Os herdeiros.

Capítulo 12


Quatro anos se passaram. Boruto não voltou para vila durante esse tempo. Naruto, Hinata e Himawari, todo final de ano, saiam da vila para encontrar Boruto. Naruto se sentia um pouco incomodado por não estar tão perto de seu filho assim, mas resolveu respeitar a escolha dele. A última vez que eles se encontraram, Boruto perguntou ao pai se ele poderia lutar com ele, para testar suas novas habilidades. Pai e filho quase destruíram uma floresta. Boruto estava muito mais forte, controlava o poder novo das Bijuus e conseguia sentir presenças de chakra sem não menos utilizar o Byakugan - que fora desativado há anos -, o que deixou Naruto bastante feliz. Naruto prometeu que quando o filho voltasse para a vila, ele o ensinaria entrar no modo sennin e utilizar o rasengan. Faltavam poucos dias para Boruto completar dezesseis anos, ele decidiu voltar para a vila e deixar de viajar pelo mundo. Sob os cuidados de Killer Bee, ele viajou o mundo todo. Nas primeiras semanas de viagem, Karin conseguiu ensiná-lo alguns jutsus especiais dos Uzumakis e o ensinou, perfeitamente, a controlar seu chakra. Boruto estava voltando para casa.

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– Valeu, Bee - Boruto se despediu. - Depois vá nos visitar. Faz tempo que você e meu pai não se veem não é mesmo?

– Tudo bem. Mas quando eu voltar... - Bee fez uma pausa dramática. Boruto o olhou por cima do ombro. Era a primeira vez que Bee não falava com rimas. - quero uma festa para o Bee-sama. Yeah.

Boruto suspirou e revirou os olhos. Ele não sabia de onde Bee conseguia tirar tantas rimas. Se despediram e Boruto seguiu seu caminho. Era final de tarde, chegaria em Konoha na manhã seguinte. Avistou a enorme cidade que ficava atrás de Konoha, mas no momento, estava à frente. Decidiu comprar roupas novas, afinal, ele havia crescido muito. Seu cabelo também estava enorme. Entrou na cidade e se encantou com o que viu. Eram pessoas normais. Existiam policiais normais, não ninjas. E existiam muitos automóveis. Boruto só via alguns desses quando seu pai saía para uma viagem longa. Entrou em uma barbearia, precisava cortar o cabelo.

– Olá jovem moça. -Um senhor, provavelmente o barbeiro, cumprimentou Boruto. - O salão de beleza é do outro lado da rua, senhorita.

Boruto fez uma cara azeda. Não estava acreditando que estava sendo confundido com uma menina.

– Se liga, moço! - Boruto esbravejou. - Eu sou um menino! Eu preciso cortar meu cabelo!

– Perdão! - O barbeiro se desculpava. - Realmente você precisa de um corte, jovenzinho. Venha. - O homem puxou Boruto e o colocou sentado em uma cadeira.

O senhor passou o tempo todo conversando com Boruto, que indicava o modo que ele devia cortar o seu cabelo. Quando terminou, pagou o homem e saiu do local. Pegou seu celular e discou um número que já conhecia.

Alô? - Uma voz feminina que ele tanto amava atendeu. Ele abriu um sorriso. - Quem é?

– Não reconhece mais minha voz, Himawari? - Boruto soltou um riso. A irmã gritou do outro lado da linha.

– Nii-chan! Ai meu Deus! Tudo bem?!

– Estou voltando para casa. Amanhã cedo devo chegar à Konoha. Avise a mamãe e ao papai.

Começou uma conversa animada com sua irmã. Perguntou sobre seus pais e sobre seus amigos. Perguntou sobre Sarada, mas no meio da pergunta, desistiu. Himawari marcou o local para ele ir. A parte do clã Hyuuga.

Himawari se tornou um membro do time três, pois a saída de Boruto fez com que uma vaga estivesse aberta. Sarada conseguiu ativar seu sharingan na segunda fase da prova Chunnin, um ano após a partida de Boruto. Himawari estava com problemas por causa da ativação precipitada do byakugan e um ninja da Vila da Chuva iria matá-la se Sarada não tivesse a salvado. Lee Jr, Sarada e Himawari, que um ano depois do incidente na segunda fase, se tornaram chunnins. Sarada treinava duro com Sasuke, mas não conseguira ativar o mangekyo sharingan. Sasuke estava paciente e tentava estimulá-la, mas Sarada parecia ter receio de usar seus olhos.

Boruto comprou roupas novas. As suas estavam desgastadas e pequenas. Com muito esforço, conseguiu convencer ao gerente de um hotel que tinha dinheiro para pagar o quarto.

....

Himawari corria em direção ao monte Hokage. Sua mãe e seu pai estavam em uma reunião diplomática. Himawari tirou um fio de cabelo do rosto. Seus cabelos, que antes eram curtos, agora estavam enormes e bem bonitos, o que causava certa inveja entre algumas garotas da vila. Himawari parecia uma versão mais nova de Hinata. Herdou a graciosidade e beleza de sua mãe, os olhos azuis e vivos de seu pai. E claro, o jeito levado de seu irmão mais velho. Himawari também herdou os grandiosos bustos de sua mãe, fazendo com que seu pai a proibisse de usar roupas muito curtas e apertadas.

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Viu que seus amigos estavam todos reunidos, conversando na praça da vila. Correu na direção deles e abraçou Sarada, que considerava sua irmã mais velha, e a mesma contribuiu.

