Ainda nessa noite, Harry decidiu contar a Alvo e aos restantes o que tinha ficado decidido no almoço. Se Alvo aceitasse, Harry iria à escola para trazer a capa. Rapidamente, escreveu um bilhete a Alvo com a seguinte mensagem:

“Preciso de falar convosco. Hora habitual, forma habitual”. Tinha a certeza de que todos perceberiam a mensagem e se reuniriam em volta do espelho de duas faces quando todos os seus colegas já se tivessem ido deitar.

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No entanto, não foi Alvo que recebeu o bilhete. Quando a coruja se aproximava da escola, alguém a intercetou. Alguém vestido de negro que estava escondido entre as árvores da floresta proibida viu a coruja aproximar-se.

— Esta é a coruja do Potter, vamos ver o que ele quer. É hoje que eu percebo se ele anda ou não a investigar.

Com um feitiço paralisante, a coruja caiu ao chão. A pessoa saiu furtivamente do seu esconderijo e pegou o bilhete. A coruja, que entretanto se tinha libertado do efeito do feitiço, tentou voar, mas era demasiado tarde, o bilhete tinha-lhe sido tirado. O animal voou tristemente de volta a casa, com uma das patas ferida devido à queda que tinha sofrido quando fora atingido pelo feitiço.

Entretanto, a pessoa ia andando descontraidamente para o castelo, tentando não atrair as atenções para si, enquanto abria o bilhete e o lia.

— Esta mensagem em código prova que o Potter está a investigar, e que os filhinhos estão metidos nisso – pensou. – Tenho de estar mais atento aos fedelhos e ver o que eles andam a tramar. Não vou deixar que um grupo de fedelhos e uns adultos pseudofamosos destruam o que eu levei tanto tempo a construir. E, sobretudo, tenho de arranjar maneira de saber o que eles já descobriram.

Entretanto, a noite aproximava-se. Alvo e os amigos acharam estranho que Harry não lhes tivesse enviado um bilhete com as novidades. Todos se sentaram no salão comunal, a fim de discutir o que iriam fazer.

— Que estranho – comentou James. – O pai disse que nos dizia alguma coisa assim que soubesse. Estava à espera que nos mandasse um bilhete ou coisa parecida.

— Se calhar não conseguiram combinar nada para o almoço e vão combinar um jantar – sugeriu Rose.

— Ou então achou arriscado enviar um bilhete e está à espera que falemos com ele pelo espelho – opinou Scorpius.

— É uma boa ideia, realmente – concordou Alvo. – Quando todos se forem deitar, falamos com o pai, não consigo aguentar esperar até amanhã.

Após o jantar, ficaram a fazer as tarefas até que todos se fossem deitar. Finalmente, o último aluno, um rapaz do sétimo ano que tinha ficado até tarde a terminar uma dificílima tarefa de transfiguração, foi para o seu dormitório e todos se sentaram numa roda. James, que tinha o espelho escondido na mochila, tirou-o e chamou Harry.

— Olá, pai, estás aí?

— Olá – cumprimentou Harry, que já estava com o espelho na mão. – Ainda bem que a coruja chegou a tempo, tinha medo que não tivesse tempo de chegar aí.

— Que coruja? – inquiriu Rose, começando a preocupar-se.

— Eu enviei-vos uma coruja com um bilhete a pedir que falassem comigo à hora habitual e da forma habitual, não receberam nada?

— Não, não recebemos – assegurou James. – Talvez ela ainda não tenha chegado aqui.

—Chegou, sim – assegurou Ginny, que tinha entrado na sala há pouco tempo e tinha ouvido o final da conversa. – Ela já chegou aqui a casa e vem ferida, talvez tenha caído.

— Provavelmente, alguém lhe lançou um feitiço para a fazer cair e lhe tirar o bilhete – comentou Fred, bastante preocupado.

— Não disseste nada de mais no bilhete, pois não, pai? – inquiriu Alvo.

— Não, mas se foi parar às mãos erradas, eles perceberam que andávamos a investigar. Por que motivo eu vos mandaria uma mensagem em código se não fosse para que ninguém percebesse?

— Pois, tens razão – concordou James. – E agora?

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— Agora não há nada a fazer – disse Victoire sensatamente. – Temos de ficar mais atentos e cada vez mais alerta, não podemos deixar que eles descubram nada.

— Temos de ter cuidado com as pessoas em quem confiamos – acrescentou Dominique. – Nenhuma das informações que temos pode chegar às mãos deles, se não está tudo perdido.

— Será que eles já sabem da profecia? – interrogou-se Fred.

— Talvez saiba, afinal Hogwarts inteira ficou a saber da profecia – comentou James. – Só eu a escrevi, mas não sabemos o que é que outras pessoas que estavam na sala podem ter decorado.

— Talvez não tenhas sido o único a escrevê-la – opinou Fred. – Nós estávamos tão concentrados na professora que nem olhámos uns para os outros.

— Pois, realmente tens razão – concordou James. – A esta hora, sabe-se lá onde andará a profecia.

— Mantenham a calma – pediu Harry. – Deixem-me contar as novidades. Eu falei com toda a gente e tivemos a ideia de que, para o Blaise ficar no Ministério, vocês tinham de nos emprestar a capa de invisibilidade do Alvo. Mas, se aceitarem, nesses dias não podem, de forma nenhuma, andar para aí a investigar.

— Sim, claro que emprestamos – respondeu Alvo prontamente.

— E quanto à outra parte do que vos pedi? Quero uma promessa!

— Eu prometo que não investigo desde que não surja nada muito importante – disse James. – Desculpa, pai, mas não te posso prometer mais que isso.

— James, tu não podes andar por aí a arriscar… - tentou Harry dizer, mas foi rapidamente interrompido por James.

— Vais dizer-me que, quando foi contigo, tu, o tio Ron e a tia Hermione não se arriscaram imenso. Tu, mais que ninguém, compreendes que todas as oportunidades agora têm de ser aproveitadas. Estamos a correr contra o tempo, pai! Estão imensas vidas em jogo! É da segurança do mundo bruxo e, também, da do mundo Muggle (trouxa) que estamos a falar!

— Desde quando é que o nosso filho cresceu tanto? – perguntou Harry para Ginny com um sorriso emocionado. – Tudo bem, mas só se for uma coisa mesmo importante e nunca, ouviram, nunca mesmo, andem sozinhos.

— Tudo bem, isso podemos prometer – disse James.

— Ótimo, agora vão todos descansar. Eu amanhã vou à escola para ir buscar a capa e conversamos melhor.

— Tio, traga o meu pai, já tenho saudades – pediu Rose. – Assim, ele aproveita e vê a minha mãe.

— Tiveste uma ótima ideia, Rosie – disse Harry. – Vou falar com ele e talvez ele também venha.

Após todos se despedirem, foram dormir, ansiosos pelo dia seguinte.