Forever And Always

Ela seguiu em frente... Mas ele não estava.


Starling City/Prédio Deluxe:

Tommy abriu a porta de seu apartamento e uma mulher, de cabelos castanhos vestindo um sobretudo preto, entrou caminhando suavemente enquanto ele a observáva encantado.

– O que você esta fazendo aqui? – ele pergunta um pouco aturdido.

– Tommy... – ela se coloca de frente a ele e aproxima suas bocas com milímetros de distancia – quase me fez acreditar que não me quer ver aqui!

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– Laurel... – ele murmura seu nome e ela o puxa pelo pescoço juntando os lábios deles num beijo apaixonante. Ele se afasta e sussurra com a respiração ofegante – Não podemos fazer isso, ele é...

– Seu melhor amigo, meu noivo! – ela cola seu corpo junto ao dele – também se deitou com mais de cinco mulheres faltando pouco para nosso casamento...

– Então é só por isso? – ele se desvencilha dos braços dela e se afasta um pouco se sentindo mal por desejar a mulher de seu melhor amigo. – Você só quer dar o troco no Oliver?

– Claro que não Tommy! – ela se aproxima novamente e coloca a mão no ombro dele – Você sabe o que sinto por você.

– Não! Eu sinceramente não sei Laurel... – ele suspira com um olhar triste – Você me procura quando esta com raiva de Oliver, mais no final é nos braços dele que você adormece. E eu já não quero me sentir culpado todas as vezes que o vejo. Ele é como um irmão para mim. Será que você não entende? – sua voz era repleta de dor e remorso – Nós estamos traindo ele!

Ela suspira e coloca suas mãos em volta de seu pescoço o aproximando ao corpo dela passando seus dedos entre os fios do cabelo negro dele, ele fecha os olhos se entregando a caricia dela.

– Tommy, eu sinto muito ok? – ela diz com a voz suave enquanto afaga o rosto dele – Eu sinto muito por sentir o que sinto por você, e mesmo com todos os defeitos dele eu o amo – ele abre seus olhos sentindo toda a dor que aquelas palavras lhe causaram – Mais eu também amo você!

– É errado Laurel. Isso que eu sinto por você – ele olha nos olhos dela com ternura e amor – Isso que estamos fazendo. Mais eu não consigo parar de desejar você.

– Então não pare... – ela diz com a voz suplicante e Tommy a envolve pela cintura e deposita um beijo nos lábios dela.

Ela tira o sobretudo revelando o lingerie preto que tinha posto, ele passa as mãos pelas coxas dela fazendo com que suas pernas fiquem em torno de seu quadril. Laurel começa a desabotoar sua camisa rapidamente entre gemidos enquanto ele beija sua clavícula suavemente. Tommy a pressiona contra a parede e voltam a se beijar com paixão e loucura. Eles escutam um tilintar de chaves caindo no chão, se separam e desviam o olhar pra a porta.

– Oliver? – Tommy disse com a voz tremula, com a expressão surpresa e sobre tudo culpa – Eu posso explicar!

– Explicar? – Oliver grunhe com raiva tentando se conter para não cometer uma loucura – O QUE EXTAMENTE VOCÊ VAI ME EXPLICAR?

Oliver grita e avança três passos a frente, nunca pensou que seria traído dessa maneira pelo seu melhor amigo, a pessoa quem ele mais confiava.

– Oliver... – Laurel sussurra entre soluços e uma voz de choro, ele olha pra ela com desdém e ela caminha em sua direção mais ele ergue a mão a impedindo de continuar – Por favor, meu amor, me perdoa?

– Perdoar? Vocês? – ele bufou com uma risada irônica – Não acredito que ia desperdiçar minha vida ao lado de uma mulher como você! – ele diz com a voz dura e volta a olhar para Tommy com a dor da traição que estava sentindo. Tommy caminha dois passos para frente, mas Oliver o interrompe – Nunca esperei isso de você, Tommy. Pensei que fossemos amigos...

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Oliver se vira e dá passos largos e árduos para fora do apartamento. Ele chega ate o elevador e aperta o botão para que se abra, logo escuta passos atrás dele.

