Amor Leonetta!

Vamos, vamos para a casa...


*Uma semana depois

POV VIOLETTA

Já estamos aqui em paris faz uma semana, já fomos a vários lugares, museus, praças, exposições, memoriais, entre outros.

O Leon é perfeito, me leva a vários lugares e sempre com meus limites por causa do bebê, ele respeita meu espaço e sabe quando estou frágil por causa da gravides e por estar longe dos meus pequenos. Hoje nós fomos ver o Arco do Triunfo, foi um passeio e tanto, adorei ver o Arco do Triunfo e foi muito melhor porque fui com o Leon e como sempre ele me roubou um beijo.

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Nós ainda temos três semanas para curtir Paris e tenho certeza que o Leon vai me aparecer com novas surpresas, ele sempre aparece com surpresas.

–Onde você vai? –o Leon me perguntou.

–Tomar banho, hoje o dia foi cansativo e eu preciso relaxar. –falei pegando uma toalha. –Quer vir?

–Pode ir, aproveita a banheira para você. –ele sorriu.

–Obrigada senhor Vargas. –ri.

Fui para o banheiro e deixei a jacuzzi enchendo enquanto me despia por completa. Quando terminei de me despir por completa entrei na jacuzzi e fiquei lá uma meia hora relaxando, eu tinha que relaxar e recarregar minhas energias porque sei que amanhã vamos para outro lugar e tenho certeza que vai ser cansativo novamente, sempre é legal mas cansa bastante. Saí da banheira me troquei e coloquei um roupão fino sobre o pijama. Me sentei no colo do Leon.

–Já acabei meu banho. –dei um selinho no mesmo.

–Achei até que foi rápido. –ele riu.

–Engraçadinho.

–Vamos dormir, está tarde. –ele falou.

–Vamos. –assenti me levantando.

Fomos dormir para ter outra aventura amanhã.

Acordei as três da madrugada com um chute forte do bebê, pensei que era o único mas veio outro e outro logo em seguida, estavam muito fortes, eu sabia na onde isso ia dar. Comecei a respirar fundo.

–Leon, Leon!

–Oi meu amor? –ele abriu os olhos.

–Acho que alguém quer chegar mais cedo. –falei e ele se sentou na cama.

–Mas está muito cedo para ele chegar. -o Leon falou preocupado.

–Quer discutir com ele? Ele está me machucando e não é à toa, eu te garanto. –falei com as mãos pousadas sobre minha barriga. –Ahh! –reclamei de dor.

O Leon se levantou e me ajudou a ficar de pé.

–Consegue andar mau amor?

–Acho que sim. –ele me ajudou a levantar.

Calcei meu sapato e o Leon o dele, ele me ajudou a andar, ele pegou minha bolsa e voltamos a andar.

–AAAHHHHHH!!!! –minhas pernas ficaram tremulas.

Senti um liquido escorrer por minhas pernas e molhar o chão do quarto.

–A bolsa, minha bolsa estourou Leon. –falei ofegante.

–Vamos rápido. –ele me pegou no colo.

Nós saímos do hotel e pegamos um taxi.

A dor estava começando a ficar insuportável, doía mais e mais sem parar, as contrações vinham de dois em dois minutos e não davam trégua.

–AAAAAAAHHHHHHH!!!!! –berrei e assustei o Leon.

–Calma meu amor, já vamos chegar. –ele segurou minha mão.

O taxista continuou a dirigir rapidamente. Vou admitir que entrar em trabalho de parto de trigêmeos dói muito mais, mas já tinha até me esquecido da sensação, faz cinco anos desde que as crianças nasceram. O Leon não parava de acariciar minha mão enquanto eu apertava a dele de dor, aposto que a mão dele estava doendo mas ele não ia reclamar, ele tinha certeza que minha dor era maior.

Quando finalmente chegamos no hospital me levaram para a sala de parto, a parte mais difícil de todo o processo, e o mais doloroso. Os médicos me vestiram de forma adequada e trouxeram um carrinho cheio de “ferramentas” de médico e entraram várias enfermeiras.

–Prêt dame Castillo ? (Pronta senhora Castillo?) –o médico perguntou.

–Oui. (Sim) –respondi com dor.

Foi então que a pior parte chegou...

Depois de quase três horas de parto com complicações, eu finalmente consegui e meu menininho nasceu prematuro de 25 semanas com 29cm e 700g, isso não é nada bom, ele com certeza não está saudável, ele é muito pequeno. Não me deixaram vê-lo, nem o Leon pode vê-lo.

