Capítulo 16 - Descontrole

Como haviam prometido naquela manhã, Harry e Hermione tinham arquitetado o plano de falar com Emilia. O garoto havia ficado boquiaberto com os misteriosos com os misteriosos poderes da namorada.

Ela havia simplesmente voado na sua frente sem nenhum auxilio mágico, a jovem sentiu-se muito bem, aquela sensação era maravilhosa:

- Mione, desde quando você tem esses poderes?

- Não lembro bem, mas faz algumas semanas.

- Você acha que a Emilia tem há mais tempo?

- Com certeza Harry. Ela deve saber o que aconteceu, mas algo a impede de falar, ainda não descobri o que é.

As coisas em Hogwarts não estavam ruins apenas para a castanha, mas desde que Umbridge havia começado a fiscalizar a escola, várias coisas foram proibidas. Casais não podiam mais namorar nos corredores, grupos de alunos de qualquer tipo foram banidos e ainda tinha a situação de Harry, onde ninguém acreditava no mesmo. O moreno já havia brigado com alguns colegas de casa que ela achava serem seus amigos.

A situação não melhorava em nada pelo fato de Emilia estar cada vez mais estranha e distante. A castanha de olhos azulados andava bastante absorta em seus pensamentos. Matutava sobre qual decisão tomar, aquilo estava lhe deixando angustiada, amava sua irmã, mas tinha que odiá-la por causa daquele monstro.

A jovem estava sentada à beira do lago negro, seus pés descalços tocavam a água gelada e lhe davam a sensação de paz e tranqüilidade, que logo foram quebradas por uma voz arrastada:

- Olá Granger, que bom encontrá-la por aqui...

Ela não acreditava que Draco Malfoy estava ali. Nunca havia tido contato com ele, mas sabia de sua fama pelas histórias contadas por Hermione:

- O que quer Malfoy? Não estou a fim de papo.

- Calma Granger. Posso apenas te fazer companhia?

A grifinóriana encarou o loiro, aqueles olhos cinzentos lhe davam calafrios:

- É o jeito, afinal o lugar é público.

Granger afastou-se um pouco e o sonserino sentou-se. Ela não imaginava o que viria a seguir, mas foi uma surpresa total:

- Eu já sei de tudo Granger...

Emilia fingiu não ouvir o que o loiro falava:

- Não adianta disfarçar. – Malfoy aproxima-se mais e sussurra no ouvido da garota – Eu sei que o Lorde das Trevas já entrou em contato com você.

A castanha saiu da indiferença para a surpresa:

- Você está maluco Malfoy?

- Não precisa fingir, já disse. Eu também sou um comensal e tenho a marca como você. – O loiro retira uma braçadeira e em seu pulso Emilia vê a terrível marca negra.

- Eu não sou como você! – A castanha havia se levantado muito irritada – Não sou uma Comensal da Morte!

Ela se virou para sair, mas sentiu seu braço ser preso pelo pulso firme do sonserino que fez a garota lhe encarar:

- Só quero que saiba de uma coisa... Estou te falando isso porque fui designado para a mesma missão, então se por acaso você vacilar ou sentir medo... Eu a terminarei...

Assim que terminou, o garoto saiu deixando Emilia boquiaberta. “Mas, o que está acontecendo? Porque meu mundo está desabando sobre a minha cabeça?”. A castanha entrava em desespero, não sabia o que fazer.

Hermione havia visto aquele encontro com uma pontada de preocupação, o que Malfoy queria com Emilia? Qual a ligação dos dois?

Sem perder mais tempo, rumou ao encontro da irmã:

- Emilia, o que o Malfoy queria com você?

A garota virou-se irritada:

- Mas que droga Hermione! Pare de se meter na minha vida! Eu tenho o direito de andar e falar com quem eu quiser!

Hermione ficou meio decepcionada com a postura da irmã, mas resolveu ignorar:

- Tudo bem, desculpe. Não queria me meter, mas pelo menos me responda uma coisa: Desde quando você tem esses poderes?

- Não sei! Não lembro! Esqueça isso e me deixe!

Emilia virou-se para sair, mas foi impedida pela castanha. Dessa vez, o controle da garota foi embora, assim que sentiu o toque da irmã, uma onda de raiva trespassou pelo seu corpo, uma aura avermelhada emanou e seus olhos começaram a incendiar.

Hermione sentiu o calor e afastou-se, sua irmã parecia fora de controle:

- Emilia, acalme-se! O que você está fazendo?

A garota concentrou uma pequena esfera avermelhada entre as mãos, encarou a castanha e disparou. A outra conseguiu se jogar ao chão e desviou o ataque. Assim que conseguiu se levantar, viu apenas o rastro vermelho no céu:

- Meu Merlim! Acho que a situação é bem mais séria do que eu imaginava...