– Oliver, me escuta – ele se vira e vê aquela mulher que ele pensou um dia amar tentando se justificar – Eu cometi um erro, me perdoa!

– Nunca pensei que você fosse cair tão baixo Laurel... – ele a fita com certa fúria e desprezo – Com meu melhor amigo?

– Isto não significa nada, Oliver... – ela tenta se aproximar mais ele a evade – Nós vamos nos casar!

– O QUE? – ele grita incrédulo com o que ela disse – Meu Deus! Como pude deixar a Felicity por alguém como você? Onde eu estava com a cabeça! – ele exclama com arrependimento colocando as mãos atrás da nuca.

– FELICITY?! – ela grita com a voz áspera e fina carregada de ódio – É serio? Nós vamos nos casar e você esta arrependido por ter deixado aquela vadia?

– NÃO LAUREL! – ele grita com mais fúria do que estava sentindo – Nós não vamos nos casar. E a única vadia nesta historia é você! – ela tenta falar mais ele a interrompe – E sim, eu me arrependo por ter caído nas suas garras e acreditado nas suas mentiras. Por ter perdido a melhor pessoa que eu conheci em toda minha vida. E meu maior erro foi deixar Felicity ir embora. Você me manipulou muito bem, parabéns! – ele jogou as mãos par cima com pesar e a respiração pesada– Você me fez perder a única chance de ser feliz, e ainda tirou aquele quem eu julgava ser meu melhor amigo de mim.

A porta do elevador se abriu e ele entrou rapidamente, Laurel tentou segui-lo mais a porta se fechou antes que pudesse entrar. E a ultima coisa que Oliver viu foi Laurel chorando, mas ele não se importou.

Tudo o que passava em sua cabeça era Felicity ‘ Eu a deixei ir. Eu te deixei ir! Como eu pude ser tão estúpido!’ ele fechou os olhos e escorou na parece sentindo seu rosto arder e um par de lagrima escorrerem pela sua face.

************

Centra City-Hospital Central:

Ray entra com Felicity pela porta do hospital, ele esta com a expressão apavorada, ela tenta não gemer de dor, sem sucesso... Ray olha por todos os lugares e avista uma enfermeira.

– Ei! Por favor... – a enfermeira olha para eles e caminha imediatamente em sua direção – Acho que ela vai dar a luz! – ele murmura não conseguindo conter o pavor em suas palavras.

Felicity olha incrédula para ele ‘Sério? Você acha?’, ela sente outra contração e gemendo outra vez ela sussurra um pouco ofegante para a enfermeira – eu vou dar a luz!

– Esta bem... – ela pega uma cadeira de roda e faz com que Felicity se sente nela – de quanto em quanto esta tendo as contrações?

– Cinco minutos! – Ray informa seguro, depois franze a testa, incerto, começa a divagar sozinho – Ou talvez menos, me perdi na sexta esquina que viramos depois que aquele cachorro quase entrou debaixo do carro...

Felicity aperta a mão de Ray com força e assenti para a enfermeira – três minutos e vinte dois segundos... Diminuindo... Frequentemente! – ela arfa e desiste de falar, cada palavra dificulta sua respiração.

– Então, o bebe esta prestes a nascer. Precisamos ir para a sala de parto agora, o pai pode vir junto. – ela informa e Felicity sente um aperto em seu peito. Depois que eles passam por um balcão ela grita para outra enfermeira – Diga a Doutora Rickards que temos uma paciente prestes a dar a luz, precisamos dela urgente!

Felicity olha para Ray que esta em pânico enquanto a acompanha – Ligue. Para. Barry. Agora!

Ele assente e obedece, pega o celular e disca o numero.

‘Alo?’ – uma voz sonolenta responde.

– Hey amigo, Felicity esta no hospital, ela quer que você venha... – ele olha para ela que sussurra ‘eu tenho que falar com ele’ – Ela quer falar com você.

‘Meu deus! Eu estava ansioso por este dia, nem consigo acreditar, estou indo ai, que emoção, eu... ’ – Barry divagava animado.

– Barry! – a voz de Felicity era áspera e fina – Pegue meus documentos e a bolsa do bebe, vem aqui. Agora!

