Capítulo 25 - Thinking Out Loud

Abri o olho e vejo que Fred e eu estávamos na rua em frente a sua loja. Sem falar nada ele se afasta e coloca sua varinha para abrir a porta e logo caminhamos em silencio para dentro. Coloco minha mão na barriga para tentar conter o enjôo que cada vez só aumenta, realmente, aparatar nunca seria muito o meu forte.

– Pensei que íamos pra Toca. – falei o seguindo para as escadas que dariam em seu apartamento.

– Preciso fazer umas coisas antes de irmos para sua casa. – ele respondeu enquanto colocava novamente sua varinha para abrir a porta da sua casa. Franzi a testa. – Vamos passar o ano novo com seus pais, esqueceu?

Dei de ombros.

– Claro que não! – eu disse rapidamente.

Fechando a porta Fred apenas deu um sorriso e se jogou no sofá marrom que agora enfeitava a sala. Fiquei parada apenas olhando-o com alguma coisa me incomodando.

– Você não tem algo pra fazer? – perguntei olhando a folga do meu namorado no sofá... Ah sim! Era isso. – Desde quando tem esse sofá aqui?

Ele olhou para onde estava sentado mas não pareceu surpresa.

– George comprou. – Fred disse. – Pelo jeito agora que não estou mais aqui gastamos menos dinheiro, segundo ele, então acabou comprando, além de que metade do meu salário como professor eu mando pra ele.

Franzi a testa.

– E agora maníacos sexuais ganham por perseguir suas vitimas? – brinquei chegando um pouco mais perto. – Deveriam agradecer a mim isso sim.

Fred deu um sorriso malicioso e se sentou levantando o rosto para me olhar nos olhos.

– E por que deveríamos?

– Se não fosse por mim, você ainda estaria aqui e sem sofá. – eu disse convencida.

Ele riu.

– Obrigado. – Fred disse me puxando para seu colo e colando nossos lábios.

Coloquei meus braços para trás de seu pescoço e apenas aproveitei senti-lo tão próximo a mim. Enquanto Fred aprofundava nosso beijo apenas pensei em como um dia eu podia jurar de pé junto que não estava apaixonada por ele, como um dia eu consegui olhá-lo apenas como irmão do garoto que eu gostava? Fred era uma das pessoas mais humoradas e compreensivas que um dia tive prazer de conhecer.

Ele me puxava para mais perto tentando acabar com qualquer distancia que tivesse entre nós mesmo que já não houvesse nenhuma. Passei meus dedos entre seus fios ruivos e pensei em como o cabelo dele era mais macio que o meu. Eu sentia meu pulmão pedir ar mas eu não queria me afastar dele, eu não queria um dia ter que ficar mais que algumas horas longe dele e caso eu precisasse eu não saberia se ficaria bem.

Pensando nisso meu coração pulou contra o peito e tive a confirmação de algo que deveria ser inevitável. Eu amava aquele babaca ruivo que eu beijava nesse momento. Eu o amava com toda a minha alma e cada pedaço do meu corpo era louca por ele.

E como Hermione Granger é a pessoa mais retardada do mundo eu parei de beijá-lo meio por causa do choque. Notei que normalmente eu ficaria constrangida já que eu estava no colo do cara que mantinha a mão na minha coxa.

– Mi? – abriu os olhos e me encarou fazendo meu rosto queimar. – Estou indo rápido demais? Não quero te forçar a nada, Mi, sabe disso...

Forçando? Ahn?

– Não é nada disso Fred. – falei me soltando um pouco dele.

– O que foi?

– É que... – parei em seguida.

Eu não iria falar que estava em choque por saber que eu o amava.

Sorri.

– Nada.

– Tem certeza? – perguntou desconfiado. – Pode me falar qualquer coisa, sabe disso, certo?

Revirei os olhos e beijei seu rosto e em seguida pulando para o seu lado no sofá.

– Você chega as vezes a paranóia, Fred. – brinquei. – Acho que vou fazer chocolate quente, quer?

Seus olhos se iluminaram.

– Que bom que achei uma namorada multi-funções.

Ri.

– Assim vou me sentir usada. – falei.

Vi seu rosto se iluminar mais ainda com um sorriso e senti ele me empurrando em direção a cozinha. Revirei os olhos e fui para a cozinha pegando o leite e chocolate em pó para fazer o que eu prometi. Logo já estava todos os ingredientes na panela ao fogo e eu mexia.

