrava todo o seu chakra ali. Via as pequenas faíscas de seu chakra passar sobre sua pele e começar a fazer movimentos giratórios. Mas sempre se dissipavam quando estava prestes a montar a esfera do rasengan. Voltou a transferir chutes e socos pelo ar. Himawari não estava presente, então provavelmente não iria treinar hoje. A equipe três estava fazendo missões constantemente e Naruto pediu para que Himawari e Boruto ficassem fora das missões durante um tempo. Mas Himawari insistiu e Naruto a deixou ir em algumas missões. Provavelmente, hoje ela estaria em uma.

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Uma ventania começou. O céu ia se escurecendo, indicando que viria uma tempestade. Os ventos circulavam e cortavam uns aos outros. Boruto fazia uma sequencia de socos e chutes e depois, parava em uma certa posição e tentava fazer um rasengan. O mesmo ritmo até que seu pai chegasse. O vento levantava poeira. Bolt concentrou o chakra nas duas mãos e começou a atacar os pequenos ventos que circulavam. Era uma rapidez incrível o modo que ele “tocava” a poeira que girava ao seu redor. Parecia que a natureza queria treinar com Bolt, fazia movimentos circulares como se fizessem silhuetas de pessoas em volta de Boruto, como se a poeira dançasse e esperasse o seu ataque. Que o visse de longe, saberia que era Boruto ali, treinando. Não porque ele tem um cabelo diferente e é loiro dos olhos azuis, que lembrava muito o Sétimo Hokage. Mas pelo fato de ser um Uzumaki com os movimentos de um Hyuuga. Não podia completar alguns Jutsus que seu avô, sua tia e sua mãe os ensinaram, mas podia controlar o chakra e fazer movimentos perfeitos. Tendo a defesa absoluta dos Hyuuga. Parou quando sentiu a presença de seu pai rondar pelas árvores. O suor estava estampado em seu rosto e o vento o acolheu como um abraço, passando por ele e pairando o chão. A ventania se acalmou.

Naruto apareceu, um pouco surpreso e encantando com o que havia visto.

– Isso foi muito... Incrível. - Naruto beijou o topo da cabeça do filho, que sorriu. - Se estiver se perguntando.... Sim, eu estava te observando, mas foi por pouco tempo. - Naruto tirou sua capa e a pendurou em galho pequeno.

– Vamos começar... - Boruto disse baixo, se espantando consigo mesmo. Sua voz saiu rasgada. Naruto ergueu uma sobrancelha, com um sorriso brincalhão. - Luta primeir... - Tossiu Bolt. Naruto balançou a cabeça, rindo.

– Está voltando a falar? Certo, então vamos lá. - Antes de Boruto pensar em arrumar sua defesa, Naruto se teletransportou para sua frente, dando um soco em seu rosto. O impulso do soco de seu pai, fez ele cair pelo menos, uns 20 metros longe. Boruto arfou. Seu rosto estava doendo tanto, que parecia pequenas fisgadas de formiga. Se levantou e limpou um pequeno risco de sangue de seu rosto. Sua garganta vibrava e uma espécie de adrenalina correu pelo seu corpo. Correu em direção ao seu pai, lançando shurikens, mas Naruto desviada de todas com muita facilidade. Bolt girou seu corpo e acertou um chute em Naruto, que defendeu com uma das mãos, empurrando o pé do filho em seguida. Boruto concentrou o chakra nas mãos e tentava tocar em seu pai. Seu corpo parecia se mexer sozinho. A quantidade de Chakra poderia drenar todo o chakra de seu pai, com apenas um toque. Gostou da sensação e continuou deixando que sue corpo tomasse conta de tudo. Naruto apareceu atrás dele e pegou suas mãos, girando-o e o lançando para longe. Boruto bateu em uma árvore, quebrando-a e tossiu.

– Drg.... - Tentou falar alguma coisa. A ventania começou. - Correntes de Selamento Adamantinas. - As correntes giravam e balançavam, moldando o vento. Naruto riu, dando passos para trás. As correntes enroscaram o corpo de Naruto. Bolt sussurrou alguma coisa e começou a puxar o pai, pelas correntes. Naruto ficou sério quando viu que não conseguiria fugir. Naruto se debatia e ria.

– Muito forte, mas eu vou quebrar isso. - Naruto riu. Bolt ficou com a expressão neutra. - Olha pro lado. - Bolt olhou para onde seu pai indicou com a cabeça. Dois clones faziam uma rasenshuriken. Bolt deu um sorriso de lado. Os clones de Naruto começaram a correr, pronto para lançarem. Duas sombrar se mexeram nos arbustos e correram em direção os clones de Naruto.

– Fuuton: Rasen... - Os clones de Naruto foram interrompidos por mais dois clones.

– Rasengan! - Os clones de Boruto avançaram. Naruto arregalou os olhos e quando esperou o ataque dos bushis do filho. Os rasengans que eles traziam se dissiparam e eles viraram pó. As correntes foram desfeitas e Boruto caiu no chão, com as mãos envolvendo seu pescoço. Naruto correu em direção ao seu filho. Mas Boruto se levantou e começou a correr para longe dele. Naruto berrava, chamando-o mas Boruto não o escutava. Seguia seu filho até o ver se virar e lançar trinta papeis bombas preso em kunais. Em meio a poeira, viu os olhos azuis de seu filho se tornar mais escuro, quase negro. Quando saiu da fumaça. Boruto apenas se jogou atrás de uma árvore e sumiu. Naruto girou o olhar pela floresta e seguiu até a cidade. Sua expressão ficou carrancuda. Aquele não era o seu filho.