‘Estou indo, calma Felicity. Tudo vai dar certo, ok! Não se esqueça – ela passa o celular para Ray enquanto tenta não se contorcer de dor – Respire, inspire, não pire!’

– Vou tentar não esquecer isso... – responde Ray um pouco amedrontado – embora seja difícil, isto é aterrorizantemente emocionante!

‘Não é para você, Ray! Preciso que ajude ela nesse momento, ela precisa inspirar, expirar, fazer força, respirar e fazer tudo de novo’.

– O QUE? – ele grita assustado, não entendendo o que ele disse.

‘Você precisa apoia-la agora, ela e o bebe, eles precisam de você! Agora repita: inspirar, expirar, fazer força, respirar e fazer tudo de novo’.

– Inspirar, expirar, fazer força, respirar e fazer tudo de novo – ele repete tentando memorizar, o pânico volta a invadi-lo – Eu não sei se quero fazer isso, eu não tenho ideia do que fazer. Barry, precisamos de você!

‘RAY! Você vai fazer exatamente o que eu te disser, pegue a mão dela e não importa o quanto ela aperte com toda sua força, berre, te xingue, ou o que seja, não solte a mão dela. Ela precisa saber que conta com você. Você consegue amigão, afinal, você é um homem ou um rato?’

– Um rato não parece uma má ideia... – ele ouve um grunhido irritado no outro lado da linha – Esta bem! Eu vou fazer isso!

A ligação é terminada, a enfermeira os guia para dentro da sala de parto. Felicity tenta ficar calma, ele fica mais nervoso que antes. A enfermeira a ajuda a se desvestir e vestir um jaleco enquanto Ray esta de costas.

Pouco depois a Doutora entra e Ray volta a lado de Felicity pegando sua mão como Barry orientou.

– Preciso que preencha isto. – a enfermeira passa para ela uma ficha de dados pessoais enquanto começa a medir sua temperatura, pressão arterial, batimentos cardíacos...

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S.C- algum lugar:

Oliver montou em sua moto e saiu sem rumo pela cidade, sua cabeça estava um caos enquanto tentava assimilar tudo o que lhe aconteceu neste dia. E precisava de ar, mas era como se seus pulmões tivessem esquecido como funcionar, não era só por descobrir a traição de seu melhor amigo, mesmo sentindo um alivio por não ter que passar o resto de sua vida com aquela mulher, ainda assim doía saber que Tommy faria isso com ele, alias, fez!

E embora isso, o que mais doeu foi saber que ele teve Felicity, ele a amava e não sabia, foi estúpido e a perdeu. De certa forma era sua culpa, suas escolhas o trouxeram aqui e ele deveria conviver com isso.

Ele parou em frente a um bar e entrou, ficou por algumas horas bebendo, tentando preencher esse vazio que estava sentindo. Pessoas andando de um lado a outro, conversando, rindo, mais parecia que só ele estava ai, sozinho com o pior dos sentimentos, tudo a sua volta era sombrio e frio. Ele estava olhando para o alto perdido em sua própria miséria, quando algo na TV acima chamou sua atenção, ele pediu para o barman aumentar o volume e ficou analisando o que via.

‘E temos novas imagens amplificadas do que seria um "passeio perigoso". Fontes flagraram o famoso e reservado Sr. Ray Palmer, dono das Indústrias Palmer, andando em alta velocidade com uma mulher desconhecida pelas ruas de Central City...’’

Ele parou de ouvir quando viu a imagem dela na TV, como se não bastasse tudo o que tinha acontecido agora, mais isso pra botar sal na ferida, por um minuto seu coração parou de bater.

Felicity estava com o que parecia sorriso discreto ao lado desse tal Sr. Palmer, ela parecia feliz e tudo a volta dele se tornou esmagador. Ele cogitou ir atrás dela, queria pedir uma nova chance. Agora sabia onde ela estava, mas pelo que viu, ela seguiu em frente. E isso foi terrivelmente doloroso. Ele agora sabia que a tinha perdido para sempre.

– Ei cara! – disse um homem moreno, alto e de porte forte se sentando ao lado de Oliver com a expressão serena – Esta se sentido bem?