Repreendi-me por dentro por ser tão burra. Fora uma reação exagerada aquela que tive momentos antes e agora Fred pensava que eu não queria transar com ele... Mas eu não queria certo? Pensando nisso notei que todas as preocupações que algum dia eu já tive em relação ao sexo não estavam mais aqui.

Desliguei o fogo minutos depois quando vi que já estava pronto. Procurei pela cozinha duas xícaras e logo as encontrei depositando nelas o conteúdo da panela. Tomando cuidado para não me queimar peguei-as e voltei para a sala vendo que Fred ainda estava sentado no sofá mas agora com umas folhas em mãos e para minha maior surpresa ainda com óculos.

– Desde quando usa óculos? – perguntei completamente confusa.

Ele deu um sorriso sexy.

– Só uso pra ler então ele fica maior parte do tempo aqui em casa. – respondeu tirando-o. – Mas George zoa falando que me faz parecer um professor tarado.

Ri.

– Professor você já é... – eu disse. – Tarado... Com certeza.

Fred deu um sorriso.

– Você tem uma péssima imagem de mim. – ele falou pegando a xícara de minhas mãos.

Sorri e sentei ao seu lado.

– Não é uma péssima imagem, é a verdade. – respondi. – Alias, cadê George?

– Acho que deve ta na casa de Angelina. – respondeu enquanto voltava a olhar para os papeis que lia antes de eu voltar.

Meu estomago se revirou. Angelina. Não que eu tivesse alguns receios em relação a mulher. Claro que não! Ela só fora uma namorada de Fred, os dois se amavam muito, e eu já achei que ele ainda gostava dela. Pra que sentir insegurança em relação a isso, certo?

– Sabe o que estava pensando? – ele disse depois de alguns minutos em silencio.

– Claro que sei. – falei seria. – Eu leio mentes, não sabia?

Fred revirou os olhos e sorriu para mim.

– Sua idiota. – ele tomou mais um gole do chocolate quente e voltou a falar: - Um dia poderíamos ir para Nova York, gostei do Larry.

Ri.

– Mas vamos durante o dia pode ser? – brinquei. – Não acho que tenho condições para correr de um dinossauro novamente.

– Mas você até que aproveitou isso tudo! – acusou. – Conheceu lá os deuses...

Fiz biquinho.

– Conheci? Só brigaram! – eu disse revoltada. – Atena e eu teríamos tido uma conversa tremendamente fantástica se ela passasse menos tempo discutindo com Poseídon.

O ruivo riu.

– A conversa de vocês duas seria entediante de tão profunda. – Fred falou e colocou a papelada do lado. – Mas eu disse, aquela briga toda é tudo amor reprimido.

Revirei os olhos.

– Você vê amor reprimido em tudo. – resmunguei.

– Sou um apaixonado, Mi. Tenho que ver amor em tudo. – Sabe é nessas horas que esse ruivo abusado sabe me deixar que nem tonta com um sorriso na cara sem saber o que dizer. Ele sorriu e beijou a ponta do meu nariz e se levantou em seguida. – Vou tomar banho, daqui a pouco pode me fazer um favor e levar nossas coisas para o meu quarto?

Assenti sem dizer nada.

Fred levantou e sumiu nos corredores indo provavelmente para o banheiro em seu quarto. Assim que consegui ouvir o barulho do chuveiro sendo ligado sorri para mim mesma e peguei as canecas levando até a pia e as lavando rapidamente.

Terminando de fazer isso fui novamente para a sala cantarolando uma musica trouxa que ouvi alguns meses atrás e peguei nossas mochilas para ir até o quarto do meu namorado quando algo chamou minha atenção. Logo ao lado do sofá meio escondida havia um pequeno porta retrato. Peguei-o imediatamente e fiquei olhando a foto que mostrava dois gêmeos sorridentes e no meio deles uma Angelina com uma cara zangada mas era obvio para quem que visse que estava se divertindo.

Mordi o lábio inferior inconscientemente.

Eu não queria que aqueles sentimentos negativos apoderarem-se do meu corpo mas era algo involuntário. Coloquei a foto onde a encontrei e comecei a caminhar em direção ao quarto do meu namorado com muitas coisas em mente que eu sabia que não deveria estar pensando.

