Before The Goodbye

Quando se rompem as barreiras



\"\"



Agora...



- Falei com a Sakura ontem. – Sasuke bebeu um gole daquele liquido dourado que ele tanto amaldiçoava. Graças aquilo a mulher que ele ama está sofrendo.



- E como foi? – um loiro sentado ao seu lado perguntou com o olhar curioso – Hoje eu fui vê-la. Sakura chan pareceu-me bem melhor. Vocês se resolveram?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Se eu tivesse resolvido alguma coisa com ela, você acha mesmo que eu estaria aqui enchendo a cara?



- Hm... – Naruto fingiu pensar – Acho que vocês não se resolveram.



- Porque será que eu tinha certeza que eram vocês aqui? Principalmente você Sasuke.



Sasuke e Naruto olharam para a porta recém aberta e o moreno sorriu ao ver um conhecido indo se sentar ao seu lado.



- Estava andando pela calçada e algumas garotas estavam comentando sobre um lindo moreno, cheio da grana estar neste pub ao lado de um loiro bobão.



- Quanto tempo Suigetsu. – Sasuke o cumprimentou



- Mas assim, quem é o loiro bobão de que elas estavam falando? – Naruto olhou para os lados



- Idiota. – os dois disseram juntos



Suigetsu sorriu e pediu uma dose de uísque para o garçom.



- Faz muito tempo mesmo. A sede das empresas Uchiha fica longe daqui, está de passagem?



- Não. Vim para ficar.



- Madara concordou com isso? – era a vez do loiro perguntar – Você é o sucessor dele, o prodígio.



- Ele ainda não sabe de nada. Acha que vim para Konoha apenas para rever meus amigos. Quero montar um escritório de advocacia.



- Advogado? – o homem de cabelo branco meio esverdeado o olhou intrigado – Você não tinha ido para Inglaterra para estudar administração e poder herdar a empresa?



- Fiz administração e direito. – bebeu mais um gole – Aquele lugar me irritava, eu precisava ocupar minha mente em tempo integral. Além do que, ser advogado sempre foi minha vontade e de minha mãe.



- Então foi por isso que demorou tanto para voltar. – Naruto socou-lhe levemente no braço – E agora que está de volta, podemos sair para agitar. Como nos velhos tempos.



- Sem mulheres. – Suigetsu bebeu a bebida que foi entregue a ele – Pode ser como nos velhos tempos, apesar de eu estar empoeirado, só que sem mulheres envolvidas.



- Você mudou de lado? – o moreno perguntou surpreso e discretamente foi se distanciando do amigo



- Suigetsu se amarrou para sempre Sasuke.



- Você casou... – suspirou aliviado – Eu não consigo acreditar.



- Eu te mandei um convite há um ano atrás.



- Não recebi nenhum convite. – murmurou – Qual o nome da azarada?



- Isso você também não irá acreditar – o loiro sorriu – Se lembra da Myuke?



- Myuke?



- Morena, bonita...



- A que me tirava à paciência só ao me olhar? – olhou para Suigetsu perplexo – Você se casou com aquela maluca?



- Não a chame de maluca. Ela melhorou bastante, não fale assim do meu amorzinho.



- Céus! O que mais aconteceu depois que fui embora?



- Sakura está em uma reabilitação – Suigetsu olhou cauteloso para o moreno, temia sua reação



- Eu sei. – cruzou as mãos – Fui visitá-la ontem.



- Myuke me falou que Sakura parecia estar em paz.



- Unf! Sakura disse que poderemos ser amigos como nos velhos tempos. – o moreno sorriu com ironia – Ela sabe que não quero ser apenas um amigo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Você e a Sakura chan tiveram um relacionamento perturbado. Entendo o porquê dela querer apenas amizade. – Naruto fixou o olhar em um ponto qualquer – Você foi morar perto dela, de amizade se tornou amor e namoravam escondidos. Você foi embora e abandonou. Um tempo depois se reencontraram no colégio, passaram alguns meses de amizade e depois estavam namorando de novo. – suspirou – Aí ela descobre o que você não queria e passa a te odiar. Os dois diariamente brigavam... Sempre foi a tristeza e o amor unidos na relação de vocês.



- Naruto tem toda razão Sasuke. E além do mais, sempre vinha a amizade primeiro.



- A culpa é nossa dela estar na reabilitação. – Sasuke tirou uma nota da carteira e pagou as bebidas – Nós a levamos pro mau caminho. Se eu quiser ela de volta, ser minha novamente, terei que curá-la dessa doença.



- Quando ela sair da rehab poderíamos fazer uma festa.



- Suigetsu! – Naruto e Sasuke falaram ao mesmo tempo.



- A base de suco de laranja, é claro. – sorriu – Um jantar na minha casa. Sakura não recusaria um convite da Myuke e você tem que ver como ela mudou.



- Myuke e Sakura se tornaram tão amigas assim?



- Sim. – suspirou – Quando junta as duas, mais Ino e Hinata o mundo pode acabar que ainda estarão falando sobre roupas e cabelos.



