Susan, a filha de um Vingador
A Bênção de Hefesto
Quando já estávamos do lado de fora do estábulo, pergunto ao Nico.
– Porque você agiu daquela forma? - falo fitando o chão
– O que eu fiz demais? - pergunta dando de ombros
– Porque ficou tão afastado no estábulo? - insisto e ela dá um breve suspiro
– Por causa do Black Jack - olho pra ele confuso - Cavalos não gostam dos filhos de Hades, porque sentem o cheio do submundo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Então foi por isso que ficou tão surpreso quando eu te disse que a Whisty gostava de você - falo e ele assentiu concordando - Mas e quanto ao seu cavalo?
– Meu pai que me deu - ele responde - Era um dos cavalos dele, por isso não se incomoda.
– E o que temos para o resto do dia? - pergunto querendo mudar de assunto por vê-lo desconfortável
– Por hoje nada, além disso - responde e vejo a tensão em seus ombros amenizarem.
– Por quê? - pergunto meio desapontada
– Hoje à noite, terá a caça a bandeira - responde direto
– E o que é isso? - pergunto curiosa
– Uma competição nos dividimos em dois times com o objetivo de captura a bandeira do adversário - ele explica
– E como é feita essa divisão?
– Pelos chalés - responde como se fosse obvio
– E como geralmente vocês fazem as divisões?
– Nós não estamos em um interrogatório Su - ele diz em um tom brincalhão
– Muito engraçado Nico - digo revirando os olhos - Mas ainda não respondeu
– A divisão é sempre a mesma Atena, Poseidon, Apolo, Hades, Hermes, Iris, Tique, Hecate e Hipnos. Contra Ares, Afrodite, Hefesto, Zeus, Dionisio, Demeter, Nemesis, Hebe e Nice - responde me deixando pensativa.
– Perfeito - digo irônica - E pensando que nada poderia estragar meu dia
– Porque esta falando isso? - pergunta sem entender
– Uma palavra: James - respondo seca
– Ele não vai fazer nada - digo diz firme
– Quem garante? - digo sarcástica
– Não vai porque é proibido mutilar ou matar durante o jogo
– As regras não dizem que é proibido ferir gravemente - falo com a voz carregada de ironia
– Porque tanta ironia Su? - ele pergunta me olhando
– Só estou sendo irônica pra esconder meu desespero - ele ri enquanto eu revirava os olhos - O que podemos levar pra esse jogo?
– Espadas, arco e flecha, escudos e itens mágicos - responde simplesmente.
– E maquinas? - pergunto começando a pensar em algo
– Para armadilhas? - assenti - Pode os filhos de Hefesto sempre fazem isso mesmo
– Ótimo! - digo e começando a correr
– Aonde você vai? - Nico grita enquanto me afastava, paro rapidamente pra olha-lo.
– Tenho que resolver uma coisa, depois eu te conto - grito de volta e recomeço a correr.
Vou até o arsenal de armas pego duas aljavas, um arco e uma espada, em seguida vou direto pro meu quarto na casa grande. Coloco as flechas e as espadas na cama, começo a analisa-los e pego meu caderno fazendo rascunhos de alguns projetos de pequenos explosivos, um disparados de cabos, bombas elétricas, bombas de gás, um dispositivo de choque de 3cm de diâmetro equivalente a 1500 wolts e bombas sonoras tão fortes que a ponto de deixar alguém inconsciente, sensores de movimento assim que terminei peguei as flechas e coloquei-as em uma mochila, juntamente com a espada e vou em direção a oficina. Quando entro vejo alguns filhos de Hefesto trabalhando, ando em direção a Leandra que ao perceber a minha presença disse.
– Oi Susan! - diz surpresa - Veio fazer uma visita?
– Na verdade não - respondo sincera - Queria saber se posso usar a oficina?
– Claro vou conseguir um lugar pra que você possa trabalhar - ela diz e começa a me guiar para uma área vazia da oficina
– O que é isso? - pergunto ao ver um frasco de vidro com um resíduo verde
– É fogo grego - diz pegando o frasco - Usamos pra fazer bombas
– Vocês fabricam bombas? - pergunto surpresa
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– As vezes é necessário quando ocorre uma guerra - ela diz em um tom seria - Mas geralmente pra corridas de biga e a caça a bandeira
– De que forma vocês o usam? - pergunto com receio do que possa acontecer
– Em pouca quantidade o fogo grego é inofensivo, causa uma explosão, mas não fere apenas atordoa ou deixa inconsciente com a fumaça - ela me explica e fico um pouco mais aliviada e tive uma ideia.