– Uma maravilha! – Oliver responde com um sorriso irônico e o tom áspero, voltando à cabeça baixa.

– Serio? – indagou o homem com certo ceticismo – Bom, não parece! – Oliver olhou para o homem estranho que deu um sorriso de lado – Oh estou vendo que, pela sua cara, é problemas com mulher?

Oliver assentiu com um sorriso triste e depois pediu mais uma bebida.

– Eu te entendo – murmurou o homem pedindo uma bebida também.

– Eu acabei de descobrir que minha ex-futura esposa estava me traindo com meu melhor amigo... – Oliver diz sarcasticamente, pegou e virou o copo na boca sentindo sua garganta arder – E o pior de tudo é descobrir que amo outra mulher depois que a perdi, agora ela esta refazendo sua vida em outra cidade, com outro homem, e é tudo minha culpa! Então me diga como exatamente você poderia me entender? – ele indaga com sarcasmo enquanto o olha com indiferença.

– Bom, meu caro... – ele assente com um sorriso triste em seu rosto – tente se apaixonar pela esposa de seu irmão mais velho enquanto ele esta em uma guerra salvando pessoas. Desejar a mãe de seu sobrinho e vê-la todos os dias sofrer por amar seu irmão. – Oliver o fita surpreso pela confissão.

– Sinto muito! – Oliver volta o olhara baixo se sentindo culpado pela insensibilidade.

– Não sinta! – o homem vira outro copo da uns tapas de leve nas costas do companheiro ao seu lado – Não escolhemos por que nos apaixonamos, você se apaixonou pela mulher que deixou ir, eu pela mulher que nunca poderei ter, talvez esse foi o erro de seu amigo também.

Oliver assente tentando compreender, ele só estava vendo o seu lado ate então. Talvez Tommy ame Laurel, e para ele foi tão difícil ver ela se casando como foi pra Oliver ver Felicity ao lado de outro homem. Talvez seu melhor amigo estivesse sofrendo por Laurel e ele iria se casar com ela sem ama-la. Estava sendo egoísta, outro erro, outro arrependimento.

– Sabe... – o homem o fitou com serenidade – Acho que deveríamos tomar cuidado quando se trata de amor. – Oliver assentiu com um meio sorriso – Bom, tenho que ir – O homem se levanta e paga a bebida com um sorriso gentil – Por minha conta!

Quando ele se volta e começa a caminhar, Oliver o chama e pergunta – Hey, qual seu nome?

– John Diggle, mais pode me chamar de Dig – ele acena para Oliver – tenho a leve impressão que voltaremos a nos ver!

E então o Sr. Diggle desaparece e deixa Oliver sozinho outra vez com seus pensamentos transtornados e a sua única companheira, a bebida.

*******

C.C- Hospital Central:

– Esta pronta? – pergunta a Doutora gentilmente enquanto observa a entre perna de Felicity – esta dilatando rápido, o bebe já está pronto para nascer. Agora, o resto depende de você.

Felicity assentiu com um sorriso alegre mesmo sentindo dor, não se comparava a felicidade de saber que seu pequeno anjinho logo estaria em seus braços.

– Inspire, expire, faça força, respire e faça tudo de novo. – Ray sussurra para Felicity que o fita com um sorriso feliz e assente – Ok. Podemos fazer isso! – ele murmura para sim.

– Felicity, eu preciso que inspire e expire profundamente varias vezes – ela obedeceu enquanto segurava a mão de Ray que a acompanhava fazendo o mesmo – Agora faça toda a força que puder!

Felicity apertou a mão do Ray enquanto gritava e fazia força, a respiração pesada, a frente suada, a dor, a felicidade, emoção, lagrimas, e por um momento ela desejou que Oliver estivesse aí com ela, mas ele não estava. Um aperto em seu peito, ela não tinha mais forças. Ray a fitava com o olhar admirado e esperançoso.

– Você pode Felicity. Eu estou aqui com você... – ela sorriu grata pelo apoio dele, ele estava com ela no momento mais importante de sua vida, motivando-a quando mais ela estava precisando, ele deu um sorriso carinhoso e sussurrou para ela – Vamos trazer seu bebe para o mundo juntos!