- Falando em Hinata... Naruto! – Sasuke o olhou – Vocês dois?



- Hinata? O que tem ela?



- Nunca ficaram juntos Sasuke. Ele nunca percebeu.



- Idiota. – murmurou



- O que eu ainda não percebi? Hã? O que vocês dois andam escondendo de mim?



- Idiota! – Suigetsu repetiu o que Sasuke disse anteriormente



Capítulo 04 – Quando se rompem as barreiras



Uchiha Sasuke



Mais um dia no paraíso. Estávamos na sala de aula tendo aula. Quem é o lunático que da aula uma semana antes das férias? Asuma é completamente sem noção.



- Com licença professor. – parei de rabiscar na mesa e olhei para a porta onde Kisame acabara de entrar



- Claro Kisame. Algum problema?



- Haruno e Uchiha, levantem-se e me acompanhem.



Olhei para Sakura com uma cara nada amigável. Pensei que ela poderia ter aprontando algo e sobrado para mim. Só que ao olhá-la vi o quão surpresa ela estava.


Levantamo-nos e andamos silenciosamente atrás do tio sushi. Sakura não falou nada no percurso inteiro, estava estranha.


Chegamos à sala do diretor e ele estava com um sorriso imenso estampado na cara.



- Bem, bem. Sentem-se. – ainda sorrindo Pein indicou as cadeiras para nos sentarmos



- Por que estamos aqui? – perguntei ansioso, queria logo a resposta



- As férias de verão estão chegando...



- E o que tem isso?



- Você vai substituir nossas férias pela punição que recebemos ontem. Não é? – Sakura deduziu. O pior é que tinha coesão.



- Não diga isso Sakura. Ele não pode fazer isso.



- Ah eu posso. – o sorriso estampado no rosto dele apagou – Tem toda razão Haruno. Sua inteligência me assusta. – pigarreou – Pois então, isso é algo que irei fazer. Uma semana do inicio das férias vocês passarão aqui dando aulas de reforço.



- E como viajaremos depois? – perguntei



- Kakashi os levará. Ele será o supervisor de vocês, tudo idéia do seu tio Sasuke.



- Desgraçado! – Sakura se levantou e esbravejou irritada – Com que direito? Ele não pode comandar minha vida, minha sentença. Pode até ser que com Sasuke ele possa fazer isso, mas comigo não. Madara por ter o dinheiro que quiser, mas não é dono daqui!



- Engano seu Haruno. Uchiha Madara pode sim interferir na decisão do corpo docente, interferir aonde bem quiser. Ele é dono de 50% do colégio e se ele quiser, devo expulsá-la.



- Dono? – olhei-o surpreso – Desde quando?



- Desde ontem.



- Incrível como esse cara quer acabar com minha vida. Não me surpreende essa notícia, se terminou, eu gostaria de me retirar diretor.



- Claro Sakura, podem sair. E amanhã, começarão as aulas.



Eu e ela concordamos com Pein. Com as mãos nos bolsos eu pensava. Para que diabos Madara comprou o internato? Se ele me quer tanto na Inglaterra, para que comprar o colégio? Não lhe traz vantagem alguma.



- Você sente falta dele? – Sakura parou de andar e me olhou. Sua feição estava triste. – Mikoto e Fugaku san?



- Claro... Minha mãe é a que me faz mais falta.



- Ela me faz muita falta também. O sorriso que apenas Mikoto sabia dar. Sasuke eu... – ela não terminou de falar, não conseguiu. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas. Sakura se sentou no chão e desabou. Fiquei preocupado, abaixei na sua frente



- O que foi?



- Seu tio quer acabar com tudo. Está óbvio o motivo dele ter comprado o colégio, ele quer ter o direito, o poder de me expulsar daqui.



- Ele...



- Ontem ele ameaçou minha tia, chegou a falar para ela que acabaria com a alegria dos meus pais. Se eu não ficar longe de você, ele irá acabar com tudo, destruir a carreira de Tsunade, me expulsar daqui e fazer com que nenhum colégio me aceite. Se eu me meter em mais alguma confusão e você se envolver, acabou tudo para mim.



- Não o deixarei fazer isso. – tirei os fios de grudavam em seu rosto – Não deixarei.



- Você não pode impedi-lo e sabe disso. – Sakura passou a mão nos olhos para tirar as lágrimas que teimavam em cair – Acho que se seus pais estivessem aqui, nada disso ocorreria. Provavelmente ainda viveríamos perto um do outro e nada da maldade que envolve esse lugar nos atingiria. Você seria diferente...



- Não poderíamos ter evitado o acidente deles.



- Eu acho... – ela respirou fundo – Sei que o acidente do seus pais não foi um acidente. Acho que Madara o causou.



- Sakura, eu sei que você não gosta dele, mas homicídio já é exagero.



- No dia do enterro eu o vi sorrindo.



- Sorrindo? – levantei-me rapidamente. Esse fato me atingiu como um baque. – Você tem certeza?



- Claro que sim. Não era um largo sorriso, mas era um.



- Mas que...



