Mergulhe em Mim

Coração de Gelo


Talvez tenha sido a solidão.

Talvez tenha sido a morte.

Ou uma mistura de ambos.

A questão era que o coração de Carl havia se tornado frio após a morte de seus pais, o pequeno se retraiu para dentro de si, fechado em sua pequena concha, distante do mundo... E assim, esperava ele, distante da dor.

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Não importava o que sua vó dissesse, o que seus tios tentassem... O pequeno garotinho jamais sorria. Passava as tardes na janela do seu quarto na mansão estudando seu violoncelo com tanto afinco que faria profissionais se envergonharem.

Então ela surgiu... Como o sol surgi quente depois de um longo período de inverno e pouco a pouco vai quebrando as camadas grossas de gelo.

Ela era chata, barulhenta e parecia não entender que ele queria ficar a sós. Pensou em demitir a mãe da garota, assim poderia voltar para seu silêncio, mas a mãe de Nadia era uma das melhores professoras de música clássica que conhecia e ele queria treinar até a perfeição.

Resoluto aceitou a presença da filha de sua professora que sempre surgia após os fins das aulas com seu pai para buscar a mãe.

Um dia ele perdeu a paciência com a menina curiosa, disse-lhe palavras amargas, que não queria sua amizade, que não queria sua presença. Ela chorou... E não voltou na aula seguinte, e nem nas próximas que se seguiram.

O marido de sua professora vinha sempre só e junto os dois retornavam para casa, mas nunca a filha... Nunca Nadia.

Culpou a solidão.

Culpou a morte.

Culpou ambos quando notou que queria ter coragem de aproximar-se de Nadia, queria que ela sorrisse para ele como sorria para os outros, queria que ela falasse com ele novamente.

Queria não ter um coração de gelo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.