Before The Goodbye
Quando se rompem as barreiras
Agora...
- Falei com a Sakura ontem. – Sasuke bebeu um gole daquele liquido dourado que ele tanto amaldiçoava. Graças aquilo a mulher que ele ama está sofrendo.
- E como foi? – um loiro sentado ao seu lado perguntou com o olhar curioso – Hoje eu fui vê-la. Sakura chan pareceu-me bem melhor. Vocês se resolveram?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Se eu tivesse resolvido alguma coisa com ela, você acha mesmo que eu estaria aqui enchendo a cara?
- Hm... – Naruto fingiu pensar – Acho que vocês não se resolveram.
- Porque será que eu tinha certeza que eram vocês aqui? Principalmente você Sasuke.
Sasuke e Naruto olharam para a porta recém aberta e o moreno sorriu ao ver um conhecido indo se sentar ao seu lado.
- Estava andando pela calçada e algumas garotas estavam comentando sobre um lindo moreno, cheio da grana estar neste pub ao lado de um loiro bobão.
- Quanto tempo Suigetsu. – Sasuke o cumprimentou
- Mas assim, quem é o loiro bobão de que elas estavam falando? – Naruto olhou para os lados
- Idiota. – os dois disseram juntos
Suigetsu sorriu e pediu uma dose de uísque para o garçom.
- Faz muito tempo mesmo. A sede das empresas Uchiha fica longe daqui, está de passagem?
- Não. Vim para ficar.
- Madara concordou com isso? – era a vez do loiro perguntar – Você é o sucessor dele, o prodígio.
- Ele ainda não sabe de nada. Acha que vim para Konoha apenas para rever meus amigos. Quero montar um escritório de advocacia.
- Advogado? – o homem de cabelo branco meio esverdeado o olhou intrigado – Você não tinha ido para Inglaterra para estudar administração e poder herdar a empresa?
- Fiz administração e direito. – bebeu mais um gole – Aquele lugar me irritava, eu precisava ocupar minha mente em tempo integral. Além do que, ser advogado sempre foi minha vontade e de minha mãe.
- Então foi por isso que demorou tanto para voltar. – Naruto socou-lhe levemente no braço – E agora que está de volta, podemos sair para agitar. Como nos velhos tempos.
- Sem mulheres. – Suigetsu bebeu a bebida que foi entregue a ele – Pode ser como nos velhos tempos, apesar de eu estar empoeirado, só que sem mulheres envolvidas.
- Você mudou de lado? – o moreno perguntou surpreso e discretamente foi se distanciando do amigo
- Suigetsu se amarrou para sempre Sasuke.
- Você casou... – suspirou aliviado – Eu não consigo acreditar.
- Eu te mandei um convite há um ano atrás.
- Não recebi nenhum convite. – murmurou – Qual o nome da azarada?
- Isso você também não irá acreditar – o loiro sorriu – Se lembra da Myuke?
- Myuke?
- Morena, bonita...
- A que me tirava à paciência só ao me olhar? – olhou para Suigetsu perplexo – Você se casou com aquela maluca?
- Não a chame de maluca. Ela melhorou bastante, não fale assim do meu amorzinho.
- Céus! O que mais aconteceu depois que fui embora?
- Sakura está em uma reabilitação – Suigetsu olhou cauteloso para o moreno, temia sua reação
- Eu sei. – cruzou as mãos – Fui visitá-la ontem.
- Myuke me falou que Sakura parecia estar em paz.
- Unf! Sakura disse que poderemos ser amigos como nos velhos tempos. – o moreno sorriu com ironia – Ela sabe que não quero ser apenas um amigo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Você e a Sakura chan tiveram um relacionamento perturbado. Entendo o porquê dela querer apenas amizade. – Naruto fixou o olhar em um ponto qualquer – Você foi morar perto dela, de amizade se tornou amor e namoravam escondidos. Você foi embora e abandonou. Um tempo depois se reencontraram no colégio, passaram alguns meses de amizade e depois estavam namorando de novo. – suspirou – Aí ela descobre o que você não queria e passa a te odiar. Os dois diariamente brigavam... Sempre foi a tristeza e o amor unidos na relação de vocês.
- Naruto tem toda razão Sasuke. E além do mais, sempre vinha a amizade primeiro.
- A culpa é nossa dela estar na reabilitação. – Sasuke tirou uma nota da carteira e pagou as bebidas – Nós a levamos pro mau caminho. Se eu quiser ela de volta, ser minha novamente, terei que curá-la dessa doença.
- Quando ela sair da rehab poderíamos fazer uma festa.
- Suigetsu! – Naruto e Sasuke falaram ao mesmo tempo.
- A base de suco de laranja, é claro. – sorriu – Um jantar na minha casa. Sakura não recusaria um convite da Myuke e você tem que ver como ela mudou.
- Myuke e Sakura se tornaram tão amigas assim?
- Sim. – suspirou – Quando junta as duas, mais Ino e Hinata o mundo pode acabar que ainda estarão falando sobre roupas e cabelos.
