Paradoxo

Beat it.


“Você quer ser difícil
Melhor fazer o que puder
Então cai fora
Mas você quer ser mau

Apenas cai fora, cai fora
Cai fora, cai fora
Ninguém quer ser derrotado
Mostrando como divertida e forte é sua briga
Não importa quem está certo ou errado”

Beat it – Michael Jackson

BARRY

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É complicado avaliar os acontecimentos dos últimos dias, sinceramente, tenho evitado até mesmo me olhar no espelho, vai que eu me reparto feito uma ameba se reproduzindo? Wally tem revezado entre a casa de Íris e a minha. Por alguma razão que eu desconheço ele tende a sumir de lá sempre que surge algum chamado para Joe, e não é pelo combate ao crime. Na noite passada nós estávamos os quatro assistindo televisão quando Eddie, futuro ex-namorado da Íris ligou informando que teria que atrasar para algo que ela acabou desmarcando, no mesmo momento Wally disse estar com saudades da Felicity e apareceu em Starlling poucos minutos depois.

Tenho que admitir que o garoto é esperto quando quer ser, mas eu também sou e acho que é isso que os pais costumam fazer, ficar em cima dos filhos pra que eles andem na linha. Não faço ideia de como começar, mas Wally que me aguarde... Assim que descobri como faço isso.

–Oi! –Disse Íris entrando em meu laboratório, ela se aproximou parando alguns centímetros de mim, o sorriso em seu rosto era enorme e tenho certeza que era refletido no meu. Uma euforia sem tamanho tomou conta do meu corpo, uma necessidade de tocá-la, algo que não conseguiria conter por muito tempo.

–Conseguiu falar com Eddie? –Perguntei segurando minhas mãos nas costas, não confiava em mim mesmo quando o assunto era ela.

–Disseram que ele e o meu pai foram chamados para ajudar na transferência de uma família que está no programa de proteção a testemunhas, ou algo do tipo. –Responde respirando fundo. –Ele não me atende, desmarca todos os nossos compromissos, é como se ele no fundo soubesse que eu só quero terminar com ele.

–Isso está sendo pior do que a friendzone dos últimos vinte anos! –Falo em voz baixa a fazendo rir. –E aquilo era o inferno na terra!

–Oh meu Deus, agora eu vejo! –Disse em meio ao riso, me segurando pela blusa.

–O que? –Pergunto confuso.

–De onde Wally tirou todo aquele drama. –Ela me abraçou apoiando o rosto em meu peito enquanto ria. –Nosso filho não poderia ser mais parecido com você.

–Como se eu fosse o único dramático aqui... –Respiro fundo a pegando no colo e corro até uma sala de arquivo morto, onde provavelmente ninguém nos veria.

–Por que mesmo foram tantos anos de friendzone? –Me pergunta quando a coloco no chão. –Algo me diz que nunca mais vou ficar entediada na vida.

–Não se depender de mim. –Puxo seu rosto para o meu, encostando meus lábios nos dela, eu sentia vontade de me beliscar só para ter certeza de que eu realmente estava beijando a Íris, não parecia real, era muito melhor do que em minha imaginação. Quando nos separamos eu a abraço com força antes de a pegar novamente no colo e voltar para meu laboratório.

–Preciso encontrar Eddie, tenho que acabar logo com isso Barry. Por mais que eu saiba que nunca mais vou ter nada com ele, e ficar com você seja a melhor coisa que já fiz na vida. –Não posso evitar um sorriso de satisfação. –Parece errado, e não quero que as coisas entre nós sejam erradas, eu amo você. –Meu coração parecia dançar street dance em meu peito.

–O que você disse? –Dou um passo em sua direção, como um predador em busca de sua presa.

–Que eu preciso conversar com Eddie? –Ela fala confusa com seus olhos presos aos meus.

–Não, depois disso. –Dou mais um passo.

–Barry, não pode ficar me beijando em público, não ainda. –Íris dá um passo para trás. –vou ir atrás dele, isso acaba hoje, prometo. –Ela me sopra um beijo antes de sair do laboratório.

