Durante o almoço, ninguém disse uma palavra, pois estavam os três demasiado ocupados a pensar no que tinha acontecido. A hora de almoço passou mais rápido do que todos gostariam, pois queriam ter mais tempo para pensar no assunto.

Quando entraram na aula de Transfiguração, o professor era desconhecido de todos os alunos.

– Boa tarde – cumprimentou o professor. – O meu nome é Philip Silver e vou ser o vosso novo professor de transfiguração. Não tolero brincadeirinhas idiotas nas minhas aulas, ficam já avisados! Quero que transfigurem essa mesa no que quiserem, podem começar.

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– Ele não está bem da cabeça – disse Alvo. – Nós nem sabemos transfigurar nada, como é que ele quer que transfiguremos logo a mesa sem sequer nos explicar nada.

– Bem… - começou Scorpius. – Eu estava a ler um livro do meu pai e vi lá um feitiço que nos permite fazer isso, mas não sei se resulta, era um feitiço novo e, segundo o autor do livro, ainda estava em teste, mas mais vale do que nada.

– Explicas-nos? – pediu Rose.

– Claro que sim! – disse Scorpius prontamente. – Têm que apontar a varinha para a mesa, dizerem “mudnius” e pensarem na forma que querem que a mesa adquira. Têm que pensar muito bem na forma, se não fizerem isso o feitiço não funciona.

Todos tentaram. Rose transfigurou a sua mesa numa cadeira à qual faltava uma perna, Scorpius conseguiu transformá-la numa estante de livros sem algumas prateleiras e Alvo apenas conseguiu que a mesa ficasse sem pernas.

O professor olhou para o trio, demasiado admirado para falar.

– Como é que vocês sabiam esse feitiço? – quis saber o professor.

– Lemos nas férias – explicou Scorpius, sem querer alongar-se muito no assunto.

– Muito bem – disse o professor e, com um aceno de varinha, as mesas voltaram ao normal. – Continuem a praticar, vê-se que ainda não têm muito jeito para isto, principalmente o senhor Potter, aquilo nem sequer foi transfiguração!

– Bolas, nem a minha mãe quando está de mau humor é tão exigente! – exasperou-se Alvo.

– Quer dizer, nós conseguimos uma coisa que só se começa a dar no quinto ano e ele só nos critica! – disse Rose indignada.

– Acho que este ano não vamos aprender nada, não sei como vamos fazer o exame – acrescentou Scorpius preocupado.

– Tive uma ideia que talvez dê certo! – exclamou Rose. – E se nos ajudássemos uns aos outros? Também podíamos pedir ajuda ao James e ao Fred, eles são mais velhos e já aprenderam alguma coisa nos dois anos passados, de certeza que nos ajudavam.

– Podíamos criar um clube de estudo na sala precisa, tal como os nossos pais fizeram quando tiveram uma péssima professora – sugeriu Alvo.

– Boa ideia! – concordou Scorpius. – E como íamos chamar esse clube?

– A conversa está boa, não está, senhor Potter, senhor Malfoy e senhorita Weasley? – interrompeu-os o professor.

– Desculpe, professor – disse Rose rapidamente.

– Desculpas não se pedem, evitam-se . asseverou o professor.- Cinco pontos a menos para os Gryffindor por cada um de vocês, e espero que isto não se repita.

Os três amigos não falaram mais durante a aula. Continuaram a tentar, sendo sempre criticados pelo professor. Quando a aula finalmente acabou, todos saíram da sala bastante aliviados.

– Vamos para o nosso salão comunal para fazer as tarefas e para pensarmos no clube – sugeriu Rose e todos concordaram.

Começaram por fazer as tarefas, que eram simples á exceção da de transfiguração, em que tinham de explicar o que era a animagia, tendo de entregar dois pergaminhos. Rose foi à biblioteca, trazendo os livros necessários para pesquisarem. Quando acabaram, a hora do jantar já tinha passado.

– E agora? – desesperou-se Scorpius. – Devíamos ter olhado para o relógio!

– Eu tenho a vossa salvação – disse James atrás deles. – Toma, Alvo, de certeza que sabes o que é. Faz cócegas no quadro da pera para entrar.

James deu a Alvo um pergaminho, o mapa do maroto. Alvo percebeu imediatamente que podia ir à cozinha à vontade, sem medo de cruzar com o Filch.

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– Vou buscar comida – disse Alvo. – Fiquem aqui e vão pensando em nomes para o nosso clube.

Alvo esgueirou-se pelo buraco do retrato, olhando sempre para o mapa para ver se ninguém estava naquele local. De repente, reparou que havia no mapa um pontinho que não estava identificado pelo nome. Quem seria? Essa pessoa dirigia-se para a sala de poções e imediatamente Alvo se dirigiu para lá. Quando estava quase a chegar, escondeu-se atrás de uma armadura, esperando que a pessoa saísse. Passado dois minutos, viu o professor de Transfiguração a sair da sala, com um frasco na mão. Alvo olhou para o mapa e reparou que aquele era, de facto, o seu professor. Esperou que o professor estivesse bem longe para se dirigir à cozinha, onde os elfos domésticos o serviram, muito felizes. Alvo fez o caminho até ao salão comunal bastante distraído. Aquilo já começava a ser demasiado estranho, havia demasiados mistérios para resolver e Alvo não fazia ideia de por onde deveria começar.

Quando chegou ao salão dos Gryffindor, os amigos esperavam-no ansiosamente, começando a ficar preocupados com a sua demora.

– Demoraste tanto, aconteceu alguma coisa? – perguntou Rose.

– Ouçam isto! – Em poucas palavras, Alvo contou aos amigos tudo o que tinha acontecido, enquanto se deliciavam com a comida dos elfos domésticos.

. Isso é realmente estranho – disse Scorpius. – O mapa mostra toda a gente, não é?

– Sim, mostra – concordou Rose. – Isto não é normal, estão a acontecer demasiadas coisas estranhas e nós temos de resolver isto.

– Uma coisa de cada vez- aconselhou Alvo. – Primeiro, vamos concentrar-nos nas aulas e tentar aprender qualquer coisa, caso contrário fomos alvos fáceis e corremos perigo. Temos que formar o clube de estudo o mais depressa possível, podemos estudar não só transfiguração mas também outras coisas, quanto mais aprendermos melhor será para nós!

– Sim, temos que falar com o James e o Fred e ver se mais alguém quer entrar – comentou Rose.

– Concordo, mas agora vamos deitar-nos e amanhã pensamos nisso, pode ser? – pediu Scorpius. – Eu estou mesmo cansado e hoje já não consigo pensar em mais nada.

Todos concordaram e foram deitar-se. Tinha sido um dia longo e cansativo e todos adormeceram rapidamente.