- Não faça nada Sasuke. Pode ser que não era um sorriso de felicidade.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Não interessa. Sorrir quando o irmão estava sendo enterrado? Que tipo de tristeza é essa?



- Sasuke... – ela se levantou e me olhou bem fundo – Não faça nada. Isso poderá trazer muitas conseqüências, principalmente pra mim. Ele não pode te afetar.



- Claro que pode, ainda é meu tutor. – bufei



- Ele não irá querer destruir seu futuro.



- Ele quer manipular meu futuro. Me mandar para Inglaterra será só o inicio.



- Inglaterra? – Sakura se encostou na parede e me encarou intrigada – Do que está falando?



- Se eu me meter em confusão mais uma vez, Madara me mandará para Inglaterra. Morar lá.



- Então nós dois teremos que seguir as regras – sorriu ironicamente – Não consigo nos imaginar fazendo isso. Nós dois não conseguimos nos suportar, ficar em um ambiente fechado e juntos não será bom. Temos metade de um ano e o ano que vem todinho. – suspirou – Iremos nos ferrar.



- Porque não conseguimos mais nos suportar? – me aproximei dela e fiquei a sua frente. Coloquei minhas mãos na parede, um braço de cada lado prendendo-a de certo modo para que não fugisse. Ela não fugiria de mim, o mínimo que poderia acontecer, seria levar um tapa na cara, algo que já acostumei. – Todos os dias eu levanto e penso em uma forma de me aproximar de você, não para brigar e sim reatar. Só que você não me deixa nem tentar, forma uma barreira anti- Sasuke impenetrável.



- Acho que a culpa disso tudo é sua. Você me fez ficar assim, graças a seus joguinhos, suas mentiras... Por acaso se esqueceu daquela aposta? A aposta que acabou com tudo?



- Você não me deixa esquecer. Aquilo foi um erro, eu sei. Se eu soubesse que ainda nutria aquele sentimento de antigamente, jamais teria feito aquilo.



- Mas fez. Me manipulou, usou, me enganou!



- Sakura... – aproximei meu rosto do dela. Senti sua respiração alterar, senti em meus lábios, seu perfume já estava em mim. Só alguns centímetros separava-me daqueles lábios que por tanto tempo me pertenceram. Sedento por eles me aproximei ainda mais, ela sabendo o que iria ocorrer, virou o rosto para o lado. Não hesitei, continuei e beijei sua bochecha. – Desculpe-me.



- Não entende não é? Mesmo pedindo desculpas não vai tampar tudo que ocorreu. Não consigo te desculpar Sasuke, não dá! – afastei meu rosto e fiquei olhando-a – As lembranças não vão embora com um pedido de desculpas.



- Olhe para mim. – pedi educadamente. Sakura não atendeu meu pedido. Continuou com o rosto virado. Coloquei minha mão no seu queixo e trouxe seus olhos para mim – Eu sei que não tem como as lembranças deixarem de existir. Você não faz ideia do quanto me arrependo de ter ferido você, eu também estou sofrendo. Sofrendo por não vê-la sorrir como antigamente, por não ouvi-la dizer Sasuke kun, por não te sentir... Sei muito bem que sou um monstro, um monstro que te feriu brutalmente...



- Não...



- Apenas me responda. – ainda segurando seu queixo, aproximei de seu ouvido e murmurei – Ainda tenho chances? Ainda posso ter seu perdão?



- Sasuke eu... Eu não sei. Realmente não sei. Preciso pensar...



- Tudo bem, eu darei um tempo para pensar. Mas... – senti seu corpo estremecer. Mordisquei o lóbulo de sua orelha delicadamente e ela gemeu baixinho. Sorri com isso, ainda causo muitas reações em seu corpo. – Eu decido quando esse tempo acabar. E quando ele acabar, – beijei sua testa, afastei-me dela e comecei a andar – você sabe o que te espera. Obrigado por ter me contado sobre Madara.



Eu iria me controlar até o fim da semana. Até chegarmos na praia, ela teria pensado bastante até lá. Foquei no Sakura havia dito sobre Madara. Ele ter sorrido no enterro, ter prendido a herança, ter tomado o controle da empresa... Fazia completo sentido. Mas ele não seria capaz de matar o irmão para apenas conseguir o dinheiro da família, não poderia ter feito tanto. Andei até o refeitório, achei Naruto e Suigetsu conversando com alguns garotos da nossa sala.



- Naruto me empresta seu celular. – pedi friamente



- E porque não usa o seu?



- Porque ele pode estar grampeado e eu preciso fazer uma ligação urgente. Anda logo!



- Está bem, toma!



Peguei o telefone e fui para o gramado. Ligar para ele após tanto tempo... Seria o certo? Atrapalha-lo apenas para saber o que ele pensa, sua opinião sobre o assunto Madara matou nossos pais para ter o dinheiro da família... Será que ele vai querer falar comigo sobre isso? Pensei bastante e após comecei a digitar os números, alguns bipes tocados e ele atendeu. Um sentimento de nostalgia penetrou em mim.



- Itachi... – murmurei