– Posso usar? - pergunto receosa
– Pode - fala intrigada e entregando o frasco
– Obrigada - digo pegando o frasco e voltamos a andar
Ela abre uma porta e entro em uma espécie de oficina particular, era de tamanho médio, muito bem organizada mas a frente tinha uma mesa de trabalho. Fico olhando em volta para ver se conseguia encontrar as ferramentas que eu iria precisar então Leandra diz
– Essa é minha oficina particular - ela diz parando ao meu lado - Todos os filhos de Hefesto têm uma
– Obrigada por me ceder sua oficina - agradeço e ela me olha
– Não precisa agradecer - ela diz sorrindo e escutamos alguém grita
– Leandra preciso de sua ajuda aqui, vem rápido
– Já estou indo - ela grita de volta - Vem!
Ela vai em direção a porta e eu seguindo-a, quando saímos da oficina ela diz
– Ruan, você pode mostrar a Susan onde deixamos as peças tenho que ajudar a Mônica.
– Claro, por aqui - ele diz indicando o caminho e eu o sigo.
Andamos um pouco e ele abre uma porta no canto estratégico da oficina. Assim que eu entro e vi as peças, senti algo diferente. As peças pareciam ter passado por uma espécie de scanner e em seguida hologramas 3D de cada peça que eu precisava "flutuou" pela sala e começou a se juntar nas maquinas que eu havia projetado, pisco algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo e a projeção das maquinas se desmonta e todas voltam a seu lugar me dando a localização exata de cada peça. Fico surpresa com o que acabou de acontecer e quando eu ia perguntar o que tinha acontecido vejo que Ruan me encarava tão ou mais surpreso que eu e diz
– Heliga gudar, fick du välsignelse av Hefaistos (Santos deuses, você recebeu a benção de Hefesto) - ele falou em um idioma que não conhecia, acho que era sueco e ele me olha - Seja lá o que você quer fazer agradou a ele, consegui se virar sozinha?
– Consigo obrigada! - digo pegando uma caixa vazia e coloco as peças dentro
– Posso fazer uma pergunta? - ele diz parando perto da porta
– Acabou de fazer, mais se quiser fazer outra fique a vontade - respondo meio que automaticamente ainda pegando as peças.
– O que te fez querer vim a oficina? - pergunta em tom de curiosidade
– Não gosto de ficar desocupada - respondo já que isso não é totalmente mentira
– Tá qualquer coisa é só chamar - ele diz saindo da sala
– Ok! - sussurro isso sozinha na sala analisando pra ver se peguei tudo que iria precisar
Após conferir minha listinha mental saio da sala. Caminho até a oficina da Leandra e quando entro acontece a mesma coisa, a oficina passa por uma espécie de scanner me dando a localização de cada ferramenta. Vou até a mesa, coloco as flechas sobre ela e vou buscar as ferramentas. Sento-me e começo a montagem dos equipamentos, ao finalizar o primeiro vejo novamente um holograma fazendo uma simulação de funcionamento o que me tranquilizou sabendo que não machucaria os semideuses. Continuo a montagem dos equipamentos, algum tempo se passa e escuto a sirene do almoço. Levanto-me rápido e saio praticamente correndo da oficina indo em direção ao pavilhão, pego um prato e vou em direção a fogueira e jogo 3/4 da minha comida e digo
– Não sei se mereço o que fazem por mim, mas agradeço por tudo.
Vou até a mesa de Hades, me sento e começo a comer. Nico se senta na minha frente e digo
– Oi! - e coloco uma colherada de comida na boca
– Vai com calma Su, a comida não vai fugir - diz levemente surpreso por me ver comendo como uma desesperada.
– Eu sei que não vai - digo após engolir a comida e tomo um grande gole de suco
– Então porque tá comendo assim? - pergunta ainda me olhando
– Tenho que terminar uma coisa - termino de comer e tomo o resto do suco - Tchau!
– Espera - ele diz segurando meu pulso quando ia passando por ele - O que aconteceu?
– Mar e fogo - digo ele fica pensativo por um momento, então sua expressão muda pra surpresa ele ia dizer algo, mas me adianto - Exatamente isso.
