Oathkeeper

Brienne


Havia se passado um mês e meio desde que Jaime pedira a mão de Brienne, a Beleza de Tarth. Às vezes, a garota ainda acordava no meio da noite, após um pesadelo. Sonhava com Sor Hyle e a aposta que seus homens fizeram de ver quem desflorava primeiro a grande mulher, também com a arena do urso, Vargo Hoat, com Jaime Lannister a salvando do estupro dos homens que serviam ao Senhor Bolton e, principalmente, de Renly Baratheon morrendo em seus braços. Morto por uma sombra, pensou Brienne, ao acordar ofegante. Essa sombra perseguirá meus sonhos para sempre, percebeu.

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A dama de Tarth constantemente acordava sem lembrar onde estava. Então se remexia na cama, e via Jaime dormindo profundamente ao seu lado. Fitava-o por alguns segundos, sem conseguir conter um sorriso. E então se lembrava que estavam em Rochedo Casterly, e noivos.

O Lannister estava se recuperando da morte de Tommem e de sua irmã gêmea mais rápido do que Brienne achou que poderia ser possível, mas ela suspeitava que sua presença que o fazia esquecê-los.

E então, havia também se passado mais de um mês e meio da morte de Cersei Lannister. Por muito tempo, investigaram quem poderia ser o assassino, mas nunca chegaram perto de desconfiar de Jaime. Graças aos Deuses, pensava Brienne. E então, aos poucos, foram desistindo da busca do assassino da Rainha Regente, e ela ficou esquecida, enterrada sob o Septo de Baelor.

O reino estava em caos. Brienne ouvia sussurros de homens que diziam que quem realmente estava comandando os Sete Reinos agora era o Alto Septão, e ele decapitava todos que iam contra as suas leis e os seus sete deuses. "Nada melhor do que um homem honesto e devoto aos Sete para comandar os Sete Reinos", Brienne ouvia os homens comentando nos jantares. Tolos, todos eles, era o que a dama achava.

Mas Brienne nunca gostou de política. Fora treinada para ser leal à quem fosse juramentada e para matar seus inimigos. E estava grata por estar longe da Capital.

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Duas aias foram mandadas para o quarto de Brienne no dia do casamento. Estavam ajustando um lindo vestido azul com detalhes em rosa, um decote tímido, que deixava seus pequenos seios juntos, dando a impressão que eram maiores. O vestido era a coisa mais linda e feminina que a Beleza de Tarth já vestiu em toda a sua vida.

– Está pronta, Senhora? - Uma das aias, que não deveria ter mais do que 15 anos, perguntou.

– Sim, estou. - Respondeu Brienne, e respirou fundo.

As aias colocaram nos ombros da dama o manto com o símbolo das Ilhas de Tarth, um desenho dividido em quatro partes com dois sóis sobre rosa se contrapondo a dois crescentes sobre azul.

Nunca pensei que o dia do meu casamento chegaria, pensou Brienne, enquanto se olhava no reflexo do espelho, estupefada. Estou até me achando bonita, percebeu, abrindo um sorriso tímido.

Brienne havia dito para seu pai, a Estrela da Manhã, que só se casaria com o homem que a vencesse em um combate. Nenhum nunca conseguiu, inclusive Jaime. Mas resolveu mudar de ideia, abrindo uma exceção para o leão, afinal, o amava. Quantas mulheres nobres no Sete Reinos tinham a chance de se casar com um homem que amava?

Ao passar pelo salão, avistou rostos desconhecidos que sabia pertencer a membros mais distantes da Casa Lannister. Então, depois, avistou Podrik, todo sorrisos. Mais para frente, avistou três guardas de confiança de seu pai e, finalmente, Selwyn Tarth. O mesmo estava chorando, Brienne pôde perceber. Queria que meus irmãos e minha mãe estivessem aqui, pensou Brienne, se lembrando de Galladon, que morreu com 8 anos de idade. Arianne, que ainda era um bebê quando o Estranho a tirou dos braços de seus pais. Brienne nunca a conheceu, mas sabia que Arianne e ela tinham os mesmos olhos azuis, lembrando o azul da água da Ilha de Tarth. E Alysanne, que também morreu quando era bebê. O sorriso da dama foi desaparecendo aos poucos. Então, jogou-se uma praga. Estúpida garota, não é hora de pensar na morte. É hora de celebrar a vida, de celebrar seu casamento.

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Então Brienne viu Jaime Lannister, a esperando na frente de um Septão. Estava sorrindo, e parecia levemente nervoso, então a garota se esqueceu de tudo e de todos. Se esqueceu de tudo que já passou, se esqueceu de seus irmãos, de sua mãe, de seu pai. Deixou todo luto e todo o pesar, a tensão de seus últimos anos para trás. Tudo que importava era o Lannister, que a olhava com seus olhos de esmeralda brilhantes, pronto para passar o resto de suas vidas juntos.

Jaime tirou o manto de Brienne da Ilha de Tarth e colocou o manto de carmesim de sua própria casa nos ombros da dama.

– Na presença dos Sete, - começou o Septão, assim que Brienne virou para encarar Jaime. - agora selo essas duas almas ligando-as como uma só pela eternidade. - A dama e o leão juntaram as mãos, enquanto o velho homem colocava um pedaço de pano prendendo-as. - Olhem um para o outro e digam as palavras. - Pediu o Septão.