Assim que entrei vi Fred parado em frente ao seu guarda roupa apenas com uma calça de moletom e não reclamei por ele estar sem camisa mesmo fazendo tão frio. Apenas coloquei nossas mochilas em cima da cama de casal e comecei a tirar as roupas dele sem prestar atenção em nada em especifico. Apenas com aquele buraco estranho dentro do meu peito.

– Hermione... Hermione? – percebo que ele esta me chamando e viro para vê-lo segurando duas blusas. – Pra levar pra casa dos seus pais? Qual delas?

Dei de ombros.

– Tanto faz.

Vi-o franzir a testa mas continuou me mostrando as camisetas.

– Vamos Hermione, me de um palpite. – mas eu não respondi com medo de falar algo que não deveria, não queria que ele soubesse que estava triste por tão pouco, apenas por causa de uma foto. – Tem algo errado?

Neguei com a cabeça.

– Tem certeza? – Fred insistiu. – Mi, você adora dar palpite e não tem nada pra falar? Aconteceu alguma coisa enquanto eu estava no banho?

Suspirei.

– Por que eu? – falei sem querer. Que bom que estava de costas para ele mas resolvi que queria ver sua reação ao responder e o peguei colocando uma camisa.

– Por que você o que?

Mordi o lábio.

O cara é um lerdo de primeira.

– Por que eu? – insisti. – Tem tantas garotas nesse mundo mais bonitas que eu, ou que fariam tudo que você quisesse mas por que você foi escolheu justo eu?

Fred riu!

– Ta brincando né? – ele perguntou mas ao ver a minha cara percebeu a seriedade da situação. – Por que não você Mi? Só me diga isso? Você é inteligente, linda, esperta e me faz sentir... Bem. Agora me diz por que não você?

When your legs don't work like they used to before

And I can't sweep you off of your feet

Will your mouth still remember the taste of my love

Will your eyes still smile from your cheeks

– Ah Fred, tem tantas garotas por ai, e Angelina...

– Esta com ciúmes da Angelina? – ele perguntou. – Ela nem esta aqui, alem de ser namorada do meu irmão!

– Mas você já gostou dela. – lembrei-o. – Namoraram Fred, e...

Fred andou até mim.

– Passado. – ele disse. – Você é o meu presente Hermione, e o meu futuro se quiser, eu não consigo me ver feliz mais sem que você esteja por perto.

Mordi o lábio pensando de onde vinha aquela vontade louca de chorar. Eu só podia estar na TPM, não sou tão emocional assim!

– Então você quer?

– Quero o que? – perguntei confusa.

– Passar o resto da sua vida comigo? – ele perguntou sorrindo e logo franzi a testa. – Não Hermione, não estou pedindo você em casamento, quando eu o fizer mesmo você estará tão emocionada que irá chorar e dizer muitas vezes sim.

Darlin' I will be lovin' you

Till we're seventy

Baby my heart could still fall as hard

At twenty three

Sorri.

– É muito mais provável que você comece a chorar no meio do pedido. – brinquei. – Você que é o emocional aqui.

Fred deu um sorriso de canto.

– Nesse dia farei questão de fazer você chorar. – ele disse. – Mas Mi, você me perguntou por que justo você? Hermione Granger? A melhor amiga do meu irmão caçula? Então eu não posso te responder isso por que no final nem mesmo eu sei mas meu coração bate mais rápido e tudo que eu faço é pra você sorrir... Eu nunca agüentaria ver você triste por que... Eu não sabia se deveria esperar pra falar mas Mi, eu te amo.

Olhei-o estática.

I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways

Maybe just the touch of a hand

Me, I fall in love with you every single day

I just wanna tell you I am

Senti meus olhos arderem por causa das lagrimas que eu não deixaria sair, não. Eu tinha que ser forte como sempre.

– Diz alguma coisa. – ele pediu nervoso e assim reparei e fiquei parada olhando-o em choque.

– Eu também te amo. – sussurrei e ele sorriu.

Veio mais perto ainda para me abraçar e nos beijamos de um jeito ardente e necessitado. Eu o amava tanto que meu coração sangrava apenas em pensar em um dia não ter esse ruivo metido comigo, de saber que ele não me ama mais...

