Na Melodia do Amor
Epílogo
– Jujuba! – gritava meu pai da sala. – A carta chegou!
Sai de meu quarto rapidamente, descendo as escadas a passos descontrolados.
Meu pai estava segurando um envelope, nitidamente apreensivo com o conteúdo. Entregou o pequeno objeto para mim e fui abrindo-o com toda a impaciência possível.
Comecei a passar os olhos pela carta, assimilando as palavras que ali estavam.
Aos poucos, um sorriso tolo saia em meus lábios, deixando-me satisfeita e feliz com o que estava escrito: eu havia sido aprovada na melhor Universidade do país.
Meu pai pegou-me no colo e começou a rodar, comemorando a minha inicial jornada para o futuro.
Meus tios, que até então estavam na cozinha, vieram até nós. Quando souberam do ocorrido, os três homens pegaram-me no colo e arremessavam-me para o alto, mostrando o quão alegres e festeiros estavam naquele momento.
Eu, sem dúvida, estava extasiada de felicidade. Era um grande sonho sendo realizado.
– Fico tão feliz por você, Jujuba. – dizia meu pai. – E orgulhoso, pois daqui a alguns anos, você será uma colega de profissão.
Sim, eu havia optado pela Música.
Apesar de dizer com veemência que iria fazer História da Arte como a minha mãe, percebi que a Música era algo mais forte, uma paixão que me possibilitava sentir a presença materna que tanto precisava.
Era a Música que me aproximava de minha mãe Jane.
Meu pai e meus tios saíram da sala e foram para o estúdio improvisado no porão quando a campainha tocou. Eu fui atender, já que esperava a visita de um certo ruivo que eu podia chamar de meu namorado.
Castiel e eu começamos a namorar após o baile de formatura da escola. Estávamos juntos a mais de uma semana.
Discutíamos às vezes, devo confessar, pois ambos éramos teimosos e implicantes. Mas no final, tudo dava certo: entendíamo-nos com muitos beijos românticos e abraços carinhosos.
– Ei, Jujuba! – provocou-me quando fui recepcioná-lo. – Tenho novidades!
Castiel ergueu um envelope da mesma Universidade que a minha. Pelo seu sorriso maroto, pude constar que ele também havia sido aprovado e, melhor, seríamos da mesma turma, visto que Castiel também optara pelo curso de Música.
Abracei-o e ele rodopiou-me como meu pai havia feito antes. Beijamo-nos de pura alegria com a conquista um do outro e a satisfação de não termos que nos separarmos durante nossos anos letivos.
– Eu te amo. – disse-me o ruivo.
– Eu te amo. – correspondi.
Sejam lá quais seriam os obstáculos que surgiriam ou as dificuldades que me atormentariam, eu não me importava mais, pois conquistara a coragem tão desejada para enfrentar qualquer medo.
Além disso, caso eu sentisse medo, sabia que teria Castiel para me proteger.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!
Fale com o autor