Why I can't control my feelings? - Parte I

'Cause we're young and we're reckless
We'll take this way too far
It'll leave you breathless
Or with a nasty scar

Blank Space, Taylor Swift

POV Bella:

Guardei minha dor no bolso e tentei prestar atenção na aula. Mas foi difícil já que o Edward me encarava o tempo todo, com aquele semblante de menino curioso. Olhava em seus olhos e encontrava a dúvida ali. Eu sei que lhe devia uma explicação para a minha mudança de humor tão repentina... É porque quando eu fico triste ou melancólica demais, eu me lembro de quando era mais jovem e vi meu pai chorar e xingar ao vento. Ele quebrou seu próprio coração e eu assisti enquanto ele tentava remontá-lo e minha mãe jurou que jamais se deixaria esquecer. Mas era difícil demais falar disso.

Por isso tentei sorrir para ele, para tentar mostrar que, apesar de tudo, eu estava bem.

Então ele relaxou os ombros e sorriu torto para mim.

Eu quero dizer que o amo.

Mas continuo em silêncio, tentando entender as palavras desconexas do professor.

(...)

As aulas finalmente chegaram ao fim. O tão bem-vindo fim. Enquanto arrumava as minhas coisas apressadamente, sinto a respiração gélida do Edward contra a pele exposta do meu pescoço, mostrando o quão perto ele estava. Qualquer movimento era um risco.

– Não deveria ficar tão perto, Cullen - tentei soar ameaçadora, mas não funcionou.

Virei-me para encara-lo e ele estava ali, com aquele sorriso torto que tanto amava.

– Por quê? Você vai me morder? - ele sorriu irônico, me puxando para seu peito.

Fechei os olhos e suspirei, feliz por estar ali. Feliz por pertencer a ele. E eu queria dizer o quanto ele significava para mim, queria expor todo o meu amor. E mostrar como é inevitável não pensar nele, querer saber se ele está bem. Talvez a vida tenha um outro plano pra gente, talvez ainda não seja a hora de ficarmos juntos, talvez nunca iremos ficar mais o que importa é sentir e amar. Penso em nele várias vezes por dia e confesso que eu amo isso porque quando imagino nós dois juntos meu mundo fica mais feliz e me sinto alguém melhor. E ali naquele carinho, encontramos um modo de expressar o que sentimos sem precisar de palavras difíceis e, ali naquele afeto, falamos com as mãos transmitindo o afago em cada dedo.

– Talvez eu morda - sussurrei em sua orelha, voltando a repousar meu rosto em seu peitoral.

– Não vou me opor - murmurou, apertando seus braços contra o meu corpo.

Eu ri diante de tanta malícia.

– Jesus, Edward! - me afastei um pouco dele, tão pouco que nosso corpos ainda estavam próximos. Bati de leve em seu braço, de forma brincalhona - Como você é malicioso!

– Desculpe - sorriu - Eu não consigo...

– Evitar? - completei sua fala com uma sobrancelha erguida - Não ouse completar essa frase, ou eu vou te bater com mais força! - tentei fazer piada, mas era uma pessoa horrível para fazer graça.

– Nossa Bella, você está tentando ser engraçada? - falou voltando a apertar seu corpo contra o meu - Porque eu acho que não está funcionando - murmurou.

Eu ri. Ele riu.

Eu gosto do sorriso dele.

Droga, odeio gostar do sorriso dele. Aliás, odeio amar tudo que é relacionado a ele.