– Agora pode parar com essa preocupação boba? – Fred perguntou quando nos soltamos.

Sorri.

– Eu? Parar de me preocupar? Acho que não da.

– Eu que deveria ser o ciumento dessa relação. – ele comentou baixinho.

– Você? – falei tentando soar indignada. – Sou eu que vejo dezenas de garotas suspirando por você nos corredores e é você que tem que ficar com ciúmes?

Ele fez uma expressão pensativa.

– É a verdade. – respondeu. – Sou maravilhoso demais, é melhor sentir ciúmes.

Revirei os olhos e soquei-lhe no braço.

– E narcisista, não podemos esquecer.

– O narcisista que você ama, não podemos esquecer. – ele se apoiou na cama. – Agora pode vir mais perto por favor que eu quero beijar a minha linda namorada?

– Deixa eu pensar. – falei levantando o braço que Fred logo puxou.

Logo nossos lábios se tocaram novamente e foi ficando cada vez mais intenso. Maldito Fred Weasley que fazia cada momento com ele tão intenso que eu imaginava se um dia conseguiria esquecer de algum detalhe daquele ruivo metido. Seus braços passaram pela minha cintura me puxando para o seu colo e acho que a gravidade não gosta de nós por que acabamos caindo e um pouco de sorte tínhamos já que foi direto na cama.

Nos soltamos e olhamos um para o outro e rimos em seguida. Não esperei ele dizer nada voltei a atacar seus lábios tentando apagar aquele fogo que parecia estar em cada partícula da minha pele, mas não diminuía eu ouso até dizer que estava só aumentando. Senti ele tirar o tênis e me puxar para mais dentro da cama e com suas mãos eles passava por todo o meu corpo e eu o fazia de exemplo. Tinha aquela necessidade de tocar cada centímetro que me era permitido pelas roupas e logo amaldiçoei Adão e Eva por terem comido a maça do pecado fazendo com que se sentissem envergonhados por estarem pelados.

So honey now

Take me into your lovin' arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Quando eu estava ficando cada vez mais animada senti Fred retesar o corpo e logo parou de me beijar olhando para mim um pouco serio.

– Melhor pararmos Mi. – ele disse.

Gemi irritada.

– Por que?

– Melhor pararmos agora enquanto eu ainda consigo. – Fred falou e uma vontade de sorrir veio rapidamente, ele achava que eu não queria transar. – Vamos fazer alguma coisa para me distrair.

Ri e ele me olhou confuso.

– Vou ter que arranjar alguém para transar comigo? – perguntei brincando. – Já que meu namorado não quer...

Um brilho passou por seu olhar.

– Você quer transar? – repetiu. – Por que não falou antes?

Revirei os olhos.

– Queria o que? Uma carta toda escrita e com o símbolo do Ministério da Magia?

– Mas...

– Fred. – cortei-o. – Você vai transar comigo agora ou vai ficar aqui discutindo a maneira de um relacionamento começar com a vida sexual?

Ele riu e não precisou responder vindo até meus lábios.

Aquela noite eu tinha certeza que seria inesquecível. Logo invertemos as posições e eu estava por baixo num beijo apaixonado com meu namorado. Meu estomago se contraiu e eu sabia que logo o nervosismo começaria por que querendo ou não era a minha primeira vez!

Fred se afastou por um momento e tirou sua blusa e eu tirei a minha mostrando meu sutiã preto com rendinha. Ele me observou um pouco o que me fez corar e Fred riu voltando a me beijar. Aquela queimação que eu comentei só aumentava e eu estava louca para chegarmos ao finalmentes para o nervosismo ir embora.

Sua boca desceu para o meu pescoço deixando uma trilha de seus lábios por meu corpo. Desceu ainda mais para meus peitos e eu de olhos fechados gemia por causa de seu toque. Fred agora beijava minha barriga e senti sua mão chegar até o botão do meu jeans abrindo-o em seguida.

When my hair's all but grown and my memory fades

And the crowds don''t remember my name

When my hands don't play the strings the same way (mm)

I know you will still love me the same

– Esta nervosa? – ele sussurrou.

– Não. – menti.

Senti ele rir e começar a deslizar meu short para longe do meu corpo.

– Certeza?