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ROY

Precisava ficar sozinho por um tempo, nós passamos por muita coisa nesses dias, mas assim que voltamos para a casa tudo piorou. Resolvi abrir o jogo para a Felicity a respeito de eu ter sido possivelmente o assassino de Sara, bom resumindo a história eu não era, não o de Sara. Quando passava pela porta da boate sinto uma mão em meu braço, graças a todo o treinamento que ando tendo, consegui me virar sem usar de nenhum golpe, o que foi bom, pois era Thea que me olhava preocupada. Não sei quando ela passou a ser assim tão sorrateira.

–Roy, por que está assim? –Pergunta com seus olhos intensos sobre mim.

–Estou bem. –Respondo soltando delicadamente meu braço de suas mãos.

–O que faz aqui a essa hora? –Droga Thea! Por que faz questão de tantos detalhes?

–Um compromisso, vim encontrar alguém. –É a primeira coisa que me vem à mente, e claro que agora parece que eu estava com alguma garota em um beco escuro. Que grande merda!

–Ah! –Ela fica sem reação por alguns momentos, processando a informação vaga que a dei. –Tudo bem. –Diz por fim, em um dia normal eu realmente explicaria para ela, mas não hoje, tudo o que eu queria agora era minha casa e silencio.

–Tchau Thea. –Me inclino rapidamente a dando um beijo no rosto antes de sair de lá.

A caminho da minha casa vejo uma mulher presa em uma grade que separa os Glaides do centro de Starlling, como macacos em uma gaiola, havia três homens em volta dela dizendo coisas obscenas para a coitada que parecia estar amedrontada. Em um impulso único corri em direção a eles, saltando em meio a um mortal inverso que me deixou sobre os ombros do primeiro cara, mas assim que o derrubei encontrei os outros dois já desacordados no chão.

–Corra! –Uma voz grave e rouca gritou para a garota, quando olhei em direção a voz vi um homem que deveria ter a minha idade e usava couro preto, com um emblema azul do peito aos ombros, e uma máscara em seu rosto. –Você é muito lento. –Diz me olhando de forma intimidadora o que quase me fez rir, ele deveria conhecer Oliver Queen, eu já estava mais que vacinado para esse tipo de olhar. –Pensei que você fosse mais alto.

–Mas quem infernos é você afinal? –Digo perdendo a paciência enquanto pego o celular com modulador de voz para relatar o crime para a polícia.

–Asa Noturna. –Responde como se fosse algo que eu deveria reconhecer.

–Ok. Obrigada pela a ajuda, mas agora já pode ir, não precisamos de mais vigilantes nessa cidade. –Falo dando de ombros e discando o número da polícia, no momento em que uma espécie bumerangue estranho atinge meu celular o prendendo a parede. –Ah que merda! –Grito revoltado. –A Felicity configurou isso a menos de um mês! Vai me matar por fazer ela ter novamente o trabalho!

–Você acabou de revelar o nome de um dos seus parceiros? –Ele colocou as mãos na cabeça balançando de um lado a outro. –Cara você é muito amador, como conseguiu parar dois ataques terroristas na cidade?

–Quem diabos você pensa que eu sou? –Me aproximo com os punhos cerrados.

–O capuz verde que protege a cidade, quem mais seria? –Asa Noturna diz entredentes.

–Não sou ele!

–Mas com certeza é um vigilante. –Ele arqueia uma sobrancelha me desafiando a negar. –Já sei, você é o Robin dele!

–Que? Não! Quem é Robin?

–Eu e nem adianta pensar que esse é meu nome de verdade, não sou burro a ponto de te dizer ele. Mas é mesmo uma vergonha me comparar a você. –Me olha dos pés à cabeça parecendo enojado. Ok, aquilo já deu o que tinha que dar, me lancei em cima dele que desviou em um salto acrobático para o lado. –Precisa se esforçar mais, assim eu posso pedir uma pizza, enquanto lutamos e dividi minha atenção entre comer e acabar com você!

–Cara, como você é tagarela. –Digo lhe acertando uma rasteira que até pegou, mas esse cara parecia artista de circo, ele conseguiu saltar em meio a queda e parar em pé.

–Vou te mostrar como se faz garoto! –Ele sorriu de lado antes de me acertar um chute.

Nesse momento uma raio passou entre nós fazendo com que cada um fosse parar de um lado. Levei minha mão ao estomago onde acabara de ser atingido por esse cara estranho. Wally se coloca no meio de nós dois, Asa o olha boquiaberto enquanto o garoto me estende a mão me ajudando a levantar.