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Eu fiquei no quarto de braços cruzados angustiada com o estômago embrulhado a espera de alguma notícia do meu filho. Não parava de olhar no relógio esperando por notícias do meu filho, olhava no relógio de um em um minuto mas parecia que o tempo não passava.

O Leon estava sentado ao meu lado e não parava de me olhar nem um segundo.

Quarenta minutos se passaram e nada de informações sobre ele, deixei uma lagrima escorrer mas limpei rapidamente para o Leon não ver, não funcionou pois ele reparou e acariciou meu rosto.

–Não fique assim. –ele limpou outra lagrima que caiu.

–Como não vou ficar assim? Como? –perguntei deixando mais lagrimas caírem.

–Ele está bem, só está fazendo exames, quando bebês nascem prematuros quem nem ele tem que fazer vários exames.

–Eu sei Leon, mas não quero esperar por notícias, tenho medo. –falei.

–Não tenha, ele chorou bem forte quando nasceu e isso é bom. –ele me abraçou.

–Eu não quero esperar, a última vez que esperei perdi e não quero perder de novo. –falei chorando mais. –Não quero perder outro filho Leon, perdi uma e não vou aquentar perder outro. Eu a vi Leon, sem se mexer, sem respirar, gelada, sem reação alguma, eu a vi morta em minha frente. –não conseguia parar de chorar. –Sei o que uma mãe sente ao ver sua filha morta, ao ir no cemitério e ver eles enterrarem um caixão minúsculo com um bebê dentro, meu bebê, minha filha. Não sei como seria minha vida com ela mas tenho certeza que seria boa, ela não pioraria nada na minha vida. Ela não fez nada Leon, não maltratou ninguém, não fez nada de errado e não está aqui comigo.

O Leon se deitou na cama e colocou minha cabeça em seu peito.

–Ela não está conosco mas a culpa não é sua Vilu.

A porta se abriu e um médico entrou. Ele se aproximou da cama.

–Fui mandado aqui porque falo espanhol, vim falar sobre seu filho. –o médico falou com as mãos dentro dos bolsos.

–Como ele está? –perguntei rápida.

–Ele está na incubadora, os pulmões ainda não estão totalmente desenvolvidos então ele tem dificuldade para respirar. Ele precisa ganhar peso, ele tem apenas 700g. Ele nasceu com seis meses de gestação, muito pequeno, deveria ter ficado mais tempo aí no seu ventre.

–Ele vai ficar bem? –perguntei.

–Se nada der errado sim. –o médico falou.

–Quanto tempo ele vai ficar na incubadora? –continuei perguntando.

–Depende, mas é entre dois a quatro meses.

O Leon se levantou e foi com o médico para fora do quarto. Fiquei um pouco melhor de receber notícias do meu filho, mas não foi bom saber que ele vai ter que passar um bom tempo aqui. Depois de um bom tempo o Leon voltou mas sem o médico. Ele se sentou ao meu lado e segurou em minha mão.

–Tenho filhos italianos e um francês. –ele riu.

–Sobre o que vocês conversaram? –perguntei séria.

–Perguntei se ele podia ser transferido para o hospital de Buenos Aires. –ele falou.

–E então?

–Não, só quando ele ganhar mais peso, pelo menos dois quilos.

–Eu posso vê-lo?

–Sim, você já está liberada. –o Leon falou se levantando.

O Leon me ajudou a levantar me troquei, ele pegou minha bolsa e foi comigo de mãos dadas até as incubadoras. Tinha um vidro enorme com bebês dentro de berços prontos para ver suas mães e ir para a casa, mas o Pedro não está ali. No andar de cima tinha outro vidro bem grande onde dentro da sala tinha as incubadoras. Pelo lado de fora nós ficamos procurando a plaquinha “Castillo Vargas” Tinham vários bebês então tivemos de procurar bastante.

–Ali Leon. –falei apontando.

–Ele mesmo. –o Leon me abraçou.

–É muito pequeno. –falei feliz em ver meu filho, mas triste em ver um bebê tão pequeno.

Era bom vê-lo fora do meu ventre, mas me dói muito vê-lo neste estado.

–Você saiu muito cedo filho, tinha que ficar mais um pouco. –o Leon riu.

–Ele é apressado. –ri.

–É, parece você.

–Não sou apressada. –protestei.

–Vou fingir que não é.

Dei um tapa no braço dele.

–Coitado do Daniel, ele não queria que o bebê nascesse aqui, ele está louco para conhecer o irmãozinho. –fiquei triste pelo Dani.