– Claro. Que. Estou. – falei entre meus gemidos quando senti sua boca na parte de dentro da minha coxa.

– Não se preocupe, sou muito bom nisso. – ele disse convencido subindo novamente para beijar meus lábios mas não deixei.

– Fred obrigada por colocar na minha cabeça que já transou com sei lá quantas garotas antes de mim. – resmunguei.

O desgraçado riu!

– Não foi isso que eu quis dizer. – o ruivo falou e eu olhei como se dissesse que não estava ajudando. – Pelo menos de agora até quando eu tiver setenta anos você vai ser a única, pense nisso.

Ele roçou seus lábios no meu pescoço.

– Depois vou querer saber com quem você já transou. – sussurrei tentando manter minha lucidez. – Mas depois, agora termine seu trabalho.

– Muito apressada.

– Fred. – implorei.

O vi sorrir e tirar sua calça de moletom.

Eram emoções muito fortes que eu nunca sentira antes e já sabia que o toque de Fred seria um vicio que eu nunca iria querer me livrar. Seus lábios no meu se encaixava de um jeito tão inacreditavelmente perfeito que eu sabia que fui feita apenas para completá-lo.

Logo ele se livrou do meu sutiã e eu fiquei ainda mais em êxtase quando senti seus lábios macios começar a beijar meu peito. Coloquei meus dedos em seus cabelos ruivos e mordi minha própria boca para tentar não gemer muito alto mas era quase uma tarefa impossível. Minutos depois Fred rápido como era já havia se livrado da minha calcinha e me fazia sentir sensações inacreditáveis.

Senti ele se distanciar e abri os olhos a tempo de vê-lo tirar sua cueca e dar um sorriso malicioso para mim que tive que retribuir. Olhei para o chão e vi todas as nossas roupas lá espalhadas mas era o que eu menos me importava naquele momento. Fred abriu a embalagem de camisinha e logo a colocou. Ele se debruçou sobre mim e colocou meus braços para cima prendendo-me.

Fred deu um beijo que faria qualquer um esquecer até do enterro da avó e logo senti-o entrando dentro de mim. E devo admitir foi a melhor sensação que senti até aquele momento. Finalmente éramos um só.

Cause honey your soul

Could never grow old

It's evergreen

Baby your smile's forever in my mind and memory

***

Abri os olhos na manhã do dia seguinte sentindo boa parte do meu corpo dolorido mas ainda estava satisfeita comigo mesma. Olhei para meu lado e Fred dormia tranquilamente com o braço possessivamente preso em minha cintura.

Sorri e comecei a passar cada detalhe da noite passada em minha memória e cada vez acho que senti minha expressão ficar mais feliz. Eu me sentia uma nova pessoa e por incrível que pareça eu sentia uma alegria enorme em saber que eu era de Fred de todas as formas possíveis.

Soltei-me dele tentando não o acordar e fui até a minha mala para pegar o anti-consepcional que estava na minha mala. Eu o usava para controlar a minha mestruação e agradecia a Merlin por isso. Assim que o achei peguei a blusa de Fred e vesti rapidamente e coloquei também minha calcinha saindo do quarto em seguida e indo para a cozinha.

Peguei um copo e coloquei água e logo já estava ingerindo o pequeno remédio branco. Ouvi um barulho vindo de perto e imaginei que Fred havia acordado, dei um pulo feliz e fui saindo da cozinha para beijar-lhe quando dou quase de cara com Angelina vindo com uma sacola grande e parou sorrindo ao me ver mas se surpreendeu ao me ver apenas com a blusa de Fred.

– Angelina. – falei muito constrangida.

– H-Hermione.- Ela gaguejou. – George e eu pensamos que já teriam acordado, é quase meio dia...

Já era tão tarde? Eu deveria estar acabada com o esforço físico que fiz na noite passada e pensar nisso já devo ter ficado mais vermelha ainda. Mas Merlin é um super amigão e fez nessa mesma hora George Weasley entrar e nos encontrar ali paradas. Vi-o me olhar de cima a baixo e dar um sorriso malicioso, o filho da mãe nem tentou disfarçar!

– Vejo que a noite por aqui foi boa. – George falou indo. – E cadê Fred? Ainda se recuperando?

Tem como meu rosto ficar mais vermelho que agora? Eu acho que era biologicamente impossível.