–O que você está fazendo aqui? –Pergunto aceitando a ajuda.

–Um favor para os dois. –Ele então se vira para o Asa e o ajuda a ficar de pé. –Cara, você era mesmo marrento. –Diz como se já o conhecesse a muito tempo.

–Kid, sabe quem é ele? –Minhas palavras demonstram todo meu choque.

–Meu atual chefe. –Responde sorrindo simpático para o outro que parecia confuso. –Vocês me pediram que viesse aqui hoje, e evitasse que uma inimizade desnecessária surgisse, me sinto como Dumboldore em Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban. Precisamos evitar que a alma de Sírius Black seja sugada por Dementadores! –Wally ergue o braço no ar como se pretendesse alçar voo.

–O que? –Perguntamos em uníssono.

–Caras, HP é da época de vocês! Vira tempo? A qual é Di... –Para no meio da frase e posso ver que o outro vigilante fica branco. –Spoiler evitado!

–Viagem no tempo? –Pergunta Asa Noturna para o Wally que confirma balançando a cabeça. –Que ano?

–2030.

–E eu e ele, somos inimigos? –Pergunto confuso.

–Não cara, vocês são melhores amigos! Mas se odiaram por um tempo, por causa de hoje e me disseram que a ajuda do Asa seria útil na batalha que está por vir. Agora vem aqui no Tio Wally e apertem as mãos para fazerem as pazes! –Wally coloca as mãos na cintura, Asa lança uma bomba de fumaça e eu aproveito a neblina para me esconder no alto de um prédio. Quando ela se dispersa posso ver Wally confuso olhando para os lados sem encontrar nenhum de nós. –Eu odeio esse truque! E odeio mais ainda vocês o usarem a tanto tempo sem nunca perder o efeito! –Grita para o alto parecendo realmente nervo.

Quando olho para frente posso ver Asa Noturna do alto do outro prédio observando a cena. Ele me vê em seguida e damos um sorriso de lado um para o outro antes de cada um seguir seu caminho.

OLIVER

Ouço o clique da porta e vejo Wally entrando em uma velocidade normal, tenho que admitir que tinha me afeiçoado a esse meu sobrinho, mas nesse momento ele não parecia o Wally de costume, estava frustrado, parecia mais comigo do que com o pai dele.

–O que você tem? – Pergunto enquanto ele se joga na cadeira de Felicity e arranca a máscara.

–Ah tio... Parece que não adianta nada ser rápido desse jeito, sempre chego atrasado para resolver os problemas. – E por um momento ele me parece realmente um adolescente normal, com problemas normais, isso me faz sorri mesmo que levemente.

–Você já pensou que talvez tenha coisas que não devam ser alteradas? - Puxo a maca e me sento sobre ela, fazendo os meus pés ficarem suspensos do chão.

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–Ótimo. Fala para o meu chefe isso quando eu voltar para o meu tempo. – Diz vindo até mim e se sentando ao meu lado.

–Seu chefe? –Fico confuso.

–A essa altura esse não é um grande spoiler no final das contas. –Dá de ombros. – Você já deve ter notado que no futuro pessoas como nós irão se juntar e lutar contra encrencas que sozinhos não conseguiríamos resolver. Há alguns grupos e nesses grupos as pessoas tem trabalhos diferente. – Ele me explica como se mostrasse a uma criança como usar peças de um quebra cabeça. – E o Asa Noturna é o líder desse meu grupo, eu estou falando por que você está preste a conhecer ele de qualquer jeito. – Abaixa a cabeça.

–Ok, muita informação Kid, mas se ele é seu líder no futuro significa que ele sabe até onde você pode ir, e ele não te pediria nada que não acreditasse que você é capaz, então se não deu certo da primeira vez, tente de novo. – Sorrio para ele, era bom estar com Wally, ele era alegre e mesmo quando estava para baixo assim era mais fácil de conviver que muita gente que eu conheço em seus melhores dias. –Agora vai comer alguma coisa antes que caia aí por falta de açúcar no sangue, e é melhor voltar para casa, por que seu pai ligou aqui e falou que se você não estiver em casa antes das dez uma vai estar de castigo até dois mil e trinta.

