Olá Bonnie, eu ainda estou aqui, Cassie Blake lembra? aquela garota de cabelos loiros com mechas pretas que você gostava de comparar com a Avril Lavigne, aquela garota que ficou pra trás e a mesma que se apaixonou pelo seu irmão.

Eu gosto de lembrar do Adam como alguém que me fazia bem, como aqueles dias que passávamos deitados na grama fria coberta de flores, aqueles dias frios e chuvosos que ele entrava pela minha janela sem avisar dando o maior susto. sinto falta até dos momentos que ele ficava sem controle e sua vontade era se alimentar de sangue, do meu sangue. Tem alguns dias que vocês se foram, aposto que Faye nunca esteve tão radiante, isso era tudo que ela queria, me afastar de vocês claro, mas ela sua irmã e eu não a culpo, mesmo não sabendo por que ela me odeia tanto. Se você ler esse ou qualquer um dos 37 emails que eu deixei, responda por favor. estarei aqui na poltrona vermelha velha e confortável que fica enfrente a janela de vidro por onde ele costumava entrar, olhando a chuva deslizar sobre a vidraça.

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beijos. -Cassie

Eu apertei o botão para enviar com a expectativa de que seria respondida, mas eu sabia que não. naquela noite eu dormi na poltrona, meu pescoço estava começando a se acostumar.

Meu rosto estava úmido - Adam, Adam não vai! - Eu gritei tudo de uma só vez, como um ultimo suspiro. -Cassie, Cassie acorda.- Eu senti duas mãos fortes apertando meus braços pálidos e magricelos, me chanquelhavam de um lado para o outro. Eu abri os olhos lentamente e não ouvia nada, eu já estava fazendo leitura labial no meu pai , estava tudo lento e eu me permitir ficar assim mais uns segundos até acordar do transe. -Cassie fala alguma coisa? O que foi querida? .- Meu pai estava com o uniforme do trabalho,o nome dele é Charlie, ele é xerife da cidade, ele ama seu trabalho e toda Forks ama ele. Eu o abracei forte enquanto ele passava as mãos nos meus cabelos embaraçados. -Obrigado pai, desculpa gritar essa hora eu...-. Ele me interrompeu antes que eu pode-se terminar de falar. -Tudo bem, tá tudo bem eu to aqui.

Qualquer outro pai policial poderia achar que um bandido tinha invadido a casa, mas o meu não, ele sabia o que tava acontecendo, ele sabia que eles tinham ido embora, que ele tinha ido embora, que ele tinha me deixado.

Depois de uns minutos meu pai saiu e eu me deitei de novo, o edredom roxo com flores passou a me aquecer, eu ainda tinha a camiseta dele ali sob o travesseiro, a camiseta do Adam, decidi dormir sentindo seu cheiro, qualquer um acharia isso nojento, mas eu não. A camiseta era a unica coisa que eu tinha dele além da foto no porta retrato na mesinha ao lado do notebook. Mesmo depois dele ter ido embora, eu ainda sentia o cheiro dele, ali naquela camiseta. eu senti meus olhos lacrimejarem passei a mão sobre os olhos, não queria chorar fazer meu pai subir aqui de novo então eu agarrei a camiseta forte, estiquei meu braço esquerdo ate colocar minha mão na cordinha do abajur e o desligar, e no escuro eu fui adormecendo aos poucos, eu me senti melhor, bem melhor, mesmo sabendo que era temporário. Mas o que os olhos não veem o coração não sente. Agora eu estava torcendo pra que dias melhores virão.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.