The Guest

Bruce Wayne.


GOTHAN

Sentado em meu escritório nas Indústrias Wayne em mais um dia desperdiçado de trabalho. Manter a minha identidade em segredo não é fácil, conciliar meu combate ao crime com minha vida de play boy é ainda pior, mas eu faço o que tem que ser feito. A segurança do mundo vem em primeiro lugar.

–Sr. Wayne. –Minha secretária Patrícia Smith entrou em minha sala com um tablet nas mãos. –Tem uma mulher querendo falar com o senhor. –Avisou.

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–Não quero distrações, fui claro quando disse que não veria ninguém. –Dispensei de cara já julgando ser uma das minhas conquistas feitas em minhas noites de folga.

–Ela se identificou como Head, disse que precisa vê-lo agora. –Não podia ser, passei a mão em meus cabelos respirando fundo.

–Deixe-a entrar. –Autorizei por fim.

Em alguns minutos ela estava entrando em minha sala, mas para minha surpresa a mulher morena vestindo calças de couro e jaqueta, não era exatamente quem eu esperava.

–Nissa! –Exclamei surpreso.

–Eu sei que não sou seu membro da família Al Ghul preferido Bruce. –Seu semblante era desolado, o que para mim era novidade, pois nunca a vi vulnerável antes. –Preciso de ajuda.

–O que aconteceu? –Perguntei.

–Sara foi morta. –Respondeu. Agora estava claro o motivo de sua vulnerabilidade, senti piedade por um momento, entendia o que é perder alguém que se ama o que no caso de Nissa era a única conexão que ela possuía com seu lado humano. –Tenho motivos para acreditar que meu pai está envolvido nisso, e preciso descobrir a verdade.

–E o que fará se descobrir que ele é realmente o culpado? –Questionei a fim de mostrá-la que não era assim tão simples.

–O que você sempre quis. –Começou a dizer me olhando com os olhos cheios de lágrimas. –Justiça. Sem mais mortes, era o que Sara a creditava, quero usar minha vida para honrá-la agora!

–Se é assim como posso ajudar?

[...]

STARLING CITY

Dois dias antes...

Sara estava morta. Seu corpo foi levado por Oliver e Laurel para a caverna e agora estava sobre a maca onde tantas vezes Oliver, Diggle, Roy e até mesmo eu fomos colocados feridos e sobrevivemos, mas ela não. Não houve tempo de salvá-la, ninguém estava lá para protegê-la.

–Felicity, você está bem? –Roy perguntou se aproximando.

–Sim... Por Deus! –Sussurrei olhando em seus olhos preocupados. –Aquela é Sara... Nossa Sara.

–Eu sei. –Roy tocou meu ombro. –Vamos achar quem fez isso. E quem foi vai pagar caro.

Oliver estava com o uniforme do Arqueiro ao lado de Laurel que chorava abraçando o próprio corpo olhando para o da irmã sem vida. Seu maxilar estava cerrado, as mãos fechadas em punho e um olhar duro na face. Parecia ter voltado à estaca zero, após meses em que cada camada de tristeza, perda e mágoa haviam sido tiradas uma por uma. Hoje ele era novamente o homem em chamas de dois anos atrás, o mesmo desejo por vingança em seu olhar sanguinário.

–Você deveria falar com ele. –Aconselhou Roy seguindo a direção de meu olhar.

–Não sou exatamente a pessoa com quem ele mais queira falar nesse momento Roy. Acredite em mim. –Respondi lembrando a cena no hospital, o que fez pensar em outra coisa importante. –Diggle, alguém avisou ele? –Falei um pouco mais alto.

–Ele está com a família dele, não vamos interromper. –Oliver respondeu autoritário do outro lado da sala.

–Ela também era amiga dele e de uma forma complicada nós acabamos nos tornando uma família. –Argumentei o encarando, seus olhos cheios de fúria suavizaram um pouco ao encontrar os meus.

–Que seja. –Disse apenas, caminhando em direção ao arsenal de armas do Arqueiro.

–Onde você vai? –Perguntei preocupada.

–Preciso ver a cena do crime. –Respondeu sem se virar. –Por favor, ajude Laurel a trocar as roupas dela. –Ele respirou fundo. –E cuidem para que a encontrem sem ligá-la a Canário. Sara merece um funeral digno. –Dizendo isso deixou a caverna.

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[...]

Dias atuais...

Eu o observava a dias, era primário os seus erros, eu reconhecia muito do que eu já fiz nas suas ações, eu não gostava de mim no começo dessa minha jornada.