–Fala sério, ele tem vinte e cinco anos tio, vinte e cinco e já está agindo como se tivesse quarenta! – Joga as mãos para cima.

–Ele é seu velho. – É isso realmente parece absurdo, Barry Allen sendo O Velho de alguém. – Sua tia encheu a geladeira de tudo quanto é porcaria para você. –Desço da maca e começo a subir as escadas. – Tranca tudo quando sair.

–Ei, da onde você saiu? – Ouço Thea me perguntar quando surjo no fundo do clube.

–Eu estava te procurando.

–E por onde você entrou? Não importa, me ajuda com essas caixas aqui. –E me arrasta para a entrada. –Coloca essas caixas em cima do balcão para mim. –Eu faço o meu trabalho em silêncio e ela percebe que tem algo errado. – Ollie?

–Oi? –Me desperta.

–Qual é o problema? – Me pergunta enquanto pega algumas garrafas e coloca atrás do balcão.

–Não tem nenhum problema. –Tento disfarçar com um sorriso.

–Qual é? Você estava tão diferente esses dias, estava alegre, eu gosto mais de você daquele jeito. –Ela analisa e eu devo concordar, eu também gosto mais de mim mesmo daquele jeito.

–Só estou com alguns problemas na cabeça. – O que não deixa de ser verdade.

–E me diz, ficar dessa maneira vai te ajudar a resolver?

–Não. – Sorrio para ela.

–E o que te ajudaria a resolver esses seus problemas? –Me pergunta, e ela me faz enxergar tudo claramente.

–A mesma pessoa que me fez ficar diferente. Obrigado Speed. –Dou um beijo em sua cabeça e saio do clube, pego minha moto e vou ao encontro de quem pode me acalmar, aperto a campainha e fico ali esperado que ela apareça, ela demora um pouco me fazendo quicar de expectativa em sua porta, e quando aparece não me decepciona, ela sempre consegue ser; a coisa mais linda que eu já vi, mesmo com os cabelos desgrenhado, uma calça se moletom muito larga para ela, uma regata rosa bebê e sua cara amassada de sono.

–Oliver? O que está fazendo a...- Eu a interrompo com um beijo a pegando de surpresa e a levantando do chão e a levando para dentro de sua casa. –Nossa!

–Oi. –Sorrio para ela.

–Oi. –Ela me puxa pela jaqueta e me conduz até o seu quarto. – Posso saber o porquê de você ter demorado tanto tempo para vir até aqui?

–Às vezes eu sou meio lento. – Faço ela montar em meus quadris e a beijo com intercidade. –Mas posso recompensar pelo atraso.

[...]

–Você vai sempre surgi assim? –Ela me pergunta enquanto estou deitado em sua barriga, Felicity veste minha camiseta o que de alguma maneira deixa ela ainda mais sensual. – Digo aparecer na minha porta, ou dentro do meu quarto? – Ela junta as nossas mãos, sua palma quase se perde na minha, ela é tão pequena e mesmo assim tão forte, e dela que eu tiro toda a minha força.

–Você tem ideia melhor? - Pergunto levantando sua a blusa e beijando sua barriga, fazendo a ri.

–Não sei, você poderia vir para casa de vez em quando comigo?

–Você está me convidando para dormir com você. – Sorrio sugestivamente.

–Não exatamente dormir. – Ela vira o seu corpo sobre o meu.

–Quem diria que Felicity Smoak sabe dar uma chave de perna? – Sorrio ao ver ela sobre mim.

–Sei outras coisas mais. –Ela abaixa e fala em meu ouvido. –Mas isso você vai ter que descobri aos poucos.

–Não vou a lugar algum, você tem a nossa vida inteira para me surpreender.

CAITLIN

–Você sabe que não deveria estar de pé, Ronnie eu já te disse isso um milhão de vezes, só concordei em você vir para casa com a condição de você ficar de repouso absoluto. – Eu estou sentada de pernas cruzadas no meu sofá, terminando de fazer o real relatório sobre os eventos que culminaram na explosão do reator de partículas.

–Eu estaria de repouso se minha noiva tivesse vindo para cama antes das duas da madrugada. –Ele se senta à minha frente.