–Eu sei meu amor, mas pelo menos quando voltarmos o bebê já vai estar conosco. –ele me olhou.

Assenti.

Fiquei olhando meu pequeno pelo vidro, como estou longe não consigo vê-lo direito, mas consigo ver como ele é pequeno, bem menor que a Dani e o Dani quando nasceram.

Um médico apareceu e nos viu olhando pelo vidro.

–Gostariam de ver mais de perto? –o médico perguntou sorrindo.

Assentimos.

–Adoraríamos. –o Leon sorriu.

Tivemos que nos vestir adequadamente para entrar naquela sala, nada pode infectar lá dentro por causa dos bebês. Quando terminamos de colocar as roupas uma enfermeira nos guiou até a última incubadora onde está o meu menininho. Ela pediu para eu e o Leon colocarmos luvas.

A enfermeira se distanciou e nos deixou sós com o bebê. Vê-lo assim de perto é muito bom, mas não pega-lo no colo.

–Você pode encostar nele. –a enfermeira disse.

–Obrigada.

Coloquei uma mão pelo buraco e peguei na mãozinha dele, quando ele sentiu meu dedo em sua mão ele apertou forte.

–Oi Pedro. –falei enquanto ele segurava meu dedo. –Você é muito pequenininho.

Eu estava totalmente encantada com o bebê, a mãozinha dele era do tamanho do meu, só um pouquinho maior.

–Olha Leon, ele acordou. –falei quando ele abriu os olhos.

–Acordou para ver a linda mãe que ele tem. –o Leon me deu um selinho.

Senti minhas bochechas queimarem e ficarem vermelhas.

–Adoro suas bochechas assim, vermelhinhas. –ele me abraçou.

–E eu te adoro.

*Três meses depois

Como fazemos todos os dias desde que o Pedro nasceu nós estamos no hospital com o bebê. Nós pagamos para ele ter um quarto só dele onde nós ficamos observando-o.

Ele já nasceu faz três meses e está ganhando peso mas está demorando, ele está com 1,4 kg e está um pouco maiorzinho.

Como estamos aqui a três meses alugamos um apartamento pequeno com um quarto, só para ficarmos enquanto estamos aqui. Nós somos muito azarentos, tínhamos que ligar para a Angie e contar tudo a ela mas o Leon perdeu os nossos celulares e não achou mais e eu só tenho o número das pessoas que eu conheço no meu celular, assim como o Leon que é um cabeça dura e conseguiu perder nossos celulares. Agora a Angie e o papai devem estar desesperados e nem adianta ligar pra gente que não dá.

–A culpa é sua. –até hoje brigamos por isso.

–Já disse que foi sem querer Vilu. –ele revidou.

–Eu sei amor, mas agora como que eu vou avisar a Angie, deveríamos ter voltado a mais de três meses, ela deve estar desesperada.

–Não sei como até hoje não sabe o número dela. –ele cruzou os braços.

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–Porque é só clicar no nome “Angie” que ele liga automaticamente, não preciso ver o número. –expliquei pela milésima vez. –Você devia saber, o seu também é assim.

–Por favor não começa de novo Vilu. –ele me pegou no colo.

–Só estou preocupada com os pequenos. –deitei minha cabeça em seu ombro.

–Eles estão bem, você acha só porque a Angie já cuidou o tanto que tinha que cuidar que era um mês, agora que já passou um mês você acha que ela vai deixá-los na rua? –o Leon me olhou.

–Sei que não Leon, mas sei lá, sou mãe e tenho minhas preocupações com meus filhos. –me levantei.

–Também amo eles. –ele também se levantou. –Mas eles vão ficar bem. –ele ia me beijar mas a porta se abriu e nós disfarçamos.

–Com licença. –o doutor entrou.

–Toda. –falei envergonhada da cena.

–Vim falar sobre o Pedro.

–Algum problema? –já fiquei preocupada.

–Não, ele está saudável, ainda não pode sair do hospital mas se ele continuar assim ganhando peso eu tenho certeza de que ele vai sair em um mês, sair não, ser transferido para Buenos Aires. –o médico falou feliz. –Esse meninão está crescendo.

–Que bom, nós vamos para a casa. Abracei o Leon.

–Vou deixar vocês a sós, com licença. –o doutor se retirou da sala.

O doutor se retirou da sala e ficamos só nós três novamente.

–Vamos pra casa em breve. –abracei o Leon.

–Vamos, vamos para a nossa casa. –ele me abraçou.

Tudo está dando certo, meu menininho está crescendo bem e eu estou com o Leon.