Ele interrogava as pessoas erradas, dando voltas desnecessária para chegar a fonte principal da informação, e quando à conseguia não sabia lidar muito bem com ela. Era frustrante de ver algo tão improdutível.

–Aproveitando a paisagem? – Ouço a voz feminina ao meu lado.

–Como Sara conseguia trabalhar com ele? – Eu aponto para o homem encapuzado que subia em sua moto.

–Ela tinha grande admiração por ele. –Em seu rosto vejo uma ponta de desgosto. -Ele descobriu alguma coisa de concreto?

–Algumas pontas soltas que ele está tentando amarrar.

–E você?

–Uma pegada a dois quarteirões do prédio onde Sara foi alvejada, são de fabricação alemã, estilo militar, muito cara para a população local usar. – Pego um dispositivo e mostro o modelo do coturno em questão.

–Esse modelo é usado pelos batedores do exército do meu pai. –Ela diz com fogo nos olhos.

–Eu sei. –Guardo o dispositivo em meu cinto.

–Essa é a prova que precisava.

–Essa mesma empresa vende coturnos para mais de três exércitos oficiais e oito exércitos revolucionário, forças separatistas e órgãos terrorista. O que temos são provas circunstancias. Então não, essa não é a prova que você precisava. –Minha voz é desprovida de emoção a cada palavra.

–Então? Se essa não é uma prova boa o bastante você vai fazer o que? Ficar de vigia desse arqueiro?

–Apesar de novatos, Oliver Queen, as vezes consegue achar alguma boa pista, e ele achou uma hoje.

–Você sabe a identidade dele? – Nissa faz uma cara espantada.

–Você insulta a minha inteligência me fazendo essa pergunta Nissa.

[....]

–Oliver? –Eu o chamo no rádio.

–Pronto?

–Conseguiu?

–Sim, estou levando para você agora.

Eu andava de um lado para o outro, enquanto esperava Oliver trazer o HD que poderia conter informações sobre o mandante do assassinato de Sara. Já era bem tarde até mesmo para os nossos padrões usuais, John e Roy a muito já tinha ido para os seus devidos lares.

Oliver entra com uma aparência cansada e eu me preocupo com ele, há dias ele não dorme ou come direito, essa caçada está o exaurindo. Mas não digo nada, Oliver deixou muito claro qual era o meu papel aqui, e expressar a minha preocupação com ele não fazia parte do meu pacote.

–Vê o que você consegue tirar disso. –Oliver me entrega o HD bem danificado, e se vira em direção a porta.

–Você achou alguma outra pista? – Pergunto apenas para não fazer a pergunta direta ‘a onde você vai?’

–Não, vou fazer uma ronda.

Eu sei o motivo disso, ele apenas não quer ficar sozinho comigo. Oliver evita ficar sozinho comigo desde que terminamos, o que é absurdo, por que nem começamos então não tem como terminar algo.

Já fazia algum tempo que eu estava aqui tentando descriptografar, a cada barreira que eu conseguia quebrar outras duas parecia crescer no lugar.

–Ótimo, tenho uma hidra em minhas mãos. –Falo para uma sala vazia.

‘Alarme de invasão’

O sistema de segurança começa a se desfazer, alguém tentava entrar aqui, mas com?

Eu tento a de todas as maneiras que conheço reestruturar o sistema, mas todas as vezes que eu conseguia levanta-lo, ele caia por terra novamente.

–Oliver? – Chamo pelo comunicador. –Oliver? –Minha voz é de puro desespero. Não obtive resposta. -Estão tentando nos invadir. –Falei como ultimo recurso, rezando para que seu comunicador estivesse ligado.

[....]

Se eu fosse uma pessoa que sorri com facilidade, eu riria da situação.

Uma loirinha de não mais de sessenta quilos, no auto do seus um metro e sessenta e cinco centímetros me enfrentando. Eu sabia que ela era boa, mas desconhecia quão boa ela era. O sistema de segurança que ela e o parceiro John Diggle criaram era de muito respeito, mas o que mais dificultava a minha entrada era em si ela.

Felicity Megan Smoak, com um passado interessante, o qual eu duvido que os seus parceiros conheçam por completo, estava agora tentando recriar o seu sistema de segurança, e o que mais me impressionava era que ela estava conseguindo, e isso estava me retardando.

Uma, duas, três, quatro vezes. Eu estava perdendo a minha paciência. Resolvo então partir para meios mais eficazes de invasão. Azar o dela, eu tentei economizar uma porta.