–Não seja exage... Caramba! Eu nem vi o tempo passar. – Eu fecho o note no meu colo e alongo o meu pescoço, só então eu percebo o tempo que fiquei na mesma posição. – Depois que o Cisco refez os cálculos, descobrimos que Wells tinha alterado milimetricamente as coisas certas para que tudo desse muito errado.

–Você quer dizer Allen, né? – Eu consigo entender o problema que Ronnie tem com Barry, para ele é difícil separar o Barry que fez tudo isso com ele, tudo isso com todos nós, do Barry que lutou para nos defender e impediu que coisas muito ruins viessem a acontecer. Mas Barry foi quem me ajudou quando achei que tivesse perdido tudo, sei que de uma maneira torta Wells também estava tentando me defender de alguma coisa.

–Wells é um Barry que nunca vai existir por isso ele desapareceu. Vamos lá Ronnie já conversamos sobre isso, não dá para culpar alguém por algo que ele nem fez. – Massageio as minhas têmporas.

–Ele não fez? Como não Caitlin? Ele fez o que fez com o reator, que atingiu várias pessoas, me prendeu, tentou matar cisco, tentou acabar com todos vocês, e você ainda defende ele? – Ele está quase gritando.

–Primeiro o Barry que está aqui não é o mesmo que fez isso com todos nós, ele estava sendo vítima tanto quanto qualquer um de nós. Segundo o Barry do futuro já tinha o poder, isso significa que a explosão do reator aconteceria com ou sem ele. E terceiro aquele Barry tinha ficado insano por que tinha perdido quem ele mais amou na vida, e eu vejo como é fácil chegar a esse ponto quando algo assim acontece. –Vou para junto dele e encosto minhas costas em seu peito, eu tinha sentido tanta saudade dele que doía dentro dos meus ossos. – Se eu tivesse o poder que o Barry tem, não tenho a menor dúvida que eu voltaria no tempo e te impedira de sair de perto de mim aquela noite. E eu não te perdoei por você ter me deixado.

–Eu precisava te salvar. –Ele beija o topo da minha cabeça.

– Eu morri mais de trezentas vezes Ronnie, cada dia sem você foi como se alguém tivesse me matando. Nada pode ser mais mortal para mim do que ficar sem você, então você não me fez um favor, você me matou todos os dias durante esse tempo que esteve longe de mim. – Eu nunca tinha dito isso para ele, não queria perturba-lo, mas colocar a culpa da nossa separação no Barry de hoje era errado, principalmente quando o maior culpado da nossa separação tinha sido ele mesmo. – Você nunca me perguntou se eu queria seguir sem você, e eu não queria, Ronnie eu não quero, mas Barry é um grande amigo e se não fosse ele talvez você não tivesse encontrado essa Caitlin aqui. Durante nove meses ele foi o que me fez acordar todos os dias, eu tinha um proposito, eu precisava cura-lo, ele precisava voltar a vida, depois ele foi meu amigo, foi ele que me impediu de cair ainda mais fundo. – Eu me viro para ele. –Esse Barry Allen não é em nada o Dr. Harrison Wells que te prendeu. Então dê uma chance para ele, e garanto que te provará isso. –Beijo os seus lábios. – Agora Sr. Reymond, a sua medica te receitou repouso, não foi?

– É ela me receitou, mas estou com insônia. – Ele sorri para mim. – Preciso do remédio que a Minha doutora super gata receitou para mim. – Eu o olho desconfiado?

–Sério e o que essa Sua Dra. Super gata te receitou? – Ronnie se levanta rapidamente.

–Doses e mais doses da minha noiva mais que sensual. – Ele me joga sobre os ombros e eu grito.

–Ronnie! Você não pode. – Eu tenho medo por ele.

–Por Deus que eu posso! E eu preciso. –Ele me leva para a cama, e me coloca ali. – Por mais de dez meses eu fiquei sem você. – Ele vem cobrindo o meu corpo com o dele. – Não tem nada que eu precise mais que Caitlin Snow para que eu melhore. –Ele me beija e eu acabo cedendo aos seus desejos, por que são os meus também, envolvo meus braços em seu pescoço.

–De quantas doses estamos falando, aproximadamente? – Dou um selinho em sua boca.

–Foram mais de dez meses, você é a medica. –Seu sorriso me encanta.

–Então serão muitas doses.

–Gostei dessa prescrição.