- Falando em Hinata... Naruto! – Sasuke o olhou – Vocês dois?
- Hinata? O que tem ela?
- Nunca ficaram juntos Sasuke. Ele nunca percebeu.
- Idiota. – murmurou
- O que eu ainda não percebi? Hã? O que vocês dois andam escondendo de mim?
- Idiota! – Suigetsu repetiu o que Sasuke disse anteriormente
Capítulo 04 – Quando se rompem as barreiras
Uchiha Sasuke
Mais um dia no paraíso. Estávamos na sala de aula tendo aula. Quem é o lunático que da aula uma semana antes das férias? Asuma é completamente sem noção.
- Com licença professor. – parei de rabiscar na mesa e olhei para a porta onde Kisame acabara de entrar
- Claro Kisame. Algum problema?
- Haruno e Uchiha, levantem-se e me acompanhem.
Olhei para Sakura com uma cara nada amigável. Pensei que ela poderia ter aprontando algo e sobrado para mim. Só que ao olhá-la vi o quão surpresa ela estava.
Levantamo-nos e andamos silenciosamente atrás do tio sushi. Sakura não falou nada no percurso inteiro, estava estranha.
Chegamos à sala do diretor e ele estava com um sorriso imenso estampado na cara.
- Bem, bem. Sentem-se. – ainda sorrindo Pein indicou as cadeiras para nos sentarmos
- Por que estamos aqui? – perguntei ansioso, queria logo a resposta
- As férias de verão estão chegando...
- E o que tem isso?
- Você vai substituir nossas férias pela punição que recebemos ontem. Não é? – Sakura deduziu. O pior é que tinha coesão.
- Não diga isso Sakura. Ele não pode fazer isso.
- Ah eu posso. – o sorriso estampado no rosto dele apagou – Tem toda razão Haruno. Sua inteligência me assusta. – pigarreou – Pois então, isso é algo que irei fazer. Uma semana do inicio das férias vocês passarão aqui dando aulas de reforço.
- E como viajaremos depois? – perguntei
- Kakashi os levará. Ele será o supervisor de vocês, tudo idéia do seu tio Sasuke.
- Desgraçado! – Sakura se levantou e esbravejou irritada – Com que direito? Ele não pode comandar minha vida, minha sentença. Pode até ser que com Sasuke ele possa fazer isso, mas comigo não. Madara por ter o dinheiro que quiser, mas não é dono daqui!
- Engano seu Haruno. Uchiha Madara pode sim interferir na decisão do corpo docente, interferir aonde bem quiser. Ele é dono de 50% do colégio e se ele quiser, devo expulsá-la.
- Dono? – olhei-o surpreso – Desde quando?
- Desde ontem.
- Incrível como esse cara quer acabar com minha vida. Não me surpreende essa notícia, se terminou, eu gostaria de me retirar diretor.
- Claro Sakura, podem sair. E amanhã, começarão as aulas.
Eu e ela concordamos com Pein. Com as mãos nos bolsos eu pensava. Para que diabos Madara comprou o internato? Se ele me quer tanto na Inglaterra, para que comprar o colégio? Não lhe traz vantagem alguma.
- Você sente falta dele? – Sakura parou de andar e me olhou. Sua feição estava triste. – Mikoto e Fugaku san?
- Claro... Minha mãe é a que me faz mais falta.
- Ela me faz muita falta também. O sorriso que apenas Mikoto sabia dar. Sasuke eu... – ela não terminou de falar, não conseguiu. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas. Sakura se sentou no chão e desabou. Fiquei preocupado, abaixei na sua frente
- O que foi?
- Seu tio quer acabar com tudo. Está óbvio o motivo dele ter comprado o colégio, ele quer ter o direito, o poder de me expulsar daqui.
- Ele...
- Ontem ele ameaçou minha tia, chegou a falar para ela que acabaria com a alegria dos meus pais. Se eu não ficar longe de você, ele irá acabar com tudo, destruir a carreira de Tsunade, me expulsar daqui e fazer com que nenhum colégio me aceite. Se eu me meter em mais alguma confusão e você se envolver, acabou tudo para mim.
- Não o deixarei fazer isso. – tirei os fios de grudavam em seu rosto – Não deixarei.
- Você não pode impedi-lo e sabe disso. – Sakura passou a mão nos olhos para tirar as lágrimas que teimavam em cair – Acho que se seus pais estivessem aqui, nada disso ocorreria. Provavelmente ainda viveríamos perto um do outro e nada da maldade que envolve esse lugar nos atingiria. Você seria diferente...
- Não poderíamos ter evitado o acidente deles.
- Eu acho... – ela respirou fundo – Sei que o acidente do seus pais não foi um acidente. Acho que Madara o causou.
- Sakura, eu sei que você não gosta dele, mas homicídio já é exagero.
- No dia do enterro eu o vi sorrindo.
- Sorrindo? – levantei-me rapidamente. Esse fato me atingiu como um baque. – Você tem certeza?
- Claro que sim. Não era um largo sorriso, mas era um.
- Mas que...