Jaime olhou nos olhos de Brienne, e deu um sorriso. A dama percebeu, não pela primeira vez, que esse era o homem que amava e queria passar o resto da vida ao lado.

Eu te amo.

Jaime gesticulou a boca, sem sair nenhum som, e só Brienne pôde entender. A garota sorriu.

Eu te amo. - Ela também gesticulou as palavras, antes de continuar, agora em voz alta - Pai, Ferreiro, Guerreiro, Mãe, Donzela, Senhora, Estranho.

– Pai, Ferreiro, Guerreiro, Mãe, Donzela, Senhora, Estranho. - Repetiu Jaime, sempre olhando nos olhos da Beleza de Tarth.

– Eu sou dele, e ele é meu. - Disse Brienne.

– Eu sou dela, e ela é minha. - Disse Jaime.

– Deste dia em diante, até o final dos meus dias. - Falaram os dois juntos.

E então Jaime levou sua mão esquerda até o rosto de Brienne, acariciando-o por alguns segundos, antes de selar seus lábios aos dela, em um beijo demorado, enquanto todos os homens, crianças e mulheres presentes aplaudiam.

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Após acabar a cerimônia, todos foram para o salão beber, comer e escutar músicas alegres, celebrando a vida e o amor dos recém-casados. Jaime dançou com Brienne, e a mesma se sentiu como uma donzela delicada.

– Ai! - Reclamou o leão, quando Brienne pisou no pé do mesmo. A garota ficou toda vermelha em seu largo rosto. Jaime deu um sorriso malicioso. - Você fica linda vermelha.

– Pare com isso. - Implicou Brienne, olhando para o chão, atenta aos próximos movimentos da dança.

Jaime segurou seu rosto, obrigando-a a olhá-lo.

– Eu te amo. - Disse, seus olhos de esmeraldas brilhando, febris de desejo e amor. Selou seus lábios com o de Brienne e a beijou apaixonadamente.

Logo que parou o beijo, Brienne estava levemente ofegante e estava ciente de suas bochechas avermelhadas. Jaime apenas sorriu, pegando na mão dela e levando-a até a mesa onde seu pai estava sentado. Largou a mão de sua nova esposa para poder pegar um copo cheio de vinho, e disse:

– Um brinde à senhora minha esposa, Brienne de Tarth!

Todos aplaudiram e beberam em comemoração. Seu pai, Selwyn Tarth, foi o primeiro a levantar o copo, dando um sorriso de orelha à orelha, e olhando nos olhos da filha. Pensei que não aprovaria meu casamento com o Regicida, pensou Brienne, enquanto sorria para o pai e bebia o vinho. Mas parece que o meu velho confia em mim. Se eu acho Sor Jaime um bom homem, meu pai também acha.

– Aos noivos! - Gritou Selwyn Tarth, e todos beberam novamente em comemoração.

Após muita bebida, risada e dança, Jaime e Brienne escaparam para o quarto.
Brienne segurava a mão esquerda do leão, enquanto o mesmo a conduzia pelo corredor escuro, para chegar até seus aposentos. Antes de abrir a porta, o Lannister parou por um instante, olhando-a. Mesmo no escuro, a dama de Tarth podia ver as esmeraldas de Jaime brilhando de felicidade e desejo.

– Minha esposa. - Disse Jaime, sorrindo, enquanto acariciava as linhas do rosto largo da moça.

Brienne segurou a mão esquerda do Lannister, e deu um beijo na mesma. Jaime passou o polegar esquerdo pelo contorno de sua bochecha, passando por sua cicatriz, chegando até a boca, contornando-a. A garota sentiu arrepios com o toque, e sorriu.

Eu te amo.

Sussurrou a Beleza de Tarth, e Jaime levou seus lábios até os dela, selando-os por alguns instantes, antes de Brienne abrir levemente a boca para introduzir a língua, podendo sentir o gosto do leão.

Começaram um beijo apaixonado bem ali, no corredor escuro. Jaime tocava o corpo de Brienne, sua mão estava trêmula, e a moça parou por um instante, para abrir a porta de seu aposento, e então os dois entraram.

Jaime jogou a dama de Tarth na cama e subiu nela. Beijou seu pescoço, e foi tirando seu vestido, sempre com a ajuda de Brienne. O Lannister beijou seus pequenos seios já endurecidos, sua barriga branca como leite, suas coxas, e finalmente seu sexo, explorando cada parte do mesmo, fazendo Brienne se sentir nas nuvens, e contendo gemidos de prazer.

Brienne mudou de posição, deixando Jaime por baixo. Dessa vez, queria ficar no comando. Deu um sorriso malicioso para o leão, e sentiu que algo estava endurecendo em seu calção. Apressadamente, desabotoou suas roupas, explorando cada parte do homem: mordeu o lóbulo da orelha, chupou a pele de seu pescoço, deslizou a língua suavemente pela sua clavícula, pelo seu peito com pêlos dourados, pela sua barriga, até chegar em seu sexo, podendo prová-lo. O leão rugia enquanto Brienne explorava seu membro endurecido.

Após quase entrar no ápice, o Lannister puxou a cabeça da Beleza de Tarth para beijá-la. Então Brienne se ajeitou no colo Jaime, introduzindo-o nela. É tão bom senti-lo, pensou. Dessa vez, a dama que conduziu os movimentos, até que os dois chegaram no ápice juntos.

Depois dessa noite, Brienne de Tarth sentiu seu corpo diferente e, após um mês, percebeu que carregava um pequeno leão ou leoa dentro dela.