Sarada estava mais aberta em relação a contatos físicos entre os amigos, mas não era totalmente livre para fazer isso. Ela e Inojin tinham um relacionamento nada fixo. Esses anos, ambos tinham seus momentos meio românticos mas não passavam de nada disso. Não porque não queriam, mas era complicado demais. A aparência física de Sarada havia mudado. Seus cabelos estavam maiores e mais bonitos, havia trocado a saia e as blusas sociais para uma blusa mais despojada e um short mais confortável, sendo que ás vezes usava alguns vestidos. Ela estava encantadora.

– Pessoal - Himawari disse, cantarolando. Todos olharam para ela. - Tenho uma notícia para vocês!

– Não faça suspense, Hima. - Shikadai colocou as mãos no bolso da calça e suspirou. Himawari olhou para ele e sorriu. Logo em seguida foi contribuida. - Não seja problemática, por favor.

– Boruto está voltando! - Himawari anunciou. Sarada a olhou, incrédula e se segurou para não demonstrar abalamento sobre a notícia. Ela não via Boruto há quatro anos. Seu corpo tremia e Himawari olhou para ela. Sarada forçou um sorriso e desviou o olhar. - Ele vai voltar amanhã!

– Isso é legal, não é? - Inojin fez piada. Himawari revirou os olhos. Inojin deu um beijo estalado na testa da Uzumaki e voltou a se encostar na árvore.- Por que não fazemos uma festa de boas vindas para o foragido? Claro que, eu não vou ajudar para trazer comida, sabemos que ele come mais que um touro faminto, minha presença já conta, ok?

– Credo, Inojin. - ChouChou reclamou, mas bateu palmas. - Vamos ver o que o Bolt tem para nós! Será que ele ficou bonito? Digo, ele já era uma gracinha, mas era idiota.

– E por que ele iria se interessar em você, sua balofa? - Inojin alfinetou, rindo. - Além disso, é o Boruto! Ele nunca se interessou por ninguém aqui na vila, imagina por você? Se bobear, ele nunca lascou um beijo em ninguém aqui.

Sarada levantou o olhar e se afastou de Himawari, para que a mesma não conseguisse ver que ela estava nervosa. A única coisa que passou pela cabeça dela era que ele estava voltando e as lembranças do dia da despedida que ela nunca mais esqueceu. Depois daquele dia ela não conseguiu mais esquecer totalmente Boruto, por mais que ela quisesse.

– Da última vez que eu vi ele, ele estava com uma menina - Himawari pôs a mão no queixo, pensativa. Sarada levantou o olhar para ela, incrédula. - Mas acho que não era nada, não sei... A menina vivia agarrada com ele.... Irritante. Mas enfim, sobre a festa, não é uma má ideia. Minha família vai se reunir amanhã na parte Hyuuga da vila e podemos fazer uma festa...

Sarada entrou em transe. Havia uma luta interna em sua cabeça. Uma parte estava irritada com o fato de que Boruto estava de volta e trazia os sentimentos de Sarada consigo. Outra estava enciumada e queria saber quem seria a garota que Boruto estava. Amiga? Namorada? Noiva? E a parte que pedia que ela ficasse calma estava perdendo. Sarada recebeu um cutucão de Inojin e olhou para todos os amigos, que a encaravam.

– Desculpa, o que estavam dizendo? - Sarada olhou para cada um.

– Você vai ir? - Himawari se aproximou dela, mostrando os enormes olhos azuis com um tom pérola que ela tanto conhecia. Os seus olhos eram idênticos ao de seu irmão. Sarada respirou e assentiu. - Ótimo, Salada-neechan. Amanhã então.

...

A noite caiu. Boruto estava de banho tomado e de roupa nova, mas estava com fome. Decidiu não pedir a comida do hotel, pois era muito cara. Saiu do estabelecimento, procurando uma lanchonete em que pudesse comer. Sentiu saudades de comer a comida da sua mãe e ,principalmente, ramen.

Comia um sanduíche, enquanto caminhava tranquilamente pelas ruas. Ele viu uma movimentação estranha e decidiu investigar. O que atiçou sua curiosidade foi ver um brilho reluzente de uma bandana ninja. Era uma bandana ninja, ele não estava maluco.

Mas o que um ninja fazia ali? Ninjas raramente vinham a essa cidade. Pensou Boruto. Isso tá estranho.

Boruto se encostou em uma parede e seguiu o grupo. Tinha algo no saco preto e se mexia. Bolt engoliu seco e se abaixou perto de uma lata de lixo, olhando as pessoas entrarem em um galpão velho. A sombra escura fazia com que ele não enxergasse nada. Ouviu gritos e mais gritos e logo um barulho estranho, como um estalo metálico. Logo os gritos cessaram e a bandana caiu, fazendo o barulho no chão. A bandana era da Vila das Fontes Termais, e estava manchada de sangue. Boruto arregalou os olhos e oprimiu um gemido de dor.

– Acho bom ele não estar morto. - Uma voz masculina disse. Bolt se encolheu mais ainda, enquanto tentava ver quem eram aqueles sujeitos.

– Quando tirarmos todo o poder desse lixo, ai podemos matá-lo. Nossa grande arma estará pronta para usarmos. E assim, poderemos agir.

Boruto sentiu que precisava sair dali e deu um passo para trás, mas acabou derrubando a lata. Viu as silhuetas se viraram para ele.

– Ei, você! - Um deles gritou. Boruto abaixou o rosto e começou a correr. Ouviu passos atrás dele, e então resolveu usar o Shunshin no Jutsu, desaparecendo dali.

Apareceu três quarteirões do local, e começou a correr até o hotel, subiu direto para o quarto e se trancou. Respirou fundo, ainda chocado com que tinha visto.

– Eu preciso voltar para casa logo...