Digo e vou direto pra oficina, volto a trabalhar nos meus equipamentos algumas horas se passam e assim que consigo terminar os meus "brinquedos" noto que eles são mais de ataque do que de defesa. Penso por alguns segundos quando noto na sala um bracelete quebrado, pego e fico olhando-o tentando inventar algo para usar na defesa mais nada. Desvio meu olhar do bracelete para a sala e vejo um escudo, pego meu caderno e um lápis e começo a rabiscar um projeto de escudo compacto de modo que ele só virasse escudo quando necessário. Decido compacta-lo no bracelete, começo a trabalhar em uma espécie de segunda camada do bracelete, começo a trabalhar nas engrenagens de forma mais rápida que o normal e monto o meu dispositivo. Começo a teste, e abro um sorriso de satisfação ao ver que ele funcionava perfeitamente. Após finalizar cada projeto faço equipamentos de sensores de movimento (não me perguntem por que, apenas tive a sensação de que seria útil). Ponho tudo na minha mochila, arrumo a oficina e saio. Quando passo pela Leandra agradeço mais uma vez e me despeço, volto a casa grande e vou direto pro meu quarto e coloco a mochila na cama, pego uma roupa e vou tomar banho. Saio do banheiro já arrumada, me deito na cama e começo a ouvir musica para passar o tempo, fecho os olhos e começo a tamborilar com os dedos no ritmo da musica até que sinto alguém me observando. Tiro os fones e abro os olhos dizendo
– A saudade é tanta que teve que invadir o meu quarto Di Ângelo? - pergunto sarcástica e ele revira os olhos
– Eu quero saber o que você está aprontando - diz com um olhar curioso
– Eu não apronto - me defendo - Estava trabalhando
– Em quê? - pergunta se sentando na minha cama
– Nisso aqui - digo pegando meu caderno e uma flecha
– O que é isso? - pergunta olhando os desenhos dos meus projetos
– Isso é o que nos ajudará na caça a bandeira - digo e começo a explicar a utilidade de cada um deles
– Incrível! Eles foram projetados antes ou depois da benção de Hefesto? - pergunta colocando a flecha em cima da cama
– Projetados antes e montados depois - respondo começando a guardar o caderno
– Três dias e já somam cindo bênçãos - ele diz me entregando a flecha
– Eu sei - sussurro e digo - Isso me preocupa
– O que? - pergunta me olhando
– Da consequência dessa bênçãos - digo e ele diz
– O que quer dizer?
– Eu estou com medo Nico - digo e ele me olha confuso - Tenho medo que isso possa causar uma desunião entre os deuses
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Ou pode causar uma união duradoura entre eles - diz esperançoso
– É uma chance - digo sem muito animo e ao notar diz
– Vem - ele diz se levantando, olho para ele e digo
– Para onde? - digo me levantando
– Andar um pouco - diz dando de ombros - Você vem?
– Claro, mas quero ver um lugar especifico nessa caminhada - digo indo ao seu lado
– E que lugar seria esse? - pergunta desconfiado
– O lugar onde vai acontecer o capture a bandeira - digo como se fosse obvio
– Você quer ver o lugar para saber os melhores lugares para deixar as armadilhas - diz entendendo
– Esattamente il mio caro Di Ângelo (Exatamente meu caro di Ângelo) - digo sorrindo de lado
– Te encontro próximo aos estábulos - diz e logo some nas sombras
– Tenho que perguntar como ele faz isso - digo saindo do quarto
Vou andando até o estábulo e logo vejo Nico encostado na parede, quando ele me vê fala
– Já estava achando que não ia vim mais - disse sarcástico
– Ha ha! Hilário di Ângelo - digo irônica
– Vamos? - disse indicando o caminho
Caminhamos até a floresta, ele me mostrou o limite de cada lado do campo até a fronteira do lago, andei olhando cada pedra, cada arvore vendo os melhores lugares para deixar meus brinquedos. Quando decide onde iria deixar cada aparelho começo a olhar onde seria a caçada e começo a imaginar os semideuses se enfrentando, o som das espadas se chocando, as flechas sendo disparadas. Mas sou tirada dos meus pensamentos por Nico que me avisa que devemos voltar. No caminho de volta ao acampamento e vi Annabeth, Percy, Michael e mais dois semideuses que não sabia os nomes e fomos até eles.
– Oi gente! - digo cumprimentado todos - O que estão fazendo?
– A Annie tá passando a estratégia para hoje a noite - diz um dos garotos revirando os olhos
– Já? - pergunto surpresa
– Sou filha da deusa da estratégia o que vocês esperavam? - diz em um tom convencido - Su, esses são Connor e Travis filhos de Hermes
– É um prazer - digo olhando-os - Quando começa a caça?
– Depois do jantar - diz e volta a olhar as plantas do acampamento no computador
– Poderia me mandar uma copia dessas imagens? - pergunto olhando a tela
– Posso, mas para que você quer? - diz me olhando desconfiada
– Foi só uma ideia que tive, mas para dar certo preciso dessas plantas
– Está bem! - diz copiando o arquivo para um pen drive - Aqui está, vai precisar do meu notebook?
– Não obrigada! - digo pegando o pen drive - O meu está no quarto
– Ok gente! Depois eu explico com mais detalhes o que fazer durante o jogo - diz e vejo os filhos de Hermes comemorarem e saírem correndo
– Eles não mudam - Percy fala balançando a cabeça negativamente
– Não mesmo - concordou Nico e pareceu lembrar-se de algo - Droga
– O que foi Nico? - pergunto um pouco preocupada
– Tenho que arrumar meu chalé antes da vistoria, tchau - ele responde e sai quase correndo.
– Tchau! - respondemos em unissom
– Tenho que resolver algumas coisas, depois nos falamos - eles concordaram com a cabeça e me afasto
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