– Onde... onde eu estou?! Que lugar esquisito! Ai, que dor imensa no peito!!! É como se... é como se algo tivesse entrado em mim, e saiu repentinamente! Como se algo tivesse me possuído... e agora estou livre. Aqui é escuro. Não vejo nada, tudo está preto. Com um eco enorme, como se só eu existisse aqui.

– Cebola?! É você?!

– Mônica?! MÔNICA!!! Ai meu Deus! Finalmente encontrei alguém!!! Esse lugar me da arrepios e...

– Xiiu... Se acalme, Cê. Eu estou aqui pra... pra tirar minhas dúvidas! Eu sei o quanto você gosta de mim ainda, e que o DC e eu... bem, o DC e eu não andamos nada bem! Só fazemos brigar e ele não entende meu lado, e fica fazendo essas ideias ridículas de contrariar... ao invés de ouvir minha opinião!

– Mas... Mônica. Você não ama ele, como tanto diz?!

– E-eu... eu acho que não... eu percebi que você realmente é quem eu posso confiar e contar todos os meus segredos! É aquele que sempre passei minha vida inteira junta... e não quero que nossa história tenha um ponto final!

– Então quer dizer... quer dizer que você me da outra chance???!!

– B-bem... e-eu acho que sim!

– Ai, meu Deus. Isso só pode ser um sonho! Tem que ser um sonho. E-eu... eu... te amo! - Cebola a beija, mas... de repente ele vê algo diferente. A "Mônica" começa a se desintegrar, e vai sobrando apenas o esqueleto... sangue escorre para todo lado, e logo se seca, como cimento... Larvas corroem sua boca, o sopro do pó da pele é derramado sobre o Cebola, pedaços de corpos ensanguentados são jogados em sua cabeça... o mais puro nojo de se ver...

– AAAHHHHHH, SOCOORROOO

Calma, Cebola. Sou eu, sua namorada Mônica. Estou aqui para te fazer o bem... sempre o bem!

– NÃO, VOCÊ NÃO É A MÔNICA. É apenas um fantasma em forma dela!

– Awn, como é esperto! Mas mesmo assim, Cebola! Você tem que me amar do jeito que sou!

– NÃO, SAIAAA!!!! AAAHHHH !!!!!!!

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– Enquanto isso... –


– AI!!!

– Mônica?! O que aconteceu, amiga?!

– Estou tendo um pressentimento muito aterrorizante, Magali! É como se a fantasma estivesse assombrando um dos nossos amigos. Como se tivesse colocado eles num filme de terror. Num pesadelo temporário. Esperando apenas a aurora... para eles morrerem!

– Não se preocupa, Mô. Já chegamos no pico da colina pra pegar o pergaminho e... OLHA, MÔ. OLHA O PERGAMIMHO ALI!!! - Grita a Magali, começando a criar esperanças sobre o resgate dos nossos amigos

– Magá, você tem razão! É MESMO O PERGAMINHO !!!

– O que estamos esperando?! Vamos logo pegar! - Magali estende a mão, quando de repente, outra mão, bem asquerosa porém familiar, chega por trás dela e pega o pergaminho

– NÃO!!! Você de novo?!! E agora... agora está no corpo do meu namorado??? NÃÃOO!! Largue o corpo do DC agora mesmo!!!

– HAHAHAHAHA... vocês duas... vocês, duas reles idiotas... acham que iam pegar de verdade o pergaminho?! Ai, ai... como são imbecis! Não vou deixar vocês pegarem NADA por aqui. Essa floresta pertence a mim! E não há ninguém que me impeça de fazer o que eu queira! UAHAHAHAHAHAAHA!!!

O céu fica claro... o sol aparece... os corações se abalam... Anahol, no corpo do DC, pega-nos pelo pescoço e levam eu e a Magali, junto com Cascão e Cebola, até o ponto mais alto da floresta! Ela se esconde em uma pequena sombra pois sabe que por estar em um corpo mortal, ela será capaz de se desintegrar assim como nós. E a aurora começa. Os pássaros cantam com o lindo nascimento do sol... mas o que parecia ser algo muito bonito... acaba se transformando na maior tragédia da minha vida! O sol começa a invadir a minha carne... como se a temperatura estivesse há mais de trezentos graus celsos... olho para minha mão... sinto o terror do cheiro da queimadura da carne, que logo fica podre... começo a delirar... minha cabeça fica ardida... começo a fechar meus olhos... E agora?! O que sobra para nós?! O nosso fim, acaba de começar... a tortura me invade... definitivamente, para nós, aquela Aurora foi mortal...