No dia seguinte, Alvo acordou bastante feliz. Este iria ser o seu primeiro dia de aulas em Hogwarts, finalmente iria começar a aprender, poderia utilizar feitiços.

Quando se aproximava a hora da aula, Alvo acordou Scorpius para irem juntos. Quando ambos ficaram prontos, desceram até ao salão comunal, onde Rose já os esperava.

– Demoraram! – reclamou a amiga. – Pensei que iria ter de ir tomar o pequeno-almoço (café da manhã) sem vocês!

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– Calma, Rosie, não demorámos assim tanto! Pareces a tia Mione quando se zanga – disse Alvo, sabendo que ia irritar a prima.

– Cala a boca! – esbravejou Rose, e Alvo sorriu. De facto, tinha conseguido irritá-la.

– Não fiques assim, priminha! – disse Alvo, passando o braço em volta dos ombros de Rose. – Nós gostamos de ti assim!

Rose não conseguiu evitar e sorriu. Realmente, ela tinha os melhores amigos que alguém poderia querer.

– Que se passa, Scorps, estás muito calado! – constatou Rose.

– Não é nada – afirmou Scorpius, cabisbaixo.

– Oh, conta lá – incentivou Alvo. – Já sabes que somos teus amigos e só te queremos ajudar.

– Eu não sei como é que o meu pai vai reagir quando souber que eu fui para os Gryffindor – disse Scorpius. – A minha mãe já deve saber, porque trabalha aqui em Hogwarts, mas eu até estou com medo de falar com ela. A esta hora, ela já deve ter contado ao meu pai, tenho medo que ele fique desiludido comigo!

– O teu pai adora-te – disse-lhe Rose. – Ele e a tua mãe vão apoiar-te, vais ver! No primeiro intervalo vamos contigo falar com a tua mãe, para ficares mais descansado.

– Obrigado! – agradeceu Scorpius emocionado. Nunca tinha tido amigos tão próximos como Alvo e Rose e estava mesmo muito feliz por os ter conhecido.

Os três amigos dirigiram-se ao salão principal para comer, pois se se demorassem muito mais não teriam tempo de procurar a primeira sala de aula. Sentaram-se na mesa dos Gryffindor e serviram-se com tudo aquilo a que tinham direito.

Passado algum tempo, o professor de herbologia, Neville Longbottom e diretor dos Gryffindor, distribuiu os horários aos alunos.

– Hoje começamos com Poções, depois Feitiços e, depois do almoço, transfiguração – constatou Rose.

– Vejam, quinta e sexta-feira temos as tardes livres, vai dar para estudarmos e nos dedicarmos àquilo que vocês sabem – disse Alvo.

– Sim, temos de ver se resolvemos isso, pois, segundo aquele livro, ainda vamos viver muitas aventuras e enfrentar muitos perigos – lembrou Scorpius.

Quando acabaram de comer, dirigiram-se para as masmorras para a sua primeira aula de poções, em conjunto com os Slytherin.

Quando entraram, tiveram uma incrível surpresa, pois a professora não era ninguém mais, ninguém menos que Hermione Weasley.

– Mãe? – perguntou Rose, surpresa. – Como assim, tu és professora? Porque não me disseste nada?

– Não queria que soubesses antes do tempo – explicou Hermione. – Queria que soubesses apenas hoje, como todos os outros.

– Sim, fizeste bem – confirmou Rose, pois queria ser tratada como qualquer outro aluno, não queria tratamento privilegiado apenas por ser filha de Hermione.

Pouco a pouco, os restantes alunos foram entrando e acomodando-se nos seus lugares. Scorpius, Alvo e Rose sentaram-se em volta da mesma mesa.

– Bom dia a todos – começou Hermione. – O meu nome é Hermione Weasley e este ano aceitei o convite da professora McGonagall para dar aulas de poções. Espero que gostem da minha aula e estejam à vontade para colocar qualquer dúvida. Vamos começar a aula com uma poção de curar furúnculos. Abram o vosso livro na página 6 e façam a poção individualmente. Se eu vos vir a copiar por algum dos vossos colegas, retiro dez pontos da vossa casa.