Vi Angelina tentar disfarçar uma risada.

– George, pare. – ela bateu no namorado. – Não vê que Hermione esta envergonhada?

– Hermione cadê... – ouvimos uma outra voz.

Ouvi passos e claro que para se juntar ao circo Fred tinha que aparecer na cozinha de cueca e nos olhar surpresos. Claro, melhor que pelado, Hermione, olhe o lado positivo de todas as situações.

– Então Fred vejo que esta já muito bem. – George zuou. – Então como foi a noite?

Fred riu.

– George. – falou alegre. – O que estão fazendo aqui? Pensei que iriam passar mais tempo na casa da família de Ang.

A morena revirou os olhos.

– Tinha uma prima dela que estava dando em cima de mim. – o outro ruivo esclareceu.

– Era ir embora ou fazer um assassinato. – Angelina esclareceu. – Optei pela primeira opção.

– Vocês estavam fazendo o que? – George muda de assunto sorrindo maliciosamente.

Eu vou matar o irmão do meu namorado, esperem só pra ver.

– Eu acordei e Hermione não estava e vim procurá-la. – Fred respondeu e me olhou em interrogativa.

– Tomar remédio. – falei levantando a cartela.

George riu.

– Isso mesmo, tome os anticoncepcionais certinhos – ele falou. – Não queremos uma copia do meu irmão, o mundo não merece mais um pra acabar com a beleza daqui.

– Você é uma copia dele. – constatei.

– Sou a copia bem feita. Ele foi um erro.

Angelina, Fred e eu reviramos os olhos.

– Na verdade também viemos pra chamar vocês pra assistirmos filmes. – Angelina disse. – Querem?

Fred olhou para mim na expectativa.

– Acho que não, Hermione tem que ir ver Harry... – meu namorado começou a falar sabendo da minha pequena aversão a namorada do irmão dele mas eu vi como ele queria isso.

E me senti uma péssima pessoa por privá-lo de algo quando sei que ele faz tudo por mim.

– Podemos ficar sim. – falei sorrindo. – Quais filmes?

Angelina sorriu.

– Temos dois pra escolher. – ela falou e me olhou com intensidade.

– Acho melhor eu ir colocar uma roupa. – eu disse um pouco sem graça. – Acho que Fred e eu já demos o show que deveríamos.

George e namorada riram.

– Da próxima vez espero chegar um pouco antes. – o ruivo falou.

– George. – chamei. – Você é nojento.

Ele riu.

***

– Velozes e furiosos. – George e Fred falaram ao mesmo tempo.

Depois daquela catástrofe que foi encontrar o casal, Fred e eu nos trocamos e tomamos café que Angelina havia trago para nós e estávamos em frente a TV apenas escolhendo qual filme iríamos começar.

– Esposa de mentirinha. – Angelina e eu falamos ao mesmo tempo.

Cada uma fuzilava o namorado para ver qual filme ganharia.

– Por que um filme tão gay assim? – George resmungou.

– Vai ser Velozes e Furiosos. – Fred completou.

Angelina e eu nos entreolhamos.

– Se vocês não quiserem assistir o nosso filme... – comecei.

– Mione e eu iremos no cinema e deixamos vocês assistir o filme de vocês sozinhos. – Angelina completou.

Fred e George se entreolharam assustados por nós duas estarmos até completando a frase uma da outra.

– Vocês não fariam isso. – George acusou.

Angelina me olhou.

– Acho que eu trouxe a minha carteirinha de estudante. – avisei.

Nós duas olhamos ameaçadoramente para nossos namorados que nos mandava um olhar irritado.

– George acho melhor mantermos elas o mais longe possível uma da outra. – Fred comentou.

– Sim, Fred. – o outro ruivo concordou. – Não estou gostando dessa união.

Angelina e eu nos olhamos e sorrimos sabendo que já tínhamos ganhado.

Minutos depois eu sentei ao lado de Fred enquanto a morena colocava Esposa de Mentirinha no DVD para rodar. Ela se sentou ao lado do namorado e nos passou pipoca que eu havia feito antes para assistirmos. Fred passou o braço por meu ombro e eu me aconcheguei nele.

Lá pelo meio do filme ouvi ele sussurrar no meu ouvido:

– Eu te amo.

Sorri e respondi baixinho.

– Eu te amo também.