Único

Ela entrou no local cheio de pessoas, procurando um único rosto. As luzes piscavam calmamente no salão do baile e todos dançavam seguindo um ritmo entre agitado e lento, moderado. Ele estava no outro lado, sentado com ao lado de um banco vazio, encarando o nada, usava seu melhor terno e tinha um copo de ponche meio vazio ao seu lado.

Quando os olhos de encontraram, ele se levantou e a esperou, como em uma cerimônia de casamento, mas com certeza não oficial. Annabeth o alcançou já quase correndo, e o abraçou, sentindo o mais profundo cheiro de maresia. Não importava o que estivesse acontecendo, ele estaria lá para ela, pelo menos até a noite acabar. Ficaram assim por um tempo incontável, realmente não se importavam de uma sequer palavra.

As pessoas ao redor continuavam ignorando aquele simples gesto, mas que significava praticamente tudo para os jovens no canto do salão. Percy agradeceu em uma prece silenciosa por rever sua menina. Todo esse tempo, separados, mas naquela noite, aquela noite inteira seriam um do outro, um só ser.

Como que sincronizado com o fim do abraço, a música começou a tocar. Não qualquer música, a música deles, aquela que ouviram no dia que abriram seus sentimentos, e aquele momento não iria acabar até que chegasse o fim.