Um homem completamente vestido de negro, cuja cara estava coberta por uma máscara totalmente branca que só deixava à mostra os seus olhos, estava sentado num sofá de couro. Á sua frente, ajoelhados, estavam diversos homens e mulheres vestidos igualmente de negro, diferenciando-se do seu líder apenas pela máscara, que era vermelha, simbolizando o sangue que aquele grupo ainda iria derramar.

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O homem de máscara branca começou a falar numa voz alta e forte:

– Estamos aqui para criar uma nova era de trevas, mas desta vez iremos vencer. Voldemort foi fraco, deixou-se vencer, mas eu não serei, irei lutar e, ao vosso lado, irei vencer! Preparem-se, meus amigos, as trevas irão voltar, e desta vez não teremos piedade de ninguém! Vamos eliminar a escória do mundo bruxo!

Para mostrar o que dizia, o homem dirigiu-se a uma sala anexa àquela em que se encontravam, trazendo de lá uma menina de cerca de quinze anos.

– Esta sangue de lama (sangue ruim) estava a fazer um discurso contra Voldemort e a elogiar o nojento do Potter. Agora, vou mostrar-vos o que faremos a quem se opuser a nós. Crucio!

Imediatamente, a menina caiu no chão, contorcendo-se de dor, soltando gritos que dilaceravam a alma. Os homens e mulheres presentes na sala apenas riam, divertindo-se com o sofrimento alheio.

Passado alguns angustiantes minutos, o homem parou com a tortura.

– E agora, queridos amigos, mato-a ou divertimo-nos mais um bocadinho?

Ninguém respondeu, temendo dar a resposta errada e ter de enfrentar a raiva do seu líder.

– Acho que vou matá-la? Queres dizer alguma coisa antes de morrer, escória?

– Vocês são nojentos! – exclamou a menina, com toda a força que lhe restava. – Não vão ganhar esta guerra!

– É corajosa! – disse o homem de máscara branca, soltando uma gargalhada arrepiante. – Nada me vai dar mais prazer do que isto: Avada kedavra!

Uma luz verde saiu da sua varinha e a menina, que entretanto se tinha sentado, caiu de novo no chão, imóvel. Estava morta.

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Era uma manhã perfeitamente normal em Godric’s Hollow, tal como tantas outras. Um menino pequeno de olhos incrivelmente verdes acordava lentamente devido à luz do Sol, que entrava pela janela cuja cortina se tinha esquecido de fechar na noite anterior.

Alvo Potter abriu os olhos lentamente, preparando-se para mais um dia de férias de Verão. O filho de Harry Potter esperava ansiosamente a sua carta de Hogwarts. Secretamente, tinha receio de que a sua carta nunca chegasse, embora todos lhe dissessem que esta não tardaria.

Quando chegou à cozinha, ainda ninguém lá estava. Alvo, então, decidiu preparar o pequeno-almoço para a sua família, querendo agradar as pessoas que mais amava no mundo.

Enquanto preparava torradas, duas corujas pousaram no parapeito da sua janela. Ansioso, correu a abri-la, desamarrando rapidamente as cartas que os animais traziam nas patas. Olhando com muita atenção para os envelopes, viu que estes tinham o símbolo de Hogwarts, sendo um endereçado a si próprio e outro ao seu irmão mais velho, James, que iria frequentar o terceiro ano na escola de magia.

Sem se importar com as torradas, que já queimavam, Alvo correu para o quarto do irmão a fim de o acordar.

– James, acorda, as cartas de Hogwarts chegaram! Acorda, anda!

– Já vou! – reclamou James. – Não sei para quê tanto alarido, vai ser igual ás outras!

Para James talvez, pensou Alvo, pois o irmão já tinha recebido duas cartas, mas para ele era uma grande e incrível novidade. Sem esperar que o irmão se levantasse, correu para a cozinha, onde a mãe fazia novas torradas. Com dedos trémulos e ansiosos, começou a abrir a sua carta de Hogwarts, lendo-a ávida e ansiosamente.

– Olha, mãe, a minha carta chegou! – exclamou Alvo, apercebendo-se apenas nessa altura que Ginny Potter se encontrava na cozinha. – Temos que ir ao beco Diagonal comprar o meu material escolar?

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– Calma, Alvo, deixa o teu pai acordar que depois conversamos sobre isso – pediu uma sorridente Ginny, tentando amenizar um pouco a ansiedade do filho, sabendo, no entanto, que tal seria impossível.

Alvo não esperou nem mais um segundo, correndo para o quarto do pai. Apesar do grande amor que sentia por Ginny, o seu pai, Harry Potter, era o seu herói, o seu exemplo de vida. Alvo queria que o pai se sentisse orgulhoso dele, queria igualar os feitos de Harry e dos seus dois melhores amigos, Ron e Hermione. O menino tinha medo de não estar à altura do seu pai ou de que não surgissem oportunidades para ele mostrar o seu valor, mas mal sabia ele o que o esperava no seu primeiro ano. Alvo nem sonhava que grandes aventuras e grandes perigos o aguardavam em Hogwarts!

Já no quarto do pai, Alvo correu para junto da cama, sacudindo Harry.

– Acorda, pai, por favor, preciso de falar contigo, acorda!

– Diz, Alvo – disse Harry, ainda um pouco sonolento.

– A carta chegou, pai, precisamos de ir às compras!

Harry sentou-se imediatamente na cama. Conhecia perfeitamente o sentimento de ansiedade que acompanhava esta nova fase da vida do filho, uma vez que também o viveu, embora em circunstâncias bastante diferentes. Queria fazer deste momento um dos mais especiais da vida dos seus filhos. O filho mais velho, James, já o tinha vivido e, conhecendo bem o filho, Harry sabia que tinha sido um dia fantástico, bastava olhar para o brilho dos olhos de James para saber que tinha adorado o dia. A vez de Lilly, a sua filha mais nova, chegaria apenas no ano seguinte. Este era o ano de Alvo e Harry iria esforçar-se o mais que pudesse, tal como tinha feito com James e como faria com Lilly.

– Vamos às compras logo a seguir ao pequeno-almoço, quando todos estivermos prontos – afirmou Harry.