Todos fizeram as poções e a maioria dos alunos conseguiu fazer uma boa poção. As melhores da turma eram as de Rose e Scorpius, que ficaram perfeitas. Crabbe perdeu 20 pontos para os Slytherin porque tentou copiar duas vezes pelos seus colegas de mesa, o que, secretamente, deixou Alvo e Scorpius muito felizes.

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– Agora é que aquele nojento do Crabbe vai ver do que a tua mãe é capaz, Rose – disse Alvo. – Criticou-a tanto e agora ela é professora dele, bem feito!

– Vá, mantenham a calma! – aconselhou Rose sensatamente. – Acho que ninguém quer ficar de detenção logo no primeiro dia, ainda por cima por causa de um ser insignificante como ele.

– Pois, tens razão – concordou Scorpius. Vêm comigo falar com a minha mãe?

– Claro! – disseram Alvo e Rose em coro.

Os três dirigiram-se para a ala hospitalar para falarem com Astoria. Como tiveram um pouco de dificuldade em chegar lá, o intervalo estava quase a acabar quando finalmente bateram à porta. Astoria foi abrir, sorrindo para os três.

– Então, precisam de alguma coisa? – perguntou a mãe de Scorpius.

– Não, mãe, só queria falar contigo sobre… tu sabes, sobre ter ido para os Gryffindor – explicou Scorpius atrapalhado.

– Não te preocupes com isso, filho, eu e o teu pai estamos muito orgulhosos de ti, mesmo – tranquilizou-o Astoria. – No fim de semana tu podes conversar melhor com o pai, mas fica descansado, ele está feliz.

Scorpius suspirou de alívio por o pai ter ficado feliz por ele. Estava ansioso por poder falar com ele no fim de semana, pois a professora McGonagall tinha permitido aos pais dos alunos, se quisessem, visitá-los aos fins de semana.

Mais tranquilo, Scorpius dirigiu-se com os amigos para a aula de feitiços. Como se perderam outra vez, acabaram por chegar bastante atrasados.

–Podemos, professor? – perguntou Rose timidamente.

– Podem, mas que isto não se repita – respondeu o professor. – Sentem-se naqueles lugares e abram o livro na página 13, estamos a praticar o feitiço de levitação.

Os três amigos fizeram o que o professor lhes tinha indicado. Surpreendentemente, Rose não conseguiu o feitiço à primeira tentativa, o que a deixou frustrada. Scorpius tentou e também não conseguiu, mas Alvo conseguiu realizar o feitiço na perfeição. Rose e Scorpius continuaram a tentar, mas não eram capazes de realizar o feitiço.

– Desculpem, mas isto não é normal – disse Scorpius. – Se fosse só eu, ainda entendia, mas a Rose, é estranho.

– Já sei! – disse Alvo. – Acho que vocês trocaram as varinhas na aula de poções.

Rose e Scorpius olharam para as suas varinhas e constataram que, de facto, Alvo tinha razão. Quando trocaram de novo as varinhas e tentaram fazer o feitiço, conseguiram sem dificuldade.

– Deixa-me experimentar com a tua varinha, Alvo – pediu Rose. O primo entregou-lhe a varinha e a menina tentou fazer o feitiço mas, mais uma vez, não conseguiu.

– Estranho – comentou Rose. – Nunca ouvi falar de uma varinha que não fizesse absolutamente nada quando tem outro dono, a não ser…

– A varinha das varinhas – completou Scorpius.

–Nós sabemos que estas não são réplicas, pois foram feitas pelo senhor Olivander – disse Alvo. – Mas por que motivo elas só funcionam quando são usadas pelo seu dono?

Ficaram o resto da aula um pouco distraídos, o que fez com que o professor quase lhes tirasse pontos por isso. Finalmente, a aula acabou e dirigiram-se para o salão principal para poderem almoçar.