...

Boruto ouvia pequenos cochichos e sua cabeça latejava. O gosto de sangue chegou em sua boca e ele abriu os olhos, encarando a escuridão. Um barulho de máquina o fez se mexer e percebeu que estava preso em correntes. Uma luz clareou a sala, fazendo-o fechar os olhos, e depois os abrir, regularizando sua visão para olhar em volta. O susto fez com que seu coração quase pulasse da boca. Sentia as pulsações do mesmo baterem em seu ouvido. Com os olhos arregalados, girou o olhar sobre a sala. Haviam corpos mortos e em decomposição. E haviam muitas bandanas caídas no chão . O Cheiro era horrível. Ele estava com uma roupa branca suja de sangue e encardida, estava descalço e via um enorme selo em todo o seu corpo. Começou a se debater. Não se lembrava de nada. Viu um vulto passar pela pequena janela que havia na porta e começou a gritar.

Uzumaki Boruto, não se preocupe. Apenas a primeira dose é a pior. Espero que aguente.

– Quem está ai? Aparece seu covarde! Me deixe sair daqui. - Boruto se sentiu engasgando o gosto de cobre invadiu sua boca. Tossiu e os pingos enormes de sangue saiam. - O... quê? - Seus sentidos iam se embaralhando e o local começou a girar. Boruto sentiu algo saindo de seus olhos, como lágrimas. Mas ele não estava chorando. Logo depois, sentiu a mesma coisa com os ouvidos e com o nariz. Com certa dificuldade tocou em seus olhos e olhou para suas mãos. Estava chorando sangue. Os pingos começaram a a se tornar mais grossos e manchavam sua camisa. Olhou para os lados procurando alguma forma de ver o que estava acontecendo. Os corpos mortos indicavam que eles haviam sido mortos e deixados ali. Mas não tinham nenhum tipo de ferimento. Apenas ensanguentados. Boruto olhou para os olhos, nariz e ouvidos dos mortos. Se remexeu agoniado, tentando se manter distante. Eles haviam morrido por algum tipo de contaminação. Uma sensação de vômito correu no estômago de Boruto, ele não aguentou e jogou tudo para fora. Sangue apenas sangue. Boruto gritou assustado. Tentava sair das correntes e seus pulsos estavam começando a se machucarem pelo esforço. Seus pés também estavam acorrentados. Logo as forças de Boruto iam acabando. O ar faltava e o que ele inalava queimava suas narinas, que jogavam mais sangue para fora do que nunca. Sentiu sua pele queimar e levantou a blusa ensanguentada. O selo estava avermelhado e parecia que estava pegando todas sua forças. Logo a sala também ficou com um tom avermelhado e uma enorme marca de selo apareceu. Sentia o fluxo de chakra sair de seu corpo e seguir a marca. O que tivesse matado aquelas pessoas, irá matar Boruto também.

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...

Naruto apareceu em sua sala, gritando por Shikamaru.

– Peça para que os ANBUS encontrem Boruto. - Naruto estava vermelho, seus olhos estavam desesperados. Shikamaru se assustou.

– Mas você não ia está com e...

– FAÇA O QUE EU PEDI. - Naruto deu um soco na parede e saiu da sala. Passou como um raio entre as pessoas que trabalhavam por ali. Hinata apareceu no meio da rua, vindo ao seu encontro. Assustada.

– O que houve? S-Seu bushin me pediu para vir para cá c-com ur-urgencia... - Hinata se desesperou mais ainda quando viu a expressão desesperada de Naruto. - Naruto? O que aconteceu? - Hinata pôs um tom mais sério.

– Pegaram o Boruto, eu não sei quem foi, mas alguém colocou alguma coisa nele. Ele fugiu da vila. - Naruto estava desesperado e falava tudo entre os dentes. Sasuke apareceu ao seu lado.

– Diga. - Sasuke disse.

– Quero que você interrogue aquele maldito ninja. Se ele não falar nada, pode matá-lo. - Naruto olhou para Sasuke que entendeu o recado.

– Eu já fiz isso. Ele disse que Boruto entrou em uma espécie de controle mental por alguém... E que ele foi para a cidade que está atrás da gente. Também disse que ele era o alvo. - Sasuke parecia preocupado com a expressão de Naruto. O entendia. Se fosse Sarada no lugar de Boruto, ele também ficaria louco.

– Onde ele está...? - Os cortes da bochecha de Naruto estavam crescendo. Hinata tocou em seu ombro, fazendo-o olhar para ela. Os olhos de sua mulher estavam lacrimejados, mas seu rosto passava uma força incrível.

– Vamos achá-lo. - Hinata disse séria, mas estava em meio as lágrimas.Naruto olhou cúmplice para Hinata, como se agradecesse por esse apoio.

– Onde está o ninja, Sasuke? - Naruto olhou para o amigo, que ajeitava sua espada.

– Morto.

– Ótimo. - Naruto beijou a testa de Hinata. - Sei que você não vai ficar aqui enquanto procuramos Boruto, mas Himawari...

– Pedirei para os Hyuugas cuidarem dela.- Hinata se afastou e correu em direção ao clã Hyuuga, Onde Himawari estava. Naruto olhou para Sasuke, que entendeu o olhar e assentiu.

– Vamos trazer meu filho de volta, Sasuke. - Naruto ergueu a mão e Sasuke fez um pequeno toque com ele. - Vá na frente e iremos te encontrar lá. - Sasuke apenas assentiu e sumiu do lado dele. Naruto se virou para cidade, que desenhava enormes retângulos atrás do monte Hokage. - Vou acabar com aqueles desgraçados.