Surreal - Art and Insanity

Capítulo 1 - Abutres Brancos


Não tive medo, não sei quando tudo começou exatamente; se foi em minha infância ou quando todos viraram as costas para mim.

Foram como flashs, meus olhos cegaram pela luz dos holofotes agora tenho holofotes, tenho a atenção que deveria ter tido antes, mas nunca quis.

Os psicólogos, psicanalistas e psiquiatras, o que querem de mim? Recuso-me a responder indagações tão tolas.

Sempre estive no mesmo lugar, fugir nunca esteve em meus planos, se é que tive planos um dia. Ou segui um caminho no qual saberia onde ia chegar?

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Sempre soube ou foi por instinto?

Essas perguntas enchem minha cabeça e tiram a paz que tive em devaneios.

Adianta pensar em tudo que aconteceu? Não, mas é o que tenho que fazer... Isso e ler cartas.

Meu agente de condicional conseguiu que fazer com que me permitissem receber cartas e responde-las. É claro que esse foi um jeito que os doutores conseguiram de tentar tirar algo de mim.

As cartas passavam pelos abutres de branco antes de serem enviadas, eles tentavam me estudar assim; não me surpreenderia se eles também estivessem escrevendo cartas para mim, eles vivem tentando me enganar. Mas eu não respondo as cartas, apenas as leio, não tenho essa necessidade de me comunicar com estranhos, já tenho atenção de mais, toda a atenção dos meus abutres brancos.

De quem alguém como EU receberia cartas?

Bem, existem muitas pessoas curiosas, mulheres apaixonadas e estudantes que querem corresponder-se para aprender algo. Ou seja, querem usar-me. Antes eu os usei, dissimulei e agora querem fazer o mesmo comigo.