- Não faça nada Sasuke. Pode ser que não era um sorriso de felicidade.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não interessa. Sorrir quando o irmão estava sendo enterrado? Que tipo de tristeza é essa?
- Sasuke... – ela se levantou e me olhou bem fundo – Não faça nada. Isso poderá trazer muitas conseqüências, principalmente pra mim. Ele não pode te afetar.
- Claro que pode, ainda é meu tutor. – bufei
- Ele não irá querer destruir seu futuro.
- Ele quer manipular meu futuro. Me mandar para Inglaterra será só o inicio.
- Inglaterra? – Sakura se encostou na parede e me encarou intrigada – Do que está falando?
- Se eu me meter em confusão mais uma vez, Madara me mandará para Inglaterra. Morar lá.
- Então nós dois teremos que seguir as regras – sorriu ironicamente – Não consigo nos imaginar fazendo isso. Nós dois não conseguimos nos suportar, ficar em um ambiente fechado e juntos não será bom. Temos metade de um ano e o ano que vem todinho. – suspirou – Iremos nos ferrar.
- Porque não conseguimos mais nos suportar? – me aproximei dela e fiquei a sua frente. Coloquei minhas mãos na parede, um braço de cada lado prendendo-a de certo modo para que não fugisse. Ela não fugiria de mim, o mínimo que poderia acontecer, seria levar um tapa na cara, algo que já acostumei. – Todos os dias eu levanto e penso em uma forma de me aproximar de você, não para brigar e sim reatar. Só que você não me deixa nem tentar, forma uma barreira anti- Sasuke impenetrável.
- Acho que a culpa disso tudo é sua. Você me fez ficar assim, graças a seus joguinhos, suas mentiras... Por acaso se esqueceu daquela aposta? A aposta que acabou com tudo?
- Você não me deixa esquecer. Aquilo foi um erro, eu sei. Se eu soubesse que ainda nutria aquele sentimento de antigamente, jamais teria feito aquilo.
- Mas fez. Me manipulou, usou, me enganou!
- Sakura... – aproximei meu rosto do dela. Senti sua respiração alterar, senti em meus lábios, seu perfume já estava em mim. Só alguns centímetros separava-me daqueles lábios que por tanto tempo me pertenceram. Sedento por eles me aproximei ainda mais, ela sabendo o que iria ocorrer, virou o rosto para o lado. Não hesitei, continuei e beijei sua bochecha. – Desculpe-me.
- Não entende não é? Mesmo pedindo desculpas não vai tampar tudo que ocorreu. Não consigo te desculpar Sasuke, não dá! – afastei meu rosto e fiquei olhando-a – As lembranças não vão embora com um pedido de desculpas.
- Olhe para mim. – pedi educadamente. Sakura não atendeu meu pedido. Continuou com o rosto virado. Coloquei minha mão no seu queixo e trouxe seus olhos para mim – Eu sei que não tem como as lembranças deixarem de existir. Você não faz ideia do quanto me arrependo de ter ferido você, eu também estou sofrendo. Sofrendo por não vê-la sorrir como antigamente, por não ouvi-la dizer Sasuke kun, por não te sentir... Sei muito bem que sou um monstro, um monstro que te feriu brutalmente...
- Não...
- Apenas me responda. – ainda segurando seu queixo, aproximei de seu ouvido e murmurei – Ainda tenho chances? Ainda posso ter seu perdão?
- Sasuke eu... Eu não sei. Realmente não sei. Preciso pensar...
- Tudo bem, eu darei um tempo para pensar. Mas... – senti seu corpo estremecer. Mordisquei o lóbulo de sua orelha delicadamente e ela gemeu baixinho. Sorri com isso, ainda causo muitas reações em seu corpo. – Eu decido quando esse tempo acabar. E quando ele acabar, – beijei sua testa, afastei-me dela e comecei a andar – você sabe o que te espera. Obrigado por ter me contado sobre Madara.
Eu iria me controlar até o fim da semana. Até chegarmos na praia, ela teria pensado bastante até lá. Foquei no Sakura havia dito sobre Madara. Ele ter sorrido no enterro, ter prendido a herança, ter tomado o controle da empresa... Fazia completo sentido. Mas ele não seria capaz de matar o irmão para apenas conseguir o dinheiro da família, não poderia ter feito tanto. Andei até o refeitório, achei Naruto e Suigetsu conversando com alguns garotos da nossa sala.
- Naruto me empresta seu celular. – pedi friamente
- E porque não usa o seu?
- Porque ele pode estar grampeado e eu preciso fazer uma ligação urgente. Anda logo!
- Está bem, toma!
Peguei o telefone e fui para o gramado. Ligar para ele após tanto tempo... Seria o certo? Atrapalha-lo apenas para saber o que ele pensa, sua opinião sobre o assunto Madara matou nossos pais para ter o dinheiro da família... Será que ele vai querer falar comigo sobre isso? Pensei bastante e após comecei a digitar os números, alguns bipes tocados e ele atendeu. Um sentimento de nostalgia penetrou em mim.
- Itachi... – murmurei
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